domingo, janeiro 26, 2014

Um domingo

Assim é o tempo.

Vai passando, e passa muito rápido quando olhamos para trás, quando pensamos no que foi e no que aconteceu. Ou, melhor, em quem fomos e no que fizemos até aqui.

Pensei nisso ontem à noite ao assistir o filme 'Somos Tão Jovens', que conta a história do Renato Russo e do início da Legião Urbana. Parênteses. Houve um tempo em que parei de ouvir Legião. Como se - em algum momento - houvesse ficado "saturado" e precisasse dar um tempo, pegar outros ares. Isso faz alguns anos. Vinha já em processo de reaproximação, de reconhecimento, quase como fazendo as pazes (comigo mesmo?). Fecha parênteses.

O título, 'Somos Tão Jovens', inspirada na e referência à música 'Tempo Perdido', remeteu-me a outra, 'Sapatos em Copacabana', do Vitor Ramil, ambas mais ou menos da mesma época (final dos anos oitenta) e que diz "Sei que não tenho idade / Sei que não tenho nome / Só minha juventude / O que não é nada mal". A mensagem das duas músicas, aliás. a forma que eu interpretava as duas e as tornava - podemos dizer - minhas, fez com que fossem marcantes. Partes da minha própria trilha sonora.

Lembrei, então, do longo caminho percorrido e de que já não sou tão jovem.

Antes de dormir, passei no quarto da Marina, e a olhei dormindo, profunda e tranquilamente.

Não foi tempo perdido.

Até. 



Um comentário:

Allan Robert P. J. disse...

Tenho dificuldade em conscientizar-me da idade (54). Sempre tive: fiquei com 23 anos por quase uma década; depois, com 32. Um dia me assustei quando percebi que tinha passado dos 40.

O tempo passa e continuo com 23, mas quando olho para as minhas Bianca e Luiza - como você deve olhar para a sua Marina - continuo acreditando que o tempo nunca é perdido, quando dividimos a vida com pessoas especiais.

:)