quarta-feira, outubro 31, 2007

Presidentes e a Copa

Durante o anúncio de que o Brasil seria a sede da Copa do Mundo de 2014, o nosso digníssimo saiu-se com mais um dos seus comentários infelizes, afirmando que a Copa no Brasil "será para argentino nenhum botar defeito". Cá entre nós: não podia ter ficado quieto?

Esse tipo de piadinha até se justifica numa roda de bar, entre amigos, por conta da rivalidade futebolística, mas nunca um chefe de estado, numa cerimônia oficial, que está sendo (ou será) assistida por milhões de pessoas. É ridículo, e pequeno. Demonstra um sentimento de inferioridade, sentimento - aliás - bem brasileiro.

Outra: quando perguntado sobre a segurança pública (e a violência), o senhor Ricardo Teixeira, presidente da CBF, saiu-se com essa: "Acredito que esse problema da violência é um problema internacional...".

Ahã, mesma coisa, mesmíssima coisa.

Temos um longo caminho até 2014.

Até.

segunda-feira, outubro 29, 2007

Mais uma vez

O sábado que passou veio precedido de altas expectativas, afinal de contas Porto Alegre seria o palco de um reencontro considerado histórico. Histórico para os envolvidos nele e ninguém mais, que fique claro.

Depois de três anos, pudemos novamente estar juntos os três, o núcleo restante – sobreviventes, se preferirem – do que foi a nossa turma do segundo grau, cursado nos derradeiros momentos dos anos oitenta. Da turma grande, de mais de dez pessoas, ficamos nós três, que ainda temos representividade, importância nas vidas uns dos outros, que nos mantemos unidos e próximos, mesmo que não geograficamente.

Entre dezembro de 2004 e esse final de outubro de 2007, passei parte em Toronto e parte em Porto Alegre, o Radi mora em São Paulo desde 2000 e o Márcio permanece por aqui, na zona norte. Os encontros se dão quando o Radi vem à Porto Alegre.

Foi uma passagem curta pela cidade: chegou sábado de manhã e voltou hoje, porque o trabalho chama, mas conseguimos passar a tarde e início de noite de sábado juntos, contando histórias, relembrando fatos, falando da vida, como acontece há mais de 20 anos. Caminhamos pelos armazéns dos cais do porto, visitando a Bienal do Mercosul, e sentamos de frente para o rio, onde a brisa soprava e amenizava o calor, e o tempo assim passou, entre histórias novas, curiosidades da vida e pensamentos sobre o presente e o futuro.

Dizem que a amizade não tem hiatos, e provamos isso.

Uma conexão que não se altera, permanece e se solidifica mais, se isso é possível, e que não nos deixa perder de vista quem fomos e quem somos.

E isso é o importante da vida.

Até.

domingo, outubro 28, 2007

A Sopa 07/13

Uma viagem nasce de uma idéia, que – na maioria da vezes – muda tantas vezes quanto se pensa nela. Roteiros, duração, participantes, variáveis que serão definidas praticamente na última hora, mesmo que a última hora seja três ou quatro meses antes do embarque.

Esse é o tipo de viagem que mais me agrada.

E dessa vez foi exatamente assim que aconteceu.

Começou com a idéia, ou plano, do casal Pedro e Maria José (a Zéca) de conhecerem Paris e lembrarem de nós, a Jacque e eu, entusiastas e “divulgadores” das maravilhas dessa cidade, para seus companheiros de viagem. A idéia inicial, dessa forma, era passarmos uma semana em Paris. Bom. Ótimo, aliás. Só que aí começou a metamorfose.

A Jacque pensou em convidar o Paulo e a Karina, irmã e cunhado, para se juntarem ao grupo e convidou-os, com a concordância (depois do fato consumado) do Pedro e Zéca. O casal convidado topou, mas fez uma sugestão: por que não aproveitar que uma passagem para a França não é barata e ficarmos duas semanas, ao invés de uma. Além disso, visitaríamos outras regiões da França – e quem sabe outro país – nesse período, proposta aceita pelo grupo.

Perdidos 2007
O grupo

Começou então a discussão do roteiro, possíveis pacotes de viagem que incluíssem o que queríamos fazer, custos, etc. Logo definimos – após algumas reuniões festivas nas casas cada vez de um dos casais – que gostaríamos de conhecer/visitar, além de Paris, a Côte d`Azur e a Provence. Paulo e Karina haviam visitado a Côte d`Azur, mas não a Provence, em sua lua de mel, no milênio passado; a Jacque e eu, nunca havíamos ido para essas regiões, e o Pedro e a Zéca eram virgens de Europa. Mas tinha um problema: tínhamos que ir de Paris, local de chegada e último destino, para essas regiões, localicadas a cerca de 700km de distância.

Nosso plano era viajar de carro, um carro único por mais divertido, e tínhamos que decidir como programar o roteiro para se adequar ao tempo de viagem. Distância não era o problema, nos preocupava o caminho,o que visitar no caminho. A idéia inicial era pegar o carro e, no primeiro dia, rodar o suficiente para estar perto da Provence no segundo dia de viagem, logo cedo. Circularíamos, então pela região escolhida e voltaríamos pelos Alpes e daí à Paris, nos últimos dias de passeio.

