sexta-feira, março 31, 2023

Perdidos Mães e Filhos (16)

 A Viagem (4).

 

Quando, na segunda-feira pela manhã, havia retirado o carro na locadora, ainda no estacionamento do aeroporto de Malpensa, havia conferido e fotografado todos os arranhões e amassados existentes no carro antes de eu começar a dirigi-lo. O nível do combustível, em 3/4 de tanque, também (e só iria notar que havia sido registrado como tanque cheio mais no final da viagem...). Parecia tudo certo.

 

Parecia.

 

Agora, no segundo dia de locação, no litoral, acabara de acender uma luz de manutenção no painel, em plena autoestrada. Verificando no manual do carro, indicava necessidade de reposição de AquaBlue, seja lá o que isso fosse. Primeiro pensei em que poderia ser algo a ver com líquido anticongelante (era inverno, mas não estava tão frio naqueles dias), mas não tinha como saber. A solução foi parar em um posto de abastecimento e perguntar.

 

Como o leitor pode já saber, eu NÃO falo muitos idiomas, mas tenho – ao menos – noções bem básicas de alguns, um inglês modestamente bem bom, e uma disposição de me comunicar. Ao chegar no posto, desci com o manual do carro na mão e fui “conversar” com as atendentes. Não falavam inglês, óbvio, mas conseguimos nos entender. Iriam repor o AquaBlue (que parece ser um fluido hidráulico baseado em água, seja lá o que isso for, afinal, enquanto motorista/mecânico, apenas sei andar para frente, como costuma resmungar/brincar meu pai). Achei que seria algo como uma garrafa de meio litro, mas não. Ela veio com uma bombona de uns 5 litros desse fluido e colocou tudo. Quanto custou a brincadeira? Quarenta e dois euros...

 

Manutenção feita, seguimos em direção às Cinque Terre.

 

Assim como no longínquo ano 2000, quando a Jacque e eu optáramos por visitar apenas uma das cinco cidades que compõe esse famoso destino turístico, decidimos visitar apenas Vernazza, cidade que inspirou a vila de pescadores retratada na animação Lucca. Lembrava que deveríamos deixar o carro num estacionamento e fazer o quilômetro final em descida até a cidade caminhando.

 

Após sair da estrada principal (A12/E80), seguimos por uma longa, sinuosa e estreita estrada até lá. Eu, dirigindo nosso quase ônibus, e as meninas entre encantadas com a vista e aterrorizadas pela estrada. A viagem é lenta, com literais paradas ao cruzar com outros carros para evitar colisões, de um lado da estrada o morro e do outro a queda. Algumas tornantes (curvas de 180º subindo ou descendo). Uma distância não longa que nos tomou um bom tempo. Completamos o percurso sem intercorrências e com todos me respeitando muito mais como motorista...

 

Ao chegar no limite permitido para carros não locais, não havia estacionamentos. Após perguntar para um cidadão que passava, deixei o carro ali mesmo, no acostamento, junto com outros poucos ali “estacionados” e iniciamos a parte final para chegar em Vernazza. O trajeto, em descida, é de cerca de 1,5km (segundo o Google Maps). 

 

Iniciando a descida


Já nessa primeira caminhada mais ou menos longa (caminharíamos muito mais durante a viagem) evidenciou-se um “desacordo” entre o grupo, ou, para ser mais específico, entre o grupo e eu: a velocidade, o ritmo de caminhada. E, para ser honesto, não é um conflito nenhum pouco novo. Eu, tradicionalmente, SEMPRE caminho mais rápido que o grupo. De verdade. Porque eu NÃO consigo caminhar lentamente, tipo aquele “passinho shopping center”, porque ele me cansa mais, provoca dores musculares e em joelhos e quadril. 

 

Desde que começamos a viajar em grupo, esse fenômeno acontece.

 

Não é por mal, nem de um lado e nem de outro. Temos ritmos diferentes, apenas. Eu ando mais rápido e depois espero, por mim tudo bem, mas é claro que reclamam de mim... nada que atrapalhe a viagem, óbvio.


Vernazza


Fizemos todo o trajeto em descida até uma Vernazza fora de estação. Algumas obras, construções, muitos estabelecimentos fechados. O tempo, contudo, continuava belíssimo. Fomos até o porto para apreciar a beleza da cidade, ver o Mediterrâneo e o sol da tarde (apesar de ser ainda antes das 15h). A igreja local, cujas janelas têm vista para o mar, é outro local de beleza ímpar.


O Mediterrâneo


Tudo muito bonito, mas precisávamos de um banheiro e almoçar, não necessariamente nessa ordem. Entre os poucos locais (ainda) abertos, optamos por comer na Antica Osteria Il Baretto. Belo almoço, regado a vinho para as meninas, exceto a Marina, óbvio, e para mim, o motorista. Comemos com calma antes de iniciar a volta até o carro, um quilômetro e meio para cima, e depois retornando pela mesma longa, sinuosa e estreita estrada até podermos seguir em direção ao destino de final de dia.

