sábado, abril 30, 2022

Sábado (Por aí, Paris)

Perdidos em Paris, 2018
 

        Essa foto foi tirada em setembro de 2018, em Paris, elas de férias e eu trabalhando.

        A esquina, a minha preferida em Paris: Blv. Saint Michel com Blv. St-Germain.

        Boas lembranças... e espero que todos tenham tido um ótimo sábado.

        Até.

quarta-feira, abril 27, 2022

A Sopa

Entre entregar uma Sopa requentada ou atrasá-la um pouco, optei pela segunda opção. Ou seja, entre republicar um texto antigo no domingo ou publicar algo novo na segunda (ou terça, ou quarta-feira), resolvi escrever quando desse, sem estresse.

 

O final da semana que teve feriado na quinta-feira foi no litoral. Havíamos ido para o litoral norte do RS no feriado, eu voltara sexta-feira de manhã para Porto Alegre para trabalhar e retornara no final do dia para ficar sábado e domingo lá.

 

Não fomos à praia.

 

Ficamos na casa, alugada via Airbnb, em um condomínio em Capão da Canoa, bem longe da praia. As únicas saídas foram para o supermercado e, sim, até para ver o mar de dentro do carro, evitando o vento. O objetivo não era mesmo pegar praia. Era ficar em casa, e usar a churrasqueira. E foi o que fizemos, claro.

 

E então sempre surge o dilema da churrasqueira, assunto recorrente neste espaço. Por morar em um apartamento de uma época em que não se costumava ter churrasqueira em apartamentos, me ressinto da falta de uma. Dessa forma, condição sine qua non para alugarmos um lugar para ficar é que tenha churrasqueira para eu poder “brincar” de fazer churrasco. E assim temos feito, e tem funcionado.

 

Claro que sempre acabo nunca “jogando em casa”, num jargão futebolístico, ou seja, é sempre uma churrasqueira nova, a qual não estou acostumado, sempre uma experiência “inédita”. Não tem aquela coisa de saber de antemão o tempo necessário para cada tipo de carne, os meus espetos ou minha grelha, essas coisas. Paciência, afinal é o que temos...

 

O que traz outra questão ao debate.

 

A cada vez que vamos para a Serra Gaúcha ou para o Litoral, a vontade de ter uma casa ou apartamento lá fica bem grande. Quando no litoral, na praia. Quando em Gramado ou Canela, na serra. Teria que ser uma casa com cozinha grande, com churrasqueira, que fosse o ponto de reunião de todos. Que praticamente não precisasse sair da casa, inverno ou verão. Que se ouvisse música enquanto cozinhasse, e pudesse ser um local de convivência e encontros. Que pudesse receber os amigos e a família.   

 

Aonde, afinal de contas? Serra ou mar?

 

As duas opções são boas, sem dúvida. Qualquer escolha valeria. 

 

Ou nenhuma delas. Continuar de vez em quando alugando uma casa lá ou aqui, passando uns dias, fazendo churrascos e contando histórias, ou apenas ficando quieto, apreciando o passar do tempo. 

 

Pode ser.

 

Até.  

domingo, abril 17, 2022

A Sopa

 Quinta-feira Santa agora, no começo do feriadão de Páscoa, fomos – a Marina, a Jacque e eu – assistir no Auditório Araújo Viana ao show dos Paralamas do Sucesso. Foi o primeiro show que fomos nós três juntos. Como compramos os ingressos poucos dias antes, a Marina não teve tempo de “estudar” as músicas deles, mas – ainda assim – conhecia algumas delas. 

 

Tudo bem.

 

O show, com a proposta de tocarem “as clássicas”, foi espetacular, apoteótico, catártico, simbólico, histórico. Tudo isso junto, e mais. Claro que para mim, para mim. E assim mesmo são as experiências vividas em conjunto: elas são coletivas, mas são individuais, únicas. Porque a vida é assim. Estamos juntos, mas – no fundo – sempre somos nós e nossa experiência individual, a forma como vemos o mundo e como reagimos a ele.

 

A minha história com os Paralamas, a sua música, é bem antiga, e atravessou os anos sempre mais ou menos próxima.

