sábado, outubro 30, 2021

Sábado (por aí, Porto Alegre)


                           Bom sábado a todos.

                           Até.

segunda-feira, outubro 25, 2021

A Sopa

Diversos.

Os dias passam e, de forma permanente, procuro estar sempre atento ao mundo ao meu redor (e interior) em busca de temas, tópicos, os quais vão requerer minha atenção e serão motivo de crônicas semanais, aos domingos ou em algum dia seguinte em que vou publicar essa Sopa que tenta ser semanal. Muitos assuntos pulam em minha frente pedindo atenção e, sinceramente, sinto que merecem ser abordados, mas acabo, ao sentar em frente ao computador, esquecendo o que queria dizer/escrever.

 

Isso ocorre sempre.

 

Deveria anotar as ideias, ou salvá-las de outra forma, mas acabo não fazendo. Por outro lado, são tantos os assuntos que se torna realmente difícil priorizá-los. 

 

A pandemia, por exemplo.

 

Não acabou, todos devemos saber, mas certamente a situação é muito melhor agora que foi meses atrás, graças – acima de tudo - à vacinação. O Brasil tem uma cultura de vacinas muito boa, e – apesar do péssimo exemplo e das falas ridículas do presidente da república – a esmagadora maioria das pessoas está indo se vacinar. Quanto mais pessoas vacinadas, quanto antes estiverem com o esquema completo, mais cedo voltaremos à normalidade, por mais que as coisas já estejam voltando lenta e progressivamente ao normal.

 

Quando tudo parece andar bem, o presidente – num claro desserviço à causa da saúde – faz uma live e diz que as pessoas que estão se vacinando estão pegando AIDS (!). Um absurdo completo, uma afirmação irresponsável. Não é caso de impeachment, é caso de internação psiquiátrica. Depois de todo o trabalho que médicos, pesquisadores e diversos profissionais de saúde estão tendo/tiveram no último ano e meio, desde que a COVID-19 chegou ao Brasil, em tratar, orientar, confortar pacientes e familiares, o presidente comporta-se como o clássico “inimigo na trincheira”, disseminando desinformação, atrapalhando mesmo. Aí ele dá razão à CPI, que o enquadrou em diversos crimes cometidos durante a condução do país durante a pandemia. Aí temos que concordar com o Renan Calheiros!? 

 

Desanima.  

 

Pronto, não quero falar de mais nada...

 

Até.

sábado, outubro 23, 2021

Sábado (e é outono no Canadá)


      Cape Breton Island, Nova Scotia, Canada

      October/2019


      Bom sábado a todos.

      Até.



domingo, outubro 17, 2021

A Sopa

 O impostor.

 

Assunto recorrente por aqui (em meus pensamentos, que escorrem para cá de tempos em tempos), já lido há vários anos com a síndrome, identificada ainda antes de eu saber que tinha um nome específico e que era bem comum. Sei também que ela vem em ondas, como um mar, e como cantou Lulu Santos. 

 

As suas manifestações são variáveis, então, mais ou menos intensas conforme fatores que ainda não consigo identificar totalmente. Flutua (flutuo eu) entre a tranquilidade e segurança de quem sente-se confortável com quem eu sou e onde estou, por um lado, e a sensação por vezes avassaladora de que estão prestes a descobrir que sou uma farsa. Quando acontece – evento cada vez mais raro – de me sentir assim, penso que ninguém consegue enganar tanta gente por tanto tempo, então não deve ser assim mesmo... E vamos levando.

 

Quando, há mais de vinte anos atrás, fui selecionado para cursar o Doutorado direto, sem ter feito Mestrado antes, me perguntei se eu conseguiria ir até o final, defendê-lo e receber o título de Doutor em Medicina. Lembro de, na entrevista da seleção, eu ter sido perguntado por que eu queria fazer Mestrado e responder que eu não queria fazer, eu queria fazer Doutorado, mas não tinha um pré-requisito para me inscrever no Doutorado. O paradoxo da autoconfiança de achar que eu podia fazer versus a dúvida se seria capaz.

 

Terminei o doutorado, e o defendi quando já estava em Toronto como Clinical Fellow na University of Toronto, um pós-doutorado que começou ainda antes de ter o título de Doutor. Mais um salto no escuro (fui sem saber exatamente como seria). Ou uma porta que se abriu e fui entrando.

