sábado, dezembro 27, 2014

Sábado (e a caminho da churrascolândia...)



E provavelmente offline!

(o que for publicado aqui nos próximos dias, e até 05/01/2015, terá sido escrito previamente e sua publicação pré-agendada...)

segunda-feira, novembro 10, 2014

A Maior Revolução de Todos os Tempos



por Nelson Lehmann 
(04/07/2003)

Nosso mundo intelectual, nossos livros e enciclopédias destacam e glorificam as chamadas Grandes Revoluções. Pequenas revoluções seriam frequentes na História, mas de pouca importância, designáveis como revoltas, motins, levantes, golpes, ou mesmo “badernas” ou “quebra-quebras”. Estas fazem parte da história de qualquer sociedade. Nada mais que episódios localizados, reações explosivas, sem consequências notáveis. A famosa revolta dos escravos comandados por Spartacus na antiga Roma, por exemplo, nada mais foi do que uma vingança. Não tinha como objetivo abolir a escravidão. Muito pelo contrário. Acabaram por fazer de escravos a seus senhores logo que os subjugaram pelas armas. Uma troca de papéis apenas.

As Grandes Revoluções são outra coisa, ou pelo menos assim se apresentam. Seus objetivos são universais. Querem abranger a humanidade, ou substancial parte dela. Aqui se enquadrariam poucos e raros acontecimentos históricos, como a Revolução Protestante, a Revolução Britânica, a Revolução Francesa e a Revolução Russa, com suas subsidiárias revoluções chinesa e cubana. A Revolução Francesa particularmente tem servido como o protótipo de todas as revoluções. É glorificada como “A” revolução  tout court, a grande virada histórica, com conseqüências muito além da civilização ocidental.

No entanto, todas estas revoluções terminaram mal. Ao fim de um período mais ou menos longo, a  ordem anterior acabou sendo restabelecida. Em grande parte se revelaram ilusões totalitárias. Após muita violência e sangue, muitas das tradicionais instituições e personalidades foram resgatadas e revalorizadas.

Pouco lembrada, em comparação, tem sido a Revolução Americana. Teria sido um fenômeno marginal, fora do eixo europeu hegemônico. Esta foi, no entanto, a mais radical e de conseqüências mais universais e duradouras do que as demais. Foi esta revolução que inspirou, afinal, a que se faria na França e despertou as que se sucederam na América Latina.

Basta atentar para alguns fatos aparentemente banais, que todos conhecem. O nome próprio de qualquer personalidade americana, pelo qual é tratado normalmente, é invariavelmente um informal apelido diminutivo, expressão de proximidade, igualdade e camaradagem,       que consiste no substrato da democracia. Enquanto na Europa ou no Japão, por exemplo, as pessoas se tratam pelo nome de família, sendo inadmissível intimidade chamar pelo prenome alguém não pertencente ao restrito círculo familiar ou de amizade, nos Estados Unidos temos os Bill, os Jimmy, os Sam, os Jessy, os Tom, os Tedd,  etc. A mesma informalidade se observa nos gestos, nos discursos sem retórica e no comportamento em geral. Comem seu fast food durante o trabalho , descansam os pés por cima das mesas de escritório, dão pouca importância a cortesias (etiqueta da corte) e a elegância no vestir. Não há sociedade mais informal, descomplicada e direta. Isso sinaliza uma revolucionária e intencional quebra de hierarquias formais, de submissão a estruturas herméticas. A tão criticada “americanização” do mundo esconde um mal disfarçado desdém, ou escândalo, diante de seu modo igualitário, sem preconceitos, democrático de ser.

Existem obvias perguntas que poucos entre nós ousam fazer. Por que, por exemplo, são os Estados Unidos a nação mais próspera e poderosa do mundo enquanto nós longe estamos disso? Ambos tendo a mesma idade e equivalente território e população? Os americanos empreendem viagens espaciais, exportam a mais avançada tecnologia, mas também alimentos, arrecadam a maior parte dos Prêmios Nobel. Presentearam o mundo com aparentes bugigangas, como o Jeans, a caneta Bic, a T-shirt, a Coca-cola, mas também com o avião Jumbo, o computador e a Internet, novas sementes e remédios, etc e todos são produtos destinados  ao consumo em massa, descartáveis, baratos, acessíveis. Paradoxalmente, diga-se de passagem, os sistemas do extinto socialismo real só promoveram o ballet clássico e o xadrez, coisas notoriamente “burguesas” ou elitistas.

