Feliz que nem guri de bombacha nova...
Até.
Crônicas e depoimentos sobre a vida em geral. Antes o exílio; depois, a espera. Agora, o encantamento. A vida, afinal de contas, não é muito mais do que estórias para contar.
sexta-feira, março 31, 2006
quinta-feira, março 30, 2006
Ia acontecer
Eu sabia.
Mais cedo ou mais tarde, eu ia encher o saco da internet. Era inevitável, ninguém agüenta tanto tempo online. Acho que minha cota esgotou.
Não, não vou acabar com o blog.
O que vou fazer é diminuir o tempo que passo lendo outros blogs. Tem uns por aí que dão vontade de a gente se matar. Vou evitar esses, claro. Outros, não dá para deixar de ler.
Vou ser mais criterioso ao separar o joio do trigo.
Eu não gosto do bom gosto
Eu não gosto de bom senso
Eu não gosto de bons modos
Não gosto
Eu aguento até rigores
Eu não tenho pena dos traídos
Eu hospedo infratores e banidos
Eu respeito conveniências
Eu não ligo pra conchavos
Eu suporto aparências
Eu não gosto de maus tratos
Mas o que eu não gosto é do bom gosto
Eu não gosto de bom senso
Eu não gosto de bons modos
Não gosto
Eu aguento até os modernos
E seus segundos cadernos
Eu aguento até os caretas
E suas verdades perfeitas
O que eu não gosto é do bom gosto
Eu não gosto de bom senso
Eu não gosto de bons modos
Não gosto
Eu aguento até os estetas
Eu não julgo a competência
Eu não ligo para etiqueta
Eu aplaudo rebeldias
Eu respeito tiranias
Eu compreendo piedades
Eu não condeno mentiras
Eu não condeno vaidades
O que eu não gosto é do bom gosto
Eu não gosto do bom senso
Eu não gosto de bons modos
Não gosto
Eu gosto dos que têm fome
Dos que morrem de vontade
Dos que secam de desejo
Dos que ardem…
Eu estou cansado dos politicamente corretos...
Pergunta
Por quê, quando políticos têm que depor perante à polícia ou uma CPI, eles SEMPRE ficam doentes e conseguem adiamento?
Até.
Mais cedo ou mais tarde, eu ia encher o saco da internet. Era inevitável, ninguém agüenta tanto tempo online. Acho que minha cota esgotou.
Não, não vou acabar com o blog.
O que vou fazer é diminuir o tempo que passo lendo outros blogs. Tem uns por aí que dão vontade de a gente se matar. Vou evitar esses, claro. Outros, não dá para deixar de ler.
Vou ser mais criterioso ao separar o joio do trigo.
Eu não gosto do bom gosto
Eu não gosto de bom senso
Eu não gosto de bons modos
Não gosto
Eu aguento até rigores
Eu não tenho pena dos traídos
Eu hospedo infratores e banidos
Eu respeito conveniências
Eu não ligo pra conchavos
Eu suporto aparências
Eu não gosto de maus tratos
Mas o que eu não gosto é do bom gosto
Eu não gosto de bom senso
Eu não gosto de bons modos
Não gosto
Eu aguento até os modernos
E seus segundos cadernos
Eu aguento até os caretas
E suas verdades perfeitas
O que eu não gosto é do bom gosto
Eu não gosto de bom senso
Eu não gosto de bons modos
Não gosto
Eu aguento até os estetas
Eu não julgo a competência
Eu não ligo para etiqueta
Eu aplaudo rebeldias
Eu respeito tiranias
Eu compreendo piedades
Eu não condeno mentiras
Eu não condeno vaidades
O que eu não gosto é do bom gosto
Eu não gosto do bom senso
Eu não gosto de bons modos
Não gosto
Eu gosto dos que têm fome
Dos que morrem de vontade
Dos que secam de desejo
Dos que ardem…
Eu estou cansado dos politicamente corretos...
Pergunta
Por quê, quando políticos têm que depor perante à polícia ou uma CPI, eles SEMPRE ficam doentes e conseguem adiamento?
Até.
quarta-feira, março 29, 2006
Poliglota?
“Que não fala inglês não deveria poder imigrar para o Canadá”.
Foi assim, em português com forte sotaque de Portugal, que Manuel, o paciente que eu atendi hoje à tarde na Clínica de Distúrbios do Sono onde faço meu treinamento em Medicina do Sono (atividade parelela às pesquisas em que estou envolvido), encerrou nossa conversa. Disse isso enquanto agradecia a oportunidade de ser atendido em português. Antes disso, falara mais.
Falara que os médicos canadenses era melhores que os portugueses porque os primeiros tinham que ser tão inteligentes quanto os veterinários: afinal de contas, tinham que atender pacientes que não falavam. O inglês, claro. Eu não pude deixar de rir.
Essa é uma característica daqui: muitos imigrantes, mesmo morando há mais de trinta anos no Canadá, nunca aprenderam a falar o idioma. Vivem isolados em suas comunidades, onde não precisam falar outra lingua que não a sua. São quase guetos. Ou ilhas. A definição de que Toronto é um arquipélago é uma das mais perfeitas que já ouvi.
O Toronto Western Hospital, hospital onde exerço a maioria das minhas atividades, fica muito próximo à área portuguesa, então é comum atendê-los. Muitas vezes, na consulta, entra junto um intérprete. Desde que voltei a atender pacientes duas vezes por semana (nos dias em que um dos meus supervisores atende), os pacientes de língua portuguesa não precisaram mais de intérprete: eu sou o escolhido para atendê-los. E aí eu faço esse papel. Após conversamos, e eu examiná-los, por questões legais, o meu supervisor (que é o médico responsável por eles), termos discutido o caso e as condutas a serem tomadas, deve ir conversar com eles. E nessas horas eu faço o meio-campo. Falo com um em português, traduzo para o inglês e traduzo novamente a resposta do inglês para o português.
É um bom treinamento.
O engraçado é quando me empolgo, e vou atender um paciente italiano sem intérprete, por exemplo.
Eu falo italiano?
Não.
Mas desde quando isso me impediu de falar italiano?
Até.
Foi assim, em português com forte sotaque de Portugal, que Manuel, o paciente que eu atendi hoje à tarde na Clínica de Distúrbios do Sono onde faço meu treinamento em Medicina do Sono (atividade parelela às pesquisas em que estou envolvido), encerrou nossa conversa. Disse isso enquanto agradecia a oportunidade de ser atendido em português. Antes disso, falara mais.
Falara que os médicos canadenses era melhores que os portugueses porque os primeiros tinham que ser tão inteligentes quanto os veterinários: afinal de contas, tinham que atender pacientes que não falavam. O inglês, claro. Eu não pude deixar de rir.
Essa é uma característica daqui: muitos imigrantes, mesmo morando há mais de trinta anos no Canadá, nunca aprenderam a falar o idioma. Vivem isolados em suas comunidades, onde não precisam falar outra lingua que não a sua. São quase guetos. Ou ilhas. A definição de que Toronto é um arquipélago é uma das mais perfeitas que já ouvi.
O Toronto Western Hospital, hospital onde exerço a maioria das minhas atividades, fica muito próximo à área portuguesa, então é comum atendê-los. Muitas vezes, na consulta, entra junto um intérprete. Desde que voltei a atender pacientes duas vezes por semana (nos dias em que um dos meus supervisores atende), os pacientes de língua portuguesa não precisaram mais de intérprete: eu sou o escolhido para atendê-los. E aí eu faço esse papel. Após conversamos, e eu examiná-los, por questões legais, o meu supervisor (que é o médico responsável por eles), termos discutido o caso e as condutas a serem tomadas, deve ir conversar com eles. E nessas horas eu faço o meio-campo. Falo com um em português, traduzo para o inglês e traduzo novamente a resposta do inglês para o português.
É um bom treinamento.
O engraçado é quando me empolgo, e vou atender um paciente italiano sem intérprete, por exemplo.
Eu falo italiano?
Não.
Mas desde quando isso me impediu de falar italiano?
Até.
Amazing Race
terça-feira, março 28, 2006
Pensamento
Não adianta, não consigo ser pessimista.
A cada dia que passa, tenho provas de que – por mais que o bicho pareça feio – nunca é tudo aquilo que se imaginava.
Acho que vou tomar uma cerveja para celebrar.
Até.
A cada dia que passa, tenho provas de que – por mais que o bicho pareça feio – nunca é tudo aquilo que se imaginava.
Acho que vou tomar uma cerveja para celebrar.
Até.
segunda-feira, março 27, 2006
A Inevitável Tragédia
Esses tempos, conversava ao telefone com uma amiga psicóloga. Falávamos de assuntos variados até que entramos numa quase inevitável questão: como dizia Caetano Veloso, de perto ninguém é normal.
Isso é de conhecimento geral, claro. Se olharmos com atenção, todos nos enquadramos em todos os diagnósticos psiquiátricos, em momentos diferentes de nossa vida. É muito claro, as doenças psiquiátricas nada mais são que exageros patológicos de características que todos temos. Mas algumas vezes nós enganamos o mundo, inclusive a nós mesmos.
Veja o meu caso, por exemplo.
Todo mundo pensa que eu sou um cara sempre alto astral, de bom humor, otimista ao extremo. Que acredita que tudo sempre dá certo.
Mas não é bem assim, e só descobri há pouco.
Tudo isso é verdade, mas a causa é outra: estou sempre à espera da Inevitável Tragédia. Aquela, que como o Big One, o terremoto que vai dizimar a Califórnia em algum momento no futuro, mais cedo ou mais tarde vai se abater sobre mim. O meu bom humor diário é porque, ao acordar, percebo que ainda não fui atingido por ela.
Hum…
Quem sabe a Inevitável Tragédia que eu esteja esperando seja realmente o terremoto na Califórnia, o que impediria a minha mudança para lá (não sei se contei, mas em algum momento no futuro vou largar tudo, me mudar para a Califórnia, comprar uma prancha e virar surfista).
E isso explica porque não me mudei para lá ainda.
Para evitar a Inevitável Tragédia.
Até.
Isso é de conhecimento geral, claro. Se olharmos com atenção, todos nos enquadramos em todos os diagnósticos psiquiátricos, em momentos diferentes de nossa vida. É muito claro, as doenças psiquiátricas nada mais são que exageros patológicos de características que todos temos. Mas algumas vezes nós enganamos o mundo, inclusive a nós mesmos.
Veja o meu caso, por exemplo.
Todo mundo pensa que eu sou um cara sempre alto astral, de bom humor, otimista ao extremo. Que acredita que tudo sempre dá certo.
Mas não é bem assim, e só descobri há pouco.
Tudo isso é verdade, mas a causa é outra: estou sempre à espera da Inevitável Tragédia. Aquela, que como o Big One, o terremoto que vai dizimar a Califórnia em algum momento no futuro, mais cedo ou mais tarde vai se abater sobre mim. O meu bom humor diário é porque, ao acordar, percebo que ainda não fui atingido por ela.
Hum…
Quem sabe a Inevitável Tragédia que eu esteja esperando seja realmente o terremoto na Califórnia, o que impediria a minha mudança para lá (não sei se contei, mas em algum momento no futuro vou largar tudo, me mudar para a Califórnia, comprar uma prancha e virar surfista).
E isso explica porque não me mudei para lá ainda.
Para evitar a Inevitável Tragédia.
Até.
domingo, março 26, 2006
A Sopa 05/36
Hoje é um dia duplamente festivo.
Duas comemorações que explicam muito de quem sou.
Dois aniversários.
Minha Mãe e Porto Alegre.
Feliz Aniversário.
Beijo.
#
Sou um cara da velha guarda.
De qual velha guarda, você pode estar se perguntando, e eu respondo que – evidentemente – não é de toda velha guarda que posso fazer parte. Da Portela, por exemplo, eu não sou, por várias razões: por questões de idade, geografia (me criei mais ao sul do Brasil) e, acima de tudo, não sou sambista.
Por mais que eu seja brasileiro, tenha o ritmo no sangue, essas coisas, eu não sou um sambista. Por pura falta de talento para tal. Poderia ser pagodeiro? Não sei, mas se pudesse, o suicídio tornaria-se um dever… Afinal, qual velha guarda a que me refiro?
A de quem usou muito máquinas de escrever.
Os mais jovens não devem lembrar ou mesmo nunca ter usado, mas eu as usei. Tive até aula de mecanografia no meu curso técnico de processamento de dados, que àquela época se chamava operador de computador. Confesso que nunca aprendi a datilografar (verbo substituído pelo mais moderno digitar) como se recomenda, sem olhar para o teclado e utilizando os dez dedos das mãos. Uso seis, no máximo oito, e freqüentemente olho para as teclas.
Não é saudosismo, não. Era um saco “digitar” trabalhos naquela época. Se errasse a digitação, já era. Se não tivesse aquelas máquinas mais modernas e profissionais que corrigiam (uma passo à frente em direção ao que é hoje), a única saída era retirar o papel e começar de novo. Muitas florestas foram derrubadas por custa dos maus datilógrafos, eu entre eles…
Não sou, de maneira nenhuma, avesso à tecnologia. Pelo contrário. Sou fã dessas modernidades todas. Laptops, webcams, palm tops, wi-fi, etc. Só tem um porém.
Os planos de vida, os que realmente importam, se faço por escrito, são com papel e caneta.
Até.
Duas comemorações que explicam muito de quem sou.
Dois aniversários.
Minha Mãe e Porto Alegre.
Feliz Aniversário.
Beijo.
#
Sou um cara da velha guarda.
De qual velha guarda, você pode estar se perguntando, e eu respondo que – evidentemente – não é de toda velha guarda que posso fazer parte. Da Portela, por exemplo, eu não sou, por várias razões: por questões de idade, geografia (me criei mais ao sul do Brasil) e, acima de tudo, não sou sambista.
