terça-feira, junho 30, 2009

Bem Pouco

Agora é só dormir e amanhã cedo, antes das 9h, estarei trabalhando mas me sentindo de férias, ao menos até a próxima semana.

É assim mesmo, paciência.

Até.

segunda-feira, junho 29, 2009

Etapa

Passada a primeira parte, amanhã cedo inicia-se a segunda.

Serão, então, vinte e quatro horas de preparação até o final.

O resultado não é o mais importante, por incrível que pareça.

Até.

domingo, junho 28, 2009

A Sopa 08/47

Uma lembrança e um pensamento.

Há um tempo, não lembro bem quando, escrevi numa Sopa sobre a minha churrasqueira que não existe (assim como o bar da cerveja imaginária, mas isso é outra estória). Só para atualizar: como moro num apartamento relativamente antigo – do início dos anos 80 – apesar de ser um ótimo apartamento, daqueles para se morar a vida toda, ele não tem churrasqueira, o que é motivo de frustração de minha parte.

Não que eu seja um cara que faria churrasco todos os dias. Existem pessoas que me conhecem bem que dizem que – mesmo se eu tivesse uma churrasqueira em casa – eu não faria churrascos assim como posso induzir você, caro leitor, a imaginar. Mas não é esse o problema. Fazer ou não é uma questão secundária. O importante é poder fazer. É existir a possibilidade.

Sei que falo nisso com certa frequência, mas cada vez mais me convenço que a felicidade e a infelicidade das pessoas está relacionada a isso, a poder ou não, à capacidade de fazer ou não. O entendimento disso pode levar as pessoas à paz de espírito definitiva. Ou não, sei lá. De qualquer forma, o conceito da churrasqueira que não existe serve para as mais diversas situações.

Lembro que quando morava em Toronto, dos invernos canadenses. Muito frio, neve, e – vez que outra – nenhuma vontade de sair de casa. Alguns finais de semana em que conseguia ir ao supermercado na sexta-feira à tarde era passados inteiramente sem sair de dentro de casa, apenas olhando a paisagem branca da rua vista do vigésimo-primeiro andar, lendo, escrevendo e assistindo televisão. Achava o máximo, mas somente porque era minha escolha, eu podia ficar em casa se quisesse. Por outro lado, se eu fosse obrigado a ficar em casa provavelmente eu acharia uma situação de tédio extremo, porque eu não teria escolha, evidentemente. Mesmo que fosse por uma causa nobre, o que diminuiria um pouco a sensação, mas não muito.

Como o caso de uma querida amiga que está em repouso absoluto em casa devido a uma gravidez de gêmeos. A causa é a mais nobre possível, a motivação é total, mas mesmo assim imagino que ela esteja se sentindo presa, e entediada. Simplesmente porque não é por escolha (ficar em casa, não a gravidez), mas uma necessidade. Que sabemos ali na frente vai dar o melhor resultado do mundo, mas que não deve ser fácil mesmo. Fica aqui minha solidariedade.

Mas eu falava de ter possibilidades.

Sabemos que quanto mais envelhecemos, menores são as possibilidades que temos na vida. Em tese, claro. Pois o mundo está cheio delas, é só olhar direito, e elas não são incompatíveis com a vida que levamos, com o crescer, ter responsabilidade, etc e tal. O que muda é que não podemos querer ter as mesmas possibilidades que tínhamos aos doze ou dezoito anos com trinta e sete.

Primeira namorada é só uma vez, por exemplo.

Para pensar.

Até.

quarta-feira, junho 24, 2009

O inverno e a espera

As noites não serão mais longas do que têm (perdeu-se 0 acento ou não?) sido. Ficarão, na verdade, mais curtas até o solstício de verão, como sempre foi e sempre será. Nada muda, ano após ano, ou - melhor - nada parece mudar, assim num sentido cósmico (ou cosmológico?). Mas sabemos que, mesmo imperceptivelmente, tudo muda.

Nada do que foi será o mesmo que já foi um dia.