 

Essa é uma forma de ver as coisas que sempre tive, e não sei se é positiva ou não. Sempre me vi como alguém que vai caminhando e, à medida que as portas se abrem, vou entrando. Normalmente tem dado certo, a meu ver. Porém, pode parecer que estou sempre contando com a sorte de aparecer uma “porta aberta” para eu entrar. Ou será que meu trabalho e – vamos dizer – competência é o que faz as portas abrirem ao longo do caminho?

 

Pode ser, pode ser.

 

Ao final das contas, parece que não faz diferença no resultado, de onde estou e quem eu sou. 

 

Seguimos andando, como sempre.

 

Até.

sábado, outubro 16, 2021

Sábado (e teve Congresso)


          Participando do X Congresso Gaúcho de Pneumologia.

          Ontem à noite, direto de casa... Hoje a manhã foi de trabalho/estudo.

          Bom sábado a todos.

          Até.

          PS - "Mesas Rodendas"?!!


quinta-feira, outubro 14, 2021

A Sopa

Uma Sopa antiga, do milênio passado, quando ainda não existia Waze e acho que os GPS não estavam muito disponíveis, e usávamos mapas, veja só, porque essa semana teve feriado (e viajamos) e tem Congresso, que começa hoje à noite...

 

“Lembranças de viagem. 

Quando planejávamos nossa viagem para a Europa em 2002, uma das idéias era conhecer a região francesa de Rhône-Alps, que tem Lyon como sua cidade principal. O plano era visitar Lyon, sair em direção aos Alpes, e daí cruzá-los para a Itália, para depois retornar à França para ir até a simpática Annecy, sugestão dos amigos Diovanne e Maria Cristina. 

Após algumas pesquisas, decidimos que cruzaríamos os Alpes pelo Túnel de Frèjus, que liga França e a Itália, na região do Piemonte, próximo à Turin, e que voltaríamos à França pelo Túnel do Mont Blanc, que aquela época deveria estar reaberto. O túnel havia sido fechado em 1999 devido a um acidente com incêndio em seu interior. Tudo tranqüilo, planos perfeitos. 

Em fevereiro de 2002, tudo correu bem conforme os planos: visitamos Lyon, Aix-les-Bains e, pelo Túnel de Frèjus, entramos na Itália. Ficamos em Turin, depois fomos até Aosta (surpresa extremamente agradável, a Roma dos Alpes). A partir daí, o destino seguinte era cruzar o Mont Blanc e voltar para a França, passando em Chamonix e depois Annecy. Mas não foi bem isso o que aconteceu. 

Saímos de Aosta e fomos até Courmayer, cidade separada de Chamonix pelo Mont Blanc e ligada pelo túnel. Em Courmayer, a notícia: o túnel continuava fechado. Deveríamos encontrar uma via alternativa. A Jacque , a navegadora, fez rápida pesquisa no excelente Michelin Europe Tourist and Motoring Atlas e descobriu o nosso caminho alternativo: o Túnel de San Bernardo, na passagem de Gran San Bernardo, ligando a Itália com a Suiça. A única coisa que deveríamos fazer era retornar até Aosta e dali só seguir as indicações até o túnel. Se não fosse inverno, poderíamos até pensar em fazer a travessia pela passagem de San Bernardo, mas – entre outubro e junho – a neve não permite. 

Foi uma das melhores coisas que poderíamos ter feito. As paisagens que tivemos a oportunidade de ver nesse trajeto estão entre as mais bonitas que já vi na vida. Neve, muita neve. Um espetáculo para não ser esquecido, de tão belo. 

Justamente nessa região, próximo à passagem de San Bernardo, é que cerca de 2000 viajantes, nos últimos 200 anos, foram regastados pelos cães que levam o nome da passagem. São famosas as histórias (e até desenhos animados) em que aparecem os São Bernardos salvando pessoas em dificuldades na neve. Eles e seu indefectível barril pendurado no pescoço (em Bariloche, na Argentina, esses cães são atrações turísticas e são treinados para só olhar para ti quando os donos – que vendem as fotos – ordenam). Pois é, mas os tempos mudam. 