Por mais que eu seja brasileiro, tenha o ritmo no sangue, essas coisas, eu não sou um sambista. Por pura falta de talento para tal. Poderia ser pagodeiro? Não sei, mas se pudesse, o suicídio tornaria-se um dever… Afinal, qual velha guarda a que me refiro?
A de quem usou muito máquinas de escrever.
Os mais jovens não devem lembrar ou mesmo nunca ter usado, mas eu as usei. Tive até aula de mecanografia no meu curso técnico de processamento de dados, que àquela época se chamava operador de computador. Confesso que nunca aprendi a datilografar (verbo substituído pelo mais moderno digitar) como se recomenda, sem olhar para o teclado e utilizando os dez dedos das mãos. Uso seis, no máximo oito, e freqüentemente olho para as teclas.
Não é saudosismo, não. Era um saco “digitar” trabalhos naquela época. Se errasse a digitação, já era. Se não tivesse aquelas máquinas mais modernas e profissionais que corrigiam (uma passo à frente em direção ao que é hoje), a única saída era retirar o papel e começar de novo. Muitas florestas foram derrubadas por custa dos maus datilógrafos, eu entre eles…
Não sou, de maneira nenhuma, avesso à tecnologia. Pelo contrário. Sou fã dessas modernidades todas. Laptops, webcams, palm tops, wi-fi, etc. Só tem um porém.
Os planos de vida, os que realmente importam, se faço por escrito, são com papel e caneta.
Até.
sábado, março 25, 2006
Paciência, ou a falta de
Entre as minhas leituras virtuais diárias, leio pelo menos uma dezena de blogs, jornais e revistas, brasileiros e não-brasileiros, além de sempre dar uma passada no Orkut para ler o que andam escrevendo em algumas comunidades. Onde tiro tempo para tudo isso? Durmo tarde, durmo tarde.
Mas ando cansado, e perdendo a paciência.
É por isso que estou diminuindo a quantidade de comentários e debates em que entro na rede. Porque estou sem saco. É muita gente falando besteiras demais, e mais gente ainda indo atrás do que essas pessoas escrevem e ainda elogiando. Boring. Se me irrita, para que ler? Pois é, paro de ler. Simples. Não compro mais brigas, não alimento discordâncias.
Até porque o que eu penso não vai mudar a vida dessas pessoas em nada, assim como o que elas pensam e escrevem também não vai mudar a minha. Se não gosto, não leio.
É por isso que não entendo quem entra no blog dos outros para fazer comentários agressivos e nem quem se envolve em brigas em caixa de comentários. É ridículo, inútil.
Dizem que é questão de ego.
Não sei, me parece mais uma questão de baixa auto-estima. Aliás, é isso o que penso de todos que tentam deseperadamente impor suas opiniões e idéias e visão de mundo a outros: insegurança. Não confiam em si mesmos e querem validação externa às suas posições perante à vida.
Ou talvez seja uma questão de ego mesmo: nesse caso eu seria tão, mas tão egocêntrico que não “desceria do meu pedestal” para debater com os outros meus pontos de vista. Acho que não…
Eu só não pretendo (hoje em dia não, ao menos) impor o meu pensamento aos outros.
Tolerância.
Política
Agora, tolerância é o que não se pode ter com aquela deputada do PT que, ao livrar da cassação colegas seus de partido, no meio do plenário da Câmara dos Deputados, fez o que está se chamando de “Dança da Pizza”. Ela foi desrespeitosa (para dizer o mínimo) com todos os brasileiros, e se mostrou indigna de ocupar o cargo de ocupa, de representante do povo brasileiro.
E pensar que ela faz parte do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados.
Que país é esse, meu deus?
Até.
Mas ando cansado, e perdendo a paciência.
É por isso que estou diminuindo a quantidade de comentários e debates em que entro na rede. Porque estou sem saco. É muita gente falando besteiras demais, e mais gente ainda indo atrás do que essas pessoas escrevem e ainda elogiando. Boring. Se me irrita, para que ler? Pois é, paro de ler. Simples. Não compro mais brigas, não alimento discordâncias.
Até porque o que eu penso não vai mudar a vida dessas pessoas em nada, assim como o que elas pensam e escrevem também não vai mudar a minha. Se não gosto, não leio.
É por isso que não entendo quem entra no blog dos outros para fazer comentários agressivos e nem quem se envolve em brigas em caixa de comentários. É ridículo, inútil.
Dizem que é questão de ego.
Não sei, me parece mais uma questão de baixa auto-estima. Aliás, é isso o que penso de todos que tentam deseperadamente impor suas opiniões e idéias e visão de mundo a outros: insegurança. Não confiam em si mesmos e querem validação externa às suas posições perante à vida.
Ou talvez seja uma questão de ego mesmo: nesse caso eu seria tão, mas tão egocêntrico que não “desceria do meu pedestal” para debater com os outros meus pontos de vista. Acho que não…
Eu só não pretendo (hoje em dia não, ao menos) impor o meu pensamento aos outros.
Tolerância.
Política
Agora, tolerância é o que não se pode ter com aquela deputada do PT que, ao livrar da cassação colegas seus de partido, no meio do plenário da Câmara dos Deputados, fez o que está se chamando de “Dança da Pizza”. Ela foi desrespeitosa (para dizer o mínimo) com todos os brasileiros, e se mostrou indigna de ocupar o cargo de ocupa, de representante do povo brasileiro.
E pensar que ela faz parte do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados.
Que país é esse, meu deus?
Até.
sexta-feira, março 24, 2006
News
‘A Sopa no Exílio’ agora também na mídia impressa.
Brasil News é o nome do jornal da comunidade brasileira aqui em Toronto. Circula quinzenalmente e, a partir da última edição, que saiu na terça-feira passada, conta com a humilde colaboração deste não tão humilde blogueiro. Além da minha primeira coluna (com foto minha e tudo!), colaborei também enviando uma foto do nosso encontro dos blogueiros, realizado na semana passada, e que saiu numa matéria sobre blogs, em que é citado o blog do Gean, o mais informativo blog brasileiro sobre a vida de imigrante em Toronto. Aliás, cada vez que o Gean me cita no blog dele, o número de visitas aqui no blog quase dobra…
Reproduzo abaixo a minha primeira coluna (a chamada não fui quem escrevi…):
MÉDICO, ESCRITOR E BLOGUEIRO:
BRASIL NEWS TEM NOVO COLUNISTA
Marcelo Tadday Rodrigues, prazer em conhecê-lo.
Sim, sou novo aqui neste espaço da mesma forma que sou relativamente novo na cidade e no país. Estou no Canadá, e em Toronto, mais especificamente, desde agosto de 2004. E. se vou escrever aqui, é honesto que eu me apresente e apresente minhas credenciais para você, caro leitor, saber com quem está lidando. Não só isso, me sinto também no dever de contar como cheguei e o que estou fazendo aqui.
Sou natural do Rio Grande do Sul, médico pneumologista, escritor e tenho um blog. Vim para Toronto há um ano e meio para fazer um pós-doutorado, trabalhando com pesquisa em Asma e DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica - enfisema, bronquite crônica), basicamente. Vou falar nisso mais adiante, mas você sabia que o maior fator de risco para enfisema e bronquite crônica é o tabagismo? Pois é, já falo nisso…
Mas eu contava a vocês quem sou. Além de médico, sou também escritor (mesmo sem ter sido publicado ainda) e blogueiro. O meu blog, ‘A Sopa no Exílio’ (http://asopanoexilio.blogspot.com), é o local onde escrevo diariamente e conto minhas experiências com o que chamo de ‘Exílio’: vim sozinho para cá, minha família ficou no Brasil e, no início, não conhecia ninguém no Canadá. As experiências de mudar para um país diferente, começar uma vida nova (mesmo que temporária), todos compartilhamos em algum grau. O blog serve para manter estreitos os laços com quem está no Brasil e criar novos aqui mesmo. Boa parte dos bons amigos que tenho no Canadá eu conheci através dele.
Aliás, a tecnologia tem proporcionado a nós, que por diferentes razões e motivações moramos longe de casa, ou que estabelecemos uma nova casa longe de onde estão nossas origens, diversas formas de nos sentirmos próximos de familiares, de amigos, da cidade e do país, o Brasil, no meu caso. A internet, através do e-mail, dos diferentes programas tipo Instant Messenger, webcam, e blogs, entre outros, torna simples os contatos que podem ser até diários (no meu caso, são). Além disso, a internet proporciona um maior acesso à informação, de forma democrática, a todos que se dispuserem a procurá-la.
Quando consideramos a área de saúde, e medicina em especial, existe muita informação disponível.Usemos o exemplo do tabagismo, tecla na qual vou bater com certa insistência por aqui. Se pesquisarmos no Google (www.google.ca) o termo “Tabagismo”, a busca resultará em 461.000 itens, o primeiro o site do INCA (Instituto Nacional do Câncer) contendo informações completas sobre o assunto, inclusive com dicas de como parar.
Vou voltar ao tema, estejam certos, além de tentar esclarecer, informar e desmontar certos preconceitos relacionados não só à minha especialidade, mas também à medicina em geral. Assim como posso responder a perguntas dos leitores. Sinta-se à vontade para perguntar. Na medida do possível, responderemos suas dúvidas.
A parte seguinte foi cortada, não sei bem por quê.
Mas não pretendo ficar limitado à medicina. Vamos navegar também por outros assuntos, relacionados ao Brasil, ao sul – em especial – que é de onde venho, e dividirei com você minhas impressões, reflexões e experiências sobre a vida no Canadá. Espero que goste da viagem.
Bem-vindo a bordo.
Até.
Brasil News é o nome do jornal da comunidade brasileira aqui em Toronto. Circula quinzenalmente e, a partir da última edição, que saiu na terça-feira passada, conta com a humilde colaboração deste não tão humilde blogueiro. Além da minha primeira coluna (com foto minha e tudo!), colaborei também enviando uma foto do nosso encontro dos blogueiros, realizado na semana passada, e que saiu numa matéria sobre blogs, em que é citado o blog do Gean, o mais informativo blog brasileiro sobre a vida de imigrante em Toronto. Aliás, cada vez que o Gean me cita no blog dele, o número de visitas aqui no blog quase dobra…
Reproduzo abaixo a minha primeira coluna (a chamada não fui quem escrevi…):
MÉDICO, ESCRITOR E BLOGUEIRO:
BRASIL NEWS TEM NOVO COLUNISTA
Marcelo Tadday Rodrigues, prazer em conhecê-lo.
Sim, sou novo aqui neste espaço da mesma forma que sou relativamente novo na cidade e no país. Estou no Canadá, e em Toronto, mais especificamente, desde agosto de 2004. E. se vou escrever aqui, é honesto que eu me apresente e apresente minhas credenciais para você, caro leitor, saber com quem está lidando. Não só isso, me sinto também no dever de contar como cheguei e o que estou fazendo aqui.
Sou natural do Rio Grande do Sul, médico pneumologista, escritor e tenho um blog. Vim para Toronto há um ano e meio para fazer um pós-doutorado, trabalhando com pesquisa em Asma e DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica - enfisema, bronquite crônica), basicamente. Vou falar nisso mais adiante, mas você sabia que o maior fator de risco para enfisema e bronquite crônica é o tabagismo? Pois é, já falo nisso…
Mas eu contava a vocês quem sou. Além de médico, sou também escritor (mesmo sem ter sido publicado ainda) e blogueiro. O meu blog, ‘A Sopa no Exílio’ (http://asopanoexilio.blogspot.com), é o local onde escrevo diariamente e conto minhas experiências com o que chamo de ‘Exílio’: vim sozinho para cá, minha família ficou no Brasil e, no início, não conhecia ninguém no Canadá. As experiências de mudar para um país diferente, começar uma vida nova (mesmo que temporária), todos compartilhamos em algum grau. O blog serve para manter estreitos os laços com quem está no Brasil e criar novos aqui mesmo. Boa parte dos bons amigos que tenho no Canadá eu conheci através dele.
Aliás, a tecnologia tem proporcionado a nós, que por diferentes razões e motivações moramos longe de casa, ou que estabelecemos uma nova casa longe de onde estão nossas origens, diversas formas de nos sentirmos próximos de familiares, de amigos, da cidade e do país, o Brasil, no meu caso. A internet, através do e-mail, dos diferentes programas tipo Instant Messenger, webcam, e blogs, entre outros, torna simples os contatos que podem ser até diários (no meu caso, são). Além disso, a internet proporciona um maior acesso à informação, de forma democrática, a todos que se dispuserem a procurá-la.
Quando consideramos a área de saúde, e medicina em especial, existe muita informação disponível.Usemos o exemplo do tabagismo, tecla na qual vou bater com certa insistência por aqui. Se pesquisarmos no Google (www.google.ca) o termo “Tabagismo”, a busca resultará em 461.000 itens, o primeiro o site do INCA (Instituto Nacional do Câncer) contendo informações completas sobre o assunto, inclusive com dicas de como parar.
Vou voltar ao tema, estejam certos, além de tentar esclarecer, informar e desmontar certos preconceitos relacionados não só à minha especialidade, mas também à medicina em geral. Assim como posso responder a perguntas dos leitores. Sinta-se à vontade para perguntar. Na medida do possível, responderemos suas dúvidas.
A parte seguinte foi cortada, não sei bem por quê.
Mas não pretendo ficar limitado à medicina. Vamos navegar também por outros assuntos, relacionados ao Brasil, ao sul – em especial – que é de onde venho, e dividirei com você minhas impressões, reflexões e experiências sobre a vida no Canadá. Espero que goste da viagem.
Bem-vindo a bordo.
Até.
quinta-feira, março 23, 2006
Para você estar passando adiante*
Este artigo foi feito especialmente para que você possa estar recortando e possa estar deixando discretamente sobre a mesa de alguém que não consiga estar falando sem estar espalhando essa praga terrível da comunicação moderna, o futuro do gerúndio.
