Crônicas e depoimentos sobre a vida em geral. Antes o exílio; depois, a espera. Agora, o encantamento. A vida, afinal de contas, não é muito mais do que estórias para contar.
quinta-feira, novembro 30, 2006
quarta-feira, novembro 29, 2006
Tenho problemas
Existem certas coisas que, por mais que eu tente, eu não consigo entender ou mesmo aceitar. E acho – argumento de velho – que não tenho mais idade para isso. Quando não é uma questão presente no dia-a-dia, é até fácil “ir levando”. Como o caso do churrasco.
Como todo bom gaúcho, sou apreciador de churrasco, e uma das opções de refeição nos finais de semana (e durante a semana também, claro) é o prato (nem sei se podemos chamar churrasco de prato, refeição, talvez) que nos identifica como gaúchos. Essa semana, por exemplo, fui a um aniversário de um amigo na segunda-feira: churrasco. Ontem, fomos jantar com os meus sogros e a prima Rafaela que chegou de Brasília para passar uns dias aqui em casa: churrasco. Pois é.
Por isso, tenho me defrontado com a questão do churrasco com uma freqüência maior por esses dias. Qual é a questão? O ponto. Sei que já falei disso, mas vale repetir.
Durante centenas, milhares de anos, desde que o homo sapiens descobriu o fogo e que com ele podia preparar aquele javali que – cru – tinha o gosto meio duvidoso, desde o primeiro churrasco ancestral, provavelmente numa caverna lá pros lados do Alegrete/RS, desde aquele momento que o ser humano vem aperfeiçoando o modo de assar a carne, procurando o sabor e a textura perfeitos, até que o encontrou o momento exato em que deveria tirá-la do fogo e servi-la. Aquele momento em que os astros, o universo, conspiram para que a experiência do churrasco seja indescritível, uma visão da face divina.
O ponto.
Qualquer coisa fora disso não está bem. Mal-passada, a carne não está no ponto. Bem-passada, passou do mesmo. Simples assim. Mesmo que tentem provar o contrário.
De qualquer maneira, eu queria mesmo era falar de coisas que não entendo e não aceito. E queria falar do trânsito (1) e de corrupção (2).
(1) Por que é tão difícil – e falo de Porto Alegre, especificamente – as pessoas respeitarem as mais simples regras de trânsito?
(2) Não suporto aquelas pessoas que se queixam da corrupção de governantes – independente da esfera de governo – mas que são as mesmas que sonegam imposto, e outras pequenas corrupções diárias. Corrupção deve ser intolerável sempre. Sempre.
Até.
Como todo bom gaúcho, sou apreciador de churrasco, e uma das opções de refeição nos finais de semana (e durante a semana também, claro) é o prato (nem sei se podemos chamar churrasco de prato, refeição, talvez) que nos identifica como gaúchos. Essa semana, por exemplo, fui a um aniversário de um amigo na segunda-feira: churrasco. Ontem, fomos jantar com os meus sogros e a prima Rafaela que chegou de Brasília para passar uns dias aqui em casa: churrasco. Pois é.
Por isso, tenho me defrontado com a questão do churrasco com uma freqüência maior por esses dias. Qual é a questão? O ponto. Sei que já falei disso, mas vale repetir.
Durante centenas, milhares de anos, desde que o homo sapiens descobriu o fogo e que com ele podia preparar aquele javali que – cru – tinha o gosto meio duvidoso, desde o primeiro churrasco ancestral, provavelmente numa caverna lá pros lados do Alegrete/RS, desde aquele momento que o ser humano vem aperfeiçoando o modo de assar a carne, procurando o sabor e a textura perfeitos, até que o encontrou o momento exato em que deveria tirá-la do fogo e servi-la. Aquele momento em que os astros, o universo, conspiram para que a experiência do churrasco seja indescritível, uma visão da face divina.
O ponto.
Qualquer coisa fora disso não está bem. Mal-passada, a carne não está no ponto. Bem-passada, passou do mesmo. Simples assim. Mesmo que tentem provar o contrário.
De qualquer maneira, eu queria mesmo era falar de coisas que não entendo e não aceito. E queria falar do trânsito (1) e de corrupção (2).
(1) Por que é tão difícil – e falo de Porto Alegre, especificamente – as pessoas respeitarem as mais simples regras de trânsito?
