Matrix.
A realidade não é realidade. Ela é como a interpretamos, como a vemos. A realidade está em nós e é diferente para cada ser humano. Nunca perco de vista essa verdade, mas lembro dela especialmente quando penso no meu carro.
Quando comprei o meu atual carro, escolhi um modelo que fosse família, ou seja, tivesse capacidade de transportar pessoas – familiares, amigos da Marina, entre outros – também carga, ainda antes de saber que transportaria equipamentos musicais de lá para cá para shows que fazemos da School of Rock Benjamin. Mais, escolhi um carro para que eu não precisasse pensar em trocá-lo por ao menos cinco anos.
Vai completar seis desde que comprei.
E está muito bem.
Confesso, contudo, que de tempos em tempos eu penso que está na hora de trocar por um mais novo, mas que tenha os mesmos pré-requisitos do atual, como falado antes. Atualizar o modelo é uma opção.
Quando aumenta muito essa sensação de necessidade, eu me utilizo do estratagema de mudar a realidade. Levo o carro para ser lavado. Pronto. Simples assim. Saio com um carro novo, e a percepção da necessidade de troca se esvai como em um passe de mágica. Prático e BEM mais barato...
A realidade, então, é como a fazemos.
Vinha pensando nisso ao chegar para trabalhar esses dias, em um dos hospitais em que trabalho. O dia se torna melhor, por exemplo, quando chegamos nos locais de trabalho ou estudo, logo pela manhã, e damos ‘bom dia’ para as pessoas - mesmo que não as conheçamos - com um sorriso. Isso molda a percepção de todos, torna as coisas mais leves.
Procuro – nem sempre consigo – não esquecer que tornar a vida leve na maior parte das vezes é bem simples.
Vale tentar.
Até.