sexta-feira, setembro 21, 2012

Reflexões de um feriado

Após o 20 de setembro, feriado no Rio Grande do Sul, fiz folga na sexta-feira.

Ia fazer um longo texto sobre as comemorações farroupilhas, sobre o dito "orgulho de ser gaúcho", sobre como o nosso estado é - atualmente - um navio fazendo água, lentamente afundando enquanto desejamos cantando que nossas façanhas sirvam de modelo a toda terra, como a orquestra que tocava impassível durante o naufrágio do Titanic. Verdade ou não, é uma boa imagem.

Como dizia, eu ia falar que estamos mal, em diversos aspectos, e isso é o que assusta. Educação (olhem os índices do IDEB) e saúde, só por exemplo. O estado onde mais se fuma, onde tem mais obesos, Porto Alegre tem índices de tuberculose semelhantes ao de nações miseráveis da África, a tuberculose multirresistente aumentou muito, a coinfecção HIV/TB é maior por aqui e vamos nós ladeira abaixo. Enquanto tudo for grenal, chimangos x maragatos, continuaremos encolhendo e perdendo importância. Como vocês podem ver, tinha muito o que falar, mas decidi ficar na minha.

Fazer feriado nessa sexta-feira.

Fomos, Marina e eu, ao Museu de Ciências da PUCRS, e foi MUITO legal.

Afinal de contas, é como diria o mestre Humberto Gessinger:


Não importa se só tocam
O primeiro acorde da canção
A gente escreve o resto
E o resto é resto
É falsificação
Sangue falso, bang-bang italiano
Suingue falso, turista americano
Livres dessa estória
A nossa trajetória não precisa explicação
(E não tem explicação)


Até.

quarta-feira, setembro 12, 2012

Ônus

Confesso que vou dormir melhor essa noite.

Sim, eu - que durmo sempre muito bem - tive uma noite difícil ontem. Por conta de uma decisão tomada por todo um grupo, cabia (coube) a mim - como representante desse grupo - comunicar aos envolvidos em uma situação que não seria mais da forma estavam esperando/contando. O ônus de ser o representante era esse: falar, explicar e ouvir os prováveis descontentamentos que essa decisão causaria.

Dormi com uma sensação de mal estar, sonhei com a situação, e acordei como o condenado no corredor da morte (um pouco de drama, admito), esperando o inevitável, o inexorável.

Que não veio.

Faltou luz, a corda arrebentou, ou os tiros eram de festim, não importa. Não foi o fim de mundo que eu imaginei que poderia ser. Aliás, foi tranquilo.

Por que os meus argumentos (embasados e suportados pelo grupo) eram irrefutáveis, e porque era a decisão mais correta.

Fiz (fizemos) o que tinha de ser feito.

Durmo tranquilo.

De novo e até o próximo obstáculo a ser transposto.

Até.

quarta-feira, setembro 05, 2012

terça-feira, setembro 04, 2012

Vinte minutos

Eu sempre acreditei que o que muda a vida são os pequenos acontecimentos.

Já falei disso antes, mas retomo o assunto por um fato isolado que ocorreu hoje e que me lembrar dessa quase certeza, ou talvez porque os meus assuntos e pensamentos são limitados, e não vejo nada de novo no mundo. Não, não é isso, quero dizer que não é limitação de assuntou ou interesses. Nada a ver, aliás. Muito antes pelo contrário.

Dizia que são os pequenos acontecimentos que mudam o mundo. Os grandes momentos, apoteóticos, só existem por causa dos pequenos momentos. Certo. Claro e cristalino. Lembrei disso pelos vinte minutos.

O que são vinte minutos na vida? Um terço de hora, quase nada.

Pois foram vinte minutos que melhoraram minha vida em muito. Escassos vinte minutos a mais de sono nas terças-feiras fazem toda a diferença. Ao invés de acordar às 5h, para poder sair de casa com calma e chegar no horário, decidi acordar às 5h20 e - sem nenhuma enrolação - pegar a estrada quase na mesma hora de antes. Com direito a pausa às 6h50 para um café.

Cheguei na mesma hora, mais descansado.

Voltei para casa no final do dia, e parece um dia normal.

A vida com outra cor.

Uma questão de vinte minutos.

Até.