(2) Não suporto aquelas pessoas que se queixam da corrupção de governantes – independente da esfera de governo – mas que são as mesmas que sonegam imposto, e outras pequenas corrupções diárias. Corrupção deve ser intolerável sempre. Sempre.
Até.
terça-feira, novembro 28, 2006
Quase
Vivemos a época do "quase".
Das "quase-notícias", "quase-tragédias", "quase-escândalos".
Já repararam?
Falo mais sobre isso em breve.
Até
Das "quase-notícias", "quase-tragédias", "quase-escândalos".
Já repararam?
Falo mais sobre isso em breve.
Até
segunda-feira, novembro 27, 2006
domingo, novembro 26, 2006
A Sopa 06/19
Mudei de idéia.
Eu estava preparado para escrever sobre um assunto suuper-atual e importante para nossas vidas, mas desisti. Talvez temporariamente, provavelmente em definitivo. Mesmo que fosse importante para nossa felicidade enquanto seres humanos habitando esse pequeno planeta que orbita em torno do sol, uma pequena estrela dentro a galáxia que chamamos de Via Láctea, uma entre bilhões, quiçá trilhões de outras, mesmo assim abdiquei da idéia de falar sobre o que eu pretendia falar.
O bacon.
Provavelmente nenhum de nós tem a verdadeira noção da importância do bacon para a humanidade enquanto espécie. Não. Os americanos devem saber, e por isso que o consomem em grandes quantidades. Talvez devêssemos seguir o exemplo, não sei. Deixa prá lá, prometi que não ia falar disso.
Quero falar um pouco de voltas. De voltar, da volta.
Antes, quando ainda morava no Canadá e ansiava – a despeito de toda a qualidade de vida, condições de trabalho, amigos e tal – retornar ao Brasil, falava como seria a minha volta e retomada da vida no sul do mundo. Vivo isso agora e, diferente da minha chegada – que foi como morrer, e já falei disso -, a volta não é uma só. São várias, e nesse final de semana que termina tive duas voltas simbólicas.
Começou na sexta-feira na hora do almoço, com uma picanha sob a sombra de um jacarandá na churrascaria Barranco. Almoçamos eu e o Luciano, grande e velho amigo, muitas histórias e voltas desde o tempo da faculdade. Não tínhamos nos encontrado pessoalmente desde a minha volta. A última vez tinha sido no meu aniversário de 2005, quando vim de Toronto e praticamente fui do aeroporto para a festa organizada pela Jacque. Foi um longo almoço, e colocamos a vida em dia. Lembramos histórias, falamos de projetos. Contou-me a respeito do seu recém nascido filho, de como a vida muda. A vida muda. Sempre. E isso é o que ela tem de melhor. O sábado à noite também foi marcado por momentos simbólicos, um em especial: um vinho que abrimos e tomamos, os Perdidos. Foi o vinho da volta definitiva.
Em agosto de 2004, entre as muitas despedidas que fizemos antes de eu ir para o exílio, a última foi na véspera de minha viagem, quarta-feira, dezoito de agosto. Nesse dia, ganhei do Caio uma garrafa de vinho com uma etiqueta com os dizeres “Para ser aberta na volta definitiva”. Assim foi. Dois anos e três meses depois abri a garrafa (guardei a rolha) brindamos e a tomamos, os Perdidos originais.
Conversamos muito, rimos, lembramos de histórias – de viagem ou não – e terminamos a noite assistindo o vídeo ‘Perdidos na Espace – Uma Van na Europa’. Foi uma noite completa, como nos velhos tempos, com a diferença de que a vida muda, nós mudamos e, se continuamos andando por caminhos que se encontram aqui e ali, então tudo está bem.
Muito bem.
Até.
Eu estava preparado para escrever sobre um assunto suuper-atual e importante para nossas vidas, mas desisti. Talvez temporariamente, provavelmente em definitivo. Mesmo que fosse importante para nossa felicidade enquanto seres humanos habitando esse pequeno planeta que orbita em torno do sol, uma pequena estrela dentro a galáxia que chamamos de Via Láctea, uma entre bilhões, quiçá trilhões de outras, mesmo assim abdiquei da idéia de falar sobre o que eu pretendia falar.
O bacon.
Provavelmente nenhum de nós tem a verdadeira noção da importância do bacon para a humanidade enquanto espécie. Não. Os americanos devem saber, e por isso que o consomem em grandes quantidades. Talvez devêssemos seguir o exemplo, não sei. Deixa prá lá, prometi que não ia falar disso.
