sexta-feira, dezembro 28, 2007

Presságio

Eu esperava um 2008 bem melhor que o ano que termina por esses dias, mas depois de ver a foto do "porco da sorte" para o ano que vem, levei medo. Um bicho feio assim não pode ser sinal de boa sorte... ou pode?

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Leia a notícia aqui.

Até.

domingo, dezembro 23, 2007

A Sopa 07/21

Como parte da comemoração de Natal, publico um texto escrito originalmente no Natal de 2001.

Então é Natal

Novamente é chegada a véspera de Natal, a data que se convencionou ser a do nascimento de Jesus Cristo, o principal personagem da mais bela história já escrita pelo homem. Diz-se que é momento de fraternidade, de solidariedade, de paz entre os homens. A minha pergunta é: por que só no Natal? Se esta (“Paz entre os homens”) é a mensagem de Deus, Javé, Alah, o Pai, ou qualquer que seja o nome dado pelas pessoas a esta entidade superior que, de certa forma rege, fiscaliza ou controla nossas vidas, por que há tanta intolerância? Acho que porque a religião é feita por homens. Mas hoje não é dia deste tipo de indagações.

Também não é o momento para voltar às questões levantadas quando afirmei que Deus (a entidade superior...) rege e/ou controla as nossas vidas. Não, não vou entrar em questões filosóficas relacionadas ao livre-arbítrio, à liberdade do homem, etc. Isso fica para uma quarta-feira filosófica. Hoje é feriado e momento de reflexão. Por isso vou contar como foi o meu primeiro Natal. O primeiro que passei no frio, na neve.

Acordei cedo naquele vinte e quatro de dezembro, e abri a cortina para ver a rua. Branco, tudo branco. O céu, azul celeste, indicava que não haveria precipitação de neve, mas seu contraste com o branco que cobria as ruas e os campos dava a impressão de estarmos num dos contos dos irmãos Grimm. Avistava também casas com os telhados cobertos de branco e das chaminés saindo a fumaça de – quem sabe – fogões à lenha ou lareiras.

Coloquei as calças por sobre os cuecões, a camisa de lã por sobre uma camiseta, e por cima de tudo o meu casaco pronto para suportar temperaturas glaciais (-60°C, segundo quem tinha me vendido ainda em Porto Alegre) e desci para o café. Antes de entrar na sala do café, fui até a rua para olhar os carros, todos cobertos por uma camada de gelo. Ao entrar para o café, encontrei o Annes, filho do dono do hotel e o único que falava inglês, que me disse que a temperatura estava por volta de –18°C.

Após o café, o Magno, a Jacque e eu (parceiros de viagem) rumamos para Anterselva (Antholzertal) para nossa primeira e única aula de esqui da vida, até hoje. O Magno, que torce o pé até caminhando no plano, não quis. A Jacque e eu tivemos uma hora de aula de esqui fondo (o que não desce montanhas, só anda no plano) e depois ficamos andando por nossa conta. Falando em conta, se contarmos bem, caí mais ou menos uma quinze vezes durante a aula (e não estávamos descendo!). Foi legal.

Durante a tarde, após o almoço, passeamos pela região – norte da Itália, quase na Áustria – próxima à Brunico. Às dezoito horas, começou a ceia de Natal. No início, teve um coquetel acompanhado por músicos vestidos com trajes tiroleses. Sob o comando da dona do hotel (Andréas Hofer, em Oberassen, norte da Itália) cantamos juntos “Noite Feliz” (claro que quem cantou foi quem conhecia a letra em alemão), todos de mãos dadas. Foi uma longa ceia, com vários pratos, vinho. No final, todos os locais foram assistir à missa do galo. Nós, após ligar para o Brasil, fomos dormir. Na manhã de Natal, quando deixaríamos Oberassen para seguir em frente em nossa viagem, fomos brindados pelo belo e perigoso – para quem dirige - espetáculo da neve.


Bom Natal a todos.

Até.

quarta-feira, dezembro 19, 2007

Ainda o 17 de dezembro

Campanha

Sempre me causou estranheza - para dizer o mínimo - o fato de haver pessoas que diziam preferir viajar de carro por medo de avião. Que diziam sentir-se mais seguras num carro do que num avião.

Estranhava, mas dava um desconto: fobias são sentimentos irracionais, incontroláveis. Sim, porque só mesmo um medo irracional poderia justificar sentir-se mais seguro num meio de transporte reconhecidamente MUITO mais perigoso, principalmente no Brasil.

E causava certo desconforto ver na capa de jornais fotos dos mortos em acidente aéreo e não de todos os mortos nas estradas. Da mesma forma que me revoltava com quem chamava os controladores eletrônicos de velocidade de "indústria da multa": se só multam quem está desobedecendo a lei de trânsito, como podiam ser chamados de "fúria arrecadatória"?

Pois bem, parece que isso começa a mudar.

O grupo de comunicação RBS está lançando hoje uma campanha para tentar conscientizar as pessoas do problema, que é maior ainda na época de verão. A capa do jornal Zero Hora de hoje é uma lista com os nomes dos 379 mortos no trânsito no Rio Grande do Sul no verão passado. O número é maior que dois acidentes aéreos como o da TAM em julho passado.

Acho louvável a idéia e a campanha.

Como vítima de um acidente que quase me matou há 17 anos, sei da importância e da gravidade do assunto.

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Até.

domingo, dezembro 16, 2007

A Sopa 07/20

A Viagem (8)

O terceiro dia de viagem – o segundo em solo europeu – iniciou em Annecy, onde tivéramos a noite conturbada pelo “problema” do barulho da tevê a partir das 5h30, mas que resultou numa diária cortesia no hotel Íbis Centreville, o que foi certamente uma boa “recepção” na França. Seguimos a partir daí.

Desde que iniciamos o planejamento da viagem, e excetuando-se Paris, nosso principal objetivo, o destino principal era a região da Provence e a Côte d’Azur. Annecy, próxima aos Alpes, era um tipo de bônus, que inicialmente seria uma parada na volta para Paris, e não o primeiro destino. Mudamos a ordem das coisas por uma sugestão de um colega, e certamente valeu a pena. O grande desafio, contudo, é resolver a equação “tempo de viagem X locais a serem visitados”. Havíamos decidido chegar no sábado de manhã em Paris e terminar a segunda-feira seguinte já no litoral. O primeiro dia, então, foi para chegar e ir até perto dos Alpes, para circular um pouco por ali antes de rumar para o sul.

Acordamos, fomos tomar café numa boulangerie, croissants e pan au chocolat, e passear um pouco pela cidade, já que havíamos chegado na noite anterior. Visitamos o centro antigo, e fomos para a beira do lago Annecy. O dia amanhecera nublado, e a temperatura estava cerca de 16ºC, agradável, não fria nem quente. Há todo um caminho a ser percorrido na beira do lago, onde as pessoas fazem suas caminhadas, passeiam com seus cachorros, andam de bicicleta, etc. O outono mostrava sua cores num cenário extremamente fotogênico.