 

Começa no meio dos anos 80, na praia, Imbé/RS, na SAPI, a festa chamada de Mingau, porque era da gurizada mais nova, que terminava à 23h, e íamos em turma, e ouvíamos as músicas do disco Passo do Lui, de 1984, e cantávamos Óculos e Meu Erro (entre outras do rock nacional). Passou por uma cópia do vinil autografada de Bora Bora em 1989 (eu acho) após uma longa fila no Centro Comercial João Pessoa, em Porto Alegre, que hoje se chama shopping

 

Meu Erro’, aliás, foi uma das primeiras músicas que aprendi a tocar no violão, e até hoje – quando voltei a fazer aulas/tocar – é uma de minhas preferidas. Adiante, um dos primeiros shows que fui com a Jacque foi justamente dos Paralamas, ‘Vamo Batê Lata’, no Bar Opinião, em 1995 ou 1996. Depois, acho que 1997, fomos no ‘Acústico’, também no Opinião. 

 

Salta uns bons anos no tempo, já depois do acidente do Herbert Viana, a primeira vez que eles vieram tocar no Rio Grande do Sul foi em um festival, o Planeta Atlântida, no litoral norte no RS. Eu fui sozinho, porque tinha que estar lá. Mais recentemente (mas nem tão recente assim) fui com o amigo Pedro e meu ex-cunhado Paulo assistir os Paralamas junto com os Titãs em Porto Alegre. 

 

Esse show que ocorreu agora deveria ter ocorrido em setembro/2020, mas – evidentemente – foi adiado pela pandemia. Foi ocorrer agora, mas eu não tinha planos de assistir. Acontece que chegando perto, surgiu uma necessidade/vontade crescentes, e não resisti. O show seria quinta-feira, e compramos os ingressos apenas no domingo. Naquele momento, eu PRECISAVA ir ao show.

 

E não estava errado.

 

Foi ótimo, foi simbólico.

 

Dentro daquele pensamento egocêntrico de que o mundo gira em torno do meu umbigo (sim, eu sei que não gira...) vivenciei o show como mais um momento de comemoração dos meus cinquenta anos, que é o que farei diversas vezes ao longo de 2022, isso de transformar os mais variados momentos da vividos em celebrações da vida.

 

Como deveria ser sempre.

 

Até.   

sábado, abril 16, 2022

Sábado (e um show)

Paralamas do Sucesso, Porto Alegre, 14/04/2022


                    Uma noite memorável, com a Marina e a Jacque.
                    Só clássicos.

                    Bom sábado e boa Páscoa a todos.

                    Até.

domingo, abril 10, 2022

A Sopa

Sobre a idade. 

 

Conversávamos, essa semana, alguns colegas de hospital, num momento de pausa para um café na Associação dos Médicos do Hospital São Lucas da PUCRS, sobre as gerações. Mais especificamente sobre como, atualmente, existe uma certa fluidez e trânsito entre as gerações.

 

Dito de forma mais clara, antigamente – quando fomos estudantes de medicina – a diferença entra as gerações, professores e alunos, por exemplo, era mais clara, definida. Os professores eram MUITO mais velhos que nós, ou pareciam ser, e se portavam e se vestiam de maneira diversa aos alunos. Mesmo que a diferença de idade não fosse tão grande assim, havia essa diferença que era bem estabelecida.

 

Hoje, isso mudou, e sou exemplo disso.

 

Aos cinquenta anos recém completos, vivo esse novo momento de fluidez geracional. Sim, sou bem mais velho que alunos e residentes com quem convivo, mas não me sinto tão diferente assim. Já pensei que o problema pudesse ser eu, mas em conversas com colegas percebi que esse fenômeno é bem mais amplo, para um certo alívio meu. Sempre tive a preocupação de não dar a impressão de estar querendo parecer mais novo do que realmente eu era.

 

 O que, para ser bem honesto, é uma bobagem.

 

Lembro, contudo, de um livro que li nos anos 80 chamado a Síndrome de Peter Pan, que deu origem à síndrome de mesmo nome, que se caracterizava por comportamentos infantis e inseguros que impediriam o homem de amadurecer normalmente. Sendo assim, acabaria falhando em diversos assuntos da vida adulta. Seriam como o personagem da história, que não queria crescer nunca.

 

Nada a ver comigo mesmo. Ao contrário, aliás.