Notícias vindas de Genebra – via Associated Press – informam que os São Bernardos estão perdendo sua utilidade no salvamento de pessoas, superados pelos helicópteros e sensores de calor, mais rápidos e mais precisos. Por isso, a Congregação dos Cânones de Gran São Bernardo está colocando a venda seus cães, 18 adultos e 16 filhotes. 

Grande e pesado, um São Bernardo adulto pode pesar mais de 100kg, e come até 2kg de carne por dia. Eles também requerem muita atenção e energia, afirmou o Irmão Frederic, um dos cinco monges que vivem no famoso mosteiro na passagem de São Bernardo. Os monges fundaram o mosteiro do topo na passagem – 2470 metros acima do nível do mar – no século 11 como refúgio para viajantes. Os grandes cães fazem parte da vida do mosteiro desde a metade do século 17, servindo de companhia e proteção aos monges e sendo empregados no resgate de viajantes perdidos na neve e na neblina. 

Barry, o São Bernardo mais famoso, viveu no mosteiro entre 1800 e 1812, e auxiliou no salvamento de mais de 40 pessoas. Até hoje, pelo menos um dos cães no mosteiro é sempre chamado de Barry em homenagem ao lendário cão. 

Histórias. Eu gosto.”

 

Até.

sábado, outubro 09, 2021

Sábado (por aí, perto de casa...)

 

                                 Walking distance from home.

                                 Bom sábado a todos.

                                 Até.  

                                 

domingo, outubro 03, 2021

A Sopa

Domingo, 6h55.

 

Abro os olhos e escuto um gato miar atrás de uma porta ao final do corredor, exatamente para onde haviam sido expulsos os gatos algum tempo antes por estarem fazendo barulho perto de onde dormíamos. Confiro a hora. Antes de qualquer outro pensamento, escuto um trovão seguido pelo barulho da chuva que começa a cair e bater nos vidros das janelas.

 

Não vou pedalar, é meu próximo pensamento.

 

O que tornará meu início de manhã de domingo diferente, pois há dois anos e meio que minhas manhãs de sábados e domingos – quando não chove, claro – são dedicadas, em seu período inicial, ou seja, até cerca de dez horas, a praticar atividade física, a pedalar. Começou como meus únicos momentos de prática de exercício na semana para se tornarem o fechamento da semana, após a rotina diária na academia, de segunda a sexta-feira.

 

Dizia eu, então, que a chuva atrapalhou meus planos.

 

Como há muito não fazia, tomei café lendo o jornal de ontem com as notícias de anteontem, com mais tempo que o habitual, e fiz chimarrão antes de me sentar em frente ao computador para escrever essa Sopa semanal. Também como há muito não fazia (escrever no domingo de manhã).

 

Rotinas que mudaram e continuam mudando ao longo do tempo, assim como pessoas que vem e vão, entram e saem de nossas vidas, por diferentes razões. Não podemos ficar presos ao que passou, mensagem importante que tento não esquecer, mas nem sempre é fácil para mim, confesso. Tanto para o lado bom como para o lado ruim.

 

Não deveríamos querer ficar vivendo de ou recriando situações e relações que já não existem, de novo, para o bem e para o mal. Um momento de felicidade que passou será substituído (talvez esse não seja o melhor termo) por outro que virá, e a experiência ruim passou, aprendemos com ela e seguimos em frente (provavelmente cometendo novos erros). Ficar remoendo experiências ruins em nossa mente não ajuda em absolutamente nada (fácil falar, eu que o diga). Mas a vida segue seu curso implacável, independente de nossas vontades. A onda vem, queiramos ou não, então é melhor estar preparado.

 

Aceitar que as coisas mudam com serenidade é uma arte a ser aprendida, com maior ou menor dor. E volto ao velho papo de que existem situações que dependem de nós, essas são as que merecem toda nossa dedicação, e as que não dependem de nós, que não adianta toda nossa preocupação e angústia, vão acontecer independente de nossa vontade. Saber diferenciar umas das outras vale ouro, ou podemos dizer que é uma benção.

 

É a paz que procuramos.

 

Por enquanto, fico aqui com meu chimarrão de domingo de manhã enquanto observo a chuva que não me deixou pedalar.

 

Até.

 

sábado, outubro 02, 2021

Sábado (de manhã, sol)

                                 O melhor momento da semana.

                                 Bom sábado a todos.

                                 Até.