Após passearmos pela cidade, voltamos ao hotel, fizemos o checkout e, após manobrar cuidadosamente a van, saímos em direção ao nosso próximo destino. Que foi decidido já com o carro em movimento. Como disse uma máxima, “se não sabes onde queres chegar, nenhum vento será favorável”, estávamos saindo da cidade pelo caminho por onde entráramos e discutindo (debatendo, não brigando...) nossa primeira parada. Resolvemos que seria Albertville, nos departamento de Savóia, nos Alpes Franceses, sede dos jogos Olímpicos de Inverno de 1992, na direção oposta a que estávamos indo. Retorno, e seguimos – nossa preferência – por uma rota indicada como cênica no nosso mapa rodoviário da Michelin, velho parceiro de viagens.

Falando em mapas, acho que já disse isso: sou fã incondicional da tecnologia, acho GPS uma coisa fantástica, mas confesso que ainda não me rendi a esse dispositivo. Acho muito mais legal olhar mapa, mudar direção, errar, até, do que ter uma máquina dizendo “dobre à esquerda, entre na saída A8 em 200m”, etc. Mas estou certo de que em breve vou ter um (ou ao menos alugar em viagens).

Como dizia, fomos à Albertville, deserta em pleno domingo de manhã fora de estação, sem neve. Circulamos por uma cidade vazia e decidimos subir por uma estrada para termos uma vista de cima da cidade. Parada relâmpago, óbvio, porque tínhamos dois objetivos claro naquele dia: primeiro, Chamonix, famosa estação de esqui aos pés do Mont Blanc, e terminaríamos o dia em Aosta, na Itália, do outro lado da montanha mais alta da Europa. Seria nossa escapada italiana em meio à viagem à França.

Devido à curta distância entre Albertville e Chamonix, chegamos rapidamente a esta, onde estacionamos o carro num estacionamento público e pudemos caminhar por suas ruas tranqüilas sob a proteção da montanha, majestosa com seu pico com neve eterna (até quando?). Em Chamonix, um desejo: subir a montanha.

Apesar de eu achar que nos tomaria muito tempo, o grupo decidiu que valia à pena subir a montanha, afinal não é todo dia que se pode subir no Mont Blanc. E certamente é uma experiência indescritível, mas que eu já havia tido em 1999, na primeira vez que estive lá. Por isso, que – de início – votei contra, mas, vencido, concordei com satisfação. Porém...

Quando chegamos na bilheteria do teleférico do Aiguille du Midi, que sobe a 3842m, a última viagem do dia já havia ocorrido e – se quiséssemos mesmo subir – só no dia seguinte. Lamentamos, mas não podíamos, agora sim, perder esse tempo, afinal nosso objetivo era o sul, o mar.

Antes de seguir viagem, paramos num restaurante, cerca de 17h, e fizemos um lanche: a maioria comeu crepes e a Zeca tomou uma sopa de cebola. O sol ainda brilhava, o céu era azul, a temperatura agradável e o nosso destino estava do outro lado da montanha, em outro país.

Aosta.

Até.

terça-feira, dezembro 11, 2007

domingo, dezembro 09, 2007

A Sopa 07/19

A Viagem (7)

Chegáramos à França e percorrêramos mais de 500km entre Paris e Annecy, onde estávamos hospedados no Hotel Ibis Annecy Centreville, muito bem localizado, próximo à área do lago, do Palais d'Isle e de muitos restaurantes. Jantamos no Jardin d’Auberge, e logo após acompanhamos a festa nas ruas pela vitória da França sobre a Nova Zelândia na Copa do Mundo de Rugby.

Cansados pelos dois longos dias desde a saída de São Paulo, voltamos ao hotel para uma boa e necessária noite de sono. Havíamos sido colocados em quartos contíguos e, aleatoriamente, distribuídos assim: primeiro o Paulo e a Karina, depois o Pedro e a Zeca e, no terceiro quarto, a Jacque e eu. Mal chegamos de volta ao quarto, deitei e imagino que tenha dormido instantaneamente.

Até às 5h30 da manhã.

Exatamente nesta hora, pois olhei o relógio, foi ligada uma televisão em volume exageradamente elevado em algum lugar qualquer, mas praticamente dentro do quarto. Primeiro pensei que o Pedro - no quarto ao lado - havia decidido ver televisão àquela hora da manhã. “Vai ser uma longa viagem”, foi o que me ocorreu, mas logo concluí que não deveria ser ele, no que a Jacque – que também acordara com a gritaria da tevê – concordou comigo. Tentei ignorar e voltar a dormir, sem sucesso. Pior, perto das 6h toca o telefone do quarto. Atendo, e uma voz feminina diz algo em francês. “Je ne parle français”, respondo, no que ela pede, em inglês, para eu baixar o volume da televisão.

What?!

Digo para ela que estava prestes a ligar para reclamar do ruído que a maldita televisão estava fazendo, e ela liga para EU desligar? Devia estar brincando comigo. Ela pede desculpas e diz que vai resolver a situação. O tempo passa, e o barulho continua.

Seis horas e trinta minutos. A situação não mudou. Ainda acordado, ligo para a recepção e pergunto quando é que ela vai resolver o problema e, se ela quiser, posso ir de quarto em quarto para descobrir o causador de tudo (e cometer algum ato de violência, penso, mas não falo). Me informa que não tem como resolver a situação porque o ruído vem do andar superior, que não faz parte do hotel, que só ocupa os dois primeiros pavimentos do prédio. Resmungo algo e durmo, vencido pelo cansaço.

Oito horas e trinta minutos, conforme combinado, o grupo se encontra na recepção para sair para tomar café da manhã e visitar a cidade antes de seguir viagem. Enquanto se aprontam, converso com o gerente sobre o incidente da noite. Pede desculpas e pergunta se vamos tomar café no hotel. Digo que não, e ele me informa que, em virtude do problema que tive (os outros quartos não ouviram nada), a nossa estada seria cortesia.

Saímos do hotel para caminhar pela cidade com uma certeza.

Como tinha sido boa aquela noite…

E era só a primeira da viagem.

Até.

sábado, dezembro 08, 2007

Araxá

Com conexão, mas sem o cabo para baixar as fotos.

Uso uma da internet, então.

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O Ouro Minas Grand Hotel e Thermas Araxá foi inaugurado nos anos 50 por Getúlio Vargas, e tenho certeza de que o vi andando pelos longos corredores do segundo andar, onde fica o meu quarto. Ou não, não importa. O "banho pérola", meia hora numa banheira de hidromassagem é relaxante, mas não tanto quanto a massagem - uma hora inteira! - no final da tarde.

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Sol e sombra fresca, então?

Quem dera!

O evento começou às oito da manhã e terminou - quase sem intervalo - às 14h, quando tive tempo de almoçar e correr para uma reunião às 15h, que deveria terminar às 16h30. Quando eram 17h15 e eu ia perder o banho medicinal, a futura presidente da sociedade me dispensou para o tratamento, afinal há de se ter prioridades...

Continua nesse sábado até às 13h.

À noite, janta de encerramento.

Domingo, seis da manhã, começa a maratona ônibus - avião - avião.

Chego cedo, ao menos.

Até.

quinta-feira, dezembro 06, 2007

Em trânsito

Estou indo agora para o aeroporto para uma longa jornada que começa com uma parada em Congonhas, de onde para vôo Uberlândia e - por terra - até Araxá/MG, onde fico até a manhã de domingo. Trabalho, mas também descanso.

