domingo, março 28, 2021

A Sopa

(Crônicas de uma Pandemia, Ano Dois, Décimo Terceiro Dia)

 

Momentos assustadores.

 

A pandemia do Sars-Cov2 já fez seu primeiro aniversário, e aqui no sul do mundo estamos em seu pior momento, com o sistema de saúde beirando o colapso. Apesar de tudo, não é isso o que assusta no momento.

 

Por mais que eu tenha decidido (e conseguido) me afastar da energia negativa que vem das redes sociais, e dos noticiários em geral, tornou-se – nos últimos dias – impossível ficar alheio à grande ansiedade e até desespero que tem tomado conta não dos pacientes, como seria compreensível e esperado que acontecesse, mas – vejam só – de colegas médicos envolvidos no tratamento dos pacientes nesta pandemia. O que nos leva alguns dilemas éticos. Não vou entrar aqui na discussão política que se tornou a pandemia no Brasil, assim como não vou falar sobre tratamento precoce.  

 

Mas é impossível não falar sobre algo que tem acontecido na última semana.

 

E quero deixar claro que, sim, entendo que a situação atual é extremamente complicada, difícil para todos nós que estamos, em maior ou menor grau, na linha de frente. Também entendo e sou solidário à angústia que todos sentimos com relação ao atendimento dos pacientes com COVID-19. Queremos, como médicos que cuidam de pessoas, oferecer algo a todos, que auxilie os doentes a passarem pela doença e saírem dela bem, sem sequelas. Que se recuperem bem. É o que mais queremos.

 

Contudo, na ânsia de oferecer algum tratamento aos doentes, corre-se o risco de, em algum momento, perder-se a perspectiva do todo, o que pode implicar no efeito exatamente oposto.

 

Primum non nocere, em latim.

 

Primeiro não prejudicar, o princípio da não-maleficiência. Tentar, durante a prática médica, evitar riscos, custos e danos desnecessários aos pacientes. É parte do nosso trabalho prescrever o tratamento adequado à condição do paciente, assim como não prescrever tratamentos que não sejam adequados, ou que sejam danosos.

 

Durante o período da pandemia – ‘estamos em guerra’, é o que dizem – e em especial o grave momento do Brasil, Rio Grande do Sul em especial, a angústia de muitos em oferecer algo ao paciente tem motivado diversos colegas a receitarem tratamentos prontos como “receitas de bolo”, os ditos protocolos, que não levam em conta o individuo em questão, o paciente. Independente da condição de cada um, a receita é a mesma. Longa e cara. Sem mencionar os tratamentos de efeitos muito duvidosos e sem pesquisas por trás.

 

Após o atendimento inicial e a prescrição longa (um paciente a quem eu perguntara o que havia usado respondeu ‘O que eu NÃO usei, é a melhor pergunta’), o paciente chega a um segundo colega para avaliação. Ele mostra a receita, e quem prescreveu o potencial tratamento potencialmente danoso é um colega conhecido.

 

O que fazer quando o paciente pergunta sobre o tratamento, sem correr o risco de ser antiético com o colega?

 

Tenho pisado em ovos, certamente.

 

Primeiro porque não me compete julgar ninguém, e, em segundo lugar, porque avaliar o paciente após e dizer o que eu teria feito no calor da situação é muito fácil. Ser profeta do acontecido é uma barbada. Não faço isso. Nunca. Não discuto o que eu teria feito ou não. Bola para frente.

 

Confesso, para terminar, que tenho ficado assustado com algumas coisas que tenho visto.

 

Até.

 

domingo, março 21, 2021

A Sopa

(Crônicas de uma Pandemia, Ano Dois, Sexto Dia)

 

Sobre as fases do luto.

 

Estuda-se em psiquiatria as fases pelas quais passamos quando estamos vivendo uma perda, seja ela qual for. Pode ser a morte de um ente querido, ou um final de relacionamento, todos passamos, de uma forma ou outra, por esses cinco estágios: negação, raiva, barganha, depressão e aceitação. É natural.