 

Lucca. 

 

Até.

quinta-feira, março 30, 2023

Perdidos Mães e Filhos (15)

 A Viagem (3).

 

Primeira manhã em solo italiano, primeiro café da manhã de hotel.

 

Acordamos em uma manhã fria de inverno em Rapallo, Riviera Italiana, com sol e céu de um azul profundo. O primeiro café da manhã da viagem foi no Hotel Astoria. Frutas, pães, iogurte, cereal e o tradicional capuccino (que em vários momentos da viagem viria meio frio, para desgosto da Marina). Antes do checkout, caminhada em frente ao mar com fotos. Tínhamos um dia longo de viagem, mas não em termos de distâncias, devo dizer. 

 

Após o checkout, saímos com o carro no sentido de Gênova, pela SP227 (Strada Provinciale 227 di Portofino), que liga Rappallo a Santa Margherita Ligure e Portofino. Terça-feira de manhã, obras na rodovia, trânsito lento, mas não tínhamos pressa. De Rapallo até Portofino são apenas 8km, com St. Margherita no meio do caminho. Fomos direto de carro até Portofino e, mais uma vez (por incrível que pareça) não paramos em Portofino.

 

Ao longo dos últimos vinte e poucos anos, estivemos, a Jacque e eu, ao menos três ou quatro vezes em Portofino, mas NUNCA conseguimos parar lá. Portofino é uma vila de pescadores a sudeste de Gênova que desde os anos 50 do século passado começou a atrair turistas. Virou, ao longo do tempo, um destino requintado, com hotéis luxuosos e iates que ancoram em sua baía no verão europeu. Os acessos a ela são por via marítima ou por uma estrada estreita e cheia de curvas que termina em uma praça com poucas vagas de estacionamento e um estacionamento subterrâneo em que tentamos ficar em 2014, com nossa van maior do que a que estava dirigindo agora e que, após quase raspar a lateral em uma parede enquanto descia ao subsolo, desistimos de ficar lá.

 

Dessa vez, nem tentei entrar no estacionamento. Com todas as vagas da praça tomadas, e nem um pouco interessado em correr riscos, fizemos o retorno e voltamos em direção à Santa Margherita. O trajeto é belíssimo, com o mar da Ligúria ao lado sol e céu azul. Paramos em meio ao caminho para apreciar a vista e fazer algumas fotos.

 

Paramos, a seguir, em Santa Margherita.

 

Deixei o carro em estacionamento público com parquímetro e fomos fazer uma rápida visita à cidade. Santa Margherita é outras das joias da Riviera de Levante Italiana, bem maior que Portofino (mais de dez mil habitantes), e em localização privilegiada a beira do mar. Dizem que parece uma praia da Côte D’Azur, e no verão é bem movimentada. O inverno, por outro lado, é bem tranquilo.

 

Às vezes, até demais.

 

Como em uma noite de dezembro do ano 2000, quando a Jacque e eu, vindos de Pisa com uma pequena parada em Vernazza, acabamos pernoitando em Santa Magherita. Hotel Regina Elena da rede Best Western, com tarifa com grande desconto por ser dia da semana e dezembro (baixíssima estação na praia). Hospedados lá, saímos para jantar mais ou menos perto hotel, mas fomos de carro. Boa janta, tudo certo, na hora de retornar entro em uma rua sem saída (era um tempo sem GPS ou Waze). Noite, rua escura. Para o carro, confiro o retrovisor, engato a ré e...

 

Bato em um carro atrás de mim!

 

Incrédulo, desço do carro ao mesmo tempo em que um cidadão desce do seu carro. Ele havia surgido do nada, e com os faróis apagados! Nos olhamos e tudo o que digo é “Scusi! Scusi!”. Ele chega, olha nossos carros (eu olhando junto), bate com a mão no seu para-choques, constatamos que não aconteceu nada em nenhum dos carros, e acabamos indo embora. Alívio.

 

O nosso passeio, a partir da Piazza Vittoria Veneto, seguiu pelo centro, pela Via Palestro, rua para pedestres com diferentes lojas. Parada para um café e ida ao banheiro no Café Vélo, com tema de ciclismo. Lá, moradora de Barcelona, habituada também com os Starbucks da vida, a Roberta pediu um latte, enquanto eu pedi um espresso. O meu, como esperado, veio aquele mínima quantidade de café, e MUITO forte. Quanto ao dela, pediu e veio... leite! Puro, quente...  Acabou pedindo um espresso para acrescentar ao leite e ficou tudo bem. Foi também ali que a Karina comprou umas balas (que, segundo ela, pareciam mãe d’água) que eu fui comendo até quase o final da viagem.

 


Após o café, fomos visitar a Basílica de Santa Margherita.

  

Basílica di Santa Margherita Vergine e Martire, e Santuário de Nostra Signora della Rosa, situada na Piazza Caprera, é a sede da paróquia de Santa Margherita d’Antiochia. De arquitetura barroca, teve sua construção iniciada em 1658 e foi consagrada em 1770.  Vale a visita.