Fico estabelecido que seria assim, mas modificamos o plano cerca de um mês antes da viagem após conversa minha com colega que havia morado por lá, que sugeriu o inverso: chegar em Paris, pegar o carro e seguir rumo aos Alpes e depois rumar ao sul para o litoral, idéia que foi aceita pelo grupo. Decidimos, então, chegar em Paris, pegar o carro (capítulo à parte) e seguir rumo à cidade de Annecy, próxima aos Alpes e à Genebra, à beiro do lago de mesmo nome,conhecida também por ‘Veneza do Alpes’ por possuir canais que cortam a cidade, canais esses onde é possível pescar trutas.

Definida a primeira parada, cerca de 500km de Paris, resolvemos que seria bom ter um hotel já reservado para o primeiro dia, o da chegada, além – é claro – de já termos o hotel reservado para a estada em Paris. Foi o que fizemos, pela internet reservei três quarto no hote Ibis Centreville de Annecy, como o nome já diz, bem localizado, próximo a região central da cidade e perto do lago. Escolhemos esse em virtude do preço não ser dos mais caros (Eur 80,00 – não faça a conversão para reais porque quem converte não se diverte), ser central e ser de uma rede de hotéis de negócios que conhecemos e sabemos que são quartos limpos e adequados, tudo o que é preciso para o lugar que vamos dormir.

Em Paris, por outro lado, sabemos que o relação custo-benefício é mais complicada: normalmente os hotéis são mais caros, os quartos menores e, se o preço é bom, eles ficam muito distante do centro. Nossa experiência anterior era no Quartier Latin, basicamente os Hotéis Familia e Minerve, dos mesmo donos, um lado do outro, na rue des Écoles. O preço, mais salgado que no interior, claro que dependendo da época do ano. Outubro, como todos sabem (ou deveriam saber) é alta temporada, época dos desfiles, época em que muitos grupos de terceira idade viajam de férias pela Europa e, esse ano em especial, época da Copa do Mundo de Rúgby na França, cujas finais ocorreriam nos finais de semana que chegaríamos e no que sairíamos de Paris. Dessa vez, contudo, não ficamos na Rive Gauche, como das outras vezes.

A Karina descobriu uma dica de um hotel, localizado a duas quadras do Hotel de Ville (Prefeitura), junto à Praça e o Teatro Chatelet, a uma quadra do Sena, o Victoria Chatelet. Detalhe interessante: a dona é francesa casada com um jornalista brasileiro, e fala português fluente, a faz questões de que os funcionáriosque não são brasileiros apendam português. Cerca de metade da ocupação do hotel é feito por brasileiros. O preço, bom pela localização, apesar da insistência do pessoal do hotel de que os quartos que havíamos reservados eram pequenos demais, que não nos assustássemos, e o quarto bem razoável.

Definidos, de forma geral, o roteiro que pretendíamos fazer, o resevardos os hotéis da chegada e o de Paris, partimos para definição da passagem e do carro.

Conto isso domingo que vem.

Até.

sexta-feira, outubro 26, 2007

Cuidado

Afastem-se todos, tirem as crianças da sala.

É definitivo: sou prolixo.

E não posso evitar.

Sempre achei que fosse meu gosto por contar histórias, mas não.

Sou prolixo mesmo.

Até.

quinta-feira, outubro 25, 2007

quarta-feira, outubro 24, 2007

Pensamentos sobre o tempo

As férias, independente do programa escolhido e da atividade realizada, são um momento em que há – idealmente – o desligamento da vida cotidiana e a abertura de um canal de sensibilidade maior ao mundo, exterior e/ou interior. Quando percebemos, ou sentimos isso, se tornam bem mais proveitosas.

Durante as duas últimas semanas, entre as diversas atividades relacionadas à viagem em si - visitas, roteiros, cidades, hotéis, estacionamentos, o carro – houve momentos em que tive um insight mais ou menos recorrente e que, quase uma obviedade quando penso nos temas que me são caros, está relacionado com a passagem do tempo, seus efeitos e sua inevitabilidade. Tenho – mais um confissão numa quarta-feira de outubro – problemas com os lutos que somos obrigados a trabalhar durante a vida.

Não falo aqui – pois seria óbvio demais – na perdas reais (e definitivas) que enfrentamos ao longo da vida, mas sim dos pequenos lutos que fazemos ao perder pessoas que saem de nossas vidas por caminhos diferentes. Situação a qual – aí sim, óbvio – acabamos nos acostumando. Descubro-me espantado, de tempos em tempos, com o fato de não mais pensar, não lembrar cotidianamente de pessoas e situações que foram – e quem sabe até ainda seriam, importantes, significativas para mim. Acredito que levo um tempo bem maior que o aceitável para deixar o passado virar realmente passado, entendem?