Se houver conexão, mando fotos de lá.

Até.

segunda-feira, dezembro 03, 2007

Futebol

Já quase no final de uma segunda-feira cheia de trabalho, joguinho de futebol no começo da noite e logo após uma reunião com janta que terminou há pouco, não poderia de me abster da falar sobre os acontecimentos esportivos do final de semana.

Um confissão, em primeiro lugar.

Por mais que eu saiba que não passa de pensamento mágico, existem certos momentos em que é quase irresistível acreditar em justiça divina.

O final de semana foi assim, com a queda do Corinthians para a segunda divisão, com a derrota do Inter sendo a pá de cal que acabou de enterrar os paulistas, apenas dois anos após aquele campeonato em que jogos foram anulados e os beneficiaram, um pênalti legítimo no Tinga não marcado por um árbitro em sua última partida antes da aposentadoria (e com a expulsão da vítima por suposta simulação), o Zveiter dando uma força bem grande para o curíntia, tudo o que aconteceu pareceu - sem dúvida nenhuma - justiça divina, acerto de contas com a história, "aqui se faz, aqui se paga".

Lamento, honesta e sinceramente, pelos torcedores legítimos, que não têm culpa de dirigentes corruptos e incompetentes, além de arrogantes, mas não posso esconder uma certa satisfação com o ocorrido.

Ontem, vendo as entrevistas dos dirigentes, principalmente o atual presidente Andres Sanches, o mesmo da história da Mercedes X ônibus, e insinuando que os jogadores do Inter fizeram "corpo mole", quando nem conseguiram vencer o Grêmio - que não fez nenhuma força para não perder, só pude me regozijar de que não há nada como um dia depois do outro e que a empáfia e a soberba (que também fizeram o Grêmio cair duas vezes para a segunda divisão) são males que realmente destroem qualquer ambiente em que apareçam.

Corintianos, torçam para que mude esse pensamento, caso contrário vocês permanecerão mais tempo ainda na segundona.

Até.

domingo, dezembro 02, 2007

A Sopa 07/18

A Viagem (6)

Até o momento em que chegáramos na França e, mais especificamente à simpática cidade de Annecy, não ouvíramos falar na Copa do Mundo de Rugby. Foi somente lá, após fazermos o checkin no Hotel Íbis Centreville e – após deixarmos as malas no carro e banho para “tirar o avião do corpo” – sairmos para jantar, que nos deparamos com o rugby. Havia, já no lobby do hotel, os jornais do dia que exaltavam o jogo daquela noite, entre o time francês – donos da casa – e os temidos neo-zelandeses, os “All Blacks”.

Para quem não sabe, o rugby é o esporte nacional da Nova Zelândia, e o time nacional é a seleção nacional mais vitoriosa da história do rugby. E o jogo daquela noite, França X Nova Zelândia, parecia uma digna final de campeonato: os melhores contra os donos da casa. Em todos os bares, grandes televisores e muita gente assistindo. Em meio a essa expectativa toda, fomos jantar num restaurante em que não havia essa confusão, para podermos conversar e, claro, rir de todos os acontecimentos das trinta e seis horas anteriores, desde a confusa saída de Porto Alegre até o acidente de trânsito da periphérique.

Jantamos com calma, todos optando por um Menu, que incluía entrada, prato principal e sobremesa, com vinho da casa (piada fraca, pois a “casa” era francesa) e café para encerrar, além da confirmação do garçom de que o jogo que se realizava naquele instante era mesmo a final da copa do mundo.

Ao sair do restaurante, o jogo recém terminara e, para delírio geral, a França havia batido os All Blacks! Campeões, então. O centro da cidade era uma festa só, pessoas nas ruas comemorando, gritos de Allez France!, uma grande reunião de pessoas em frente à prefeitura, muitos tomando banho na fonte em frente, uma grande festa.

“Que momento!”, pensamos, “chegamos na França no dia da vitória na copa do mundo!”. Compraríamos camisetas para lembrar a data e coisa e tal. Mal sabíamos nós que não era bem assim... O que só fomos descobrir dias depois, já na Provence.

Mas isso não vem ao caso neste momento.

Após a janta e a festa da vitória sobre a Nova Zelândia, caminhamos um pouco pela noite de Annecy e voltamos para o hotel, afinal passáramos a noite anterior no avião e viajáramos mais de 500km de carro naquele mesmo dia. Tudo o que precisávamos, então, era de uma boa noite de sono para seguir viagem no dia seguinte, quando planejávamos terminar o dia na Itália.

Acontece que a noite não foi exatamente tranqüila, ao menos para um dos casais, a Jacque e eu...

O que houve?

Respostas na seqüência musical...

#

Futebol.

Eu não ia falar nada, mas não resisto: eu gostaria MUITO que o Corinthians caísse para a segunda divisão. Algo como justiça tardia, “aqui se faz, aqui se paga”, por 2005.

Vamos ver.

Até.

sábado, dezembro 01, 2007

sexta-feira, novembro 30, 2007

quarta-feira, novembro 28, 2007

Boletim médico (3)

Ia dizer que o problema havia sido o coração, que subitamente parara.

Mas aí pensei que - talvez - o coração de um computador seja a placa-mãe (apersar de eu achar que ela é o cérebro), e o que subitamente morreu foi a fonte.

Então - mantenho a analogia com o coração - foi feito um transplante e ele está de volta à vida, feliz, feliz.

Aproveitei e dei uma reconfigurada na minha rede wireless, tornando mais segura (ou tornando-a ao menos um pouco segura).

Tudo em paz, então.

#

Por outro lado, me informaram hoje logo cedo da manhã que o Complexo de Golgi - manja o complexo de golgi, vizinho do retículo endoplasmático e seu primo rugoso? - agora é chamado de "complexo golgense". Fiquei revoltado.

Não tanto quando começaram a chamar o sistema digestivo de sistema digestório.

Ou quando Plutão deixou de ser planeta.

Qual é?

Não respeitam mais ninguém?

O que vão querer mais? Trabalhar fora?! Fumar?!

É o fim, o fim...

Até.

Boletim médico (2)

Ainda fora do ar.

Talvez tudo se resolva hoje à noite.

Talvez.

Até.

segunda-feira, novembro 26, 2007

Boletim médico

Está vivo, eu acho.

Mas permanece sedado, sob efeito da ausência de energia, após ter tido um mal súbito hoje no final da manhã o computador de casa. Amanhã à noite vem um técnico.

Espero que tenho sido um ataque isquêmico transitório e amanhã ele se recupere.

Até.

domingo, novembro 25, 2007

A Sopa 07/17

O tempo havia parado, e aquilo que pareceu uma eternidade para todos nós durou apenas os segundos entre o estrondo de alguém batendo em nossa traseira e o meu movimento de sair do carro em plena périphérique movimentada de sábado de manhã.