Basílica di Santa Margherita Ligure

 

De volta ao carro, nosso próximo destino era Vernazza, uma das Cinque Terre, onde pretendíamos almoçar. Sairíamos de Santa Margherita em direção à autoestrada no sentido de La Spezia, para desviarmos para a Vernazza mais a frente. Dirigindo numa velocidade boa, respeitando os limites de trânsito, o tempo de viagem até lá seria de entre 1h30 e 1h50. Foi quando acendeu uma luz no painel.

 

Aqua Blue.

 

Até.

terça-feira, março 28, 2023

Perdidos Mães e Filhos (14)

A Viagem (2).

 

Saíramos, finalmente, do Brasil em direção à Itália.

 

A viagem era uma viagem de retomada de viagens de férias em outro continente após a pandemia, também uma viagem que eu havia programado, me comprometido com, planejado fazer com minha mãe quando meu pai adoecera a ponto de não se recuperar mais, e era uma viagem de reencontro. Encontraríamos, já no Aeroporto de Malpensa, em Ferno, periferia de Milão, nos esperando porque chegaria na noite anterior, a Roberta, nossa afilhada, filha da Karina e prima mais velha da Marina, que, morando há alguns meses em Barcelona, conseguira se programar para fazer a viagem conosco. 

 

Seria, como dito, uma viagem de reencontro.

 

Ao desembarcar, passar pela imigração italiana, fomos pegar nossas malas. Apesar de terem sido etiquetadas como prioridades, nem todas saíram juntas. Ficamos esperando, a Karina ansiosa para reencontrar a Roberta, até que decidimos que ficaríamos esperando a bagagem da Mãe e a Kaká e a Marina iriam encontrar a Roberta, que nos aguardava. Foi, evidentemente, filmado e emocionante o reencontro. Eram seis meses sem se ver pessoalmente, apesar de se falarem por vídeo todos os dias, praticamente. Foi, claro, para nós outros também, pois o “furacão” Roberta faz falta no dia a dia...

 

Reencontros estabelecidos, lembrancinhas trocadas (meu chaveiro de guitarra...), a parte seguinte foi procurar a locadora do carro para retirá-lo. Havia, como já dito, reservado pelo site Booking.com, com seguro básico da locadora e cobertura total adicional pela Rentalcover.com. A locadora era a OK Mobility, e o carro – ao invés da Renault Espace – foi um Opel Zaffira, uma van para oito pessoas a diesel e com cambio manual. Ainda no balcão da locadora, o funcionário ofereceu o seguro total pela própria locadora, que declinei por já ter cobertura total. Sugeriu, por último, que eu tirasse fotos do carro no momento da retirada para o caso de algum problema, porque ele já vinha com alguns ‘arranhões’. Assim o fiz.

 


Nós e o carro



Malas hermeticamente armazenadas no porta-malas, numa primeira versão que seria melhorada posteriormente por sugestão da Roberta, e-Sim ativado e sinal de celular funcionando (menos para a mãe, para quem teríamos que comprar um chip em alguma loja), Waze acionado, deixamos o aeroporto em direção ao centro de Milão. Como havíamos chegado ainda de manhã, e nosso último destino do dia seria Rapallo, no litoral, a 190km dali, pouco mais de duas horas conforme estivesse o trânsito, resolvemos visitar ao menos a Piazza del Duomo, a Galeria Vittorio Emmanuelle II e almoçar por lá, antes de rumar ao litoral.

 

Levamos pouco mais de uma hora para chegar nos arredores da Duomo, e com ajuda da tecnologia encontramos um estacionamento público para deixar o carro, no primeiro momento de certa tensão no trânsito: o estacionamento era subterrâneo e nossa van, alta. Em uma avaliação rápida, concluímos que – óbvio - conseguiríamos entrar, e assim foi. Com todo cuidado ao descer pela rampa de acesso circular, chegamos no primeiro subsolo, onde encontramos uma vaga. Parecia apertada, mas era o carro que era largo. Com todo cuidado com a manobra (não tinha câmera de ré) fui colocando o carro na vaga, mas acontece de o carro se movimentar e dar um forte ruído de metal batendo. Paro, olho em volta, e nada. Movimento o carro, e o barulho acontece novamente. Olho de novo. Nada. Completo a manobra de estacionamento, descemos todos, verificamos o carro, que está intacto, até que olho para trás e havia dois cidadãos com movimentando uma escada de metal justamente próximos de onde estávamos! 

 

Precisava?

 

Aliviados, saímos do estacionamento próximos à Duomo, numa das ruas atrás dela. Lembrava do local porque eu havia estado lá em 2017, a trabalho, num congresso médico. O estacionamento, público, nos custou não mais que cinco euros, bem diferente de quando a Jacque e eu estivemos lá, no início dos anos 2000, e deixamos o carro num estacionamento pago (não público) que nos custou TRINTA EUROS (não converte, pois quem converte não se diverte) por três horas de parada!