 

Lido/lidei bem com o me tornar adulto, casado e pai de família. É um papel com o qual me adaptei bem, modestamente falando... Já são quase vinte e seis anos de casamento, e tudo vai bem. A vida vai bem, na medida do possível.

 

O chegar aos cinquenta anos foi simbólico, e ainda comemoro e comemorarei mais ao longo do ano, muito mais porque gosto de festejar do que qualquer outra coisa. Por outro lado, me fez refletir sobre vários assuntos, sobre a vida. Sobre limites, sobre relações, sobre pessoas. E planos.

 

Projetos.

 

Tenho vários. A vida ainda parece um livro em branco a ser escrito. A estrada ainda está para ser percorrida. Isso pode ser o que me faz sentir ainda jovem. O futuro não está traçado, vai sendo escrito à medida que andamos e as portas vão se abrindo (ou nós as abrimos). Pode ser que antes as pessoas (ou a maioria delas) aos cinquenta anos já tivesse o seu caminho traçado, não sei. Mesmo que minha cervical não tenha a mesma opinião que eu, ainda me sinto bem jovem e disposto...

 

O que não é nada mal...

 

Até.

 

 

sábado, abril 09, 2022

Sábado (e a ponta do diabo...)

   Punta Del Diablo, Uruguai
                                    
 

Um final de tarde no Uruguai.

Fevereiro de 2022.

Bom sábado a todos.

Até.


domingo, abril 03, 2022

A Sopa

Das ironias da vida. 

Semana passada, aqui mesmo nessa Sopa de todo domingo, eu disse que havia me tornado um atleta nos últimos três anos, treinando sete dias por semana, entre musculação e bicicleta. Havia, naquele mesmo final de semana, pedalado cerca de quarenta e cinco quilômetros por dia, sábado e domingo.

 

Pois bem.

 

Voltando um pouco no tempo, durante as férias de verão e nossa viagem de carro ao Uruguai, tive diversos (quase todos, na verdade) dias de dor cervical, com irradiação para o ombro esquerdo. Medicado com relaxante muscular, dormia bem. Foi assim toda a viagem, e mais um pouco na volta. Depois, fiquei sem dor. Vida normal, porém...

 

Ao fazer meus treinos na academia, notei – olhando o espelho durante a execução de alguns exercícios – que algo não estava exatamente como deveria. Eu fazia movimentos com o ombro direito que antes não fazia. Mais, eu havia perdido força no braço esquerdo, especificamente nos músculos deltoide e bíceps. Algo estava errado.

 

Não era AVC, claramente, mas algo estava acontecendo. Não tinha alteração de sensibilidade, de coordenação motora. Apenas a perda de força. Consultei, fui examinado e fiz uma ressonância de ombro e coluna cervical: ombro normal, mas uma hérnia de disco cervical, em região de C4-C5, responsáveis pelos meus sintomas. Aparentemente aguda, já que os sintomas foram mais ou menos súbitos.

 

Estou proibido de fazer exercícios por enquanto, exceto os de reforço da musculatura cervical e desde que feitos em isometria. Sem carga. Além disso, tenho que usar um colar cervical durante a maior parte do dia, podendo tirar à noite para dormir. De atleta, uma semana atrás, virei paciente de ortopedista, neurocirurgião e fisioterapeuta.

 

Como eu costumo dizer, paciência. Não há nada que eu possa fazer agora exceto seguir as orientações médicas e da minha fisioterapeuta. Como me sinto? Tranquilo, na verdade. Esse é o momento para deixar de lado as minhas metas de atividade física e fazer o tratamento, por hora conservador, sem cirurgia. Se preciso, ali na frente, operar, iremos em frente.

 

É do jogo.

 

Nada disso, porém, tira a felicidade pessoal, minha, intransferível, pelo meu anoversário de cinquenta anos, daqui a dois dias. Nem o imposto de renda, que vou fazer logo depois de terminar de escrever essa Sopa que você, estimado leitos está lendo agora, nesse domingo de chuva.

 

Até. 

sábado, abril 02, 2022

Sábado (e a vinícola)

      Vinícola Campotinto
                                        

                                        Carmelo, Uruguai

                                        Fevereiro/2022


                                        Bom sábado a todos.

                                        Até.