Você pode também estar passando por fax, estar mandando pelo correio ou estar enviando pela Internet. O importante é estar garantindo que a pessoa em questão vá estar recebendo esta mensagem, de modo que ela possa estar lendo e, quem sabe, consiga até mesmo estar se dando conta da maneira como tudo o que ela costuma estar falando deve estar soando nos ouvidos de quem precisa estar escutando.
Sinta-se livre para estar fazendo tantas cópias quantas você vá estar achando necessárias, de modo a estar atingindo o maior número de pessoas infectadas por esta epidemia de transmissão oral.
Mais do que estar repreendendo ou estar caçoando, o objetivo deste movimento é estar fazendo com que esteja caindo a ficha nas pessoas que costumam estar falando desse jeito sem estar percebendo.
Nós temos que estar nos unindo para estar mostrando a nossos interlocutores que, sim!, pode estar existindo uma maneira de estar aprendendo a estar parando de estar falando desse jeito.
Até porque, caso contrário, todos nós vamos estar sendo obrigados a estar emigrando para algum lugar onde não vão estar nos obrigando a estar ouvindo frases assim o dia inteirinho.
Sinceramente: nossa paciência está estando a ponto de estar estourando. O próximo "Eu vou estar transferindo a sua ligação" que eu vá estar ouvindo pode estar provocando alguma reação violenta da minha parte. Eu não vou estar me responsabilizando pelos meus atos.
As pessoas precisam estar entendendo a maneira como esse vício maldito conseguiu estar entrando na linguagem do dia-a-dia.
Tudo começou a estar acontecendo quando alguém precisou estar traduzindo manuais de atendimento por telemarketing. Daí a estar pensando que "We’ll be sending it tomorrow" possa estar tendo o mesmo significado que "Nós vamos estar mandando isso amanhã" acabou por estar sendo só um passo.
Pouco a pouco a coisa deixou de estar acontecendo apenas no âmbito dos atendentes de telemarketing para estar ganhando os escritórios. Todo mundo passou a estar marcando reuniões, a estar considerando pedidos e a estar retornando ligações.
A gravidade da situação só começou a estar se evidenciando quando o diálogo mais coloquial demonstrou estar sendo invadido inapelavelmente pelo futuro do gerúndio.
A primeira pessoa que inventou de estar falando "Eu vou tá pensando no seu caso" sem querer acabou por estar escancarando uma porta para essa infelicidade lingüística estar se instalando nas ruas e estar entrando em nossas vidas.
Você certamente já deve ter estado estando a estar ouvindo coisas como "O que cê vai tá fazendo domingo?", ou "Quando que cê vai tá viajando pra praia?", ou "Me espera, que eu vou tá te ligando assim que eu chegar em casa".
Deus. O que a gente pode tá fazendo pra que as pessoas tejam entendendo o que esse negócio pode tá provocando no cérebro das novas gerações?
A única solução vai estar sendo submeter o futuro do gerúndio à mesma campanha de desmoralização à qual precisaram estar sendo expostos seus coleguinhas contagiosos, como o "a nível de", o "enquanto", o "pra se ter uma idéia" e outros menos votados.
A nível de linguagem, enquanto pessoa, o que você acha de tá insistindo em tá falando desse jeito?
* O autor desse texto, Ricardo Freire, se define como "publicitário nas horas ocupadas e turista profissional em todas as outras". É autor dos livros Viaje na Viagem e do guia de praias Freire’s, entre outros.
Você pode também estar passando por fax, estar mandando pelo correio ou estar enviando pela Internet. O importante é estar garantindo que a pessoa em questão vá estar recebendo esta mensagem, de modo que ela possa estar lendo e, quem sabe, consiga até mesmo estar se dando conta da maneira como tudo o que ela costuma estar falando deve estar soando nos ouvidos de quem precisa estar escutando.
Sinta-se livre para estar fazendo tantas cópias quantas você vá estar achando necessárias, de modo a estar atingindo o maior número de pessoas infectadas por esta epidemia de transmissão oral.
Mais do que estar repreendendo ou estar caçoando, o objetivo deste movimento é estar fazendo com que esteja caindo a ficha nas pessoas que costumam estar falando desse jeito sem estar percebendo.
Nós temos que estar nos unindo para estar mostrando a nossos interlocutores que, sim!, pode estar existindo uma maneira de estar aprendendo a estar parando de estar falando desse jeito.
Até porque, caso contrário, todos nós vamos estar sendo obrigados a estar emigrando para algum lugar onde não vão estar nos obrigando a estar ouvindo frases assim o dia inteirinho.
Sinceramente: nossa paciência está estando a ponto de estar estourando. O próximo "Eu vou estar transferindo a sua ligação" que eu vá estar ouvindo pode estar provocando alguma reação violenta da minha parte. Eu não vou estar me responsabilizando pelos meus atos.
As pessoas precisam estar entendendo a maneira como esse vício maldito conseguiu estar entrando na linguagem do dia-a-dia.
Tudo começou a estar acontecendo quando alguém precisou estar traduzindo manuais de atendimento por telemarketing. Daí a estar pensando que "We’ll be sending it tomorrow" possa estar tendo o mesmo significado que "Nós vamos estar mandando isso amanhã" acabou por estar sendo só um passo.
Pouco a pouco a coisa deixou de estar acontecendo apenas no âmbito dos atendentes de telemarketing para estar ganhando os escritórios. Todo mundo passou a estar marcando reuniões, a estar considerando pedidos e a estar retornando ligações.
A gravidade da situação só começou a estar se evidenciando quando o diálogo mais coloquial demonstrou estar sendo invadido inapelavelmente pelo futuro do gerúndio.
A primeira pessoa que inventou de estar falando "Eu vou tá pensando no seu caso" sem querer acabou por estar escancarando uma porta para essa infelicidade lingüística estar se instalando nas ruas e estar entrando em nossas vidas.
Você certamente já deve ter estado estando a estar ouvindo coisas como "O que cê vai tá fazendo domingo?", ou "Quando que cê vai tá viajando pra praia?", ou "Me espera, que eu vou tá te ligando assim que eu chegar em casa".
Deus. O que a gente pode tá fazendo pra que as pessoas tejam entendendo o que esse negócio pode tá provocando no cérebro das novas gerações?
A única solução vai estar sendo submeter o futuro do gerúndio à mesma campanha de desmoralização à qual precisaram estar sendo expostos seus coleguinhas contagiosos, como o "a nível de", o "enquanto", o "pra se ter uma idéia" e outros menos votados.
A nível de linguagem, enquanto pessoa, o que você acha de tá insistindo em tá falando desse jeito?
* O autor desse texto, Ricardo Freire, se define como "publicitário nas horas ocupadas e turista profissional em todas as outras". É autor dos livros Viaje na Viagem e do guia de praias Freire’s, entre outros.
Aniversário
Não podia deixar passar em branco a data de hoje.
Uma pequena homenagem a um cara que é meu amigo há 20 anos e que sempre esteve por perto quando precisei, da mesma forma que sempre procurei estar por perto quando ele precisou. Um cara que sempre me disse o que eu precisava ouvir quando eu precisava ouvir, e a quem sempre pude dizer o que ele precisava ouvir na hora em que ele precisava ouvir.
Felicidades, Márcio.
quarta-feira, março 22, 2006
Countdown
Entrei hoje nos meus últimos 100 dias de Canadá.
Pouco tempo, muito pouco tempo.
É melhor eu voltar ao trabalho, tenho muito a fazer...
Até.
Pouco tempo, muito pouco tempo.
É melhor eu voltar ao trabalho, tenho muito a fazer...
Até.
Chuck Norris já era
Jack Bauer é o cara.
- Se Jack Bauer estivesse em um quarto com Hitler, Stalin e Nina Meyers, e ele tivesse uma arma com duas balas, atiraria duas vezes em Nina.
- Jack Bauer não fala nenhuma língua estrangeira, mas pode fazer qualquer estrangeiro falar inglês em questão de minutos.
- Se todo mundo em 24 horas seguisse as instruções de Jack Bauer, ele se chamaria 12 horas.
- Por ter escutado que era interpretado por Kiefer Sutherland, Jack Bauer matou Sutherland. Jack Bauer não é interpretado por homem nenhum.
- Se você se levanta de manhã, é porque Jack Bauer poupou sua vida.
- O calendário de Jack Bauer pula de 31 de março para 2 de abril: ninguém faz Jack Bauer de bobo.
- Quanto E.T. liga pra casa, Jack Bauer responde.
- Jack Bauer uma vez esqueceu onde tinha colocado as chaves. Ele então passou a meia hora seguinte torturando a si próprio até fornecer a localização das chaves.
- Quando Kim Bauer perdeu a virgindade, Jack Bauer achou-a e a colocou de volta.
- O Super-Homem usa pijama Jack Bauer.
- Não se deve chorar sobre o leite derramado... A menos que seja o leite de Jack Bauer. Aí, meu, você está ferrado.
- Se tem gosto de galinha, parece galinha e tem forma de galinha, mas Jack Bauer diz que é bife - então é uma droga de um bife, ora!
- 1,6 bilhão de chineses estão furiosos com Jack Bauer. Soa como uma briguinha de bar.
- Quando a vida deu limões a Jack Bauer, ele os usou para matar terroristas. Jack Bauer odeia a droga de limonada!
- Vamos deixar uma coisa clara: o único motivo pelo qual você está consciente neste momento é porque Jack Bauer não está a fim de carregá-lo.
- Jack Bauer nunca foi viciado em heroína. A heroína é que foi viciada em Jack Bauer.
- Durante os comerciais, Jack Bauer liga para os detetives de CSI e soluciona os crimes deles.
- Jack Bauer é a principal de causa da morte de homens no Oriente Médio.
- A mais recente proposta de trégua de Osama bin Laden é resultado do fato de que ele descobriu que Jack Bauer está realmente vivo.
- Jack Bauer não esquece. Se ele não bateu em você é porque ele estava atirando em outro terrorista a 12 milhas de distância.
- Se Jack Bauer soletra errado uma palavra, é o seu dicionário que está errado.
- Toda formulação matemática oficialmente termina com < Jack Bauer.
- Matar Jack Bauer não faz ele morrer. Só deixa ele mais brabo.
- Quando o Google não acha algo, pede ajuda para Jack Bauer.
- A única fraqueza do Super-Homem é a kryptonita. Jack Bauer ri do Super-Homem por ter uma fraqueza.
- Jack Bauer matou 93 pessoas no espaço de tempo de quatro dias. Espere, isto é um fato verdadeiro!
- A cor preferida de Jack Bauer é alerta vermelho berrante. Sua segunda cor preferida é violeta, mas só porque soa como "violenta".
- Jack Bauer aciona a mensagem "Fim de jogo" quando entra na Matrix.
- Na prova de matemática na escola secundária, Jack Bauer colocou "Violência" em todas as suas respostas. Ele tirou A+ na prova porque Jack Bauer resolve todos seus problemas com Violência.
- Jack Bauer removeu o botão "Escape" de seu teclado. Jack Bauer nunca precisa escapar.
- Quando Jack Bauer era criança, fazia a mãe dele terminar os legumes.
- Em 96 horas, Jack Bauer matou 93 pessoas e salvou o mundo quatro vezes. Que droga você tem feito da sua vida?
- Jesus morreu e ressuscitou em três dias. Isso tomou menos de uma hora de Jack Bauer. E ele fez isso duas vezes.
- Não existe isso de lésbicas, apenas mulheres que nunca saíram com Jack Bauer.
- Jack Bauer pode pedir o café do McDonald's depois das 10h30min.
- Se Jack Bauer atirar em você durante uma caça à codorna, não terá sido acidente.
- Os homens não se preocupam se suas mulheres fantasiam com Jack Bauer durante o sexo; eles estão fazendo a mesma coisa.
- Procurando Nemo seria infinitamente mais excitante se Jack Bauer estivesse procurando por ele.
- Há a maneira certa, a maneira errada e maneira Jack Bauer. É basicamente a maneira certa, mas mais rápida e com mais mortes.
- Se Jack Bauer fosse gay, seu nome seria Chuck Norris.
- Há três causas principais de morte entre terroristas. Todas são Jack Bauer.
- Sua atração por Jack Bauer não afeta de forma alguma sua orientação sexual.
- Se Jack Bauer vê um terrorista pronto para acionar uma bomba e explodir a si próprio, Jack atira na bomba primeiro. Ninguém rouba uma morte de Jack Bauer.
- Se você está apontando uma arma para a cabeça de Jack Bauer, não conte até três antes de atirar. Conte até 10. Desse jeito, você tem mais sete segundos de vida.
terça-feira, março 21, 2006
Cartas na Mesa
O PMDB, com sua celeuma envolvendo as prévias dos últimos dias, a saber, a ala do ex-presidente José Sarney fazendo de tudo para não lançar candidato próprio e desta forma, tal qual sanguessugas, ficarem aptos a apoiar a reeleição do Presidente Lula (e, se esse perder, apoiar o adversário, tudo para continuar contando com as benesses do governo, versus a ala oposicionista lutando para realizar as prévias para definir seu candidato entre o ex-governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho e o governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto. Mesmo perdendo a guerra de liminares, foi feita uma consulta informal e o vencedor foi o Garotinho.
Como o PSDB já havia anunciado o seu candidato na semana passado, Geraldo Alckmin, e o candidato da situação será o Presidente Lula que, apesar de ainda não ter admitido já faz campanha pela sua reeleição, estão postas as cartas da sucessão presidencial na mesa. Assim ficou fácil escolher em quem votar.
A única opção – digam o que disserem – é reeleger o Lula.
Fugindo disso, estaremos colocando no poder alguém que facilmente tornará menos clara a separação entre o estado e a igreja. O que é muito perigoso.
Anthony Garotinho é um candidato que não se pode levar a sério. Ninguém, em sã consciência, pode votar nele. E já digo isso desde que ele pretendia ser candidato nas eleições de 2002. Nem vale comentar sobre ele. Ele representa bem o que o PMDB se tornou: uma caricatura. O perigo real mora no candidato do PSDB.