 

O final da manhã em Milão era nublado e frio, algo em torno de 6ºC. Todos estavam felizes com a temperatura, pois vínhamos do escaldante verão de Porto Alegre. Menos eu, que – por um erro de planejamento – estava menos agasalhado do que deveria, e passei algum frio. Circulamos pela praça, primeiras fotos do grupo completo fora do aeroporto e com a Duomo por trás, todos sempre impressionados com a beleza e a imponência da catedral. 


Duomo, Milão

 

Decidimos almoçar e, para isso, seguimos pela Via Dante, que segue da região da Piazza del Duomo em direção ao Castelo Sforzesco. Algumas poucas quadras de caminhada, encontramos um restaurante onde decidimos almoçar: pizza, massas, e uma berinjela. Para beber, suco para a Marina, vinho para as outras e Coca-Cola para mim, o motorista.

 

Almoço tranquilo.

 

Após, fomos de volta a Piazza del Duomo, compramos ingressos e entramos na Duomo. Magnífica. Dali, atravessamos a praça até a Galeria Vittorio Emmanuelle II, onde passeamos e visitamos a livraria Rizzoli, de mesmo sobrenome das descendentes do meu sogro, Alfredo Rizzolli (a diferença na escrita decorre do registro na imigração quando chegaram ao Brasil no início dos anos cinquenta). 

 


As Rizzollis


Voltamos ao carro, saímos do estacionamento, e o Waze nos orientou o caminho para Rapallo. Optamos pela autoestrada A7 em direção à Genova e depois a A12/E80 no sentido de Rapallo. Estrada boa, após uma noite de avião, em determinado momento o cansaço começou a bater (em mim, basicamente, porque quase todas já tinham cochilado em algum momento no caminho). Paramos no primeiro Autogrill da viagem para um café e um lanche. Na saída, comprei um energético Monster e seguimos.

 

Animados após a parada e o energético, seguimos ouvindo música e falando de vários assuntos, entre eles “não foi com esse Marcelo” ou “a Joice”, até Rapallo. O hotel escolhido, exatamente ao lado do hotel em que ficáramos em 2014, chamava-se Astoria. Havia reservado dois quartos triplos, e recebemos um upgrade (noite de segunda-feira de inverno) para dois quartos com vista para o mar.

 

Ficaram em um quarto a Karina, a Roberta e a Marina e os outros em outro, ao lado. Nos instalamos, alguns tomaram banho (outros deixaram para antes de dormir) e saímos para procurar local para jantar. Caminhamos pela Lungomare Vittorio Veneto até encontrar uma pizzaria em que ficamos. As meninas comeram pizza e eu – como tradição – comi um espaguete com frutos do mar. Boa refeição, ótimas pizzas.

 

Caminhada com fotografias pela orla antes de voltar ao hotel. Havia sido longo o dia após a noite mal dormida do avião.

 

Rapallo, à noite



E a viagem estava recém começando.

 

Até. 

domingo, março 26, 2023

A Sopa (Perdidos Mães e Filhos 13)

 A Viagem. 

Quando pensamos em viajar, usualmente queremos utilizar todo o tempo disponível (feriado, férias) para a viagem, o que muitas vezes pode significar viajar no dia em que estamos entrando de férias. Quase como sair do trabalho direto para o aeroporto (ou rodoviária ou para a estrada de carro), e voltar no último momento antes de retornar para o trabalho ou outras atividades.  

Com o tempo, contudo, acabamos nos dando conta que talvez essa correria não seja a melhor alternativa, ou vamos envelhecendo e queremos fazer tudo com mais calma, de modo menos atabalhoado. É claro que não é assim para todo mundo, afinal as pessoas são diferentes – evidentemente – e não existe neste caso verdade absoluta. Cada um, cada.

 

Decidimos viajar num domingo, principalmente por uma questão de disponibilidade / preço de passagens. Poderia ter sido na segunda-feira, mas aí perderíamos mais um dia de viagem. E voltaríamos em meio ao carnaval, na madrugada de segunda para terça-feira, um dia antes da volta às aulas da Marina, que ocorreria na Quarta-feira de Cinzas. 

 

Fechamos o consultório na sexta-feira 03/02 e entramos oficialmente de férias. O curioso é que os três médicos do consultório (Luzinha, Jacque e eu) fizemos férias no mesmo período, mas não só isso. A Luciana, nossa colega de consultório, também foi para a Itália, saindo um dia depois e nós, e fazendo um roteiro no norte da Itália, mas não houve coincidência de roteiros e não nos encontramos por lá.

 

Nosso voo para Itália com a tradicional escala em São Paulo sairia de Porto Alegra às 10h da manhã e teríamos um tempo de conexão de cerca de seis horas. Vindos de diferentes partes da cidade (zona sul, zona norte e região central) nos encontramos direto no aeroporto em Porto Alegre. Voo tranquilo até Guarulhos. Desembarque, caminhada desde o terminal 1 até o terminal 3, e cerca de cinco horas de espera. O que fazer neste período?