Tolo, dirás, por que perdes tempo com esses pensamentos inúteis?

Pergunta sem resposta, admito.

Mas pensei nisso de novo nos últimos dois dias, quando – sem querer – reencontrei pessoas de muito anos atrás num desses sites de relacionamento e passei a pensar em como havia chegado até aqui e o que havia feito da minha vida. Foi uma experiência interessante, lembrar de pessoas que fizeram e não fazem mais parte da minha vida e no que se tornaram (longe de mim) e no que me tornei (longe delas).

É isso.

Até.

segunda-feira, outubro 22, 2007

Primeira parada

O grupo

Após sairmos do aeroporto e sofrermos o "acidente" na periphérique, nossa primeira para num Autogrill para um lanche.

Sábado, 06/10/2007

domingo, outubro 21, 2007

A Sopa 07/12

De volta.

Pela primeira vez, em mais de seis anos, A Sopa tirou férias: foram duas semanas sem publicar esse meu escrito de todos os domingos (ou segundas). Confesso que vinha cansado, sem ânimo e tempo para escrever como no passado, e que precisava de férias mesmo. Dessa forma, o ano 07 de publicação, em curso, terá duas edições a menos. Muda alguma coisa para você? Nem para mim...

Como dizia, quem estava há seis anos sem férias era A Sopa, e não eu. Eu saio de férias sempre que possível, e fazia um ano desde as minhas últimas, que foram de uma semana. Assim como A Sopa, eu também precisava parar um pouco.

Viajei, viajamos.

E parado é tudo o que não fiquei nas últimas duas semanas.

Saímos, o grupo composto por três casais, de Porto Alegre no dia 05/10, vôo às seis horas da manhã, em direção ao aeroporto de Guarulhos, de onde saímos às dezessete horas no vôo Air France direto para o aeroporto Charles de Gaulle. Lá mesmo pegamos o carro (Renault Trafic) em direção à Annecy, simpática cidade à beira do lago de mesmo nome, na região do Ródano-Alpes. Após uma pequena circulada ao redor do Mont Blanc, seguimos para o sul pela Itália até a Costa Azurra, Cote d’Azur, Provence, terminando – como não poderia deixar de ser – em Paris.

Seis pessoas viajando numa vã pelo interior da França. É possível imaginar a quantidade de histórias vividas, entre contratempos, piadas, trocadilhos infames (e que na hora nos fazem chorar de rir), etc. Aconteceu de tudo, podem estar certos. Desde as dificuldades mais absurdas vividas com a TAM na saída de Porto Alegre, a Sônia e suas pressa de chegar no aeroporto de Orly, a pequena altura dos estacionamentos subterrâneos da Europa, as estreitas ruas sem saída, até overbooking no vôo da volta. Tudo vira história e lenda.

E levado na esportiva, sempre sabendo que, logo ali na frente, passada a suposta tensão, daremos muitas risadas do fato, e que nada pode estragar uma viagem feita com amigos.

Nada.

Até.

PS – em breve, as histórias e as fotos.

sexta-feira, outubro 19, 2007

Momento tenso

Paris, 19h30.

Estamos no lobby do Hotel Victoria Chatelet aguardando o transfer que deve nos levar para o aeroporto. Nosso vôo sai às 23h15. Transfer que, por sinal, está uma hora atrasado.

A greve dos transportes, que deveria ser apenas no dia de ontem, permanece. O trânsito na cidade está um caos.

Aguardamos.

segunda-feira, outubro 15, 2007

Diário de Viagem

Paris - Chegamos à cidade ontem por volta do meio-dia, dia de sol, céu azul, temperatura agradável e TODO MUNDO nas ruas. O estado anímico da cidade era um misto de decepção com a derrota da França para a Inglaterra na semifinal da Copa do Mundo de Rugby e expectativa pelo jogo da noite, entre África do Sul e Argentina, a outra semifinal.

A vitória foi dos favoritos, a África do Sul, com direito à festa nas ruas de alguns mais emocionados. Nós, após deixar o carro no aeroporto e passearmos sem rumo pelo cidade fotografando, jantamos no bom e velho La Comédia, um pouco diferente do que no passado, mas ainda com um ótimo spaguetti a fruits de mer.

Hoje, após um início de manhã de céu azul, ao meio-dia nublou e esfriou bastante.

Abaixo, o grupo em Avignon e Arles.

Avignon

Arles

Até.

quarta-feira, outubro 10, 2007

Nas alturas

Estamos em nosso tour, que acabou não incluindo só a França e não apenas o mar.

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Logo que der, escrevo mais.

Até.

quinta-feira, outubro 04, 2007

quarta-feira, outubro 03, 2007

Detalhes

Preparar-se para ficar quinze dias longe de casa, em férias, envolve tantos e diversos afazeres que só posso pensar que os primeiros dez dias serão utilizados para descansar do pré-férias. Outra forma de ver isso é que os últimos dias antes da parada são intensos para que te sintas justificado em usufruir os dias de ócio.

Pode ser, pode ser.