Desci do carro ainda sem acreditar que – nos primeiros minutos de nossa viagem – estávamos envolvidos em um acidente de trânsito do qual não tínhamos culpa nenhuma. Caminhei até atrás do carro onde estava parado o carro que batera em nós e sua motorista: era um Renault Clio, um modelo antigo, dirigido por uma “menina” de traços indianos, que – logo descobri – não falava quase nada de inglês. Mesmo assim, conseguimos nos comunicar, e ela dizia que não havia sido nada demais, e que estava com pressa porque tinha que pegar um vôo no aeroporto de Orly e estava atrasada.

Ao olhar a traseira do nosso carro percebia-se que havia sido batido, mas realmente parecia pouca coisa, e abri a porta traseira para testar se estava abrindo e fechando direito, e estava. Ela dizia que não era nada, e resolvi ligar para a Avis, que nos alugara o carro. Com o celular do Paulo, liguei para o número indicado e falei com um funcionário que me disse que mandaria um guincho. Guincho?! Disse a ele que o carro estava funcionando, mas eu precisava de uma orientação de como proceder. Respondeu ele que então não era com ele, eu deveria chamar a polícia.

Neste meio tempo, enquanto eu conversava com a Avis, o Paulo saiu do carro (até aqui ninguém saíra exceto eu) com a câmera de vídeo para registrar o acontecido. A Sônia – nome da boca abeta que tinha batido em nós – enlouqueceu: disse que ele não podia fazer aquilo, que não era permitido, que ia chamar a polícia. Até pensei “tudo bem, pode chamar”, mas lembrei que aí sim, tudo atrasaria. Lembrando também do seguro do carro que era total e irrestrito sem franquias, achamos melhor deixar tudo para lá e seguimos viagem em direção à Annecy, quinhentos quilômetros adiante. Já na auto-estrada, logo que deu paramos num Autogrill para um lanche e comprar as primeiras provisões para o passeio.

Nossa primeira parada foi na cidade de Auxerre, na Borgonha, meio caminho entre Paris e Dijon, eleita “a típica cidade francesa”. Foi uma parada rápida, pois não era nosso destino final. De qualquer forma, pudemos dar uma caminhada pelo centro da cidade, visitando a catedral de St.-Étienne, construída entre os séculos XI e XIII, e cujos vitrais estão entre os mais belos de toda a França. É claro que a parada serviu também para podermos, pela primeira vez na viagem, sentar em uma mesa na calçada e tomarmos uma Kronenbourg 1664.

Após a pausa, seguimos direto para Annecy, falando bobagens e rindo muito, antecipando o que seria uma constante durante toda a viagem. Chegamos em Annecy no começo da noite, e não foi muito difícil achar o Hotel Íbis Centreville, que havíamos reservado com antecedência. Bem localizado, tem bem ao lado um estacionamento público coberto que é conveniado com o hotel.

Foi nossa primeira experiência de estacionar a Combi: o Paulo dirigindo e eu fora do carro conferindo se não entalaríamos na entrada. Devagar, passou rente à demarcação de altura máxima. Quase não entra. Fizemos checkin, e marcamos de nos encontrar um pouco mais tarde para sairmos para jantar.

Foi quando descobrimos a Copa do Mundo de Rugby.

Como nos afetou?

Semana que vem, semana que vem.

#

Fui violentamente advertido a respeito de uma informação que não dei no texto da semana passada: quem ganhou o jogo de boliche no shopping de Guarulhos foi o Pedro. Isso o primeiro jogo, porque no segundo quem fez mais pontos – e, portanto, ganhou – fui eu. Claro que o fato de eu ter jogado uma rodada a mais no momento em que acabou o tempo é um mero detalhe...

Até.

sábado, novembro 24, 2007

quinta-feira, novembro 22, 2007

Momento Dean Martin

That's Amore



When the moon hits your eye like a big pizza pie
That's amore
When the world seems to shine like you've had too much wine
That's amore
Bells will ring ting-a-ling-a-ling, ting-a-ling-a-ling
And you'll sing "Vita bella"
Hearts will play tippy-tippy-tay, tippy-tippy-tay
Like a gay tarantella

When the stars make you drool just like a pasta fazool
That's amore
When you dance down the street with a cloud at your feet
You're in love
When you walk in a dream but you know you're not
Dreaming signore
Scuzza me, but you see, back in old Napoli
That's amore

(When the moon hits you eye like a big pizza pie
That's amore
When the world seems to shine like you've had too much wine
That's amore
Bells will ring ting-a-ling-a-ling, ting-a-ling-a-ling
And you'll sing "Vita bella"
Hearts will play tippy-tippy-tay, tippy-tippy-tay
Like a gay tarantella
Lucky Fella

When the stars make you drool just like a pasta fazool)
That's amore
(When you dance down the street with a cloud at your feet
You're in love
When you walk in a dream but you know you're not
Dreaming signore
Scuzza me, but you see, back in old Napoli)
That's amore,(amore)
That's amore

Até.

quarta-feira, novembro 21, 2007

Fora do ar

Tentando terminar uns trabalhos.

E vendo o jogo BEEEM fraquinho da seleção.

Amanhã tô de volta.

Até.

terça-feira, novembro 20, 2007

Consciência Negra

Não sei para vocês, mas - para mim - consciência não tem cor.

Sei lá.

Cada um, cada um.

Até.

segunda-feira, novembro 19, 2007

Se eu não rir de mim mesmo...

Esses dias, depois de ter tido o meu xampu e creme de barbear confiscados no aeroporto do Galeão na minha volta à Porto Alegre (por incrível que pareça, era um vôo internacional - depois nós é que somos separatistas...), tive que repor as perdas. Aproveitei o horário do almoço e fui no supermercado.

Lá chegando, em frente a infinidade de opções de xampus, para todos os tipos de cabelo e situações - cabelos lisos, ondulados, crespos, com tintura, para o período pré-menstrual, para gestantes, para mulheres após a menopausa, para cabelos verdes por tintura ou fungo, cabelos vítimas de xampus de baixa qualidade, e assim ad nauseum - encontrei um que dizia 'Para homens'. Minha primeira reação foi pensar que 'homem quee é homem não usa xampu, lava a cabeça com sabão de coco', mas, como não sou um troglodita (mais ou menos, mais ou menos), decidi comprar.

Mais tarde, no banho, li melhor o rótulo, que dizia que era para "tonificar os fios, e para os primeiros sinais de queda".

Primeiros?!

Tarde demais, tarde demais...

Até.

domingo, novembro 18, 2007

A Sopa 07/16

O vôo de Porto Alegre para São Paulo, depois da confusão das passagens, foi tranqüilo. Chegamos no aeroporto internacional de Guarulhos por volta das oito e pouco da manhã, para uma longa espera até a saída do vôo para Paris. Como havia acontecido o problema em Porto Alegre, sabíamos que deveríamos ir ao escritório da Air France para verificar o que ocorrera. O detalhe é que o escritório só abriria depois do meio-dia. Mais espera.

Decidimos, então, parar e tomar um café antes de continuarmos com nossos planos para a estada paulista. Antes de dez manhã, paramos e solicitamos cafés. A exceção foi o Pedro, que tomou uma Heineken (!). Férias são férias, tudo é permitido, foi o argumento, do qual não se pode discordar.