Ele tem ligações estreitas com a Opus Dei, ordem ultraconservadora da Igreja Católica. Fundada na Espanha em 1928 por José María Escrivá, (acusado de ter ligações com a ditadura franquista), a Opus Dei é criticada pelos católicos progressistas em função de suas ligações políticas e seu caráter reservado - às vezes quase secreto - e elitista. Com seu jeito insosso, Alckmin quer passar a idéia de que pode ser uma alternativa ao status quo. No fundo, contudo, e em termos de política econômica, seria tudo um continuum FHC, Lula, Alckmin, com a diferença que o último seria uma lance mais TFP.
Que fique claro: não importa qual o credo do Presidente da República, nem se ele acredita em um deus ou em elefantes voadores. Desde, é claro, que não misture as coisas e queira transformar o país numa extensão de sua igreja. E isso, óbvio, é um claro e perigoso retrocesso histórico.
O meu voto deverá ser – nessas circunstâncias – para o Lula.
Mesmo que não mereça, o que é papo para outro dia.
Até.
Como o PSDB já havia anunciado o seu candidato na semana passado, Geraldo Alckmin, e o candidato da situação será o Presidente Lula que, apesar de ainda não ter admitido já faz campanha pela sua reeleição, estão postas as cartas da sucessão presidencial na mesa. Assim ficou fácil escolher em quem votar.
A única opção – digam o que disserem – é reeleger o Lula.
Fugindo disso, estaremos colocando no poder alguém que facilmente tornará menos clara a separação entre o estado e a igreja. O que é muito perigoso.
Anthony Garotinho é um candidato que não se pode levar a sério. Ninguém, em sã consciência, pode votar nele. E já digo isso desde que ele pretendia ser candidato nas eleições de 2002. Nem vale comentar sobre ele. Ele representa bem o que o PMDB se tornou: uma caricatura. O perigo real mora no candidato do PSDB.
Ele tem ligações estreitas com a Opus Dei, ordem ultraconservadora da Igreja Católica. Fundada na Espanha em 1928 por José María Escrivá, (acusado de ter ligações com a ditadura franquista), a Opus Dei é criticada pelos católicos progressistas em função de suas ligações políticas e seu caráter reservado - às vezes quase secreto - e elitista. Com seu jeito insosso, Alckmin quer passar a idéia de que pode ser uma alternativa ao status quo. No fundo, contudo, e em termos de política econômica, seria tudo um continuum FHC, Lula, Alckmin, com a diferença que o último seria uma lance mais TFP.
Que fique claro: não importa qual o credo do Presidente da República, nem se ele acredita em um deus ou em elefantes voadores. Desde, é claro, que não misture as coisas e queira transformar o país numa extensão de sua igreja. E isso, óbvio, é um claro e perigoso retrocesso histórico.
O meu voto deverá ser – nessas circunstâncias – para o Lula.
Mesmo que não mereça, o que é papo para outro dia.
Até.
segunda-feira, março 20, 2006
O Encontro
Sobre o EBS.
É meio pretensão nossa chamar de ‘Encontro dos Blogueiros e Simpatizantes de Toronto’. Pretensão, sim, mas é principalmente uma definição sincera, afinal foi através dos blogs que nos conhecemos. Além disso, não somos excludentes: quem quiser se juntar a nós será bem recebido. E nem precisa ter um blog, afinal é para isso que incluímos ‘Simpatizantes’ no nome do grupo.
Prova disso é que em todos os encontros sempre há alguém que está indo pela primeira vez. E tem aqueles que são parte do grupo e que ainda nem estão em Toronto, ou mesmo que não moram e nem vão morar em Toronto. Nós gostamos mesmo é de nos reunir, e quanto mais vezes e mais pessoas melhor.
A maioria do grupo é composta por imigrantes, pessoas que decidiram começar uma nova vida aqui e estão na luta por isso. Eu sou uma das poucas exceções. Participei da “formação” do grupo, fui eu quem botei pilha para que esse último saísse (além de ter feito a Sopa de Ervilhas do Marcelo na terceira edição do evento, em maio do ano passado) mas estou voltando ao Brasil em pouco mais de três meses. O que não quer dizer que pretenda deixar de fazer parte do grupo. Afinal de contas, vou voltar de vez em quando para visitar. Não no inverno, evidentemente…
Sou partidário da criação de tradições. O exemplo mais perfeito disso é a Sopa de Ervilhas Anual do Marcelo, que este ano completa dez anos de existência. Espero ter participado da criação de mais uma, o encontro dos blogueiros de Toronto, no último final de semana de cada inverno.
Até.
UPDATE SEM ACENTOS NO MEIO DO DIA - Hoje, 20/03, eh o Dia do Blogueiro. Nada mais adequado, entao, que ter falado sobre um encontro de blogueiros, uma turma que se conheceu atraves dos blogs.
Parabens para nos.
É meio pretensão nossa chamar de ‘Encontro dos Blogueiros e Simpatizantes de Toronto’. Pretensão, sim, mas é principalmente uma definição sincera, afinal foi através dos blogs que nos conhecemos. Além disso, não somos excludentes: quem quiser se juntar a nós será bem recebido. E nem precisa ter um blog, afinal é para isso que incluímos ‘Simpatizantes’ no nome do grupo.
Prova disso é que em todos os encontros sempre há alguém que está indo pela primeira vez. E tem aqueles que são parte do grupo e que ainda nem estão em Toronto, ou mesmo que não moram e nem vão morar em Toronto. Nós gostamos mesmo é de nos reunir, e quanto mais vezes e mais pessoas melhor.
A maioria do grupo é composta por imigrantes, pessoas que decidiram começar uma nova vida aqui e estão na luta por isso. Eu sou uma das poucas exceções. Participei da “formação” do grupo, fui eu quem botei pilha para que esse último saísse (além de ter feito a Sopa de Ervilhas do Marcelo na terceira edição do evento, em maio do ano passado) mas estou voltando ao Brasil em pouco mais de três meses. O que não quer dizer que pretenda deixar de fazer parte do grupo. Afinal de contas, vou voltar de vez em quando para visitar. Não no inverno, evidentemente…
Sou partidário da criação de tradições. O exemplo mais perfeito disso é a Sopa de Ervilhas Anual do Marcelo, que este ano completa dez anos de existência. Espero ter participado da criação de mais uma, o encontro dos blogueiros de Toronto, no último final de semana de cada inverno.
Até.
UPDATE SEM ACENTOS NO MEIO DO DIA - Hoje, 20/03, eh o Dia do Blogueiro. Nada mais adequado, entao, que ter falado sobre um encontro de blogueiros, uma turma que se conheceu atraves dos blogs.
Parabens para nos.
domingo, março 19, 2006
A Sopa 05/35
Ontem foi sábado.
De todos os inícios de texto que já utilizei, e de todos os possíveis, esse talvez tenha sido o mais óbvio e, portanto, desnecessário. Estúpido, se preferirem. Tenho consciência disso e não me importo.
Geralmente, a primeira frase dos meus textos, aquela que fica isolada no início, que é quase um subtítulo, tentam prender a atenção do leitor, deixá-lo sedento por saber o que virá nos próximos parágrafos, antecipando o prazer que leitura o proporcionará ou, ao menos, a possibilidade de tal prazer o satisfação. Ou ainda apenas entretenimento. ‘Ontem foi sábado’: o que esta informação pode antecipar em termos do que virá a seguir, na seqüência do texto?
Tudo. Ou nada.
Se, por um lado, um sábado é um mundo de possibilidades abertas em frente a qualquer um que não tenha que trabalhar nesse dia (porque aí elas, as possibilidades, ficam um pouco restritas…), por outro, o que ele tem demais mesmo? Ah, é o começo efetivo do final de semana. Além disso, como diz a música, “todo mundo espera alguma coisa de um sábado à noite”. Nem que seja apenas ficar em casa ouvindo música, lendo e tomando vinho, por exemplo.
Assim como já teci loas ao sábado de manhã, aquele considero o melhor momento da semana (diferente do melhor dia, que indiscutivelmente é quarta-feira – “porque ontem era terça e amanhã já é quinta”) quero agora fazer o mesmo com o resto do sábado.
Ontem, enquanto esperava o ônibus para voltar para casa, saindo do EBS (Encontro dos Blogueiros e Simpatizantes de Toronto), sozinho, de noite, no frio, pensava nisso, no sábado. Parênteses. Vejam só, apesar de estar sozinho, de noite e com frio, não estava tudo ruim. A situação de estar tudo ruim é quando se está sozinho, de noite, no frio, na chuva, com fome e com sono. O que claramente não era o meu caso. Fecha parênteses. Pois é, dizia eu que pensava sobre os sábados em geral. Eu gosto de sábados.
E quem não gosta?
Até.
De todos os inícios de texto que já utilizei, e de todos os possíveis, esse talvez tenha sido o mais óbvio e, portanto, desnecessário. Estúpido, se preferirem. Tenho consciência disso e não me importo.
Geralmente, a primeira frase dos meus textos, aquela que fica isolada no início, que é quase um subtítulo, tentam prender a atenção do leitor, deixá-lo sedento por saber o que virá nos próximos parágrafos, antecipando o prazer que leitura o proporcionará ou, ao menos, a possibilidade de tal prazer o satisfação. Ou ainda apenas entretenimento. ‘Ontem foi sábado’: o que esta informação pode antecipar em termos do que virá a seguir, na seqüência do texto?
Tudo. Ou nada.
Se, por um lado, um sábado é um mundo de possibilidades abertas em frente a qualquer um que não tenha que trabalhar nesse dia (porque aí elas, as possibilidades, ficam um pouco restritas…), por outro, o que ele tem demais mesmo? Ah, é o começo efetivo do final de semana. Além disso, como diz a música, “todo mundo espera alguma coisa de um sábado à noite”. Nem que seja apenas ficar em casa ouvindo música, lendo e tomando vinho, por exemplo.
Assim como já teci loas ao sábado de manhã, aquele considero o melhor momento da semana (diferente do melhor dia, que indiscutivelmente é quarta-feira – “porque ontem era terça e amanhã já é quinta”) quero agora fazer o mesmo com o resto do sábado.
Ontem, enquanto esperava o ônibus para voltar para casa, saindo do EBS (Encontro dos Blogueiros e Simpatizantes de Toronto), sozinho, de noite, no frio, pensava nisso, no sábado. Parênteses. Vejam só, apesar de estar sozinho, de noite e com frio, não estava tudo ruim. A situação de estar tudo ruim é quando se está sozinho, de noite, no frio, na chuva, com fome e com sono. O que claramente não era o meu caso. Fecha parênteses. Pois é, dizia eu que pensava sobre os sábados em geral. Eu gosto de sábados.
E quem não gosta?
Até.
sábado, março 18, 2006
Fatos e Fotos
Ocorre hoje, no Restaurante Rio 40º, aqui em Toronto (1256 St Clair W Ave), o primeiro EBS (Encontro de Blogueiros e Simpatizantes de Toronto) do ano de 2006. Além de primeiro EBS do ano, marca também o aniversário de um ano desde o primeiro, ocorrido no mesmo local em 19 de março de 2005.
Desde que surgiram os EBS, também foi criado no Yahoo Grupos o blogueiros_canada, cuja moderadora é a Luh. Quem quiser se cadastrar, é só acessar aqui.
#
Mais polêmico que a guerra no Iraque, com mais liminares a favor e contra que as prévias do PMDB, mais debatida que a ligação do candidato do PSDB a presidente Geraldo Alckmin com a Opus Dei e outro setores conservadores da Igreja, finalmente publicamos a prova:
Papai Noel não é pedófilo.
Ele ataca qualquer um…
(que bobagem…)
Até.
Desde que surgiram os EBS, também foi criado no Yahoo Grupos o blogueiros_canada, cuja moderadora é a Luh. Quem quiser se cadastrar, é só acessar aqui.
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Mais polêmico que a guerra no Iraque, com mais liminares a favor e contra que as prévias do PMDB, mais debatida que a ligação do candidato do PSDB a presidente Geraldo Alckmin com a Opus Dei e outro setores conservadores da Igreja, finalmente publicamos a prova:
Papai Noel não é pedófilo.
Ele ataca qualquer um…
(que bobagem…)
Até.
sexta-feira, março 17, 2006
Leituras
Algumas sugestões de leitura. Exemplos de vida inteligente na ‘blogosfera’.
- O Polzonoff fala sobre o Orkut aqui.
- O Milton lembra que hoje a Elis estaria completando 61 anos.
- Sobre esse do Alexandre Soares Silva, não há o que comentar, exceto que é brilhante.
- O Bombordo, navegando as águas virtuais desde quarta-feira, promete ser fonte de bons textos, reflexões e debate.
#
Há algumas semanas, eu tinha comentado aqui que Chuck Norris já não estava mais com nada. Antecipei que Jack Bauer era o cara. Pois é, recebi informações quentes a seu respeito, que publicarei muito em breve, após a devida apuração de veracidade…
Até.
- O Polzonoff fala sobre o Orkut aqui.
- O Milton lembra que hoje a Elis estaria completando 61 anos.
- Sobre esse do Alexandre Soares Silva, não há o que comentar, exceto que é brilhante.
- O Bombordo, navegando as águas virtuais desde quarta-feira, promete ser fonte de bons textos, reflexões e debate.
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Há algumas semanas, eu tinha comentado aqui que Chuck Norris já não estava mais com nada. Antecipei que Jack Bauer era o cara. Pois é, recebi informações quentes a seu respeito, que publicarei muito em breve, após a devida apuração de veracidade…
Até.
quinta-feira, março 16, 2006
COMUNICADO DA JUSTIÇA
A PUBLICAÇÃO DE FOTOS ANUNCIADAS NO DIA 15 DE MARÇO DO CORRENTE ANO NO BLOG DE NOME ‘A SOPA NO EXÍLIO’ ESTÁ SUSPENSA POR DETERMINAÇÃO DA JUSTIÇA.