E o Brasil, qual a nossa contribuição para a Humanidade até agora? Carnaval, futebol e algumas sobremesas exóticas? Como explicar tão abismal diferença? Nossos manuais escolares certamente deveriam abordar tão instigante tema. Mas sem subterfúgios, desculpas, acusações e distorções. Comparemos nossas instituições e comportamento. Examinemos nossa cultura e valores.

Então haveremos de reconhecer que os Estados Unidos antes de tudo tipificam a liberdade. Liberdade do individuo de tomar iniciativas, de empreender, de assumir responsabilidade. Os indivíduos se coordenam conforme seus interesses e agem. No Brasil, diferentemente, atribuímos ao Estado toda iniciativa e responsabilidade. Esperamos que o Estado tudo resolva e nos proporcione a felicidade. 

A América do Norte recebeu os pobres e desempregados da Europa e de todo o mundo. Ainda hoje continua sendo o porto preferido de refugiados e perseguidos de toda parte. Assim mesmo tornou-se o alvo preferencial dos críticos ressentidos, dos intelectuais e comunicadores que dominam a mídia. Hoje é o grande bode expiatório, culpado do males que assolam o planeta. O vencedor é aqui mal visto. O perdedor é necessariamente vítima. Não é assim a ética americana. O vencedor é exemplo a ser imitado. Este o segredo de sua prosperidade. E explica o porquê de esta ter sido a maior revolução popular de todos os tempos.

sábado, outubro 18, 2014

Sábado (e o fim de uma era...)



Nossa casa da praia foi vendida essa semana.

Uma parte muito significativa da minha vida passei lá, nos verões com a Turma do Muro.

Outra hora escrevo mais.

Até.

quinta-feira, outubro 02, 2014

O Futuro do Brasil

Já faz algum tempo que faço isso.

Pessoas discutindo os atos do governo federal - qual seja: mais médicos, aparelhamento do estado, escândalos os mais variados, etc - e eu entro na conversa. Logo que posso, digo - sério, em tom grave - "Há uma revolução em curso. Eu já comprei uma arma e estou estocando comida". E saio. No início parecia apenas uma brincadeira, humor negro. Cada vez mais, contudo, começa a parecer que tenho razão.

Lamentavelmente.

Mas não é disso que quero falar.

Agora que se aproximam as eleições, cada vez se discute mais o que queremos para o país. E cada vez mais parecem afastar-se umas das outras as ideias de como deve ser o futuro. E nuvens negras parecem pairar sobre esse futuro. De novo, infelizmente.

Conversando com duas pessoas diferentes em locais totalmente distintos, ontem e hoje, ouvi o mesmo depoimento que é exatamente o meu pensamento: as pessoas que acreditaram - lá nos anos 90 e até a eleição do Lula - que o PT poderia ser e fazer diferente, que era real o patrimônio ético que diziam possuir, sente-se traído por tudo o que aconteceu depois. Fui (fomos) enganados. Eu acreditei num outro mundo possível. Estava errado, era tudo ilusão.

Ou parte de um plano maior, de tomada de poder e sua manutenção. De se locupletar do poder vendendo a ideia de que se está fazendo isso pelo povo, para melhoria da vida das pessoas, e que - afinal - os fins justificam os meios. Enganando as pessoas, comprando sua obediência. Rindo de todos nós, que realmente trabalhamos. Fomos enganados, temos que admitir.

Convidamos o vampiro para entrar em nossa casa. 

O governo Dilma é o PIOR governo da história do Brasil desde a redemocratização.

Está destruindo o Brasil.

Os petistas, vejo agora, são como gafanhotos. Estão consumindo o que temos de melhor no país, nos levando a uma grave crise econômica e de credibilidade. A política externa é uma vergonha, com o apoio  regimes ditatoriais e sanguinários. Estamos em um processo de Venezualização, estamos indo pelo mesmo caminho da Argentina da Cristina. Somos um navio afundando (eu dizia isso do RS, mas parece que exportamos o nosso modelo derrotado das últimas décadas).