Quero falar um pouco de voltas. De voltar, da volta.
Antes, quando ainda morava no Canadá e ansiava – a despeito de toda a qualidade de vida, condições de trabalho, amigos e tal – retornar ao Brasil, falava como seria a minha volta e retomada da vida no sul do mundo. Vivo isso agora e, diferente da minha chegada – que foi como morrer, e já falei disso -, a volta não é uma só. São várias, e nesse final de semana que termina tive duas voltas simbólicas.
Começou na sexta-feira na hora do almoço, com uma picanha sob a sombra de um jacarandá na churrascaria Barranco. Almoçamos eu e o Luciano, grande e velho amigo, muitas histórias e voltas desde o tempo da faculdade. Não tínhamos nos encontrado pessoalmente desde a minha volta. A última vez tinha sido no meu aniversário de 2005, quando vim de Toronto e praticamente fui do aeroporto para a festa organizada pela Jacque. Foi um longo almoço, e colocamos a vida em dia. Lembramos histórias, falamos de projetos. Contou-me a respeito do seu recém nascido filho, de como a vida muda. A vida muda. Sempre. E isso é o que ela tem de melhor. O sábado à noite também foi marcado por momentos simbólicos, um em especial: um vinho que abrimos e tomamos, os Perdidos. Foi o vinho da volta definitiva.
Em agosto de 2004, entre as muitas despedidas que fizemos antes de eu ir para o exílio, a última foi na véspera de minha viagem, quarta-feira, dezoito de agosto. Nesse dia, ganhei do Caio uma garrafa de vinho com uma etiqueta com os dizeres “Para ser aberta na volta definitiva”. Assim foi. Dois anos e três meses depois abri a garrafa (guardei a rolha) brindamos e a tomamos, os Perdidos originais.
Conversamos muito, rimos, lembramos de histórias – de viagem ou não – e terminamos a noite assistindo o vídeo ‘Perdidos na Espace – Uma Van na Europa’. Foi uma noite completa, como nos velhos tempos, com a diferença de que a vida muda, nós mudamos e, se continuamos andando por caminhos que se encontram aqui e ali, então tudo está bem.
Muito bem.
Até.
sábado, novembro 25, 2006
sexta-feira, novembro 24, 2006
quinta-feira, novembro 23, 2006
quarta-feira, novembro 22, 2006
Falecimento
Ocorreu hoje o falecimento do iPod Mini 4GB do Marcelo. Os atos fúnebres terão lugar na gaveta da esquerda da minha mesa de trabalho, e o sepultamento será hoje, logo depois de escrever este comunicado. Comunicamos o falecimento do iPod Mini 4GB do Marcelo. Os familiares, ainda consternados com a súbita perda, agradecem as manifestações de apoio nessa hora difícil.
Até.
Até.
terça-feira, novembro 21, 2006
domingo, novembro 19, 2006
A Sopa 06/18
Lendas urbanas.
Chega um momento da vida em que percebemos que estamos velhos. É inevitável. 100% certo. Só não digo que é batata porque nada é batata, só a batata é batata. Parênteses. A frase anterior é uma descarada referência a um texto do Luís Fernando Veríssimo. Achei honesto citar. Fecha parênteses.
Antes de chegarmos nesse momento, em que percebemos que envelhecemos, existe um marco que é exatamente isso mas dito de forma mais suave, de forma que não nos espante como inevitavelmente acontece quando acordamos um dia e, ao olharmos no espelho, nossa primeira reação é se perguntar quem é esse senhor nos olhando: é quando percebemos que não somos mais guris.
É uma sutil diferença essa. Não ser mais guri ainda não é ser um velho, mas é a manifestação da inevitabilidade da passagem do tempo, a qual estamos todos condenados (certo, condenados foi meio pesado, admito). Saber que não somos mais guris tem algumas implicações práticas que, se por um lado nos limitam em alguns pontos, por outro nos livram do risco de alguns constrangimentos. Como na história do Cidão. Cidão tinha esse nome por causa da música “Os seus botões”, do Roberto Carlos, no trecho que diz “nos lençóis macios, amantes se dão”… Deixa pra lá.
Bom, a história não é do Cidão. Ele é um personagem emblemático dela, mas não o protagonista. Aconteceu com um conhecido de um conhecido meu. E atenção, isso – além de uma crônica – é também um alerta. Avisem seus amigos que ninguém está livre disso, a não ser, claro, aqueles que perceberam que já não são mais guris e não freqüentam determinados lugares e festas.