Dia primeiro de julho é uma data esperada, de alívio, independente do que acontecer (e não falo, de forma alguma, de futebol, não sejam tão óbvios).

O inverno traz introspecção. E bons vinhos.

Até.

domingo, junho 21, 2009

A Sopa 08/46

Histórias de táxi.

Fazia tempo que não viajava a trabalho, o que proporciona trajetos percorridos de táxi entre o aeroporto e os locais onde vou ficar ou trabalhar. No tempo em que morava em Toronto, diversas vezes fiz o trajeto entre o aeroporto e a minha casa, e, em praticamente todas tinha agradáveis e instrutivas conversas com os motoristas, na maior parte das vezes paquistaneses ou indianos.

Estive, no meio da semana que ora termina (gosto de considerar o domingo o dia final da semana, criando o paradoxo que o meu primeiro dia da semana chama-se segundo, mas tudo bem), em São Paulo para um curso de dois dias no InCor. Em três momentos, na chegada à São Paulo, no trajeto de volta ao aeroporto de Congonhas e voltando do Aeroporto Salgado Filho até aqui em casa, pude trocar interessantes idéias com os taxistas.

Na chegada à São Paulo, à medida que o avião se aproximava do aeroporto, avistei o estádio do Pacaembu iluminado para o primeiro jogo da final da copa do Brasil, no exato momento em que o Corinthians entrava em campo, concluí pela quantidade de fogos que pipocavam logo acima do campo. Já em terra, peguei o táxi em direção ao Jardim Paulista, onde ficava a pousada em que me hospedei. Durante o trajeto, silêncio, nem rádio e nem música tocando. Pergunto ao motorista se as luzes à frente eram do Pacaembu. Ele diz que não (óbvio) e pergunta se me interesso por futebol. “Ligeiramente”, minto. Pega o seu celular e sintoniza numa tevê. O Inter perdia...

Cheguei ao hotel durante o intervalo, liguei pro Radica, meu irmão que mora lá há quase dez anos, e decidimos dar uma volta: acabamos num pub onde havia um imenso telão e dezenas de corintianos torcendo. Como já estava dois a zero, fiquei de costas para a tevê e virava apenas discretamente quando havia alguma alteração no ânimo deles.

Na sexta-feira, quando voltava para Congonhas de táxi, o assunto foi novamente futebol, mas o motorista, são-paulino, discutia sobre a eliminação do seu time na Libertadores da América.

A chegada em Porto Alegre foi mais interessante.

Peguei o táxi no aeroporto para ir até em casa, e fomos conversando o tempo todo, desde sobre o melhor trajeto para chegar aqui me casa, sobre saber nome de ruas e rodovias, o que levou a confissões do motorista, contando que havia feito, há muitos anos, concurso para escrivão de polícia e que fora o nono melhor na prova de conhecimentos (era mais de dez mil inscritos!) mas que tinha sido reprovado no psicotécnico, o que só ocorreu porque “não era parte do esquema”. Pensava eu no que ele teria dito para ser reprovado quando o assunto mudou para a educação e gentileza no trânsito.

Tudo porque ele deu passagem a um carro que queria entrar na rua em que estávamos. Comentou que as pessoas deviam ser mais gentis e solidárias no trânsito, afinal só tínhamos uma vida e que essa era curta, não valia a pena brigar por tão pouco. Que as pessoas não se davam conta disso, que havia coisas mais importantes na vida, e estar de bem com o mundo era uma delas.

Falou tudo.

Até.

terça-feira, junho 16, 2009

Rapidinha

Vou até ali, São Paulo, e já volto.

E não é por causa de futebol, não.

Até.

domingo, junho 14, 2009

A Sopa 08/45

Diz a “sabedoria popular” que ir a Roma e não ver o Papa não é ir a Roma, assim como ir à Paris e não subir na Torre Eiffel é não ter visitado Paris. OK, confesso, então, eu nunca fui nem a Roma nem à Paris, se esses critérios forem os determinantes, os definitivos. Quanto tempo e dinheiro desperdiçado visitando isso que podemos chamar, então, de espectros, simulacros talvez, das duas cidades!