 

Com o atual momento da pandemia, não é diferente.

 

Entramos o segundo ano vivendo nesse mundo ainda assustado e mais ou menos aprendendo a lidar com o vírus. Nossas rotinas, nossos relacionamentos, toda nossa vida, enfim, está modificada por causa do coronavírus. E, em maior ou menor intensidade, em diferentes dimensões, todos estamos sofrendo com os seus efeitos, e aprendendo, no dia-a-dia, a lidar com as perdas, temporárias ou definitivas decorrentes dele. Todos nós estamos nessa, independente de termos adoecido ou não, ou de termos familiares ou conhecidos, também doentes ou não.

 

Como a pandemia vem sendo uma situação contínua, com altos e baixos desde o início, assim tem sido nossas reações de luto perante os fatos, e tem variado da mesma forma. Desde a negação (diferente do negacionismo e/ou do terraplanismo) inicial, passando pela raiva, depois depressão e mesmo aceitando que temos que viver ainda por algum tempo nessa distopia de não encontrarmos as pessoas e sairmos pouco de casa, o toque de recolher informal das 20h até o outro dia de manhã. Somos resilientes, acima de tudo. E não estou aqui para julgar ninguém, diga-se de passagem.

 

Cada um sabe onde aperta o seu sapato, como diz ditado popular.

 

Queria falar hoje, contudo, de barganhar.

 

Verbo transitivo direto, origem etimológica do francês bargignier, barganhar significa trocar algo através de um acordo, permutar, negociar. Em um sentido pejorativo, pode significar vender alguma coisa de maneira fraudulenta, geralmente prejudicando quem efetua a compra, trapacear, acordo que se efetiva fraudulentamente, através de favores, benefícios mútuos ou práticas enganosas, burla. Também verbo intransitivo: pedir desconto num produto, buscando comprá-lo por um preço inferior ao seu valor normal, pechinchar. 

 

Ando barganhando por aí, mas não em um sentido ruim, claro.

 

Percebi que uma das minhas formas de lidar com o distanciamento, com a impossibilidade de encontros presenciais com os amigos de diferentes origens, antigos e novos, que andamos pela vida mais ou menos juntos, todos aqueles com os quais sinto proximidade, geograficamente falando ou não, a forma que tem acontecido são as promessas mútuas de encontros e churrascos. Churrascos, principalmente. Quase todas as conversas terminam com “quando isso passar, vamos fazer um churrasco”. 

 

Serão incontáveis churrascos e encontros, talvez até uma Sopa de Ervilhas do Marcelo.

 

Você pode até se perguntar se isso não são promessas vazias, do tipo “vamos no falar”, mas que nunca se realizam. Pode até ser, não importa. 

 

O que nos move pelo mundo é esperança de dias melhores.

 

Até.

sábado, março 20, 2021

Sábado (e as salas de espera da vida...)


          

                      Pedro pedreiro penseiro esperando o trem
                      Manhã, parece, carece de esperar também
                      Para o bem de quem tem bem
                     De quem não tem vintém
                     Pedro pedreiro fica assim pensando
                     Assim pensando o tempo passa
                     E a gente vai ficando pra trás

                     Esperando, esperando, esperando
                     Esperando o sol
                     Esperando o trem
                     Esperando o aumento
                     Desde o ano passado
                     Para o mês que vem


                     Bom sábado a todos!


                     Até.

domingo, março 14, 2021

A Sopa

 (Crônicas de uma Pandemia – Um ano)

 

Comecei a morrer.

 

Tânatos ou Thánatos, na mitologia grega, era a personificação da morte, enquanto Hades reinava sobre os mortos no mundo inferior. É conhecido por ter o coração de ferro e as entranhas de bronze. É filho de Nix, a noite, e Érebo, a escuridão, filhos do Caos. 