Pois bem, o conhecido de um conhecido meu saiu uma noite dessas para se divertir com amigos. Foram a um bar onde tomaram várias doses de bebidas com alto teor alcóolico, conversaram amenidades diversas – política e religião, por exemplo – até que resolveram ir a uma festa, numa conhecida casa noturna de uma conhecida cidade da região sudeste do Brasil. Chegando lá, se dispersaram naquilo que costumeiramente chamavam de “ir à luta”. O personagem em questão engrenou uma conversa com uma ruiva num vestido branco. Tomaram mais alguns drinks. E é tudo o que ele se lembra. A partir daí, tudo é escuridão e silêncio.
No momento seguinte acordou com o ruído do ventilador de teto num quarto de motel barato, sem roupas e apenas com um lençol cobrindo até pouco acima da cintura. De bruços. Ao lado dele, roncava um cara barbudo.
Era o Cidão.
Até.
Chega um momento da vida em que percebemos que estamos velhos. É inevitável. 100% certo. Só não digo que é batata porque nada é batata, só a batata é batata. Parênteses. A frase anterior é uma descarada referência a um texto do Luís Fernando Veríssimo. Achei honesto citar. Fecha parênteses.
Antes de chegarmos nesse momento, em que percebemos que envelhecemos, existe um marco que é exatamente isso mas dito de forma mais suave, de forma que não nos espante como inevitavelmente acontece quando acordamos um dia e, ao olharmos no espelho, nossa primeira reação é se perguntar quem é esse senhor nos olhando: é quando percebemos que não somos mais guris.
É uma sutil diferença essa. Não ser mais guri ainda não é ser um velho, mas é a manifestação da inevitabilidade da passagem do tempo, a qual estamos todos condenados (certo, condenados foi meio pesado, admito). Saber que não somos mais guris tem algumas implicações práticas que, se por um lado nos limitam em alguns pontos, por outro nos livram do risco de alguns constrangimentos. Como na história do Cidão. Cidão tinha esse nome por causa da música “Os seus botões”, do Roberto Carlos, no trecho que diz “nos lençóis macios, amantes se dão”… Deixa pra lá.
Bom, a história não é do Cidão. Ele é um personagem emblemático dela, mas não o protagonista. Aconteceu com um conhecido de um conhecido meu. E atenção, isso – além de uma crônica – é também um alerta. Avisem seus amigos que ninguém está livre disso, a não ser, claro, aqueles que perceberam que já não são mais guris e não freqüentam determinados lugares e festas.
Pois bem, o conhecido de um conhecido meu saiu uma noite dessas para se divertir com amigos. Foram a um bar onde tomaram várias doses de bebidas com alto teor alcóolico, conversaram amenidades diversas – política e religião, por exemplo – até que resolveram ir a uma festa, numa conhecida casa noturna de uma conhecida cidade da região sudeste do Brasil. Chegando lá, se dispersaram naquilo que costumeiramente chamavam de “ir à luta”. O personagem em questão engrenou uma conversa com uma ruiva num vestido branco. Tomaram mais alguns drinks. E é tudo o que ele se lembra. A partir daí, tudo é escuridão e silêncio.
No momento seguinte acordou com o ruído do ventilador de teto num quarto de motel barato, sem roupas e apenas com um lençol cobrindo até pouco acima da cintura. De bruços. Ao lado dele, roncava um cara barbudo.
Era o Cidão.
Até.
sábado, novembro 18, 2006
quinta-feira, novembro 16, 2006
segunda-feira, novembro 13, 2006
De novo Jack Bauer
Sai no Brasil, no próximo dia 24, a 5ª temporada de '24'. Dá para comprar aqui (que eu não ganho NADA com isso...).
Para quem não conhece, 24 é a MELHOR série de televisão que eu já vi. Se não a melhor, certamente a mais tensa. Jack Bauer, vivido pelo ator Kiefer Sutherland, é um agente da CTU (Counter Terrorist Unit) de Los Angeles, agência do governo responsável pelas ações de anti-terrorismo.
Recomendo fortemente.
Para entrar no clima, o Treo 650 de Jack Bauer:
Um fato sobre Jack Bauer: Jack Bauer uma vez jogou queda de braço com o Superman. O combinado era que o perdedor teria que usar a cueca sobre as calças.
Até.