De qualquer forma, seja lá que nome dêem a esta cidade que não é Roma, que por não ver o Papa visitei pensando ser a capital da Itália (se bem que o Papa não mora na Itália e, por extensão, não pode morar em Roma já que a última é parte da primeira, e o Papa vive no Vaticano, estado independente, bom… deixa prá lá…) e – por segurança e tradição joguei uma moedinha sobre o meu ombro (esquerdo? direito? já não lembro) na Fontana de Trevi para poder voltar a esta cidade que – já disse – eu pensava ser Roma. Assim como, ao percorrer caminhando o trecho entre os jardins do Trocadero até o Arc du Triumph e daí pela Champs Elysees até a Place de la Concorde e desta até o nosso hotel perto da Sorbonne, na madrugada de primeiro de janeiro de 2001, a primeira madrugada do milênio, sob uma chuva fria e constante, nós (a Jacque, o Caio, a Aline, o Magno e eu) não estávamos em Paris, mas em algum outro lugar ou dimensão, tudo por culpa minha, que não subi para apreciar a vista do alto da torre.

Ficou claro que não simpatizo com essas “obrigações turísticas”. O mais legal de uma viagem é simplesmente andar, descobrir a cidade – seja ela qual for – por conta (claro que seguimos orientações de um guia – o meu preferido é o Fodor’s), mas sempre temos a possibilidade e a liberdade de visitarmos alguns lugares fora do roteiro mais tradicional. Talvez por isso nunca tenha viajado de excursão.

Nada contra quem viaja desta forma, absolutamente. Só que não é pra mim. Talvez um dia seja, mas não por enquanto.

Porém, contudo, entretanto, fugi do que queria falar.

Quando em Paris, não dá para não ir ao Louvre… Brincadeira, claro que dá. Mas eu fiz questão de ir, porque – ao contrário de subir na Torre Eiffel – me senti compelido a ir. Um imperativo moral, expressão que gosto muito mas devo evitar usar com freqüência para não banalizá-la. Museus são locais que eu sinto dever de visitar.

Mas o Louvre não é um museu fácil. É muito grande, é um mar de coisas a serem vistas. Claro, não dá para ver tudo numa visita, é extremamente cansativo, fisica e mentalmente falando. Existem outros museus que se pode fazer isso, comprar o guia explicativo das obras do museu e visitá-lo olhando obra por obra, cada escultura e cada pintura, mas o Louvre não. Pelo menos não em uma única visita. O ideal é fazer várias visitas. Se não é possível, dá para estudar um roteiro das principais (“mais famosas”) obras, só ir vê-las e sair.

Agora – e finalmente chego ao que eu queria dizer desde o início – dá para se ter uma idéia boa do museu, de suas obras, fotos do exterior do museu, da pirâmide e dos Jardins da Tulleries. É só visitar o site do museu aqui.

Vale à pena, se não para planejar uma visita, ao menos para sonhar com uma.

Até.

(publicado originalmente em setembro de 2005)

quinta-feira, junho 11, 2009

Feriado

Lógica por trás do dia de hoje.

O bom de um feriado na quinta-feira é que hoje é domingo e amanhã já é sexta.

Até.

domingo, junho 07, 2009

A Sopa 08/44

Vítor Ramil, brilhante músico e escritor gaúcho, fez – há mais de vinte anos atrás – uma versão para a música Joey, do Bob Dylan. Ao invés de Joey, o título era Joquim, e contava uma história que se passava na primeira metade do século XX, no “fim do fundo da América do Sul”.

Foi o caçula de sete irmãos, e cresceu com o dom da invenção. Pelo chapéu que usava, era conhecido como “louco do chapéu azul”. Muito cedo foi expulso de alguns colégios, o que o fez desistir da educação formal. Com o dinheiro que ganhar vendendo alguns de seus inventos, reformou uma pequena oficina e levou para lá seus livros, seus projetos e muitas roupas de lã, afinal estava sempre com frio e fazia de tudo para “matar esse inimigo invisível”.