 

É provavelmente (não pesquisei) a inspiração para a criação de Thanos, o Titã Louco, o Avatar da Morte, personagem do Universo Marvel. Foi Thanos, muito resumidamente, que – após desenhar a Manopla do Infinito e de posse das Joias do Infinito – estala os dedos e faz metade do universo desaparecer, no final do filme Vingadores Guerra Infinita.

 

E aí?

 

Há um ano, domingo, março, foi o dia em que almoçamos pela última vez na casa dos meus pais, e lembro de comentarmos que ficaríamos, por algum tempo, sem nos reunirmos, porque a pandemia chegava perto de nós. Que aguentássemos algumas semanas até a poeira (e o vírus) baixar...

 

Dois erros. O primeiro, de que a situação perduraria por algumas semanas, no máximo uns poucos meses, e melhoraria. E, segundo, que o vírus estava chegando naquele momento. Não eram poucas semanas, e o vírus ainda não estava aqui. Demorou a chegar. A avalanche de pacientes que esperávamos só foi aparecer muitos meses depois, agora está em sua fase mais intensa. Estamos vivendo as consequências do fechamento de tudo cedo demais e das variantes do vírus que circulam. 

 

A era das lives na internet nem tinha começado ainda, e fiz – a convite do jornalista/amigo Renato Martins – uma das primeiras de todas, falando sobre os cuidados e o distanciamento social. Máscaras, naquele momento, apenas para quem era sintomático. Um ano, tantos conhecimentos adquiridos e tanto ainda por saber.

 

Ninguém, em seu mais fantasioso delírio, poderia imaginar que ainda estaríamos vivendo isso um ano após o início. Vivemos uma distopia.


O Brasil, sob o comando de um presidente errático – para dizer o mínimo – que perdeu a grande chance de entrar para a história como um estadista, vem mal durante esse período. A disputa política atropelou a ciência (cujo nome mais foi dito em vão do que qualquer outra coisa).

 

Muita gente doente, muitas mortes.

 

Não consigo não pensar em Thánatos e, mais, em Thanos, que – não com a Manopla do Infinito – mas com um vírus está eliminando um grande número de pessoas. Triste.

 

Mas não podemos nos abater e nem parar, pois precisam de nós.

 

Dia e noite, dias úteis e finais de semana, conhecidos e desconhecidos, a demanda por orientações e atendimentos é gigante. E não é isso o que cansa, ou desanima, para ser honesto. É a energia negativa que vem dos grupos de WhatsApp e das redes sociais.

 

Silenciei grupos, não as tenho acessado.  

 

Estou melhor.


Ah, eu vejo a vida melhor no futuro, eu vejo isso por cima do muro, de hipocrisia que insiste em nos rodear...

 

Até.

sábado, março 13, 2021

Sábado (e corram para as montanhas?)

 

                         

                          Bom sábado a todos.

                          Até.

            

domingo, março 07, 2021

A Sopa

(Crônicas de uma Pandemia – Trezentos e Cinquenta e Sete Dias) 


Ironia.

 

Comecei a Sopa da semana que termina, publicada na segunda (01/03), afirmando que eu estava fisicamente muito bem, apesar do estresse mental desses dias de pandemia. Pois é.

 

Parece que não era bem assim.

 

Descobri isso nessa mesma madrugada. Acordei por volta de 1h30 da manhã de terça-feira, olhei a hora no celular, e decidi ir ao banheiro. Ato contínuo, lembro da Jacque chamando meu nome, eu perguntando o que havia acontecido e prontamente dizendo que eu estava bem, logo antes de perceber o sangue que escorria de trás da minha cabeça.