 Confesso, uma vez mais, que tive esperança que a atual presidente, com sua fama de gestora, de "gerentona", pudesse administrar o país com seriedade e alguma competência. Não tinha votado nela, mas já que havia ganho, era hora de torcer pelo Brasil. Deu tudo errado.

Mas isso é passado.

Domingo tem eleição, e espero que vá para o segundo turno e que a disputa fique entre a atual mandatária e o Aécio Neves, porque se for com a Marina será a escolha entre "um tiro na nuca e uma roleta russo". Se for o caso, terei que optar pela Marina Roleta Russa Silva.

Se por acaso o PT ganhar a eleição para Presidente, mesmo assim talvez nem tudo esteja perdido. Temos algumas opções de ação...

1. Continuar trabalhando como sempre fizemos, e fazer uma verdadeira oposição ao governo, fiscalizando de perto e "brigando" contra tudo o que for prejudicial para o país;
2. Aeroporto e tchau...
3. A mais eficiente de todas, que certamente exterminaria o PT e seus associados: torcer para que o câncer que dizem que ela teve (ou outro, afinal tem tantos por aí) recidivasse e ela não conseguisse conseguir governando o país, deixando para o seu vice, Michel Temer, do PMDB. Com o PMDB presidindo o país, o PT certamente morreria de inanição, pois todos os cargos, todos os ministérios, fundações, autarquias e todos os CCs seriam ocupados por peemedebistas, e o PT ficaria a ver navios.

Seria como controle de pragas: joga no meio infestado um ser com grande capacidade de reprodução, que tome conta e sufoque a praga.

Quem diria que a esperança do Brasil pode estar nas mãos do PMDB...

Até e bom voto!

domingo, setembro 21, 2014

sábado, setembro 06, 2014

Sábado (há 10 anos)

DSCN2279 Uma passagem por NY antes de efetivamente começar o trabalho em Toronto... 
Setembro/2004

sábado, agosto 23, 2014

Sábado (ainda lembro os primeiros dias no norte)

Da série "Há 10 anos fui para o norte"...

Cheguei em Toronto numa sexta-feira pela manhã.

O propósito era resolver os (imaginava) pequenos entraves burocráticos no dia da chegada e aproveitar o final de semana para procurar um apartamento para morar. Tudo planejado, nada funcionou como o esperado.

Após fazer o checkin no hostel onde eu ficaria hospedado durante a primeira semana no Canadá, na verdade um dormitório da U of T que era usado como albergue nas férias de verão, deixei minha "mudança" no quarto e fui para o hospital procurar o meu orientador e mentor da minha ida ao Canadá, Noé Zamel, gaúcho radicado em Toronto há quase (na epóca) quarenta anos. Fui direto ao Mont Sinai Hospital e - depois de perguntar a algumas pessoas - o encontrei.

Foi extremamente receptivo, me abraçou disse que após um longa espera (outra história) finalmente eu chegara, e disse que me levaria ao meu cicerone nos primeiros dias no Canadá, outro fellow, de nome Carlos, colombiano. Atravessamos a University Avenue para ir até o Toronto General Hospital, onde ficava o Respiratory Research Lab (onde eu trabalharia) para eu conhecê-lo e poder dar início ao desembaraço das coisas burocráticas. Chegando lá, a notícia. Ele estava de folga, em viagem, e só voltava na segunda-feira: eu não poderia fazer nada antes de depois do final de semana.

O Zamel disse que tudo bem, segunda-feira faríamos o que deveria ser feito.

(antes disso, nada)

Todo o meu plano fora por água abaixo. Às 10h da manhã do dia da chegada me despedi dele e fiquei sem nada a fazer por todo o final de semana.

Fui, no sábado, conhecer um pouco da cidade onde moraria pelos próximos dois anos.






Até.

quarta-feira, agosto 20, 2014

Há dez anos

O tempo passa.

Exatamente em 20 de agosto de 2004, há uma década, chegava em Toronto para ficar por um período que poderia ser de até três anos, e que acabou sendo de dois. O início não foi simples, longe de todos (já escrevi sobre isso, a sensação de estar sem referências, sozinho, como se invisível).

Mas foi uma fase muito proveitosa, como experiência de vida e - claro - profissionalmente.