Após o café, pegamos dois táxis (para irem os seis) e saímos do aeroporto em direção ao Shopping Internacional de Guarulhos, onde pudemos passear um pouco. Uma das atrações do shopping é um boliche. Certo que jogamos. Alugamos por uma hora e fizemos uma partida que foi ganha pelo Pedro, ou o Paulo, não sei, afinal se não fui eu quem ganhou, não interessa... Almoçamos ali mesmo, no shopping, e depois, sem pressa, voltamos ao aeroporto.

Chegando lá, direto ao escritório da companhia aérea, que nos informou que o problema com a TAM estava se tornando comum (não éramos os primeiros a sofrer com isso) e era um erro deles, a TAM. Nos pediram desculpas e fizeram nosso checkin. Até tentei conseguir um upgrade para a executiva, mas ela informou que o avião estava muito cheio porque no dia anterior os controladores de vôo da Argentina haviam estado em greve, o vôo não saíra de Buenos Aires, e os passageiros haviam sido colocados no mesmo vôo que nós. Paciência.

Embarcamos no horário e tivemos um vôo de Boing 777 bem tranqüilo até o Charles de Gaulle, onde chegamos às 8h15 do sábado. Passagem pela imigração sem problemas e fomos para a agência da Avis pegar o carro locado.

Foi sem burocracia, apenas habilitamos o Paulo e eu como motoristas adicionais, já que estava em nome do Pedro. Terminado de acertar os detalhes, perguntei pelos seguros contratados na locação, feita desde o Brasil, e o funcionário, além de explicar, nos perguntou de não queríamos o seguro total, sem franquia. Explicou, também, que pelo que estava contratado, tínhamos uma franquia de 1500 EUROS em caso de roubo e 1000 EUROS em caso de acidente. O custo do seguro aumentaria em 5 EUROS por dia por casal. Topamos, e ainda brinquei que - se quiséssemos – poderíamos escrever nossos nomes na lataria que não daria nada. O funcionário sorriu e disse que não seria bom se quiséssemos fazer isso. Eu disse que não tinha essa risco...

Pegamos o carro, acomodamos as malas e saí do aeroporto dirigindo. Ainda ríamos com a história dos contratempos quando entrei na Périphérique de Paris. O rádio tocava músicas do meu iPod que usamos com o transmissor de FM. O trânsito de sábado de manhã era intenso, muitos carros, aquele coisa de andar e parar o tempo todo. Como era o início de nossas férias em solo francês, não nos importamos com o trânsito lento. Até que...

Não estávamos andando há vinte minutos com o carro quando, parados no trânsito, esperando o fluxo andar, a música tocando, um estrondo fez todos ficarem em silêncio. Segundos de tensão que pareceram horas.

Havíamos sido envolvidos num acidente de trânsito: bateram em nossa traseira, MENOS DE VINTE MINUTOS DEPOIS DE PEGARMOS O CARRO! Nos poucos e silenciosos segundos entre a batida e eu sair do carro, já antecipei os problemas com a polícia, a locadora, o atraso de que seríamos vítimas, o que estragaria nosso plano de rodar quinhentos quilômetros até nosso primeiro destino, Annecy.

O que aconteceu a partir daí?

Semana que vem, na seqüência dessa história.

Até.

sexta-feira, novembro 16, 2007

Sexta-feira

Exatamente entre entre o feriado e o sábado.

Atendimentos em clínica pela manhã.

Hospital ao meio-dia.

Alta para a paciente internada.

Duas da tarde: começou o final de semana.

Êêêêê!!!

Até.

quarta-feira, novembro 14, 2007

Viagem de trabalho e Pré-feriado

Segunda-feira

08 - 10h - Consultório
10 - 11h - Pacientes internados
11 - 12h - Largar o carro em casa, pegar mala, ir para a clínica em que trabalho.
12 - 16h - Atendimentos na clínica
16 - 16h30 - Ida para o aeroporto
16h30 - Vôo da GOL atrasado
16h30 - 18h30 - Espera no aeroporto
18h30 - Inicia o embarque
19h20 - Partida de Porto Alegre
21h - Pouso no Rio de Janeiro, aeroporto do Galeão. Chove.
21 - 21h30 - Aguardando para descer do avião
22h - Entramos no carro que nos levará ao hotel, na Barra.
22h30 - Chegada no hotel
22h45 - 23h - Janta sozinho no restaurante do hotel


Terça-feira

0h - Insônia
1h - Insônia
6h45 - Despertar
7h15 - Café da manhã "selvagem" (no mau sentido) no hotel
7h45 - 8h30 - Transfer para o local da reunião
9 - 12h - Reunião (parte 1)
12 - 13h - Almoço no local da reunião
13 - 16h - Reunião (parte 2)
16 - 19h30 - Espera e ida ao aeroporto
19h45 - Checkin internacional (escala em Porto Alegre)
20h15 - inspeção da bagagem de mão (toda a minha bagagem: cremer de barbear, gel e xampu no lixo)
20h45 - Embarque atrasado
21h15 - Hora da partida, chamam para o embarque e o suspendem
21h30 - Misto-quente
21h35 - Embarque
22h - Partida do Rio de Janeiro
23h50 - Chegada em Porto Alegre

Quarta-feira

0h10 - Chegada em casa.
6h30 - Despertar
8 - 9h - Ver os pacientes internados
9 - 11h30 - Consultório
11h30 - 12h - Supermercado
12 - 13h30 - Almoço sozinho em casa
14 - 18h - Atendimentos na clínica
18 - 18h20 - Trajeto clínica - hospital
18h20 - 19h - Vendo paciente que internou
20h - Janta
22h - Sono, sono, son

segunda-feira, novembro 12, 2007

domingo, novembro 11, 2007

A Sopa 07/15

Os últimos dias antes de uma viagem de férias que seja maior que uma semana (principalmente se ocorridas no começo do mês) sempre são cheias de preparativos, contas a serem pagas antecipadamente e outras pendências, ainda mais quando se viaja para fora do Brasil. Para quem tem filhos pequenos e que não vão junto, então, o trabalho é maior. Não era o nosso caso, da Jacque e meu, mas era do casal Paulo e Karina e, em (bem) menor extensão, do Pedro e da Maria José. As preocupações vão desde como as crianças ficarão na casa dos avós, as rotinas escolares que devem ser mantidas, até possíveis problemas de saúde que podem acontecer no curto período em que os pais estarão ausentes.

Dois dias antes da viagem, por exemplo, a Karina me liga e pergunta se estou no hospital. Digo que não, mas – se preciso – posso ir para lá rapidamente. Ela explica, então, que o Gabriel o seu caçula, de sete anos, caiu e se machucou correndo na hora do recreio na escola. Fez um ferimento na testa (“uma boca aberta”, segundo ela). Vou para o hospital para recebê-los e auxilio no transpor das pequenas burocracias envolvidas nesse caso. Ficou tudo bem, recebeu uns pontos e pôde voltar para casa. Imaginamos como seria se tivesse acontecido quando estivéssemos em viagem: pobres avós...

Prontos para a viagem.