 

Sala Vip.


Itaú Mastercard Black

 

Por possuir o cartão de crédito Itaú Mastercard Black, tínhamos – a Jacque e eu – direito a ficar na Sala VIP Mastercard Black no terminal 3. Fizemos um cálculo entre o quanto gastaríamos em alimentação no aeroporto durante o período de espera e como ficaríamos acomodados na área de embarque (até porque o terminal 3 não tinha ar-condicionado funcionando nesse local) versus o quanto custaria pagar para as três que não possuíam o cartão, e a matemática foi favorável ao conforto da sala VIP, onde ficamos até próximo o momento do embarque.

 

Que acabou atrasando...

 

O voo Guarulhos – aeroporto de Malpensa foi tranquilo, na medida do possível para quem é alto e vai na classe econômica. Pousamos em Milão pouco depois das 9h, desembarcamos, pegamos nossas malas (que demoraram mais que gostaríamos) e saímos.

 

Era hora de encontrar a Roberta.

 

Até.

sábado, março 25, 2023

Sábado (e uma foto de férias 5)

 

                Vernazza, Itália
               Perdidos Mães e Filhos
               Fevereiro/2023


              Bom sábado a todos.

              Até.                          

quinta-feira, março 23, 2023

Perdidos Mães e Filhos (12)

 A Ideia, Os Planos (11).

 

Aproximava-se a data da viagem. 

 

Grupo montado, passaportes em dia (havíamos feito o novo da Marina em dezembro), passagens compradas, estadias reservadas, seguros saúde em dia. Deveriam ser providenciados os meios de se pagar as despesas durante a viagem. O carro, e o apartamento em Roma estavam pagos. Faltava para o resto.

 

Sempre procurei reservar as estadias com a opção de não pagar antecipado, para podermos, em grupo, organizar os pagamentos enquanto viajássemos, em termos de divisão. A Jacque, a Marina e eu éramos uma unidade de pagamento, digamos assim, então todas as despesas que tínhamos em conjunto na viagem tinham seu valor dividido por seis e nós éramos, evidentemente, responsáveis por pagar 3/6, ou seja, metade. A Kaká e a Beta eram uma unidade (2/6, ou seja 1/3) e a Mãe era uma unidade individual (1/6). Assim era feita a divisão das compras coletivas em que um pagava para todos, e isso era registrado para que no final da viagem todos tivessem gasto de maneira igual.

 

Para a viagem, além de Euros que tinha guardado em casa de viagens anteriores, comprei alguma quantidade em espécie, mas a maior parte foi no cartão de débito. E voltei com quase todo dinheiro em espécie que levei, porque praticamente não se usa mais esse tipo de pagamento, em detrimento dos cartões de crédito e débito. Por uma “preguiça” ou desatenção minha, deixei de fazer esses novos cartões, tipo Nomad e Wise, que têm suas vantagens. Fica para a próxima.

 

Tudo certo para a viagem?

 

Quase.

 

Dois itens ainda faltavam: a carteira de motorista internacional e o chip para celular. Provavelmente não seria necessária a carteira de motorista internacional, mas vai saber. Fui fazer num CRV faltando 10 dias para a viagem. Paguei a taxa, preenchi os documentos, tudo certo, mas o funcionário me alertou que costumava levar 7 (!) dias úteis, pois dependia dos correios, e haveria o feriado de dois de fevereiro no meio. Talvez não chegasse. Fiz mesmo assim, afinal não era a primeira vez que a fazia com um prazo exíguo (culpa minha) e na outra vez tinha dado certo.

 

Deu certo. Pude ir buscá-la na sexta-feira anterior ao embarque.

 

Quanto ao chip de celular, poderíamos comprar lá, quando chegássemos, mas havia ouvido que não tinha loja que vendesse no terminal 1, onde desembarcaríamos, e usaria o Waze para circular por Milão. Por essa razão, acabei comprando um e-chip online (certamente foi mais caro do que comprar lá, mas paciência) que foi instalado após a compra e só seria ativado quando em solo italiano. Tudo certo, fiz para a Marina, a Jacque e eu, além de orientar a Karina. Só não conseguimos instalar no celular da Mãe porque o telefone dela não suportava e-chip. Iríamos comprar lá mesmo. Por último, a decisão do que levar para a viagem, e não falo de roupas e tal, pois tínhamos uma bolsa padrão para caber no porta-malas do nosso carro. Eu precisava decidir sobre levar a máquina fotográfica ou não.

 

Meu irmão é fotógrafo profissional e eu, evidentemente, não. Talvez por influência inconsciente dele, eu sempre tive um desejo, mesmo após o surgimento das câmeras digitais que foram se tornando melhores e menores, por uma daquelas tipo DSLR (digital single lens reflex)câmeras digitais que usam um espelho mecânico que reflete a luz que vem da lente para o visorque permitem trocar as lentes e tal. Quando comprei a minha primeira, foi por influência dele que comprei uma Nikon D50, ainda em 2006, quando eu morava no Canadá. Alguns anos depois, fiz um upgrade e comprei dele o corpo de uma D7000, que tenho até hoje.