Foi o grande impulso profissional.

Fiz amigos que são para sempre, vi que poderia viver em qualquer lugar do mundo, mas gosto de onde estão minhas raízes.

Foi muito bom e importante, e mudou o rumo de muitas coisas.

Em resumo, valeu.

Até.

sábado, agosto 02, 2014

domingo, julho 20, 2014

Aos amigos, com carinho

Sou um espírito primitivo, confesso.

Ainda tenho muito que evoluir para poder aceitar algumas das inevitabilidades da vida. 

A morte, por exemplo.

A ideia da morte ainda me perturba, por ser um desperdício. Quanta história, quanta experiência, quanta – obviedade - vida se perde quando da morte de alguém, seja lá quem for. Sei, contudo, que essa inconformidade é como ser contra a lei da gravidade ou negar a evolução: inútil, infantil até. Paciência.

Pode me chamar de espírito infantil, então.

Essa característica ajuda a definir quem sou, e é a base de diversas outras características que me definem. Como acreditar nas pessoas. Como regra, eu acredito nas pessoas, e procuro as valorizar. Todos – até prova em contrário – merecem meu respeito e consideração. A sua história pessoal, e a nossa história em comum.

Falo, então dos meus amigos, do presente e do passado, os que são e os que foram e não são mais. Todos tem sua devida importância porque fazem parte do que me tornei e do que continuo me tornando. Falo até daqueles de  quem eu queria ser amigo (ou mais amigo), mas a vida não permitiu. Falo também daqueles a quem tenho a pretensão de ensinar alguma coisa, me sentindo como um irmão mais velho, apesar de já ter idade para ser pai de muitos, sempre torcendo por eles e querendo ser mais próximo. Muitos são os amigos, claro que uns mais e outros menos. Muitos, mas alguns poucos. Sabem como é, sabem quem são.

E então entra a relação, às vezes tranquila e outras vezes conflituosa que tenho com o tempo, melhor, com o passar do tempo. Mais uma batalha inútil que volta e meia travo, como Quixote lutando com moinhos de vento, ou como quando me sinto empurrado para o corner e fico a me defender de um inimigo imaginário num improvável luta de boxe. O tempo às vezes se confunde, e volto no tempo ao ouvir uma música antiga e lembro de pessoas e chego a pensar que devo voltar – não para refazer caminhos ou mudar o que passou – mas para reencontrar pessoas e lembrar, recontar histórias, agradecer por terem sido importantes naquele momento que passou.

Mas o tempo não volta, avança.

E novas referências são criadas, novas estórias são vividas e contadas (a vida não é muito mais que isso mesmo, estórias para contar). E os amigos estão aí, e é disso que falo. São eles essa conexão com o passado e com o futuro.

Eles são a referência.

O norte.

Até. 

segunda-feira, junho 30, 2014

Diário de Viagem (Final)


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Última parte da viagem, dos Alpes de volta ao Lago di Garda e dali para perto do Aeroporto de Malpensa, de onde saímos ontem às 6h30 para Lisboa e Porto Alegre, chegando em casa no final do domingo.

Em breve, escrevo em detalhes sobre a viagem. Com fotos.

Até.

sábado, junho 28, 2014

Diário de Viagem (4)



A passagem pelos Alpes.

De Ortisei até Cortina d'Ampezzo via Passos Sella, Pordoi e Falzarego.

Parada para almoço em Cortina antes de seguir para Rasun di Sopra, para ficar no Hotel Andreas Hofer, num clima totalmente diferente do inverno...

E adiante...

domingo, junho 22, 2014

Diário de Viagem (2)





Estamos em Verona.

Depois de San Gimignano, fomos para Firenze, onde ficamos dois dias, tempo suficiente para visitarmos alguns dos pontos turísticos e para a Galeria degli Uffizi.


Firenze, ao fundo a Ponte Vecchio

Ontem pela manhã, saímos de Firenze, fizemos a tradicional vista à Piazza dei Miracoli, em Pisa, e seguimos em direção ao litoral da Ligúria. Em determinado momento, desliguei o GPS e segui pelo caminho que eu imaginava o mais interessante.

Foi uma subida e descida de montanha, longa estrada com curvas muito sinuosas e belas paisagens.