Revolucionário que era, acabou sendo preso por suas idéias libertárias. Mandado para a capital, foi jogado numa cela obscura “entre o começo do inferno e o fim do céu”, onde depois de muitas histórias a sua mulher enfim o encontrou. Apesar disso, ficou ali por mais dois anos, “sempre um homem livre apesar da escravidão”. As grades, o frio, mas novos projetos, entre eles um avião.

Depois de sair da prisão, Joquim voltou para o sul, onde construiu o avião baseado apenas nas lembranças do que escrevera na prisão. Tentou patentear o projeto, mas esbarrou na burocracia e nos meandros dos gabinetes da capital. Arrasado, voltou para casa. Passou algum tempo deprimido, até que raspou completamente a cabeça e voltou com velha força triplicada por tudo o que passou.

Iniciou uma furiosa campanha de denúncia e protestos contra os poderosos, jogou livros e panfletos do avião e foi implacável em discursos notáveis. A reação do “poder” veio logo: uma noite incendiaram sua casa e lhe deram quatro tiros. Olhando tudo do meio da rua, ele “viu as balas chegando lentamente”. Agonizando, quase sem forças, foi acudido por um amigo, a quem disse: “me dê apenas mais um tiro por favor, não há nada mais triste que um homem morrendo de frio”.

Corta.

Desde que viajei de avião pela primeira vez, sempre tive a tranqüilidade de saber que viajava no segundo meio de transporte mais seguro do mundo (o primeiro é o elevador). Nunca tive medo, nem mesmo quando experimentamos uma forte turbulência (que pareceu mais intensa por estarmos nos últimos assentos no fundo da aeronave) num vôo de Paris para Frankfurt, há mais de dez anos. No período em que morei no Canadá e acabei viajando com mais freqüência, nem pensava que algo poderia dar errado, como nunca deu.

Mas sempre que se falava de acidentes de avião, e em morrer numa situação dessas, num acidente, manifestava a única possibilidade que imaginar poderia me angustiar num momento desses, num vôo transatlântico: seria o caso em que o avião caísse no mar, eu sobrevivesse e ficasse lá, à noite, boiando agarrado num assento flutuante, a espera que algo acontecesse, provavelmente morrer. Nesse caso, consideraria sorte morrer na queda ou com uma explosão. Da mesma forma que torço – sinceramente – para que não tenha acontecido com ninguém no caso do avião da Air France.

Porque não há nada mais triste que um homem morrendo de frio.

Até.

terça-feira, junho 02, 2009

O Avião

Sentimentos contraditórios com relação ao acidente com o avião da Air France.

O primeiro, claro, de consternação e sentimento por aqueles que perderam familiares, colegas e amigos, por famílias que choram seus entes queridos. Imagino o quão traumático e sofrido é perder alguém próximo dessa forma, subitamente. Além desse sentimento, sinto uma certa proximidade com a situação.

Por ter saído do Brasil, ter pessoas conhecidas a bordo (cirurgião famoso em Porto Alegre, professor de uma das faculdades de medicina, assisti aulas suas há muitos anos), por ser uma rota, Brasil-França, que já fiz algumas vezes e devo fazer em breve, por ser de uma companhia aérea acima de qualquer suspeita, todos ese fatores aproximam o ocorrido do meu universo particular. Tragédias desse sempre nos tocam, de alguma maneira.

Mas confesso que nutro outros tipo sensações com relação ao corrido, e a todos os acidentes aéreos: não me conformo com toda a mídia e a comoção que os cercam, enquanto os mortos no trânsito - número infinitamente maior - já nem são mais notícia. Os mortos no trânsito no Brasil anualmente encheriam muitos e muitos aviões. Sem falar na cobertura da imprensa, que em geral me parece mórbida e exagerada.

Sem falar nas típicas reportagens do tipo "perdeu o avião e se salvou".