EM DESPACHO EMITIDO ONTEM À NOITE PELO JUIZ E PAI DE SANTO ZABUMBA DE OGUM A PEDIDO DA ASCPN (ASSOCIAÇÃO DAQUELES QUE JÁ SENTARAM NO COLO DO PAPAI NOEL), A PUBLICAÇÃO DA FOTO – QUE FARIA GALHOFAS COM A SITUAÇÃO, A SABER, SENTAR NO COLO DO MESMO – FICA VEDADA EM VIRTUDE DA INTENÇÃO “DE FAZER PIADAS COM UM ASSUNTO SÉRIO”. O DESRESPEITO A ESSA DECISÃO LIMINAR RESULTARÁ EM PENALIDADE PROPORCIONAL AO GRAU DA OFENSA, COM SUSPENSÃO IMEDIATA DE TODO E QUALQUER PRESENTE EM DATAS VINDOURAS, ANIVERSÁRIO E PÁSCOA.
ASSINO E DOU FÉ PÚBLICA (ALÉM DE CACHAÇA, PIPOCA E UM GALO PRETO),
ZABUMBA DE OGUM, PAI DE SANTO E JUIZ DE DIREITO
Direito de Resposta ‘A Sopa no Exílio’
Como não poderia deixar de ser, A Sopa no Exílio não vai ficar calada perante mais uma violência contra a liberdade de imprensa. Vamos usar de todos os meios legais e tri-legais para reverter essa decisão arbitrária e injusta. Nossos advogados e médiuns estão trabalhando ininterruptamente para encontrar uma saída para esse imbróglio. Contamos, inclusive, com a solidariedade e apoio dos envolvidos na dita foto, que se dispõem a testemunhar a favor da publicação.
Não sabemos como terminará essa batalha jurídica (nem mesmo os dons mediúnicos de nossa equipe jurídica conseguem prever o desfecho) mas vamos lutar até o fim pelo direito à liberdade de expressão.
Até simpatia já fizemos. Sem falar em promessa para Santo Expedito, santo das causas impossíveis. Ou não é? Azar, agora já fizemos a promessa…
Até.
quarta-feira, março 15, 2006
I EBS 2006
O final do inverno se aproxima.
A primavera está ali, dobrando a esquina. É hora para mais um…
Encontro dos Blogueiros e Simpatizantes de Toronto
Quando: sábado, 18/03/2006
Hora: 19h30
Local: Restaurante Rio 40º
Reserve já seu lugar neste evento que está virando uma tradição (certo, certo, é o segundo ano, mas é assim que se começam as tradições…).
Até.
Amanhã, neste blog: PAPAI NOEL NÃO É PEDÓFILO!
Não percam!
terça-feira, março 14, 2006
Humildemente
Eu errei.
Admito, faço um mea culpa, realmente aconteceu. E não tenho vergonha de assumir que estava errado. Aliás não é vergonha nenhuma admitir um erro, uma falha. Todos nós, em algum momento, nos enganamos. Só não admite quem não quer. Ou que não tem humildade bastante para tal. Não é humilhação nenhuma.
É sinal de grandeza, até, se retratar após um erro. Eu nunca perco isso de vista: a minha falibilidade (palavra legal, essa, a qualidade de quem é falível). Quer condição mais humana essa, ser falível?
Pois é, errei.
Não, não sei o quê, quando e nem se fiz algo.
Só queria deixar claro que eu não sou perfeito…
:-)
Enquanto isso no Brasil…
Começou a campanha eleitoral.
O PSDB anunciou o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, como candidato do partido à sucessão do presidente Luís Inácio Lula da Silva, que é candidato mas ainda não anunciou oficialmente.
Como estou voltando ao Brasil no meio do ano, e vou votar, o assunto me interessa muito. Gostei do que ele falou no anúncio de sua candidatura.
Vamos acompanhar os fatos.
Até.
Admito, faço um mea culpa, realmente aconteceu. E não tenho vergonha de assumir que estava errado. Aliás não é vergonha nenhuma admitir um erro, uma falha. Todos nós, em algum momento, nos enganamos. Só não admite quem não quer. Ou que não tem humildade bastante para tal. Não é humilhação nenhuma.
É sinal de grandeza, até, se retratar após um erro. Eu nunca perco isso de vista: a minha falibilidade (palavra legal, essa, a qualidade de quem é falível). Quer condição mais humana essa, ser falível?
Pois é, errei.
Não, não sei o quê, quando e nem se fiz algo.
Só queria deixar claro que eu não sou perfeito…
:-)
Enquanto isso no Brasil…
Começou a campanha eleitoral.
O PSDB anunciou o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, como candidato do partido à sucessão do presidente Luís Inácio Lula da Silva, que é candidato mas ainda não anunciou oficialmente.
Como estou voltando ao Brasil no meio do ano, e vou votar, o assunto me interessa muito. Gostei do que ele falou no anúncio de sua candidatura.
Vamos acompanhar os fatos.
Até.
segunda-feira, março 13, 2006
Eu Noel
Não sei se já contei aqui.
Mas eu já fui Papai Noel.
Nada a ver com a época do ano, eu sei. Não é hora de ter esse tipo de lembrança, mas foi inevitável. Estava procurando uma foto por uma razão que não vem ao caso e me deparei com uma minha de – com dizem aqui no norte – Santa Claus.
Não sei se deveria contar aqui, afinal minha afilhada pode ler. Mas eu posso comprovar, se ela quiser explicações, que eu estava autorizado pelo original a representá-lo naquele momento, afinal faltava uma semana para a data, e esses são os dias mais movimentados, duendes fazendo horas-extras, instalações funcionando vinte e quatro horas por dia, essas coisas. E precisavam de alguém para representar o homem naquele dia.
Era a Escola de Educação Infantil Projeto Vida, em que a Kaká, minha muito amada cunhada, irmã da Jacque, é uma das sócias, e era a festa de final de ano. Entre os alunos da escola, a Beta – minha afilhada – e o Bibi, seu irmão. Minha função era, em meio à festa, quando o clímax do evento estivesse se aproximando, sair discretamente do local e vestir a roupa de Papai Noel, cheia de enchimentos para dar a forma robusta esperada do bom velhinho.
Assim o foi, e o Bibi e a Beta não me reconheceram.
Ao olhar a foto fiquei me perguntando: o que será que o fato de já ter sido Papai Noel diz do caráter de alguém?
Coisas boas, espero. Coisas boas.
Até.
Mas eu já fui Papai Noel.
Nada a ver com a época do ano, eu sei. Não é hora de ter esse tipo de lembrança, mas foi inevitável. Estava procurando uma foto por uma razão que não vem ao caso e me deparei com uma minha de – com dizem aqui no norte – Santa Claus.
Não sei se deveria contar aqui, afinal minha afilhada pode ler. Mas eu posso comprovar, se ela quiser explicações, que eu estava autorizado pelo original a representá-lo naquele momento, afinal faltava uma semana para a data, e esses são os dias mais movimentados, duendes fazendo horas-extras, instalações funcionando vinte e quatro horas por dia, essas coisas. E precisavam de alguém para representar o homem naquele dia.
Era a Escola de Educação Infantil Projeto Vida, em que a Kaká, minha muito amada cunhada, irmã da Jacque, é uma das sócias, e era a festa de final de ano. Entre os alunos da escola, a Beta – minha afilhada – e o Bibi, seu irmão. Minha função era, em meio à festa, quando o clímax do evento estivesse se aproximando, sair discretamente do local e vestir a roupa de Papai Noel, cheia de enchimentos para dar a forma robusta esperada do bom velhinho.
Assim o foi, e o Bibi e a Beta não me reconheceram.
Ao olhar a foto fiquei me perguntando: o que será que o fato de já ter sido Papai Noel diz do caráter de alguém?
Coisas boas, espero. Coisas boas.
Até.
domingo, março 12, 2006
A Sopa 05/34
Uma questão de equilíbrio.
Escolher o tema da sopa nossa de cada dia é uma tarefa que exige cuidado e atenção. Não basta esperar que um assunto se imponha, que se faça pauta obrigatória. Aliás, nem sempre a pauta aparentemente obrigatória é a mais adequada para se publicada. Talvez no jornalismo convencional ou, melhor, no jornalismo de verdade (já que esse espaço não o é) os fatos sejam a prioridade maior, diferentemente daqui. Talvez, até porque a informação, a verdade, sempre tem várias facetas, enfoques, interpretações.
Aqui na cozinha em que preparo A Sopa, principalmente a de domingo, que é especial, teoricamente preparada com mais apuro e dedicação que a de todos os dias nem sempre tem pela pressa da rotina, os ingredientes que uso são um pouco diferentes daqueles que incluiria se aqui fosse um espaço jornalístico. Entre esses ingredientes, que variam de semana para semana, estão doses diferentes de humor, reflexão, vez que outra uma pitada de melancolia, memórias, projetos futuros, saudades e até ficção. Tudo isso depende também “da mão”, do estado anímico, do cozinheiro, esse que vos escreve. Como, então, equilibrar todos os fatores envolvidos na elaboração dessa refeição?
Eu ia dizer experiência, mas ia parecer presunçoso.
Então não vou dizer. Que fique implícito…
#
Ontem, quando o Rafael e a Monique chegaram aqui em casa, eu estava tomando chimarrão. Não quiseram tomar, o Rafael por falta de hábito (mesmo que suas origens sejam do sul) e a Monique porque nunca havia tomado e ficou relutante em experimentar a “bebida amarga da raça, que adoça meu coração”… Contei para eles sobre um dos meus hábitos quando morava no Brasil: o chimarrão com milonga.
Era aos sábados de manhã, em que acordava cedo, preparava o chimarrão e tomava enquanto lia o jornal e ouvia milongas. Perguntaram o que é milonga, afinal de contas?
Milonga é um estilo musical que surgiu na área do Rio da Prata, Argentina e Uruguai, muito popular em torno de 1870, e também no Rio Grande do Sul, onde até hoje tem certa popularidade em círculos mais tradicionalistas. É originada de um estilo de cantar mais antigo, conhecido como payada de contrapunto. A payada é uma forma poética, em geral um repente em décima (estrofe de 10 versos), de redondilha maior (verso de sete sílabas) e rima entrelaçada (todos os versos rimam entre si, alternadamente).
As raízes da payada remontam aos romances e quadras medievais e renascentistas, de temática popular, trazidos pelos povoadores espanhóis do território platino. O contato com o linguajar e com o dia-a-dia da vida campeira, porém, adaptou essas expressões à realidade da campanha. Talvez o único payador brasileiro autêntico tenha sido Jayme Caetano Braun, falecido em 1999.
Mais tarde, ainda ontem, quando já estavam aqui em casa também o Henrique e a Camilla, mostrei a eles um pouco da música gaúcha, e milongas em especial. Vítor Ramil, claro, com o CD Ramilonga. Um dos comentários foi que eram compreensível que eu, tomando chimarrão sozinho, vendo a noite pela janela e ouvindo milonga, ficasse baixo astral. 'Baixo astral não', corrigi.
Reflexivo, apenas reflexivo.
Até.
Escolher o tema da sopa nossa de cada dia é uma tarefa que exige cuidado e atenção. Não basta esperar que um assunto se imponha, que se faça pauta obrigatória. Aliás, nem sempre a pauta aparentemente obrigatória é a mais adequada para se publicada. Talvez no jornalismo convencional ou, melhor, no jornalismo de verdade (já que esse espaço não o é) os fatos sejam a prioridade maior, diferentemente daqui. Talvez, até porque a informação, a verdade, sempre tem várias facetas, enfoques, interpretações.
Aqui na cozinha em que preparo A Sopa, principalmente a de domingo, que é especial, teoricamente preparada com mais apuro e dedicação que a de todos os dias nem sempre tem pela pressa da rotina, os ingredientes que uso são um pouco diferentes daqueles que incluiria se aqui fosse um espaço jornalístico. Entre esses ingredientes, que variam de semana para semana, estão doses diferentes de humor, reflexão, vez que outra uma pitada de melancolia, memórias, projetos futuros, saudades e até ficção. Tudo isso depende também “da mão”, do estado anímico, do cozinheiro, esse que vos escreve. Como, então, equilibrar todos os fatores envolvidos na elaboração dessa refeição?
Eu ia dizer experiência, mas ia parecer presunçoso.
Então não vou dizer. Que fique implícito…
#
Ontem, quando o Rafael e a Monique chegaram aqui em casa, eu estava tomando chimarrão. Não quiseram tomar, o Rafael por falta de hábito (mesmo que suas origens sejam do sul) e a Monique porque nunca havia tomado e ficou relutante em experimentar a “bebida amarga da raça, que adoça meu coração”… Contei para eles sobre um dos meus hábitos quando morava no Brasil: o chimarrão com milonga.
Era aos sábados de manhã, em que acordava cedo, preparava o chimarrão e tomava enquanto lia o jornal e ouvia milongas. Perguntaram o que é milonga, afinal de contas?
Milonga é um estilo musical que surgiu na área do Rio da Prata, Argentina e Uruguai, muito popular em torno de 1870, e também no Rio Grande do Sul, onde até hoje tem certa popularidade em círculos mais tradicionalistas. É originada de um estilo de cantar mais antigo, conhecido como payada de contrapunto. A payada é uma forma poética, em geral um repente em décima (estrofe de 10 versos), de redondilha maior (verso de sete sílabas) e rima entrelaçada (todos os versos rimam entre si, alternadamente).
As raízes da payada remontam aos romances e quadras medievais e renascentistas, de temática popular, trazidos pelos povoadores espanhóis do território platino. O contato com o linguajar e com o dia-a-dia da vida campeira, porém, adaptou essas expressões à realidade da campanha. Talvez o único payador brasileiro autêntico tenha sido Jayme Caetano Braun, falecido em 1999.
Mais tarde, ainda ontem, quando já estavam aqui em casa também o Henrique e a Camilla, mostrei a eles um pouco da música gaúcha, e milongas em especial. Vítor Ramil, claro, com o CD Ramilonga. Um dos comentários foi que eram compreensível que eu, tomando chimarrão sozinho, vendo a noite pela janela e ouvindo milonga, ficasse baixo astral. 'Baixo astral não', corrigi.