O dia da viagem começou bem cedo, afinal nosso vôo sairia de Porto Alegre rumo ao aeroporto de Guarulhos às 6h30, apesar do vôo para Paris sair apenas às 16h45. O motivo da escolha do horário de (muito) cedo da manhã foi para não correr riscos com possíveis atrasos, tão comuns em tempos de “caos aéreo” brasileiro. Esperaríamos cerca de oito horas em Guarulhos por causa da incompetência dos administradores do Brasil (sabendo que é melhor esperar no aeroporto do que cair o avião... dos males, o menor). Acordamos, então, por volta de 4h30 para estar no aeroporto pouco antes das 5h30 para o checkin. Nesse momento, na chegada no balcão da TAM no aeroporto de Porto Alegre, começaram as histórias de viagem, aquelas que na hora em que acontecem já sabemos que serão motivo de risos no futuro.

Tudo começou com a funcionária da TAM não encontrando os nosso e-tickets no computador. Quem estava nesse momento sendo atendidos eram o Pedro e a Zeca. Com isso, a fila que andava, parou. Saí do lugar que eu estava na fila para ver o acontecia, mesmo procedimento do Paulo, Karina e Jacque. Entregamos todos os nosso documentos para ela, que após verificar tudo e pedir ajuda de uma dita supervisora, nos informou que “a Air France não havia autorizado o trecho POA – GRU”, mas que o vôo para Paris estava certo. Poderia inclusive despachar as malas direto para Paris, mas não podia embarcar cinco dos seis passageiros do nosso grupo. Situação absurda.

A fila aumentava, outros passageiros nos olhavam como se fôssemos nós os culpados pela situação. Insistimos com ela para que resolvesse, afinal pagáramos por um serviço que eles estavam se recusando a fornecer. Passado alguns minutos, disse que “conseguira resolver o problema” de quatro dos seis. O Paulo e a Karina teriam que comprar uma outra passagem até Guarulhos (havia lugar no avião) e, após resolvido o problema, pedir reembolso. Foi o que fizeram, e embarcamos para São Paulo, onde deveríamos ir ao escritório da Air France e verificar se não haveria problemas no trecho São Paulo – Paris.

Depois de tudo, um terço do grupo ainda não tinha certeza de que estaria no vôo que só sairia depois de oito horas passadas em Guarulhos.

Tensão.

O que aconteceu, o que fizeram para embarcar, como fizemos para passar o tempo no aeroporto?

Semana que vem, na seqüência dessa história.

Até.

segunda-feira, novembro 05, 2007

A vida como ela é

História real.

Os nomes foram trocados para proteger os envolvidos.

Cris, 20 anos, noiva de Felipe, 22 anos. Planejavam casar em dezembro do ano que vem.

Na semana passada, Cris não falou com Felipe na segunda, na terça e na quarta-feira. Encontraram-se na quinta e passaram o feriado juntos. Cris tem muitas coisas na casa de Felipe. Tudo ia bem.

Hoje, Cris recebeu um recado de uma amiga no seu Orkut: Felipe fora visto em uma cervejaria de Porto Alegre nas três noites em questão. Se estava com alguém, não fiquei sabendo.

Cris, então, ligou para Felipe e confrontou-o: ele negou em um primeiro momento, mas depois (erro fatal!) confessou que estivera mesmo na dita cervejaria nas noites consecutivas. Resultado: Cris acabou o noivado. Por telefone. À noite, iria em sua casa recolher seus pertences (os dela).

Fim da história.

Perguntada da razão da atitude radical, esclareceu dizendo que se a engana agora, imagina como será depois.

Como diz o ditado, "cão ovelheiro, só matando".

Até.

domingo, novembro 04, 2007

A Sopa 07/14

Iríamos viajar para a França em outubro de 2007 e já tínhamos um “esqueleto” do roteiro que faríamos nos quinze dias que passaríamos viajando: chegaríamos em Paris, mas pegaríamos o carro (um carro para seis pessoas e suas bagagens) e sairíamos em direção à Genebra e desviaríamos para Annecy, nosso primeiro destino. Depois, Côte d’Azur, Provence e, completando o roteiro grosseiramente circular, passaríamos os últimos dias em Paris. Idéia na cabeça, mãos à obra: passagens, hotéis da chegada e saída, e carro.

Como estávamos em grupo, dividimos funções, algo mais ou menos como: Pedro e Maria José são os responsáveis pelas passagens, Paulo e Karina pelo carro e Jacque e eu pelo hotel de Paris. Evidentemente nada dessa divisão se confirmou: a Karina encontrou o hotel de Paris, o Pedro viu não apenas as passagens como o carro, e eu “fiz o meio-de-campo” nesses processos, como telefonar para o hotel de Paris para confirmar a reserva (e falar inglês com o funcionário até descobrirmos ser os dois brasileiros) e, quando estávamos com dúvidas sobre o carro, ligar para a Europcar de Paris para pedir detalhes sobre o assunto.

Bom, quando se pensa em passagens de avião, vários fatores devem ser levados em conta, entre eles, as datas da viagem, companhia aérea, horário do vôo, conexões. A primeira decisão tomada pelo grupo foi a data de saída, sexta-feira dia 05/10, e a data da volta, sexta-feira dia 19/10. Chegando de volta em Porto Alegre no sábado, estaríamos recuperados para voltar ao trabalho na segunda. De todas as opções de vôos e companhias aéreas (não muitas, na verdade) a nossa opção foi por um vôo da Air France que saía de Guarulhos às 16h45 e chegava no Charles de Gaulle no sábado oito horas da manhã. O detalhe é o que o vôo Porto Alegre – São Paulo seria o primeiro da manhã 6h30, TAM, afinal havia a preocupação com a possibilidade de atrasos devido ao chamado “caos aéreo” no Brasil, o que não se confirmou, apesar de termos tidos problemas para sair de Porto Alegre, que conta adiante.

Passagem, hotel, faltava apenas o carro. Queríamos, como já disse, um carro onde coubessem os seis passageiros e mais nossas bagagens. A primeira e óbvia idéia era uma van, e já tínhamos a experiência de termos viajado em seis adultos e uma criança numa Renault Espace, em 1999. Sem problemas, então? Não exatamente.

Ao pesquisarmos nos sites de aluguel de carros, nos de algumas montadoras, e ao falar com a agente de viagem, tudo nos levava a pensar que a Espace (ou outra van da mesma categoria) não nos comportaria: as versões mais modernas da Renault Espace têm o porta-malas quase inexistente quando transportam seis ou sete pessoas. A outra opção, uma van para nove pessoas, nos parecia muito grande, o que nos traria dificuldades de circular. Mais pesquisas, telefonemas e conversas e chegamos ao veredicto: tinha que ser mesmo a Renault Trafic, também chamada de Combi, uma grande van para nove pessoas. Seria problema nas estreitas ruas do interior a França? Talvez, mas tínhamos que pagar para ver. A vantagem é que o preço era o mesmo de uma Espace.

Definidos os últimos detalhes, não faltava nada para viajar.

Foi o que aconteceu a partir de 05/10/2007.

Como foi? Conto em breve.

Até.

sábado, novembro 03, 2007

quinta-feira, novembro 01, 2007

Infectado

Naquilo que parece ser ataque de um vírus, o computador de casa - a despeito de todas as proteções instaladas - dá sinais (ou melhor, não dá nada) de que está doente, agonizando. Mais precisamente, parece que morreu.