Chegamos em Rapallo ainda com dia claro, a tempo de circular pela orla antes de jantar num dos restaurantes com mesas na rua na avenida em frente à enseada, spaghetti a frutti di mare, música ao vivo, casais com idade média (antes de a Jacque e eu entrarmos na pista) de mais ou menos noventa anos dançando de rosto colado sucessos da música italiana e outros. Foi divertido, como sempre.

Hoje, tentativa de parar em Santa Margherita Ligure e Portofino (sem sucesso) antes de pegar a autoestrada e, em quatro horas, contando com parada para almoço, chegarmos aqui em Verona, ainda com dia claro, a Piazza Brà lotada e muita gente nas ruas no final de domingo. Confirmou minha impressão da última estada aqui (no inverno): é uma cidade com um astral bem legal.

Amanhã, Veneza.

Depois, os Alpes.

Até.


Verona, final de domingo


segunda-feira, maio 26, 2014

A Vida

Ah, a vida...

Tem sido - como sempre, queixa frequente - corrida, com as tarefas, prazos e obrigações se avolumando de forma que sempre há a sensação de que falta algo a ser feito ou de que não há tempo suficiente para tudo, trabalho, família, vida pessoal. Não é verdade, claro, as coisas se ajeitam sempre, tudo vai sendo realizado na medida exata de sua necessidade, e seguimos.

Passei por uns dias complicados, muito mais por ansiedade - de novo no corner me esquivando de um inimigo imaginário, na já conhecida metáfora da vida como uma luta de boxe - do que por qualquer outra coisa, mas que dessa vez atrapalhou o meu sono. Nunca havia acontecido antes, me orgulhava de que, seja qual fosse a situação e o lugar, eu dormia muito bem. Passei a dormir tarde e acordar muito mais cedo do que seria necessário, e a sentir os efeitos das poucas horas de sono no resto do meu dia.

Revisei minha rotina, pensei no que poderia atrapalhar meu sono, e decidi tirar o tablet do quarto. Havia pego o (péssimo) hábito de ficar lendo no iPad, na cama, antes de dormir.

Faz uma semana hoje. Voltei a dormir melhor.

O iPad ainda passa um pouco pelo quarto, à noite: é quando a Marina e eu ouvimos música na hora dela dormir. É o nosso ritual quase que diário. Leio um pouco para ela, estamos lendo por esses dias as "Reinações de Narizinho", do Monteiro Lobato. Após a leitura, hora da música.

Começou com a Jacque, há alguns meses, que apresentou para a Marina algumas músicas dos Beatles em ritmo de lullaby. Logo depois, já comigo, instituímos a "Hora Beatle", em que eu apresentava a ela alguns vídeos com as versões originais. Rapidamente, ela pedia as músicas do que queria ouvir. Strawberry Fields Forever, uma das preferidas, entre outras. Até aprendeu a cantar...

Depois, apresentei as músicas do Vitor Ramil para ela, que tem em 'Estrela, Estrela' uma de suas preferidas para a hora de dormir.

É o momento em que - alheio ao mundo lá fora - exercito o meu mais importante papel: o de pai.

Não há nada melhor que isso.

Até.

terça-feira, março 25, 2014

Continuo sem saber muita coisa

Tempos estranhos, esses.

Já devo ter começado mais de um texto/crônica dessa forma no passado. Quero dizer que ainda me admiro com o mundo, com as coisas (apesar de que "os que se julgam espertos acham que a admiração é um alarmante sintoma de ignorância, e por isso afirmam que só os tolos se admiram..."). Tento - e nem sempre consigo, óbvio - ver o mundo com algum senso de perspectiva. A insignificância da praia perante a grandiosidade do oceano, mais um tema recorrente de antigos escritos.

Ando particularmente impressionado com a necessidade que todos tem de ter opinião sobre qualquer assunto, qualquer fato. Todos viraram especialistas em tudo, e fazem questão de manifestar todas as suas opiniões em público, para que todos ouçam, mesmo que não queiram ou não se interessem em ouvir. As redes sociais são um campo livre para isso, e lá vão as pessoas se posicionar sobre a Criméia, o avião que caiu no Índico, Venezuela, Petrobrás e por aí vai.