Reflexivo, apenas reflexivo.
Até.
sábado, março 11, 2006
Céu, Sol, Sul
Não, não tem sul… mas não é disso que quero falar.
Imagine-se na seguinte situação, caro leitor: madrugada, lá por volta das 3:30 AM, você – médico – de plantão em um pronto-atendimento (uma emergência ma non troppo, para aqueles casos que não são urgências na acepção da palavra, mas que motivam o paciente a ir ao hospital). Depois de atender por várias horas, você conseguiu, há meia hora atrás, deitar e dormir um pouco.
Menos de meia hora de sono, então, quando lhe chamam “Doutor, consulta”. Lá vai você, sonolento, atender o paciente e, ao entrar no consultório de atendimento, a primeira coisa que o familiar dele que o acompanha diz é “Ele não gosta de médicos, nem de remédios”. Nesta ordem, peremptoriamente. Indiscutível. O que você faria?
Não, você não pode virar as costas e voltar a dormir, ou mandá-los aos gritos para casa, ou prescrever um tratamento errado, um laxante para um resfriado, por exemplo. Não, você não pode fazer nada disso, e isso nem passa pela sua cabeça. Você fez um juramento ao tornar-se médico, existe um código de ética que deve seguir. Não há muitas opções nesse caso.
Eu, particularmente, sorria – num misto de simpatia e ironia - e dizia que remédios e médicos não eram para se gostar ou não, éramos necessários. E então perguntava o que de grave tinha acontecido para irem consultar num hospital aquela hora da madrugada. Numa proporção grande dos casos, eram queixas simples, muito mais ansiedade e medo que doenças importantes, normalmente requerendo tratamento tão simples quanto as queixas, mas que motivavam sofrimento e justificavam a ida ao hospital.
Temos – nós, médicos - um rigoroso código de ética a seguir, mas outras profissões importantes não têm.
Os barbeiros e cabeleleiros, por exemplo.
Esse ofício, cortar o cabelo, tem um importância social significativa, e acho que esses profissionais deveriam seguir um código de ética tão rigoroso quanto médicos e juízes. Veja o estrago que podem causar aos seus clientes. Certo, os danos causados por esses profissionais são temporários, e isso pode servir como uma circunstância atenuante, mas mesmo assim…
Sem falar que a relação entre o profissional do corte de cabelo e o cliente é tão intensa quanto a relação médico-paciente, às vezes mais, porque ele também é praticamente um terapeuta.
Uma coisa muito mais séria do que parece…
Até.
Imagine-se na seguinte situação, caro leitor: madrugada, lá por volta das 3:30 AM, você – médico – de plantão em um pronto-atendimento (uma emergência ma non troppo, para aqueles casos que não são urgências na acepção da palavra, mas que motivam o paciente a ir ao hospital). Depois de atender por várias horas, você conseguiu, há meia hora atrás, deitar e dormir um pouco.
Menos de meia hora de sono, então, quando lhe chamam “Doutor, consulta”. Lá vai você, sonolento, atender o paciente e, ao entrar no consultório de atendimento, a primeira coisa que o familiar dele que o acompanha diz é “Ele não gosta de médicos, nem de remédios”. Nesta ordem, peremptoriamente. Indiscutível. O que você faria?
Não, você não pode virar as costas e voltar a dormir, ou mandá-los aos gritos para casa, ou prescrever um tratamento errado, um laxante para um resfriado, por exemplo. Não, você não pode fazer nada disso, e isso nem passa pela sua cabeça. Você fez um juramento ao tornar-se médico, existe um código de ética que deve seguir. Não há muitas opções nesse caso.
Eu, particularmente, sorria – num misto de simpatia e ironia - e dizia que remédios e médicos não eram para se gostar ou não, éramos necessários. E então perguntava o que de grave tinha acontecido para irem consultar num hospital aquela hora da madrugada. Numa proporção grande dos casos, eram queixas simples, muito mais ansiedade e medo que doenças importantes, normalmente requerendo tratamento tão simples quanto as queixas, mas que motivavam sofrimento e justificavam a ida ao hospital.
Temos – nós, médicos - um rigoroso código de ética a seguir, mas outras profissões importantes não têm.
Os barbeiros e cabeleleiros, por exemplo.
Esse ofício, cortar o cabelo, tem um importância social significativa, e acho que esses profissionais deveriam seguir um código de ética tão rigoroso quanto médicos e juízes. Veja o estrago que podem causar aos seus clientes. Certo, os danos causados por esses profissionais são temporários, e isso pode servir como uma circunstância atenuante, mas mesmo assim…
Sem falar que a relação entre o profissional do corte de cabelo e o cliente é tão intensa quanto a relação médico-paciente, às vezes mais, porque ele também é praticamente um terapeuta.
Uma coisa muito mais séria do que parece…
Até.
sexta-feira, março 10, 2006
Correio do Leitor
No Brasil
”Fiquei enojado com a palhaçada da absolvição dos mensaleiros confessos, através do voto secreto dos deputados covardes! (…) Concordo com tudo que vc. falou!
É por isso que as vezes penso em me mandar daqui, ao invéz de ajudar a mudar isso aqui.....assim como acho que vc. de vez em quando deve pensar em ficar por aí, não é?
Edgard”
Pois é, Edgard, é revoltante mesmo, mas não, não penso em não voltar ao Brasil. Entre as muitas e pessoais razões, também me sinto no dever de voltar para trabalhar para mudar o que está errado.
”Marcelo, td bem? Sou gaúcha também e tô me formando em jornalismo... Queria te perguntar se, por acaso, você não poderia conversar uma hora dessas pela net, ou te mando um e-mail, pois eu e meu namorado a gente quer muito ir pro Canadá e queríamos saber como é a situação... Um abraço.
Maitê”
Oi, Maitê, pode mandar um um e-mail sim, mas não sei se que o que sei a respeito do assunto poderia te ajudar. De qualquer forma, manda o e-mail.
Dia Oito de Março
“Bela homenagem ao dia da mulher. Se cada um procurasse fazer um pouco (ou muito) pelas pessoas que estão em volta, não haveria necessidade de datas especiais.
Allan"
Tens toda a razão. Como sempre.
Revelações
"Tudo bem que Chuck Norris contou ate o infinito duas vezes, mas Jack Bauer amassou o infinito transformado-o em uma singularidade!!!
Henrique"
Falou tudo. Pena que nem todos os que leram entenderam o comentário…
A Sopa 05/33
”EI Marcelo, eu vou te perguntar, apesar de voce nunca dar bola aos meus comentarios. eu acho que e preconceito ja que eu sou do Rio e voce dos pampas, mas vai la. Tento outra vez. Por que a Jacque nao esta ai contigo? Voce ficou 2 anos sem ve-la? Um beijo.
Soraia.”
Depois do que escreveste, Soraia, percebi que preciso, sim, responder ao comentários feitos aqui. Me desculpo por não ter feito antes. Preconceito? Não…
É o seguinte.
A Jacque não está aqui comigo porque ela não podia largar tudo lá em Porto Alegre para vir. Ela também é médica, tem um movimento de consultório grande, sem falar nas atividades no hospital da PUC. Pensamos, e concluimos que conseguiríamos segurar a barra de passar esse tempo morando longe um do outro.
Mas é claro que não poderia (nem conseguiria) ficar dois anos sem vê-la. Vim para cá na metade de 2004. No final daquele ano, fui à Porto Alegre defender minha tese de doutorado e fiquei duas semanas em casa. Depois, fomos passar o Natal e Ano Novo com os meus pais e irmãos em Nova York e depois ainda ela veio para cá comigo e ficou até a metade de janeiro de 2005. Depois, no começo de março, nos encontramos em Atlanta, onde ela tinha uma reunião e fui até lá. Logo após, fui passar o meu aniversário em casa, em abril.
Ficamos, então, depois disso, seis meses sem nos encontrar, o que aconteceu na Itália em outubro, por duas semanas. Em 2005 ainda, fui passar o final de ano em Porto Alegre. Por fim, ela está vindo me visitar mês que vem. Chega na Sexta-feira Santa, fazendo valer o nome em inglês, Good Friday.
Acho que isso explica…
Até.
quinta-feira, março 09, 2006
No Brasil
Tem certas horas em que não se pode ser moderado.
O MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra) deixou, há muito, de ser um movimento social em prol da reforma agrária. É uma organização criminosa, uma gangue.
Que a reforma agrária é uma necessidade social, ninguém discute.
Mas não dar para aceitar, em hipótose alguma, os métodos empregados pelo movimento. Desde invasões de fazendas produtivas até a sua última ação, ontem, quando o Movimento das Mulheres Camponesas invadiu e destruiu o laboratório de pesquisa da da empresa Aracruz Celulose, gerando um prejuízo estimado em US$400 mil. Disseram que foi um protesto para chamar a atenção contra a empresa, que é multinacional. Foram destruidos resultados de mais de quinze anos de pesquisa.
Hoje, um repórter da Rádio Gaúcha de Porto Alegre esteve no acampamento dos sem terra e, como uma câmera escondida, ouviu relatos das camponesas “comemorando” o feito. Pois é…
Não é de hoje que se ouvem relatos e denúncias de ações do MST que claramente violam a lei. Destruição de fazendas, roubo de gado, ações que se assemelham às da máfia. E, se violam leis, devem ser interrompidos e os responsáveis presos. Presos.
Onde estão as autoridades competentes?
O Brasil não é um país sem leis.
#
Tão grave quanto, é a absolvição dos deputados envolvidos no caso do mensalão, considerados culpados no conselho de ética do congresso e absolvidos no plenário. Tudo porque a votação é secreta, passível de conchavos e acordos.
Os parlamentares deveriam ser obrigados a votar publicamente em todas as votações. Quem os elegeu têm o direito de saber o que seus representantes estão fazendo com o poder que lhes foi outorgado.
Vergonha, imoralidade.
Uma pergunta fica no ar.
Que país é esse?
Não podemos aceitar isso passivamente, e só há um forma de corrigir isso: com o voto. Esse é ano de eleição, não podemos esquecer desses que enxovalham o nome do nosso país.
Até.
O MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra) deixou, há muito, de ser um movimento social em prol da reforma agrária. É uma organização criminosa, uma gangue.
Que a reforma agrária é uma necessidade social, ninguém discute.
Mas não dar para aceitar, em hipótose alguma, os métodos empregados pelo movimento. Desde invasões de fazendas produtivas até a sua última ação, ontem, quando o Movimento das Mulheres Camponesas invadiu e destruiu o laboratório de pesquisa da da empresa Aracruz Celulose, gerando um prejuízo estimado em US$400 mil. Disseram que foi um protesto para chamar a atenção contra a empresa, que é multinacional. Foram destruidos resultados de mais de quinze anos de pesquisa.
Hoje, um repórter da Rádio Gaúcha de Porto Alegre esteve no acampamento dos sem terra e, como uma câmera escondida, ouviu relatos das camponesas “comemorando” o feito. Pois é…
Não é de hoje que se ouvem relatos e denúncias de ações do MST que claramente violam a lei. Destruição de fazendas, roubo de gado, ações que se assemelham às da máfia. E, se violam leis, devem ser interrompidos e os responsáveis presos. Presos.
Onde estão as autoridades competentes?
O Brasil não é um país sem leis.
#
Tão grave quanto, é a absolvição dos deputados envolvidos no caso do mensalão, considerados culpados no conselho de ética do congresso e absolvidos no plenário. Tudo porque a votação é secreta, passível de conchavos e acordos.
Os parlamentares deveriam ser obrigados a votar publicamente em todas as votações. Quem os elegeu têm o direito de saber o que seus representantes estão fazendo com o poder que lhes foi outorgado.
Vergonha, imoralidade.
Uma pergunta fica no ar.
Que país é esse?
Não podemos aceitar isso passivamente, e só há um forma de corrigir isso: com o voto. Esse é ano de eleição, não podemos esquecer desses que enxovalham o nome do nosso país.
Até.
Dia Oito de Março
Undici anni
O Dia Internacional da Mulher, para mim, tem um outro significado, devo confessar. Foi num oito de março, há onze anos atrás, que eu e a Jacque começamos a nossa história juntos. Então, para mim, o dia oito de março é o dia em que conheci a mulher que seria aquela para o resto da minha vida.
Mesmo porque acho essa coisa de comemorar o dia da mulher é a mesma coisa que comemorar o dia do índio: serve como forma de nos desculparmos. Se ficam felizes comemorando, tudo bem, mas eu não acho tudo isso.
Explico.
Fui criado num ambiente, e acredito que sou de uma geração em que jamais houve qualquer questionamento sobre se as mulheres têm ou não os mesmos direitos que os homens ou, mais importante, a mesma capacidade, inteligência ou qualquer outra característica que sirva para comparações. Existem diferenças entres os sexos? Claro que sim, óbvio. Mas essas diferenças não implicam (ou ao menos não deveriam) em nada mais que isso, o reconhecimento das diferenças.
Certo, talvez a data seja para reforçar essa idéia, até porque há lugares em que isso não é visto dessa forma.
Feliz Dia da Mulher, então.
Volto ao meu dia oito de março particular…
Para celebrar a data, a Jacque me enviou essa foto e uma música por email na madrugada de hoje, e que publico agora.
Te amo, Jacque.
Eu não existo sem você
Eu sei e você sabe, já que a vida quis assim
Que nada nesse mundo levará você de mim
Eu sei e você sabe que a distância não existe
Que todo grande amor
Só é bem grande se for triste
Por isso, meu amor
Não tenha medo de sofrer
Que todos os caminhos
Me encaminham pra você
Assim como o oceano
Só é belo com luar
Assim como a canção
Só tem razão se se cantar
Assim como uma nuvem
Só acontece se chover
Assim como o poeta
Só é grande se sofrer
Assim como viver
Sem ter amor não é viver
Não há você sem mim
Eu não existo sem você
(Nós, há onze anos, na praia)
Até.
terça-feira, março 07, 2006
Papo de domingo
Conversávamos, domingo ainda, sobre o Brasil.