 

Ajudaram-me – a Jacque e a Marina – a levantar do chão e me sentar em um banco. Estava me sentindo bem, mas o corte no couro cabeludo necessitava de pontos. Nos vestimos, chamamos um Uber, e iniciamos a peregrinação que passou pelo Cruz Azul (fechado àquela hora), Hospital São Lucas da PUCRS (negaram atendimento dizendo que não havia cirurgião de plantão, uma inverdade, eu sabia, mas não quis criar caso, mesmo tendo me identificado como médico do corpo clínico) e que terminou no Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre, onde foi feita a sutura do corte e fui submetido a uma tomografia de crânio que foi normal.

 

Voltei para casa perto das 5h da manhã.

 

Às 8h30, já estava no consultório para o dia de atendimentos, em sua maior parte casos de COVID. Passei o dia bem, apesar do curativo e a cabeça enfaixada. Contei a história mil vezes, para todos que encontrava e perguntavam o que havia acontecido.

 

Quarta de manhã acordei com vertigem. 

 

Ao abrir os olhos, todo o quarto girava, principalmente quando eu fazia movimentos do pescoço para os lados, para cima ou para baixo. Sem outros sintomas. Por coincidência, não precisei ir ao hospital, então fiquei em casa durante todo o dia, com pequena saída para o supermercado. A quinta-feira foi dia de consultório superlotado novamente, consultas presenciais e online, pacientes extras, como tem sido os últimos meses.

 

Sexta-feira, ao acordar, vertigem novamente.

 

Fui com a Jacque para o hospital, pois tinha alguns assuntos a resolver. Chegando lá, não vi no estacionamento o carro do Valentim, neurocirurgião que me atendeu há trinta anos atrás quando do meu acidente, e que hoje é meu amigo e médico do meu pai (e eu sou médico do Valentim, para completar o círculo). Mandei um WhatsApp para ele para saber se ele estava pelo consultório. Não estava, mas ligou prontamente.

 

Expliquei a ele o que tinha acontecido no início da semana e o que eu ainda sentia. Perguntou por que não havia feito contato com ele antes, mas eu disse que me sentia bem. Disse que eu tinha que fazer uma ressonância de crânio (e cervical), orientou medicação e que eu fizesse o quanto antes e o avisasse, que se preciso ele ia me ver na hora. Respondi que não precisava, me sentia bem. Saí do meu consultório direto para o setor de diagnóstico de imagem, onde expliquei a situação e prontamente, de urgência, fiz o exame. 

 

A duração do mesmo foi de cerca de quarenta minutos, em que fiquei deitado, de olhos fechados, com aquele ruído característico da ressonância. Tempo suficiente para pensar em muitas possibilidades, entre elas a pior, evidentemente. Eu tinha um câncer de sistema nervoso central.

 

Àquela altura, provavelmente não teria mais cura e eu teria pouco tempo de vida. Estranhamente, uma calma baixou sobre mim. Se fosse isso, tudo bem, eu estava preparado. Tudo se resolveria bem.

 

Ao final do exame, ainda com o avental do hospital, fui encaminhado para falar com o radiologista. Tudo certo comigo, tirando umas cicatrizes do meu acidente de mil novecentos e noventa. Não havia chegado a minha hora. Ainda.

 

Ao terminar de me vestir e verificar o celular, havia mensagens do consultório do cardiologista dizendo que já estava me esperando para uma avaliação.  Atendido, constatada uma arritmia cardíaca e a possibilidade de uma alteração estrutural no coração. Foi, então, solicitada uma ecografia do coração, que fiz no final da tarde de sexta e mostrou (dos males o menor) apenas a dita arritmia.

 

Ordem médica, estou em repouso.

 

Sem atividade física intensa, foram vetados meus treinos de bike nas ruas. O final de semana de sol aumentou a frustração, mas não há nada que eu possa fazer a não ser esperar e fazer os exames de avaliação. Em pouco tempo estarei liberado novamente, não estou preocupado. A frustração a que me refiro é que eu completaria, dois dias depois do episódio que desencadeou tudo isso, cento e cinquenta dias consecutivos de prática de atividade física, entre musculação, pedal e caminhadas. 