Para quem não conhece, 24 é a MELHOR série de televisão que eu já vi. Se não a melhor, certamente a mais tensa. Jack Bauer, vivido pelo ator Kiefer Sutherland, é um agente da CTU (Counter Terrorist Unit) de Los Angeles, agência do governo responsável pelas ações de anti-terrorismo.
Recomendo fortemente.
Para entrar no clima, o Treo 650 de Jack Bauer:
Um fato sobre Jack Bauer: Jack Bauer uma vez jogou queda de braço com o Superman. O combinado era que o perdedor teria que usar a cueca sobre as calças.
Até.
domingo, novembro 12, 2006
A Sopa 06/17
Passagem do tempo.
Esse final de semana que passou foi dedicado ao encontro que marcou o 12º ano de formatura em medicina. A ATM94 se reuniu em Bento Gonçalves. Nem todos, claro, porque é sempre difícil reunir uma turma grande assim, mesmo com mais de um ano de antecedência.
(Os Originais)
Palmas para o organizador, em primeiro lugar. Organizar um evento desse porte é sempre um trabalho hercúleo. Lembro de quando organizava a ‘Sopa de Ervilhas Anual do Marcelo’: preparar tudo, convidar, confirmar e reconfirmar as presenças. Perde-se tempo e energia, e inevitavelmente muitos dos que confirmaram e reconfirmaram acabam não aparecendo e nem ao menos justificando. No caso do nosso encontro, tudo bem, as despesas eram por conta de cada um, mas na época da Sopa era sempre prejuízo meu. Sempre.
(Todos)
Por isso que, na janta de sábado à noite, entendi perfeitamente o sentimento do Alexei quando constatou que – mesmo depois de todo o esforço para reunir o pessoal – estavam presentes menos de 20% da turma, ele disse que “estavam os de fé”. Estávamos os de fé. Nas próximas vezes vamos trazer outros, certamente. É assimque funciona e é assim que vale à pena.
(Os Filhos)
Lembramos de histórias, de pessoas, brindamos à memória daqueles que não estão mais entre nós. Rimos muito, falamos da vida. Foi muito bom.
Encontrei colegas com quem não conversava desde a formatura. Oportunidades como essa não surgem sempre, e por isso não podem ser perdidas. O tempo passou (vimos isso nos nossos poucos cabelos e quilos a mais), e acho que não podemos nos queixar.
Até.
Esse final de semana que passou foi dedicado ao encontro que marcou o 12º ano de formatura em medicina. A ATM94 se reuniu em Bento Gonçalves. Nem todos, claro, porque é sempre difícil reunir uma turma grande assim, mesmo com mais de um ano de antecedência.
(Os Originais)
Palmas para o organizador, em primeiro lugar. Organizar um evento desse porte é sempre um trabalho hercúleo. Lembro de quando organizava a ‘Sopa de Ervilhas Anual do Marcelo’: preparar tudo, convidar, confirmar e reconfirmar as presenças. Perde-se tempo e energia, e inevitavelmente muitos dos que confirmaram e reconfirmaram acabam não aparecendo e nem ao menos justificando. No caso do nosso encontro, tudo bem, as despesas eram por conta de cada um, mas na época da Sopa era sempre prejuízo meu. Sempre.
(Todos)
Por isso que, na janta de sábado à noite, entendi perfeitamente o sentimento do Alexei quando constatou que – mesmo depois de todo o esforço para reunir o pessoal – estavam presentes menos de 20% da turma, ele disse que “estavam os de fé”. Estávamos os de fé. Nas próximas vezes vamos trazer outros, certamente. É assimque funciona e é assim que vale à pena.
(Os Filhos)
Lembramos de histórias, de pessoas, brindamos à memória daqueles que não estão mais entre nós. Rimos muito, falamos da vida. Foi muito bom.
Encontrei colegas com quem não conversava desde a formatura. Oportunidades como essa não surgem sempre, e por isso não podem ser perdidas. O tempo passou (vimos isso nos nossos poucos cabelos e quilos a mais), e acho que não podemos nos queixar.
Até.
sábado, novembro 11, 2006
quinta-feira, novembro 09, 2006
Você sabe que está ficando velho
Quando é só dormir duas noites numa cama que não a tua e acabas tendo que fazer fisioterapia para se recuperar do problema na coluna. Vou começar a levar o meu travesseiro quando for para congresso ou outras viagens...
Até.
Até.
terça-feira, novembro 07, 2006
segunda-feira, novembro 06, 2006
A Sopa 06/16
De volta à Porto Alegre.