É algo que fazemos com certa freqüência, um hábito que não perdemos, mesmo morando longe. A tecnologia nos permite ficar próximos, através da leitura online de jornais e revista, dos fatos do dia-a-dia. Como eu sou do Rio Grande do Sul e o Henrique é de Pernambuco, nos resta discutir política no âmbito nacional.
Concordamos com vários tópicos, rimos de outros, e alguns é melhor evitar, por serem desagradáveis em sua essência. Tento fugir, mas não posso.
Por esses dias, no Brasil, discute-se o final de verticalização nas eleições, aprovado pela Câmara dos Deputados e que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) disse que é inconstitucional, afinal as regras de uma eleição não podem ser mudadas menos de um ano antes da eleição, no que tem razão. Após essa definição do TSE, criou-se um clima de guerra em Brasília, e a decisão vai acabar no Supremo Tribunal Federal.
Enquanto isso, o PMDB – que tem feito de parte de todos os governos desde o final do período militar – decide que se a não houver a verticalização não lançará candidato próprio a presidente. O lado positivo disso é que aí não haverá a menor chance de o Garotinho ser candidato. Mas um partido está condenado à pequeneza e ao fisiologismo se pauta suas decisões na probabilidade de ficar rondando o governo, não possuindo programa ou ao menos linha ideológica.
O PMDB é exatamente isso, um amontoado de interesses querendo os privilégios de estar no governo. É uma generalização, eu sei, que não faz justiça a personagens históricos cuja conduta sempre se pautou pela ética. O problema é que esses têm sido sistematicamente derrotados nas instâncias partidárias, comandadas pelos Sarneys da vida.
Mas não tenham dúvidas que a questão da verticalização (ou seja, a coligação para presidente deve ser seguida em todas as instâncias) interessa muito ao PT também.
Como falávamos no domingo, para participar da política partidária é necessário abdicar totalmente do amor próprio de até de convicções. A máquina de interesses que move o poder te leva, não importa qual a bandeira que carregas.
Até.
É algo que fazemos com certa freqüência, um hábito que não perdemos, mesmo morando longe. A tecnologia nos permite ficar próximos, através da leitura online de jornais e revista, dos fatos do dia-a-dia. Como eu sou do Rio Grande do Sul e o Henrique é de Pernambuco, nos resta discutir política no âmbito nacional.
Concordamos com vários tópicos, rimos de outros, e alguns é melhor evitar, por serem desagradáveis em sua essência. Tento fugir, mas não posso.
Por esses dias, no Brasil, discute-se o final de verticalização nas eleições, aprovado pela Câmara dos Deputados e que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) disse que é inconstitucional, afinal as regras de uma eleição não podem ser mudadas menos de um ano antes da eleição, no que tem razão. Após essa definição do TSE, criou-se um clima de guerra em Brasília, e a decisão vai acabar no Supremo Tribunal Federal.
Enquanto isso, o PMDB – que tem feito de parte de todos os governos desde o final do período militar – decide que se a não houver a verticalização não lançará candidato próprio a presidente. O lado positivo disso é que aí não haverá a menor chance de o Garotinho ser candidato. Mas um partido está condenado à pequeneza e ao fisiologismo se pauta suas decisões na probabilidade de ficar rondando o governo, não possuindo programa ou ao menos linha ideológica.
O PMDB é exatamente isso, um amontoado de interesses querendo os privilégios de estar no governo. É uma generalização, eu sei, que não faz justiça a personagens históricos cuja conduta sempre se pautou pela ética. O problema é que esses têm sido sistematicamente derrotados nas instâncias partidárias, comandadas pelos Sarneys da vida.
Mas não tenham dúvidas que a questão da verticalização (ou seja, a coligação para presidente deve ser seguida em todas as instâncias) interessa muito ao PT também.
Como falávamos no domingo, para participar da política partidária é necessário abdicar totalmente do amor próprio de até de convicções. A máquina de interesses que move o poder te leva, não importa qual a bandeira que carregas.
Até.
segunda-feira, março 06, 2006
Revelações
Ontem fui almoçar na casa dos amigos Camilla e Henrique. Estavam lá os donos da casa, a Monique e o Rafael e eu. A comida, uma pequena tradição de nós que vivemos longe do Brasil: feijão.
Feijão que também é o prato que usualmente pedimos, o Marcelo e eu, quando vamos almoçar num dos restaurantes brasileiros ali da Dundas St West. Mas aí é feijoada: além do feijão, arroz, vêm também a couve, farofa e laranja. Sem falar que, enquanto aguardamos chegar a comida, eles servem torresmo frito. Torresmo! Putz, fazia MUITOS anos que não comia isso. Mas não dá para comer muito, é claro…
Falava do almoço de ontem, que não foi apenas almoço.
Chegamos por volta do meio-dia e, enquanto finalizava-se a refeição, o Rafael preparou caipirinhas, com cachaça Pitu trazida do Brasil (já que aqui a garrafa custa CAD25.00 na LCBO). Tomamos caipirinhas, e depois almoçamos. MUITO boa a comida, muitas risadas, cerveja Moose.
Após a refeição, o Rafael “caiu” no sofá e eu me atirei numa poltrona enquanto o Henrique preparava café. A sesta seria imediata se não fôssemos jogar (e assim o fizemos) um jogo – assim como a cachaça – vindo do Brasil, chamado Perfil (bem legal, bem legal). Duas rodadas do jogo, e paramos para assistir o filme Wallace e Gromitt em DVD.
Como estou em uma fase de elogios intensos, SUPER-legal o filme. Rimos bastante com as tiradas do filme, o humor inglês, as referências. O filme terminou já eram quase 8pm, e era hora de ir embora.
O tempo voa quando se passa momentos agradáveis.
Sem falar que descobrimos que o Chuck Norris não está com nada.
Jack Bauer é que é o cara.
Até.
Feijão que também é o prato que usualmente pedimos, o Marcelo e eu, quando vamos almoçar num dos restaurantes brasileiros ali da Dundas St West. Mas aí é feijoada: além do feijão, arroz, vêm também a couve, farofa e laranja. Sem falar que, enquanto aguardamos chegar a comida, eles servem torresmo frito. Torresmo! Putz, fazia MUITOS anos que não comia isso. Mas não dá para comer muito, é claro…
Falava do almoço de ontem, que não foi apenas almoço.
Chegamos por volta do meio-dia e, enquanto finalizava-se a refeição, o Rafael preparou caipirinhas, com cachaça Pitu trazida do Brasil (já que aqui a garrafa custa CAD25.00 na LCBO). Tomamos caipirinhas, e depois almoçamos. MUITO boa a comida, muitas risadas, cerveja Moose.
Após a refeição, o Rafael “caiu” no sofá e eu me atirei numa poltrona enquanto o Henrique preparava café. A sesta seria imediata se não fôssemos jogar (e assim o fizemos) um jogo – assim como a cachaça – vindo do Brasil, chamado Perfil (bem legal, bem legal). Duas rodadas do jogo, e paramos para assistir o filme Wallace e Gromitt em DVD.
Como estou em uma fase de elogios intensos, SUPER-legal o filme. Rimos bastante com as tiradas do filme, o humor inglês, as referências. O filme terminou já eram quase 8pm, e era hora de ir embora.
O tempo voa quando se passa momentos agradáveis.
Sem falar que descobrimos que o Chuck Norris não está com nada.
Jack Bauer é que é o cara.
Até.
domingo, março 05, 2006
A Sopa 05/33
O tempo, mais uma vez.
Exatamente há três anos atrás, cinco de março, quarta-feira de cinzas do ano de 2003, logo após o almoço, entrei na sala da minha orientadora para combinarmos o início da inclusão de pacientes para o estudo que deveria se transformar na minha tese de doutorado. O ano começava a valer, logo depois do carnaval, fim de férias de verão.
Além disso, eu precisava avançar com o meu trabalho, afinal já iniciava o terceiro ano do doutorado, já tendo cursado todo os créditos necessários e estando treinado no procedimentos técnicos relacionados ao projeto. O plano era começar a incluir os pacientes para, até o final daquele ano, estar com tudo pronto. E começaria na quarta-feira de cinzas porque era o dia do ambulatório de asma, de onde sairiam os pacientes.
Com esse objetivo, fui falar com a minha orientadora. Mal tinha entrado na sala, e ela disse “Pensei em ti hoje de manhã, mas não sei se irias querer, afinal és casado e tem tua vida organizada…”. Perguntei o que era e ela me contou que havia um convite para um Fellowship em Toronto, Canadá, com fundos do laboratório onde trabalharia, e que a pesquisa tinha tudo a ver com a minha tese de doutorado. A única coisa é que seria por no mínimo dois, provavelmente três anos. Só teria que pagar a passagem.
Perturbado, pedi quarenta e oito horas para pensar.
Saí da sala dela já sabendo a resposta, mas precisava conversar com a Jacque, ver o que ela pensava, como ela faria para ir comigo, se conseguiríamos algo para ela também. Três anos! Muito tempo! Pensei em como reagiriam os meus pais, que iam ficar sem nenhum filho morando perto, afinal meu irmão já morava em New York. Pensei na minha afilhada, a Beta, e que eu perdeira três anos da vida dela, quando eu voltasse ela seria quase uma adolescente. Pensei muito, na família, nos amigos, antes mesmo de falar com a Jacque, o que aconteceu no final daquele mesmo dia.
Quando falei para ela que havia sido convidado para ir para Toronto, ela ficou super-feliz, falou que eu tinha mesmo era que ir. Falei que tinha um porém, seriam talvez três anos. Foi como um balde de água fria, mas ela insistiu na idéia que daríamos um jeito e que eu não tinha como perder a oportunidade.
Eu sabia disso.
Desde o momento em que fiquei sabendo da possibilidade, eu sabia que não podia dizer não. Em certos momentos da vida, não se pode dizer não. Pensando na minha teoria das pequenas coisas que mudam o mundo enquanto as grandes já estão definidas, essa era uma decisão das grandes que já estava tomada desde o início. Eu deveria vir, era inevitável.
Desde esse dia até o dia em que comecei efetivamente em Toronto, passou um ano e meio, devido a vários fatores que atrasaram minha vinda, o principal deles a SARS, que fechou hospitais e gerou um prejuízo para a cidade e – no meu caso –para o laboratório para onde eu viria.
Vou ficar dois, e não três anos, mas por decisão minha.
Só que isso é outra história, para uma outra sopa.
Até.
Exatamente há três anos atrás, cinco de março, quarta-feira de cinzas do ano de 2003, logo após o almoço, entrei na sala da minha orientadora para combinarmos o início da inclusão de pacientes para o estudo que deveria se transformar na minha tese de doutorado. O ano começava a valer, logo depois do carnaval, fim de férias de verão.
Além disso, eu precisava avançar com o meu trabalho, afinal já iniciava o terceiro ano do doutorado, já tendo cursado todo os créditos necessários e estando treinado no procedimentos técnicos relacionados ao projeto. O plano era começar a incluir os pacientes para, até o final daquele ano, estar com tudo pronto. E começaria na quarta-feira de cinzas porque era o dia do ambulatório de asma, de onde sairiam os pacientes.
Com esse objetivo, fui falar com a minha orientadora. Mal tinha entrado na sala, e ela disse “Pensei em ti hoje de manhã, mas não sei se irias querer, afinal és casado e tem tua vida organizada…”. Perguntei o que era e ela me contou que havia um convite para um Fellowship em Toronto, Canadá, com fundos do laboratório onde trabalharia, e que a pesquisa tinha tudo a ver com a minha tese de doutorado. A única coisa é que seria por no mínimo dois, provavelmente três anos. Só teria que pagar a passagem.
Perturbado, pedi quarenta e oito horas para pensar.
Saí da sala dela já sabendo a resposta, mas precisava conversar com a Jacque, ver o que ela pensava, como ela faria para ir comigo, se conseguiríamos algo para ela também. Três anos! Muito tempo! Pensei em como reagiriam os meus pais, que iam ficar sem nenhum filho morando perto, afinal meu irmão já morava em New York. Pensei na minha afilhada, a Beta, e que eu perdeira três anos da vida dela, quando eu voltasse ela seria quase uma adolescente. Pensei muito, na família, nos amigos, antes mesmo de falar com a Jacque, o que aconteceu no final daquele mesmo dia.
Quando falei para ela que havia sido convidado para ir para Toronto, ela ficou super-feliz, falou que eu tinha mesmo era que ir. Falei que tinha um porém, seriam talvez três anos. Foi como um balde de água fria, mas ela insistiu na idéia que daríamos um jeito e que eu não tinha como perder a oportunidade.
Eu sabia disso.
Desde o momento em que fiquei sabendo da possibilidade, eu sabia que não podia dizer não. Em certos momentos da vida, não se pode dizer não. Pensando na minha teoria das pequenas coisas que mudam o mundo enquanto as grandes já estão definidas, essa era uma decisão das grandes que já estava tomada desde o início. Eu deveria vir, era inevitável.
Desde esse dia até o dia em que comecei efetivamente em Toronto, passou um ano e meio, devido a vários fatores que atrasaram minha vinda, o principal deles a SARS, que fechou hospitais e gerou um prejuízo para a cidade e – no meu caso –para o laboratório para onde eu viria.
Vou ficar dois, e não três anos, mas por decisão minha.
Só que isso é outra história, para uma outra sopa.
Até.
sábado, março 04, 2006
Sábado, março
O primeiro sábado de março é como devem ser todos os sábados.
Céu azul, e temperatura que vai chegar a agradável 1ºC positivo. O sol já começou a aquecer novamente. Na próxima sexta-feira, segundo a previsão, a temperatura máxima será de +12ºC! Definitivamente, a primavera se aproxima.