 

Nikon D7000


Diversas viagens foram feitas com ela. Eu adorava sair com ela pendurada, com a bolsa das lentes e o tripé. Era uma tralha, mas era bem legal. Tenho fotografias maravilhosas de viagem com minhas Nikon. Não só de viagem, claro.

 

Mas o tempo e a tecnologia são implacáveis.

 

E os telefones celulares evoluíram a ponto de virem com capacidade de tirarem fotos de excelente qualidade. Não por coincidência, cerca de dez dias antes da viagem acabei trocando o meu iPhone XR comprado em 2019 e que estava com a parte de trás toda trincada, o que não me incomodava, mas que havia começado a dar problema no conector do cabo de alimentação, e estava com problemas para carregar a bateria. Como precisaria do celular para usa o Waze enquanto dirigisse, e para não correr o risco de ficar na mão, troquei ele por um iPhone 13.

 

Na véspera da viagem, quando estava terminando de organizar minhas coisas, já havia carregado a bateria da Nikon D7000 e separado o tripé quando parei e decidi que – dessa vez – registraria a viagem pelo celular. Como seria?

 

Ficaria sabendo em breve, porque a viagem iria começar.

 

Até.

terça-feira, março 21, 2023

Perdidos Mães e Filhos (11)

 A Ideia, Os Planos (10). 

A montanha.

Descobri, ao longo do tempo, que tenho uma atração, um fascínio muito grande pela montanha. Sua imponência, sua grandiosidade. A humildade que vem da constatação de que somos pequenos diante a imensidão do mundo. A altura, a proximidade do céu, o silêncio. Há algo de sagrado na montanha. A montanha chama, a montanha me chama.

 

Tenho o sonho secreto de algum dia morar em uma cidade próxima à montanha. Onde a sua presença permanente no campo de visão seja uma lembrança de que há algo maior que nós. Isso, a montanha é uma experiência religiosa. Ao longo dos anos, tive a oportunidade de visitar alguns lugares de montanha, e todas as experiências foram especiais, de certa forma.  

 

Mont Blanc, 1999, minha primeira vez na montanha


A primeira vez que lembro dessa sensação não foi quando primeiro subi uma grande montanha, o Mont Blanc, a mais alta montanha dos Alpes, lá em 1999, com os Perdidos na Espace. Foi uma experiência impactante, mas ainda não foi essa a que me causou o encantamento que só iria aumentar com o passar dos anos. Também não foi no final do ano 2000, quando – ao chegar no extremo norte do Lago di Como – decidimos subir a montanha e entrar na Suiça para uma rápida parada (sem ao menos fazer câmbio) em St.-Moritz, ou quando – dias depois – chegamos (minha primeira vez) em Ortisei, no Val Gardena, norte da Itália, antes de seguirmos para Rasun di Sopra, bucólico vilarejo onde passamos a noite de Natal, e depois cruzamos os Alpes pela Passagem de Brenner, entrando na Áustria e seguindo para a Alemanha e depois França, terminando a viagem em Paris.


Chegando a Rasun di Sopra, véspera de Natal de 2000

 

Não, ainda não havia sido dessa vez.

 

Foi um ano e pouco depois, em fevereiro 2002, quando – vindos da França – atravessamos os Alpes pelo Túnel de Frèjus, vindos de Aix-les-Bains (onde provamos um dos melhores soup d-ognions de nossas vidas) e seguimos até Turim, onde ficamos uma noite antes de seguir para o Val d’Aosta. Foi ali, em Turim, que visitamos a Basília di Superga, que fica em seus arredores, em um morro. De lá, avistando a cidade abaixo e, ao fundo, as montanhas com neve, que me encantei definitivamente com a montanha.

 

Turim e os Alpes ao fundo


Ao longo do tempo a partir desse momento, sempre que possível tentamos incluir em nossos roteiros uma passada perto da montanha. Nessa mesma viagem, de 2002, foi quando pela primeira vez tive a experiência de dirigir na SS48 (Strada Statale 48), a Grande Rodovia dos Dolomitas, estrada cênica pelas montanhas que foi construída entre 1901 e 1909 com o objetivo de ligar Bolzano e Cortina D`Ampezzo, e – com algumas passagens de montanha - foi considerada, à época, um dos grandes feitos da engenharia do século 20.


Jacque e os Dolomitas, 2002

 

Nossa rota, nessa primeira vez em 2002, começou em Cortina D`Ampezzo, de onde chegáramos vindos de uma noite em Pordenone, onde havíamos ficado após sair da Áustria (após sermos multados na estrada por não termos comprado o selo para circulação nas autoestradas, ao sair de Graz, cidade-natal do Arnold Schwarzenegger, mas tudo isso é outra história). Após passarmos duas noites com muita neve em Cortina, descansando, passeando um pouco e assistindo às Olimpíadas de Inverno, começamos a cruzar os Alpes pela SS48.