Tenho backup. E um iBook.

Tô tranquilo.

(mas aguardo a assistência técnica...)

Até.

UPDATE - vírus, muitos vírus, mas já está tudo resolvido.

Feito.

quarta-feira, outubro 31, 2007

Presidentes e a Copa

Durante o anúncio de que o Brasil seria a sede da Copa do Mundo de 2014, o nosso digníssimo saiu-se com mais um dos seus comentários infelizes, afirmando que a Copa no Brasil "será para argentino nenhum botar defeito". Cá entre nós: não podia ter ficado quieto?

Esse tipo de piadinha até se justifica numa roda de bar, entre amigos, por conta da rivalidade futebolística, mas nunca um chefe de estado, numa cerimônia oficial, que está sendo (ou será) assistida por milhões de pessoas. É ridículo, e pequeno. Demonstra um sentimento de inferioridade, sentimento - aliás - bem brasileiro.

Outra: quando perguntado sobre a segurança pública (e a violência), o senhor Ricardo Teixeira, presidente da CBF, saiu-se com essa: "Acredito que esse problema da violência é um problema internacional...".

Ahã, mesma coisa, mesmíssima coisa.

Temos um longo caminho até 2014.

Até.

segunda-feira, outubro 29, 2007

Mais uma vez

O sábado que passou veio precedido de altas expectativas, afinal de contas Porto Alegre seria o palco de um reencontro considerado histórico. Histórico para os envolvidos nele e ninguém mais, que fique claro.

Depois de três anos, pudemos novamente estar juntos os três, o núcleo restante – sobreviventes, se preferirem – do que foi a nossa turma do segundo grau, cursado nos derradeiros momentos dos anos oitenta. Da turma grande, de mais de dez pessoas, ficamos nós três, que ainda temos representividade, importância nas vidas uns dos outros, que nos mantemos unidos e próximos, mesmo que não geograficamente.

Entre dezembro de 2004 e esse final de outubro de 2007, passei parte em Toronto e parte em Porto Alegre, o Radi mora em São Paulo desde 2000 e o Márcio permanece por aqui, na zona norte. Os encontros se dão quando o Radi vem à Porto Alegre.

Foi uma passagem curta pela cidade: chegou sábado de manhã e voltou hoje, porque o trabalho chama, mas conseguimos passar a tarde e início de noite de sábado juntos, contando histórias, relembrando fatos, falando da vida, como acontece há mais de 20 anos. Caminhamos pelos armazéns dos cais do porto, visitando a Bienal do Mercosul, e sentamos de frente para o rio, onde a brisa soprava e amenizava o calor, e o tempo assim passou, entre histórias novas, curiosidades da vida e pensamentos sobre o presente e o futuro.

Dizem que a amizade não tem hiatos, e provamos isso.

Uma conexão que não se altera, permanece e se solidifica mais, se isso é possível, e que não nos deixa perder de vista quem fomos e quem somos.

E isso é o importante da vida.

Até.

domingo, outubro 28, 2007

A Sopa 07/13

Uma viagem nasce de uma idéia, que – na maioria da vezes – muda tantas vezes quanto se pensa nela. Roteiros, duração, participantes, variáveis que serão definidas praticamente na última hora, mesmo que a última hora seja três ou quatro meses antes do embarque.

Esse é o tipo de viagem que mais me agrada.

E dessa vez foi exatamente assim que aconteceu.

Começou com a idéia, ou plano, do casal Pedro e Maria José (a Zéca) de conhecerem Paris e lembrarem de nós, a Jacque e eu, entusiastas e “divulgadores” das maravilhas dessa cidade, para seus companheiros de viagem. A idéia inicial, dessa forma, era passarmos uma semana em Paris. Bom. Ótimo, aliás. Só que aí começou a metamorfose.

A Jacque pensou em convidar o Paulo e a Karina, irmã e cunhado, para se juntarem ao grupo e convidou-os, com a concordância (depois do fato consumado) do Pedro e Zéca. O casal convidado topou, mas fez uma sugestão: por que não aproveitar que uma passagem para a França não é barata e ficarmos duas semanas, ao invés de uma. Além disso, visitaríamos outras regiões da França – e quem sabe outro país – nesse período, proposta aceita pelo grupo.

Perdidos 2007
O grupo

Começou então a discussão do roteiro, possíveis pacotes de viagem que incluíssem o que queríamos fazer, custos, etc. Logo definimos – após algumas reuniões festivas nas casas cada vez de um dos casais – que gostaríamos de conhecer/visitar, além de Paris, a Côte d`Azur e a Provence. Paulo e Karina haviam visitado a Côte d`Azur, mas não a Provence, em sua lua de mel, no milênio passado; a Jacque e eu, nunca havíamos ido para essas regiões, e o Pedro e a Zéca eram virgens de Europa. Mas tinha um problema: tínhamos que ir de Paris, local de chegada e último destino, para essas regiões, localicadas a cerca de 700km de distância.

Nosso plano era viajar de carro, um carro único por mais divertido, e tínhamos que decidir como programar o roteiro para se adequar ao tempo de viagem. Distância não era o problema, nos preocupava o caminho,o que visitar no caminho. A idéia inicial era pegar o carro e, no primeiro dia, rodar o suficiente para estar perto da Provence no segundo dia de viagem, logo cedo. Circularíamos, então pela região escolhida e voltaríamos pelos Alpes e daí à Paris, nos últimos dias de passeio.

Fico estabelecido que seria assim, mas modificamos o plano cerca de um mês antes da viagem após conversa minha com colega que havia morado por lá, que sugeriu o inverso: chegar em Paris, pegar o carro e seguir rumo aos Alpes e depois rumar ao sul para o litoral, idéia que foi aceita pelo grupo. Decidimos, então, chegar em Paris, pegar o carro (capítulo à parte) e seguir rumo à cidade de Annecy, próxima aos Alpes e à Genebra, à beiro do lago de mesmo nome,conhecida também por ‘Veneza do Alpes’ por possuir canais que cortam a cidade, canais esses onde é possível pescar trutas.

Definida a primeira parada, cerca de 500km de Paris, resolvemos que seria bom ter um hotel já reservado para o primeiro dia, o da chegada, além – é claro – de já termos o hotel reservado para a estada em Paris. Foi o que fizemos, pela internet reservei três quarto no hote Ibis Centreville de Annecy, como o nome já diz, bem localizado, próximo a região central da cidade e perto do lago. Escolhemos esse em virtude do preço não ser dos mais caros (Eur 80,00 – não faça a conversão para reais porque quem converte não se diverte), ser central e ser de uma rede de hotéis de negócios que conhecemos e sabemos que são quartos limpos e adequados, tudo o que é preciso para o lugar que vamos dormir.

Em Paris, por outro lado, sabemos que o relação custo-benefício é mais complicada: normalmente os hotéis são mais caros, os quartos menores e, se o preço é bom, eles ficam muito distante do centro. Nossa experiência anterior era no Quartier Latin, basicamente os Hotéis Familia e Minerve, dos mesmo donos, um lado do outro, na rue des Écoles. O preço, mais salgado que no interior, claro que dependendo da época do ano. Outubro, como todos sabem (ou deveriam saber) é alta temporada, época dos desfiles, época em que muitos grupos de terceira idade viajam de férias pela Europa e, esse ano em especial, época da Copa do Mundo de Rúgby na França, cujas finais ocorreriam nos finais de semana que chegaríamos e no que sairíamos de Paris. Dessa vez, contudo, não ficamos na Rive Gauche, como das outras vezes.

