Vai passando, e passa muito rápido quando olhamos para trás, quando pensamos no que foi e no que aconteceu. Ou, melhor, em quem fomos e no que fizemos até aqui.
Pensei nisso ontem à noite ao assistir o filme 'Somos Tão Jovens', que conta a história do Renato Russo e do início da Legião Urbana. Parênteses. Houve um tempo em que parei de ouvir Legião. Como se - em algum momento - houvesse ficado "saturado" e precisasse dar um tempo, pegar outros ares. Isso faz alguns anos. Vinha já em processo de reaproximação, de reconhecimento, quase como fazendo as pazes (comigo mesmo?). Fecha parênteses.
O título, 'Somos Tão Jovens', inspirada na e referência à música 'Tempo Perdido', remeteu-me a outra, 'Sapatos em Copacabana', do Vitor Ramil, ambas mais ou menos da mesma época (final dos anos oitenta) e que diz "Sei que não tenho idade / Sei que não tenho nome / Só minha juventude / O que não é nada mal". A mensagem das duas músicas, aliás. a forma que eu interpretava as duas e as tornava - podemos dizer - minhas, fez com que fossem marcantes. Partes da minha própria trilha sonora.
Lembrei, então, do longo caminho percorrido e de que já não sou tão jovem.
Antes de dormir, passei no quarto da Marina, e a olhei dormindo, profunda e tranquilamente.
Não foi tempo perdido.
Até.