 

Passo Sella, fevereiro/2002


Numa sequência de vistas impressionantes, passamos por três passagens de montanha, o Passo di Falzarego (2105m), o Passo Pordoi (2239m) e Passo Sella (2218m), terminando esse trecho em Ortisei, antes de seguir para Madonna di Campiglio, outra estação entre as principais da Itália (onde inclusive a Ferrari faz eventos lá).   

 

A partir daí, o meu fascínio pela montanha só aumentou e, sempre que possível, algum roteiro de montanha fazia parte de nossos roteiros (ou apenas a visão dela). Na primavera de 2003, quando – vindos da Alemanha e Áustria – cruzamos o Passo Thurn (1274m) rumo à Cortina D’Ampezzo fora de estação, começo do outono. No inverno de 2004, Bariloche com os amigos Pedro e Zeca, sobrevoando os Alpes no voo que ligava Frankfurt e Milão em 2005, quando fiz questão de me sentar no assento da janela. 


Bariloche, 2004, "esquiadores"

 

 

Avançando no tempo, 2007 fizemos novamente uma viagem dos Perdidos, intitulada ‘Se Achando’, e teve o seu momento montanha. Ao chegarmos por Paris, pegamos o carro no aeroporto e seguimos direto à Annecy, uma cidade alpina no sudeste da França, onde o Lago Annecy deságua no rio ThiouFicamos a primeira noite lá e seguimos, já subindo, até Chamonix, estação de esqui no lado francês do Mont Blanc. Dessa vez não subimos a  montanha e, após um passeio e um café, seguimos para um pequeno trecho na Suiça, cruzamos o Passo de Forclaz (1527m) e entramos na Itália através do Passo de Gran San Bernardo (2469m) para chegar em Aosta, principal cidade do Val D’Aosta italiano, cercada de montanhas, e no outro dia ainda visitar Breuil-Cervinia estação de esqui a 2006m de altitude aos pés do Matterhorn. 



Passo de Forclaz, Suiça, 2007


Nosso (Jacque, Marina, Karina e eu) próximo contato com a montanha foi em 2013, no Canadá. Após uns dias em Toronto, fomos para Calgary, na província de Alberta, e daí para os Parques Nacionais de Banff e Jasper, montanhas e montanhas, e seguimos até a British Columbia de carro, com vistas inesquecíveis.

 

Banff, Rochosas Canadenses, 2013


Quando fizemos a viagem para Itália em família organizada pelo meu sogro, em 2014, fomos, após visitar Trento e Verla Di Giovo, sua cidade natal e – uma vez mais – em Ortisei. Essa é uma das principais cidades do Val Gardena (junto com Selva di Val Gardena e Santa Cristina). É uma famosa e movimentada estação de esqui, com muitos quilômetros de pistas para todos os níveis de esquiadores. A região também é conhecida pelo artesanato em madeira, produzindo altares, santos para igrejas e presépios em madeira, além de bonecas. A culinária, do norte da Itáia, também, é destaque. Cogumelos, polenta, risotos, estão entre os ingredientes e pratos de destaque.


Ortisei, Val Gardena, junho/2013

 

Como eu dizia, nossa rota começava ali, na SS242 saindo de Ortisei, passando em sequência por Selva di Valgardena e Santa Cristina de Valgardena, todas elas pequenos resorts de inverno cuja estrada as atravessa no meio para, então começar a subir a montanha em direção à primeira das passagens de montanha, o Passo Sella, a 2218m de atitude, distante apenas 17km de Ortisei. Dezessete quilômetros de uma estrada estreita e subindo, com vistas fantásticas. Seguindo o trajeto, cruzamos o Passo de Pordoi e fomos até Cortina D’Ampezzo, onde dessa vez paramos só para almoçar.


Passo de Pordoi, 2014


Saindo de Cortina, seguimos pela SSS-1 pelo Parco Naturale Fanes-Sennes-Braies até Dobbiaco e depois Rasun di Sopra (onde passara o Natal de 2000), em pleno verão. Ficamos no mesmo hotel (Andreas Hofer) e, quando fomos passear “no centro da cidade”, encontramos apenas a igreja, o centro comunitário e um misto de mercado com agropecuária... De qualquer forma, valeu.

 

Depois desse longo introito, imagino que o leitor já tenha entendi o meu fascínio pela montanha. Quando planejávamos a viagem, estava evidente que algum destino de montanha teria que estar incluído no roteiro. Duas questões a resolver: nosso tempo estava ficando escasso pela grande volta que nos propuséramos dar, e – pode ser final de semana de inverno – as opções de hospedagem estavam ou restritos ou muito caras. Como uma quase tradição, e em virtude do nosso roteiro (estaríamos próximos à Verona, nas margens do Lago di Garda), decidimos visitar Ortisei. Destino já conhecido, mas sempre bom retornar.

