quarta-feira, maio 10, 2006

Relações Exteriores

Sobre o caso da Bolívia.

Provavelmente o que vou falar não resista a uma análise mais atenta, mas não importa, acho que preciso dizer, critério primeiro para publicação aqui. Estou incomodado com a questão da nacionalização dos hidrocarbonetos e mineração da bolívia, medida que atingiu os interesses da Petrobrás e, por conseqüência, do Brasil no país.

Certo, reconheça-se o direito de qualquer país sobre os recursos naturais em seu território. Direito inclusive de fazer acordos com outros países, assinar contratos, receber inverstimentos. O que não pode é, unilateralmente, resolver que os contratos não valem mais e “não quero mais brincar”. Não é assim que as coisas funcionam. Não mesmo.

Sempre fui contra o não cumprimento de contratos, como quando o PT no governo do estado do RS não cumpriu o que tinha com a Ford e essa mudou-se para a Bahia. Nem era favorável à moratória ou qualquer proposta no sentido. Claro que contratos injustos devem ser renegociados, sempre dentro da lei.

No caso específico, da Bolívia, o que aconteceu foi um desrespeito ao Brasil. Afinal de contas, a Petrobrás é uma empresa estatal, nós brasileiros somos os “donos” dela. Como fica agora? E o investimento feito, parace que algo em torno de 1 bilhão de dólares. Dinheiro jogado fora? Caridade?

Sem falar na agressão que foi fazer o exército ocupar as refinarias, num gesto de significado bem claro.

E o Brasil? O governo?

Nada, ou quase. Uma reunião em que estava o presidente da Venezuela, Hugo Chaves, que não tinha nada o que fazer lá.

Em resumo, omissão e demonstração de fraqueza.

Se dependesse de mim, me portaria como a maior potência da América Latina, o que somos: tropas na fronteira.

E, se vacilassem, invadia...

Até.

UPDATE SEM ACENTOS NO MEIO DO DIA (11/05/06)- Depois disso, a minha posicao parece cada vez mais correta. Parece provocacao. Espera-se uma resposta a altura do governo brasileiro.

Ate.

2 comentários:

Anônimo disse...

Adorei o seu texto.
Direto e realista.

Parabéns.

Luke

Anônimo disse...

Olá Marcelo, tudo bem?

Concordo c/ vc. em gênero, número e grau.

Infelizmente, o nosso presidente não sabe o que está fazendo lá no Planalto, além de enriquecer às nossas custas.

Abraços.

Edgard.