Pois é.

O prezador leitor pode perguntar se não é isso o que faço, esse texto sendo um exemplo disso.

Pois é, de novo.

Sim, até o é, mas com um atenuante: eu não estou obrigando ninguém a ler, vem até aqui quem tiver vontade, ou curiosidade. Ao abrir o seu facebook você não dará com a minha opinião em letras garrafais em sua timeline. Pode ser que não faça diferença mesmo.

Pois é, uma vez mais.

O que quero dizer é que não tenho opinião sobre tudo, e cada vez tenho menos certeza das coisas que achava que eu sabia bem. Começo a ter a impressão de que tenho pouco conhecimento (pouca informação sobre os fatos) para ter uma opinião formada. Tudo que sei é que cada vez mais nada sei.

Princípios.

Isso eu tenho.

Acho que basta.

Até.


sábado, março 08, 2014

terça-feira, fevereiro 25, 2014

Ele

O silêncio, que parece ausência.

Ou omissão.

Nada disso: reflexão.

O mundo anda tão complicado. Esse é um tempo de opiniões extremadas, de violência e barbárie, e que vem de todos os lados. Os tiros vem de todos os lados.

O melhor é ficar quieto, pensar, tentar entender o que se passa com o mundo e com as pessoas.

Mas não por muito tempo, não por muito tempo.

Até.

sábado, fevereiro 01, 2014

Sábado (e é verão)



Uma foto antiga enquanto fico aqui protegido do calor extremo no ar condicionado...

Bom sábado a todos.

Até.

domingo, janeiro 26, 2014

Um domingo

Assim é o tempo.

Vai passando, e passa muito rápido quando olhamos para trás, quando pensamos no que foi e no que aconteceu. Ou, melhor, em quem fomos e no que fizemos até aqui.

Pensei nisso ontem à noite ao assistir o filme 'Somos Tão Jovens', que conta a história do Renato Russo e do início da Legião Urbana. Parênteses. Houve um tempo em que parei de ouvir Legião. Como se - em algum momento - houvesse ficado "saturado" e precisasse dar um tempo, pegar outros ares. Isso faz alguns anos. Vinha já em processo de reaproximação, de reconhecimento, quase como fazendo as pazes (comigo mesmo?). Fecha parênteses.

O título, 'Somos Tão Jovens', inspirada na e referência à música 'Tempo Perdido', remeteu-me a outra, 'Sapatos em Copacabana', do Vitor Ramil, ambas mais ou menos da mesma época (final dos anos oitenta) e que diz "Sei que não tenho idade / Sei que não tenho nome / Só minha juventude / O que não é nada mal". A mensagem das duas músicas, aliás. a forma que eu interpretava as duas e as tornava - podemos dizer - minhas, fez com que fossem marcantes. Partes da minha própria trilha sonora.

Lembrei, então, do longo caminho percorrido e de que já não sou tão jovem.

Antes de dormir, passei no quarto da Marina, e a olhei dormindo, profunda e tranquilamente.

Não foi tempo perdido.

Até. 



quarta-feira, janeiro 08, 2014

Diário de Viagem


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Estamos voltando para o Brasil amanhã à noite. E estamos bem, óbvio.

Depois dos primeiros dias em Orlando, visitando alguns dos parques, viemos para NY para passar  Natal e o Ano Novo. Foram dias tranquilos de passeios e família.

As duas winter storms que passaram por aqui não nos atingiram. Nem Hércules, e muito menos Ion, conseguiram atrapalhar nossos planos. Claro que a primeira grande onda de frio, na semana passada, nos fez alterar um pouco os nossos planos: sairíamos de NY no dia 02, quinta-feira passada, e iríamos em dois dias até Stowe, em Vermont, onde havíamos reservado um final de semana "na neve". Com a chegada de Hércules, decidimos ficar de molho na quinta e na sexta e viajar no sábado, direto, os cerca de 550km até lá (quase na fronteira com o Canadá, a 200km de Montreal).

Foi uma viagem tranquila. Longa, mas tranquila, com céu azul e a estrada seca e neve até o acostamento. Chegamos lá sábado à noite. O hotel, o Green Mountain Inn, é de 1833.


















O domingo, então, foi dia de one horse open sleigh...

Até.