domingo, agosto 24, 2008

A Sopa 08/04

Sou pai.

Para aqueles que ainda não sabiam da novidade, informo: às seis horas e vinte e seis minutos do dia vinte de agosto de dois mil e oito, em Porto Alegre, nasceu, com três quilos e trezentas e cinco gramas e cinqüenta centímetros, a pequena Marina, filha da Jacque e minha. O mundo, como já esperado e anunciado, mudou.

É difícil escrever sobre o assunto porque resta pouca coisa a ser dita depois de frase ”me tornei pai”. Há algo de maior na vida? Honestamente não sei, assim como não tenho condições de, apenas quatro dias depois do seu nascimento, quantificar o tamanho do impacto que o fato vai trazer às nossas vidas, da Jacque e minha.

Por enquanto, apenas contar um pouco como foi que tudo aconteceu, e adianto que não vai ser desde o início, da primavera e das flores e os pássaros e tal. Vamos direto à madrugada de terça para quarta-feira.

Estava marcada a cesariana para as seis horas da manhã de quarta, e deveríamos estar no hospital, situado pouco mais de duzentos metros aqui de casa, às cinco da manhã. Dormi (dormimos) pouco na noite que precedeu tudo, e às quatro e quinze o despertador tocou e levantamos para o que seria o dia mais importante para nós desde que casáramos. Rapidamente nos arrumamos e estávamos no hospital faltando dez minutos para as cinco horas.

Tudo foi muito rápido, e faltando vinte e cinco para as seis da manhã estávamos vestidos para ir à sala de cirurgia. Fizemos fotos e vídeos com a câmera digital até a chegada do anestesista, que iniciou a preparação efetiva para o procedimento.

Confesso que – antes de acontecer – que o meu único medo era o de ter medo... Explico: estava preocupado em ficar ansioso na hora, afinal de contas era um momento de certa forma tenso: minha esposa e filha estariam em procedimento cirúrgico e eu sem poder fazer nada. Por mais seguro que seja (e é), sempre existe risco, como em qualquer procedimento médico. Eu, mais que ninguém, sabia disso.

Ao contrário dessa expectativa, tudo foi muito natural e calmo. Fotografei o antes, o nascimento e o depois. O astral estava bom, a equipe passou uma segurança e uma tranqüilidade extremas. Tudo ocorreu na mais perfeita ordem e rotina.

E ela nasceu perfeita e linda, como todas as filhas deveriam ser (ou são, afinal olhos de pai vêem muito mais que o óbvio).

Como é ser pai?

Ainda não sei muito bem, afinal foram apenas quatro dias, mas sei que eu sempre soube que seria pai, que era uma experiência que eu tinha que ter. Que eu precisava ter o meu mundo revirado por uma filhinha (ou filhinho).

E não é que nasceu em agosto, exatamente quatro anos depois do dia em que cheguei perdido no Canadá, e no mês em que a Jacque e eu casamos, quase doze anos atrás?

E tudo vem bem desde então, e melhor ainda desde a quarta-feira que passou.

Se agosto é o mês do cachorro louco, podem me chamar de louco (e louco é quem me diz que não é feliz...).

Eu sou feliz.

Até.

2 comentários:

Ana Celia disse...

So vi agora, que vc ja sao papais!!!
Parabens!

Bjs,

Anônimo disse...

Marcelo e Jacque. Parabéns. A menina é linda!!!!
Beijos Claúdia