E com ela, meus últimos meses de Canadá. Assim como 2004, dois mil e seis será um ano de despedidas e novos começos. A diferença é que dessa vez estou voltando para casa. Mesmo assim, vai ser necessária adaptação. Até porque quem volta para o Brasil não é o mesmo que saiu, da mesma forma que quem vou encontrar lá também não serão os mesmo que deixei ao sair. Nada de anormal nisso, é apenas a vida.
É disso o que tento falar aqui: da vida, do mundo.
De tempos em tempos, o comitê editorial informal d’A Sopa me alerta para o fato de estar sendo repetitivo nos assuntos que abordo aqui. Algumas vezes, eles têm razão, e dou uma controlada, procuro variar. De agora em diante, contudo, já adianto que evitar certos tópicos vai ser difícil.
De novo, e mais do que nunca, vou estar em dois lugares ao mesmo tempo: me despedindo daqui (o que – de certa forma - já começou, mas falo disso outra hora) e me preparando para o que me espera no sul do mundo, no pampa. Por mais que eu esteja “ajeitando” as coisas para quando chegar, ainda tudo é muito incerto. O que não é bom nem ruim, apenas é assim.
Falo em termos profissionais, claro, mas também outros projetos e idéias que ficaram em suspenso quando vim para cá serão retomados, e para alguns já trabalho desde agora, daqui mesmo.
O tempo é escasso, as atividades são muitas, as exigências também.
E o melhor, venho dando conta.
Bom sábado de final de inverno (ou de verão) para todos.
Até.
Céu azul, e temperatura que vai chegar a agradável 1ºC positivo. O sol já começou a aquecer novamente. Na próxima sexta-feira, segundo a previsão, a temperatura máxima será de +12ºC! Definitivamente, a primavera se aproxima.
E com ela, meus últimos meses de Canadá. Assim como 2004, dois mil e seis será um ano de despedidas e novos começos. A diferença é que dessa vez estou voltando para casa. Mesmo assim, vai ser necessária adaptação. Até porque quem volta para o Brasil não é o mesmo que saiu, da mesma forma que quem vou encontrar lá também não serão os mesmo que deixei ao sair. Nada de anormal nisso, é apenas a vida.
É disso o que tento falar aqui: da vida, do mundo.
De tempos em tempos, o comitê editorial informal d’A Sopa me alerta para o fato de estar sendo repetitivo nos assuntos que abordo aqui. Algumas vezes, eles têm razão, e dou uma controlada, procuro variar. De agora em diante, contudo, já adianto que evitar certos tópicos vai ser difícil.
De novo, e mais do que nunca, vou estar em dois lugares ao mesmo tempo: me despedindo daqui (o que – de certa forma - já começou, mas falo disso outra hora) e me preparando para o que me espera no sul do mundo, no pampa. Por mais que eu esteja “ajeitando” as coisas para quando chegar, ainda tudo é muito incerto. O que não é bom nem ruim, apenas é assim.
Falo em termos profissionais, claro, mas também outros projetos e idéias que ficaram em suspenso quando vim para cá serão retomados, e para alguns já trabalho desde agora, daqui mesmo.
O tempo é escasso, as atividades são muitas, as exigências também.
E o melhor, venho dando conta.
Bom sábado de final de inverno (ou de verão) para todos.
Até.
sexta-feira, março 03, 2006
Fundamental é mesmo o amor
Hoje cedo, céu azul e temperatura de –11ºC.
Saí um pouco mais cedo que o habitual porque tinha que ir para um outro laboratório, onde ficaria até o final da manhã. O trajeto diferente, foi feito de metrô até a estação Spadina e aí de bonde até a College St, de onde tinha que caminhar duas quadras até o laboratório.
A sensação térmica de –15ºC foi a responsável pela sensação de ter minha orelhas congeladas. É uma dor fina, constante. Por isso, resolvi desviar um pouquinho o meu caminho (seguir um pouco adiante para depois voltar) e dar uma parada num Starbucks. Lá, já sem luvas, pedi um caffè latte. Enquanto estava no caixa esperando para pagar, comecei a prestar na música que tocava.
Não demorou muito para identificar que era uma versão em inglês de Aquerela do Brasil. Interessei-me. Vi que, entre os produtos à venda ali, estava um CD do Sérgio Mendes, uma coletânea. A música seguinte, Desafinado, com João Gilberto. Perguntei se essas músicas estavam no CD, e a funcionária foi ver que música era. Disse que música era e quem tocava, e que não constava na músicas descritas no CD.
Ela procurou e disse que era o mesmo CD. Perguntei-lhe como, e ela esclareceu que algumas vezes eles recebiam um CD master com mais músicas que o que estava para venda. Perguntei se havia alguma chance de eu conseguir um CD master. Disse-me que não. Agradeci e me dirigi à saída. Casaco, luvas.
Quando saía da loja, começou a tocar Wave.
Vou te contar os olhos já não podem ver
Coisas que só o coração pode entender
Fundamental é mesmo o amor é impossível ser feliz sozinho
O resto é mar, é tudo que eu não sei contar
São coisas lindas que eu tenho pra te dar
Vem de mansinho à brisa e me diz que é impossível ser feliz sozinho
Da primeira vez era a cidade
Da segunda o cais a eternidade,
Agora eu já sei,
Da onda que se ergueu no mar
E das estrelas que esquecemos de contar
O amor se deixa surpreender
Enquanto a noite vem nos envolver
Respirei fundo e saí para o frio da rua.
Sexta-feira, sexta-feira.
Até.
Saí um pouco mais cedo que o habitual porque tinha que ir para um outro laboratório, onde ficaria até o final da manhã. O trajeto diferente, foi feito de metrô até a estação Spadina e aí de bonde até a College St, de onde tinha que caminhar duas quadras até o laboratório.
A sensação térmica de –15ºC foi a responsável pela sensação de ter minha orelhas congeladas. É uma dor fina, constante. Por isso, resolvi desviar um pouquinho o meu caminho (seguir um pouco adiante para depois voltar) e dar uma parada num Starbucks. Lá, já sem luvas, pedi um caffè latte. Enquanto estava no caixa esperando para pagar, comecei a prestar na música que tocava.
Não demorou muito para identificar que era uma versão em inglês de Aquerela do Brasil. Interessei-me. Vi que, entre os produtos à venda ali, estava um CD do Sérgio Mendes, uma coletânea. A música seguinte, Desafinado, com João Gilberto. Perguntei se essas músicas estavam no CD, e a funcionária foi ver que música era. Disse que música era e quem tocava, e que não constava na músicas descritas no CD.
Ela procurou e disse que era o mesmo CD. Perguntei-lhe como, e ela esclareceu que algumas vezes eles recebiam um CD master com mais músicas que o que estava para venda. Perguntei se havia alguma chance de eu conseguir um CD master. Disse-me que não. Agradeci e me dirigi à saída. Casaco, luvas.
Quando saía da loja, começou a tocar Wave.
Vou te contar os olhos já não podem ver
Coisas que só o coração pode entender
Fundamental é mesmo o amor é impossível ser feliz sozinho
O resto é mar, é tudo que eu não sei contar
São coisas lindas que eu tenho pra te dar
Vem de mansinho à brisa e me diz que é impossível ser feliz sozinho
Da primeira vez era a cidade
Da segunda o cais a eternidade,
Agora eu já sei,
Da onda que se ergueu no mar
E das estrelas que esquecemos de contar
O amor se deixa surpreender
Enquanto a noite vem nos envolver
Respirei fundo e saí para o frio da rua.
Sexta-feira, sexta-feira.
Até.
quinta-feira, março 02, 2006
O exemplo uruguaio
Desde primeiro de junho de 2004, aqui em Toronto, é proibido fumar em locais públicos fechados, como bares e restaurantes. A Inglaterra, a partir de 2007, também vai banir o consumo de tabaco em locais fechados, inclusive pubs. Nova Zelândia, Noruega e Irlanda têm leis parecidas.
No Uruguai, desde ontem, essa proibição também vale.
O presidente uruguaio, Tabaré Vázquez, um dos maiores incentivadores da medida, sabe o que diz e faz: ele é médico e, mais, oncologista. Multas de mil dólares para a primeira infração e de dois mil para a reincidência.
Parabéns aos vizinhos uruguaios.
E o Brasil, quando vai rumar para o mesmo caminho? Quando vai passar a respeitar o direito dos não fumantes de não fumarem? É das situações mais desagradáveis que existem voltar de uma festa e ter que tomar banho para tirar o fedor do cigarro, que fica impregnado nas roupas, no cabelo.
Como pneumologista, sei do que falo, mas não vou discutir aqui sobre o fumar ou não. O fumante é um doente, um dependente químico, que precisa ser tratado. Ponto. O que peço é que nos deixem – não fumantes – livres do fumo passivo em locais onde vamos para nos divertir.
Um apelo para que se tome no Brasil as mesmas atitudes de restrição ao fumo que o mundo começa a tomar.
Até.
No Uruguai, desde ontem, essa proibição também vale.
O presidente uruguaio, Tabaré Vázquez, um dos maiores incentivadores da medida, sabe o que diz e faz: ele é médico e, mais, oncologista. Multas de mil dólares para a primeira infração e de dois mil para a reincidência.
Parabéns aos vizinhos uruguaios.
E o Brasil, quando vai rumar para o mesmo caminho? Quando vai passar a respeitar o direito dos não fumantes de não fumarem? É das situações mais desagradáveis que existem voltar de uma festa e ter que tomar banho para tirar o fedor do cigarro, que fica impregnado nas roupas, no cabelo.
Como pneumologista, sei do que falo, mas não vou discutir aqui sobre o fumar ou não. O fumante é um doente, um dependente químico, que precisa ser tratado. Ponto. O que peço é que nos deixem – não fumantes – livres do fumo passivo em locais onde vamos para nos divertir.
Um apelo para que se tome no Brasil as mesmas atitudes de restrição ao fumo que o mundo começa a tomar.
Até.
quarta-feira, março 01, 2006
Pensamento Mágico
Todos cultivamos algum grau de pensamento mágico. É divertido, animador, e dá uma cor diferente às nossas vidas.
Começa na virada do ano. Acreditamos, e essa crença é estimulada por todo o mundo, que tudo mundo de trinta e um dezembro para primeiro de janeiro. Como se ao pular ondas, deixássemos para trás tudo o que fomos e fizemos no passado e pudéssemos começar tudo de novo, do zero. É uma forma de nos sentirmos estimulados a continuar a vida. E, que fique claro, não acho isso ruim. Claro que, em determinadas situações, o pensamento mágico pode ser prejudicial, como no caso dos gremistas, que acreditavam que o time não cairia para a segunda divisão porque “tinha camisa”…
Eu mesmo, durante o tempo, por razões que nem lembro mais, acreditava que os anos pares eram melhores que os anos ímpares. Dois mil e seis seria melhor que dois mil e cinco pelo simples fato de um ano ser par e o outro ímpar. Baita bobagem. Seria o mesmo que acreditar em numerologia, e nisso eu nunca acreditei. De qualquer forma, encontrava razões para justificar a minha teoria. Aliás, eu sou bom em teorias, mas isso é outro assunto. O que quero dizer é que vivo agora um momento de pensamento mágico.
Começou março.
O que significa isso?
Significa que a primeira das duas primaveras desse ano vem aí. Lembro do ano passado, quando a chegada do mês em que começa a estação do renascimento da vida fez a cidade mudar de astral, mesmo enquanto ainda era frio. E foi o que vi hoje.
É pensamento mágico, claro. Hoje não foi muito diferente de ontem. Amanheceu frio como nos dias anteriores, mas um dia de sol. A temperatura, que era de -9ºC logo cedo, quando saí de casa, subiu até –3ºC. Caminhei o trecho entre o hospital e o laboratório onde passei a tarde, sentindo o sol aquecer – mesmo que timidamente – o meu rosto. O céu azul manteve-se impassível por todo o dia, sinalizando que os dias vão ficar mais longos e vão aquecer.
Não pude deixar de sorrir.
Até.
Começa na virada do ano. Acreditamos, e essa crença é estimulada por todo o mundo, que tudo mundo de trinta e um dezembro para primeiro de janeiro. Como se ao pular ondas, deixássemos para trás tudo o que fomos e fizemos no passado e pudéssemos começar tudo de novo, do zero. É uma forma de nos sentirmos estimulados a continuar a vida. E, que fique claro, não acho isso ruim. Claro que, em determinadas situações, o pensamento mágico pode ser prejudicial, como no caso dos gremistas, que acreditavam que o time não cairia para a segunda divisão porque “tinha camisa”…
Eu mesmo, durante o tempo, por razões que nem lembro mais, acreditava que os anos pares eram melhores que os anos ímpares. Dois mil e seis seria melhor que dois mil e cinco pelo simples fato de um ano ser par e o outro ímpar. Baita bobagem. Seria o mesmo que acreditar em numerologia, e nisso eu nunca acreditei. De qualquer forma, encontrava razões para justificar a minha teoria. Aliás, eu sou bom em teorias, mas isso é outro assunto. O que quero dizer é que vivo agora um momento de pensamento mágico.
Começou março.
O que significa isso?
Significa que a primeira das duas primaveras desse ano vem aí. Lembro do ano passado, quando a chegada do mês em que começa a estação do renascimento da vida fez a cidade mudar de astral, mesmo enquanto ainda era frio. E foi o que vi hoje.
É pensamento mágico, claro. Hoje não foi muito diferente de ontem. Amanheceu frio como nos dias anteriores, mas um dia de sol. A temperatura, que era de -9ºC logo cedo, quando saí de casa, subiu até –3ºC. Caminhei o trecho entre o hospital e o laboratório onde passei a tarde, sentindo o sol aquecer – mesmo que timidamente – o meu rosto. O céu azul manteve-se impassível por todo o dia, sinalizando que os dias vão ficar mais longos e vão aquecer.
Não pude deixar de sorrir.
Até.
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