Essas são as piores. Sempre vai ter alguém que não embarcou por uma ou outra razão. Todos nós poderíamos ter embarcado e não o fizemos, pelas mais diferentes razões. Como dizia um grande amigo, "nesse caso, quase é nada".

De qualquer forma, foi uma tragédia e todos sentimos.

Outra hora, de forma menos séria, falo sobre minhas teorias sobre aviação.

Até.

segunda-feira, junho 01, 2009

Segunda-feira, dia de falar de futebol

Um apelo às TVs: mostrem o Inter.

Falei do passado na última coluna e me dei mal. Disse que não houve incidentes na partida entre Corinthians e Fluminense em 1976, e que tudo se passou em santa paz. Fui corrigido pelo meu velho amigo, e grande diretor, Julio Xavier, citado na coluna e que, na ocasião foi ao Maracanã. Ao contrário do que afirmei, o carro do Julio foi emboscado na entrada do Rio, com gente pisoteando o capô, a lataria sendo afundada, vidros quebrados e sua camisa do Corinthians arrancada violentamente. Mulheres que estavam no carro também não foram poupadas. Ele me diz, por fim, que soube de facadas e tiros. É isso que dá mexer no passado. Never more.

Por isso quero hoje me dedicar ao presente, e começo com um apelo. Senhores responsáveis pela programação das TVs, pensem um pouco nos pobres telespectadores de S.Paulo. Parem de nos mostrar jogos como os desta semana. Ainda há nesta cidade pessoas que gostam de futebol. Por favor, transmitam os jogos do Internacional de Porto Alegre. Não só em TV fechada, mas aberta, para todo o país, talvez em rede nacional como os pronunciamentos do presidente.

Não adianta mostrar estádios lotados, com multidões esperando milagres de times medíocres. O Vasco deu pena. O time é horrível e, graças a Deus, entrou com um uniforme que nada lembrava o grande Vasco de outros tempos. O Corinthians, por sua vez, entrou de branco da cabeça aos pés, coisa que me lembrou o grande Santos, naturalmente, é claro até a bola começar a rolar. De Palmeiras e Nacional de Montevidéu nem é bom falar, tamanha a mediocridade.

Por que nos são os oferecidos esses jogos? Simples: nunca olhamos as coisas que estão perto. Só vemos o que está longe e daí a razão de assistirmos embevecidosa a Barcelona e Manchester. Nada contra, são grandes times. Mas bem aqui, a uma hora e meia de voo de S.Paulo e Rio, se jogam um futebol de extraordinária qualidade do qual vemos aqui em S.Paulo apenas os gols e alguns lances nos noticiários noturnos. É pouco. Eu quero, e acho que muitos comigo, ver mais, muito mais de Taison, Andrezinho, Alecsandro, D'Alessandro e do magnífico Nilmar, de quem até Dunga foi obrigado a reconhecer o talento. Quero ver o Inter de Tite, um treinador que fala às vezes de modo misterioso, mas que transmite honestidade respeito. Aliás, sua saída do Palmeiras foi exemplar. Preferiu deixar o clube a ser desrespeitado. É assim que procede um homem. Tite agora está colhendo o que merecia.

Enquanto os outros times apostam só no físico, na "determinação" e na monotonia da bola parada, o Inter aposta na bola no chão e no talento. No talento, na jogada individual, no drible em coisas que se julgavam perdidas para sempre.

É claro que para jogar assim é preciso ter talento. Mas descobri-lo e valorizá-lo não é a maior das virtudes, o maior dos méritos?

Os meninos do Internacional não surgem do nada. São descobertos, treinados e lançados por gente que tem a cabeça no lugar e sabe o que faz. Inclusive contratar, quando necessário. Não é um time imbatível, pode nem ser campeão, mas muitas vezes o campeão não é o melhor. É só campeão. Por isso renovo o apelo: quando quiserem mostrar futebol, aquele velho futebol, arte, que ninguém sabe exatamente o que é, mas reconhece quando vê, por favor, virem seus olhos e câmeras para o Beira-Rio.

(Ugo Giorgetti, cineasta, em sua coluna no Estado de S.Paulo)