Quando morei em Toronto, sempre que saía da cidade – por via aérea - por qualquer razão que fosse, a volta sempre era interessante. Especialmente nas vezes em que eu ia do aeroporto para casa de táxi. Já falei disso antes, as conversas com os taxistas sempre valiam à pena, quer por serem de uma cultura diferente (indianos, paquistaneses, etc), quer por serem mais velhos e mais experientes do que eu. Vocês sabem, a maioria dos taxistas também é filósofo.
Pois bem, voltei hoje de Fortaleza, onde estive desde quarta-feira passada para um congresso. Acordei às 2h50 (hora local, sem horário de verão) para o transfer das 3h25 do vôo que saui às 5h25, foi até Brasília (aonde chegou às 9h, horário de verão), esperei das 9 às 10h35 quando saiu sem atrasos o vôo direto até Porto Alegre, onde desembarquei às 13h15. Quase uma epopéia.
O congresso foi bom, o congresso foi bom.
Fiz uma imersão na quinta, sexta e sábado assistindo palestras (sem perder os eventos sociais noturnos, claro), além de alguns contatos profissionais promissores para o meu futuro mais ou menos imediato. Tudo ia bem até a madrugada de sexta para sábado, quando fui dormir após o luau na Praia do Futuro e acordei logo após pegar no sono com uma terrível contratura muscular cervical que não me deixou dormir essa noite, não aliviou com uma sessão de massagem e antiinflamatório no sábado e que me fez sair do hotel na noite de sábado, 23h, atrás de uma farmácia ou ambulatório de ortopedia (o que fosse mais próximo). Era a farmácia, onde comprei um relaxante muscular e um spray tipo “Gelol”. Consegui dormir, acordei ainda todo contraído e com dor no domingo, mas mesmo assim fui à praia. Parecia um robô, mas afinal de contas, robôs também são gente... Hoje, contudo, foi bem, a dor melhorou e a viagem até o sul do Brasil foi tranqüila.
Mas eu falava dos taxistas filósofos.
Saí com minha mala do aeroporto e peguei um táxi. Não conversamos, confesso. Foi um monólogo dele. E muito interessante. Começou com o livro que ele está escrevendo “Um cidadão direito num país torto” e foi para o problema do Brasil: “impunidade”. Discorreu ele sobre o problema da colonização brasileira por Portugal e a religião católica, os males, segundo ele, que impedem nosso desenvolvimento. “Uma colônia sempre é um simulacro da matriz, e se esta é ruim, a colônia será pior”. A religião católica porque condena o dinheiro e, com isso, o desenvolvimento e a conseqüente justiça social.
Citou Descartes, adaptando o famoso dito para a situação brasileira, em que o “Penso, logo existo” se transforma em “Penso, logo sofro”. Lamentou não ter deixado o país para morar na Austrália ou Canadá quando teve chance e, autodidata no idioma inglês, comentou que conversando com um cliente citou Lennon e sua música “Working Class Hero”, de 1971, que no Brasil tornara-se “Working Class Zero”.
Falou mais, falou até da família com quem casara, “de antes da revolução industrial inglesa”. De suas filhas e de que é a vez delas, jovens, porque o seu tempo já passou.
Confesso que saí do táxi tonto e reflexivo.
Até.
Quando morei em Toronto, sempre que saía da cidade – por via aérea - por qualquer razão que fosse, a volta sempre era interessante. Especialmente nas vezes em que eu ia do aeroporto para casa de táxi. Já falei disso antes, as conversas com os taxistas sempre valiam à pena, quer por serem de uma cultura diferente (indianos, paquistaneses, etc), quer por serem mais velhos e mais experientes do que eu. Vocês sabem, a maioria dos taxistas também é filósofo.
Pois bem, voltei hoje de Fortaleza, onde estive desde quarta-feira passada para um congresso. Acordei às 2h50 (hora local, sem horário de verão) para o transfer das 3h25 do vôo que saui às 5h25, foi até Brasília (aonde chegou às 9h, horário de verão), esperei das 9 às 10h35 quando saiu sem atrasos o vôo direto até Porto Alegre, onde desembarquei às 13h15. Quase uma epopéia.
O congresso foi bom, o congresso foi bom.