 

Justamente no meu melhor momento em termos físicos, de como me sentia, ocorre esse contratempo. 

 

Paciência.


Seguimos.

 

Até.

 

sábado, março 06, 2021

Sábado (e o que penso, ou sinto?)


                          Olhando, dá para saber?

                          :-)

                          Até.

    

segunda-feira, março 01, 2021

A Sopa

(Crônicas de uma Pandemia – Trezentos e Cinquenta e Um Dias)

 

Fisicamente, estou bem.

 

Muito bem, aliás, mas não vem ao caso nesse momento. Digo que estou bem fisicamente para servir de contraste ao meu estado, digamos assim, anímico. Estou mentalmente exausto. Estava, pelo menos.

 

Apesar de ter feito um curto período de férias entre o final de janeiro e o início de fevereiro, semana passada – em concordância com a situação no Rio Grande do Sul – atingi um estado próximo ao que chamam de burnout. Mentalmente cansado, realmente tenso.

 

E não era pelo volume de trabalho. Mesmo com todos os horários do consultório lotados, atendendo pacientes a mais, encaixes, presenciais ou virtuais, orientando pacientes e respondendo dúvidas a qualquer momento do dia ou da noite, por telefone ou WhatsApp, fazendo receitas online, dias úteis e finais de semana, mesmo com tudo isso, eu estava tranquilo. Como falei/escrevi outro dia, estava quieto no meu canto trabalhando, dando a minha pequena contribuição em meio à pandemia. E definitivamente não estava contando vantagem com relação a isso.

 

Mas comecei a ficar progressivamente ansioso. Tenso. Uma nuvem negra pairando sobre o mundo, sobre mim em especial. Uma angústia vaga, um mal estar com tudo (ainda antes de o Inter ser roubado pelo VAR na última rodada do campeonato brasileiro), até que identifiquei a fonte.

 

Não era, como seria de se esperar, a carga de trabalho.

 

Era o noticiário em geral, mas as redes sociais em especial. Twitter, Facebook. Portais de notícias. Tudo isso, importante fonte de informação, era também a causa da minha angústia. As redes sociais, das quais sou fã há muito tempo, estavam causando muito mais mal que bem. Catastrofistas, negacionistas, anti-vacinas, governistas e opositores, todos gritando ao mundo suas verdades, estavam me fazendo mal.

 

Decidi tomar uma atitude.

 

Resolvi me isolar disso tudo.

 

Desde terça-feira da semana passada não acesso redes sociais, com exceção do Instagram (onde registro minhas pedaladas e a vida é cor de rosa), e não li, ouvi ou assisti notícias. Também ignorei grupos de WhatsApp e mensagens que não fossem de pacientes, familiares ou amigos. 

 

Por coincidência, estava programado um final de semana com a família na Serra. Lá, em virtude da bandeira preta, tudo estava fechado e providencialmente fiquei (ficamos) em casa o tempo todo. Apenas caminhadas ao ar livre na área do condomínio, leitura (livro mesmo, físico), comidas e dormir. Se alguém ligasse a TV em alguma emissora que apresentasse notícias, eu saia de perto para não ver/ouvir.

 

Fuga da realidade?

 

Sim e não. 

 

Sim, porque deliberadamente evitei acompanhar o momento tenso que vivemos no estado e no país durante os últimos dias. Até porque eu, mais do eu ninguém, sei o que está acontecendo. Não preciso de mais más notícias e prognósticos ruins do que já sou submetido no dia-a-dia. Por outro lado, não foi uma fuga completa da realidade porque segui atendendo e orientando os pacientes, e em nenhum momento relaxei nas medidas de segurança.

 

Tenho convicção de que todos precisamos de um alívio na pressão mental a que estamos sendo submetidos no último ano, e que é muito mais intensa nos últimos dias.


Até.