 

O problema foi justamente o citado anteriormente: os poucos hotéis disponíveis para o sábado de carnaval estavam com valores fora da (nossa) realidade. Mesmo. Assim como em Verona, a opção foi procurar locais na região, mas não necessariamente na cidade. Em meio às pesquisas, encontrei um chalé para alugar em Meltina, cidade a cerca de 30km ao norte de Bolzano. O chalé era muito legal, e ficava num local meio isolada, em meio às montanhas. Ia ser nossa última estadia antes da noite que passaríamos em um hotel próximo ao aeroporto de Milão, então achamos legal a ideia de ficar em um lugar isolado.

 

Isolado demais, devo confessar.

 

Conto depois.

  

Até.

domingo, março 19, 2023

A Sopa (Perdidos Mães e Filhos 10)

 A Ideia, O Plano (9).

A viagem das estadias insólitas. 


Não exatamente, para ser honesto. Talvez “algo diferentes”, “meio que alternativas”, fosse uma expressão melhor. Ou não, sei lá. Quero dizer que não ficamos apenas em hotéis dessa vez. Variamos um pouco as estadias, mas em nenhum momento abrimos mão de conforto, afinal não somos hippies e nem selvagens, além de a média de idade do grupo ser maior do que quarenta anos. Não tenho (não temos) mais idade para passar necessidades em viagem.

 

Quando o preço da diária era critério maior para a escolha do hotel, ficamos em alguns lugares, digamos assim, alternativos. Não que fossem ruins, mas nem sempre eram os melhores classificados entre os disponíveis. Como o objetivo sempre foi usar o hotel apenas para dormir, excetuando-se nas vezes em que fomos a resorts – em que o objetivo era aproveitar o local -, nunca foi uma preocupação. 

 

Em nossas vezes na Europa antes de 2014, o sistema de escolher o hotel quando chegávamos na cidade em que ficaríamos à noite, e isso acontecia principalmente em cidades menores, consistia em escolher o hotel baseado em algum guia impresso que tivéssemos, em eu chegar na recepção para saber da disponibilidade de vagas e, se positivo, pedir para ver o quarto. Se tarifa, disponibilidade e quarto estivessem OK, ficávamos ali. Quase sempre funcionava. Quase sempre...

 

Como quando chegamos em Landsberg Am Lech, sul da Alemanha, após não termos encontrada hotéis vagos em Augsburg, em 1999, na viagem original dos Perdidos. Influenciado pela nossa estadia no dia anterior, em Rothenburg ob der Tauber, em que ficáramos no Meistertrunk Hotel, que tinha camas com edredon e travesseiros de pena de ganso e tivéramos uma noite maravilhosa, que acabei desdenhando o hotel cujos quartos não pareciam tão bons quanto os da noite anterior. O resultado foi que acabamos em Munique, no já falado hotel do “dormir logo para acordar logo para ir embora logo”.

 

Ou quando, visitando a Sicília, em 2005, a Jacque, os pais dela e eu, chegamos à noite em um hotel em Agrigento e entrei para o “ritual” de escolha do hotel, pedi para ver o quarto e o “gerente” do hotel, lavou toda louça que havia numa pia antes de mostrar as acomodações. Demorou, e eles me esperando no carro, sem entender a demora. Claro que não ficamos naquele hotel (vai que o próximo a ter que lavar louça fosse eu...).

 

Quando estávamos organizando a viagem, já na fase da escolha das estadias, e a partir do camping escolhido em Florença, decidimos escolher, se possível, estadias um pouco diferentes. Após Florença, a próximo destino escolhido foi em Volterra, na Toscana, não muito longe de San Gimignano. Pesquisei hotéis, casas no campo, apartamentos. Entre as opções, surgiu um antigo mosteiro transformado em pousada.

 


A entrada do Chiostro delle Monache 


Por votação unânime, optamos pelo Chiostro delle Monache

 

Reservei um quarto família, para os seis viajantes.

 

Era, no final das contas, um hostel... e foi legal.

 

Em Montepulciano, a escolha foi por um hotel, fora do centro.

 

Tentamos ficar em Verona, mas as estadias estavam escassas e/ou muito caras. Nossa ideia era usar Verona também como base para irmos à Veneza. Foi um dos lugares que estava mais difícil de encontrarmos onde ficar, por isso decidimos ampliar o escopo da pesquisa. Lembrei, então, de Peschiera del Garda, às margens do Lago di Garda, cerca de 30 minutos de Verona. Entre as opções na cidade, acabamos reservando um apartamento. Ficaríamos duas noites lá, para poder visitar Verona e Veneza.

 

Depois disso, subiríamos a montanha.

 

Então, o último lugar em que ficaríamos antes de retornarmos às proximidades do Aeroporto de Milão (Malpensa) seria nos Dolomitas, perto da fronteira com a Áustria, sul do Tirol, na região do Trentino-Alto Ádige (Südtirol). Um dos lugares mais lindos do mundo, na minha opinião, que não me canso de revisitar.

 

Mas aonde, exatamente, ficaríamos?

 

No meio do nada. Literalmente.

 

Conto em breve, conto em breve.

 

Até.