Fiz uma imersão na quinta, sexta e sábado assistindo palestras (sem perder os eventos sociais noturnos, claro), além de alguns contatos profissionais promissores para o meu futuro mais ou menos imediato. Tudo ia bem até a madrugada de sexta para sábado, quando fui dormir após o luau na Praia do Futuro e acordei logo após pegar no sono com uma terrível contratura muscular cervical que não me deixou dormir essa noite, não aliviou com uma sessão de massagem e antiinflamatório no sábado e que me fez sair do hotel na noite de sábado, 23h, atrás de uma farmácia ou ambulatório de ortopedia (o que fosse mais próximo). Era a farmácia, onde comprei um relaxante muscular e um spray tipo “Gelol”. Consegui dormir, acordei ainda todo contraído e com dor no domingo, mas mesmo assim fui à praia. Parecia um robô, mas afinal de contas, robôs também são gente... Hoje, contudo, foi bem, a dor melhorou e a viagem até o sul do Brasil foi tranqüila.
Mas eu falava dos taxistas filósofos.
Saí com minha mala do aeroporto e peguei um táxi. Não conversamos, confesso. Foi um monólogo dele. E muito interessante. Começou com o livro que ele está escrevendo “Um cidadão direito num país torto” e foi para o problema do Brasil: “impunidade”. Discorreu ele sobre o problema da colonização brasileira por Portugal e a religião católica, os males, segundo ele, que impedem nosso desenvolvimento. “Uma colônia sempre é um simulacro da matriz, e se esta é ruim, a colônia será pior”. A religião católica porque condena o dinheiro e, com isso, o desenvolvimento e a conseqüente justiça social.
Citou Descartes, adaptando o famoso dito para a situação brasileira, em que o “Penso, logo existo” se transforma em “Penso, logo sofro”. Lamentou não ter deixado o país para morar na Austrália ou Canadá quando teve chance e, autodidata no idioma inglês, comentou que conversando com um cliente citou Lennon e sua música “Working Class Hero”, de 1971, que no Brasil tornara-se “Working Class Zero”.
Falou mais, falou até da família com quem casara, “de antes da revolução industrial inglesa”. De suas filhas e de que é a vez delas, jovens, porque o seu tempo já passou.
Confesso que saí do táxi tonto e reflexivo.
Até.
domingo, novembro 05, 2006
Sopa?
Fortaleza - Hoje não posso escrever. Tem sol lá fora, e está MUITO quente. Além disso, estou sob o efeito dos fortes analgésicos que venho tomando desde ontem. A boa notícia é que posso caminhar, apesar da dor.
Tirando o que dói, o resto vai suuuuper-bem.
De Porto Alegre, mando A Sopa.
Até.
Tirando o que dói, o resto vai suuuuper-bem.
De Porto Alegre, mando A Sopa.
Até.
sábado, novembro 04, 2006
Daqui (3)
Fortaleza - Ontem, num lugar que eu acho que se chama "Parque dos Vaqueiros", estava marcada a 'Festa da Saia'.
Fiquei pensando a respeito.
O que seria a festa da saia?
Todo mundo de saia? Todo mundo sem saia? Todo mundo tira a saia? Ou o vento na praia é tanto que levanta a saia?
Dúvidas, dúvidas.
Eu é que não ia lá para saber.
Até.
Fiquei pensando a respeito.
O que seria a festa da saia?
Todo mundo de saia? Todo mundo sem saia? Todo mundo tira a saia? Ou o vento na praia é tanto que levanta a saia?
Dúvidas, dúvidas.
Eu é que não ia lá para saber.
Até.
sexta-feira, novembro 03, 2006
Daqui (2)
Fortaleza.
Mais um dia inteiro no Congresso.
Ontem.
Risoto de carne do sol com tomates secos + 2 chopes = R$21,00
Voltar pro hotel e ver o Inter ganhar do Botafogo no último minuto = priceless.
Hoje.
Luau na Praia do Futuro.
Até.
Mais um dia inteiro no Congresso.
Ontem.
Risoto de carne do sol com tomates secos + 2 chopes = R$21,00
Voltar pro hotel e ver o Inter ganhar do Botafogo no último minuto = priceless.
Hoje.
Luau na Praia do Futuro.
Até.
quinta-feira, novembro 02, 2006
Daqui
Fortaleza - Está decidido. Vou comprar uma Kombi e voltar para Porto Alegre dirigindo. O plano é entrar em algumas praias e testar a máquina para a expedição maior.
Detalhes em breve.
Até.
Detalhes em breve.
Até.
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