A Karina descobriu uma dica de um hotel, localizado a duas quadras do Hotel de Ville (Prefeitura), junto à Praça e o Teatro Chatelet, a uma quadra do Sena, o Victoria Chatelet. Detalhe interessante: a dona é francesa casada com um jornalista brasileiro, e fala português fluente, a faz questões de que os funcionáriosque não são brasileiros apendam português. Cerca de metade da ocupação do hotel é feito por brasileiros. O preço, bom pela localização, apesar da insistência do pessoal do hotel de que os quartos que havíamos reservados eram pequenos demais, que não nos assustássemos, e o quarto bem razoável.

Definidos, de forma geral, o roteiro que pretendíamos fazer, o resevardos os hotéis da chegada e o de Paris, partimos para definição da passagem e do carro.

Conto isso domingo que vem.

Até.

sexta-feira, outubro 26, 2007

Cuidado

Afastem-se todos, tirem as crianças da sala.

É definitivo: sou prolixo.

E não posso evitar.

Sempre achei que fosse meu gosto por contar histórias, mas não.

Sou prolixo mesmo.

Até.

quinta-feira, outubro 25, 2007

quarta-feira, outubro 24, 2007

Pensamentos sobre o tempo

As férias, independente do programa escolhido e da atividade realizada, são um momento em que há – idealmente – o desligamento da vida cotidiana e a abertura de um canal de sensibilidade maior ao mundo, exterior e/ou interior. Quando percebemos, ou sentimos isso, se tornam bem mais proveitosas.

Durante as duas últimas semanas, entre as diversas atividades relacionadas à viagem em si - visitas, roteiros, cidades, hotéis, estacionamentos, o carro – houve momentos em que tive um insight mais ou menos recorrente e que, quase uma obviedade quando penso nos temas que me são caros, está relacionado com a passagem do tempo, seus efeitos e sua inevitabilidade. Tenho – mais um confissão numa quarta-feira de outubro – problemas com os lutos que somos obrigados a trabalhar durante a vida.

Não falo aqui – pois seria óbvio demais – na perdas reais (e definitivas) que enfrentamos ao longo da vida, mas sim dos pequenos lutos que fazemos ao perder pessoas que saem de nossas vidas por caminhos diferentes. Situação a qual – aí sim, óbvio – acabamos nos acostumando. Descubro-me espantado, de tempos em tempos, com o fato de não mais pensar, não lembrar cotidianamente de pessoas e situações que foram – e quem sabe até ainda seriam, importantes, significativas para mim. Acredito que levo um tempo bem maior que o aceitável para deixar o passado virar realmente passado, entendem?

Tolo, dirás, por que perdes tempo com esses pensamentos inúteis?

Pergunta sem resposta, admito.

Mas pensei nisso de novo nos últimos dois dias, quando – sem querer – reencontrei pessoas de muito anos atrás num desses sites de relacionamento e passei a pensar em como havia chegado até aqui e o que havia feito da minha vida. Foi uma experiência interessante, lembrar de pessoas que fizeram e não fazem mais parte da minha vida e no que se tornaram (longe de mim) e no que me tornei (longe delas).

É isso.

Até.

segunda-feira, outubro 22, 2007

Primeira parada

O grupo

Após sairmos do aeroporto e sofrermos o "acidente" na periphérique, nossa primeira para num Autogrill para um lanche.

Sábado, 06/10/2007

domingo, outubro 21, 2007

A Sopa 07/12

De volta.

Pela primeira vez, em mais de seis anos, A Sopa tirou férias: foram duas semanas sem publicar esse meu escrito de todos os domingos (ou segundas). Confesso que vinha cansado, sem ânimo e tempo para escrever como no passado, e que precisava de férias mesmo. Dessa forma, o ano 07 de publicação, em curso, terá duas edições a menos. Muda alguma coisa para você? Nem para mim...

Como dizia, quem estava há seis anos sem férias era A Sopa, e não eu. Eu saio de férias sempre que possível, e fazia um ano desde as minhas últimas, que foram de uma semana. Assim como A Sopa, eu também precisava parar um pouco.

Viajei, viajamos.

E parado é tudo o que não fiquei nas últimas duas semanas.

Saímos, o grupo composto por três casais, de Porto Alegre no dia 05/10, vôo às seis horas da manhã, em direção ao aeroporto de Guarulhos, de onde saímos às dezessete horas no vôo Air France direto para o aeroporto Charles de Gaulle. Lá mesmo pegamos o carro (Renault Trafic) em direção à Annecy, simpática cidade à beira do lago de mesmo nome, na região do Ródano-Alpes. Após uma pequena circulada ao redor do Mont Blanc, seguimos para o sul pela Itália até a Costa Azurra, Cote d’Azur, Provence, terminando – como não poderia deixar de ser – em Paris.

Seis pessoas viajando numa vã pelo interior da França. É possível imaginar a quantidade de histórias vividas, entre contratempos, piadas, trocadilhos infames (e que na hora nos fazem chorar de rir), etc. Aconteceu de tudo, podem estar certos. Desde as dificuldades mais absurdas vividas com a TAM na saída de Porto Alegre, a Sônia e suas pressa de chegar no aeroporto de Orly, a pequena altura dos estacionamentos subterrâneos da Europa, as estreitas ruas sem saída, até overbooking no vôo da volta. Tudo vira história e lenda.

E levado na esportiva, sempre sabendo que, logo ali na frente, passada a suposta tensão, daremos muitas risadas do fato, e que nada pode estragar uma viagem feita com amigos.

Nada.

Até.

PS – em breve, as histórias e as fotos.

sexta-feira, outubro 19, 2007

Momento tenso

Paris, 19h30.

Estamos no lobby do Hotel Victoria Chatelet aguardando o transfer que deve nos levar para o aeroporto. Nosso vôo sai às 23h15. Transfer que, por sinal, está uma hora atrasado.

A greve dos transportes, que deveria ser apenas no dia de ontem, permanece. O trânsito na cidade está um caos.

Aguardamos.

segunda-feira, outubro 15, 2007

Diário de Viagem

Paris - Chegamos à cidade ontem por volta do meio-dia, dia de sol, céu azul, temperatura agradável e TODO MUNDO nas ruas. O estado anímico da cidade era um misto de decepção com a derrota da França para a Inglaterra na semifinal da Copa do Mundo de Rugby e expectativa pelo jogo da noite, entre África do Sul e Argentina, a outra semifinal.

A vitória foi dos favoritos, a África do Sul, com direito à festa nas ruas de alguns mais emocionados. Nós, após deixar o carro no aeroporto e passearmos sem rumo pelo cidade fotografando, jantamos no bom e velho La Comédia, um pouco diferente do que no passado, mas ainda com um ótimo spaguetti a fruits de mer.

Hoje, após um início de manhã de céu azul, ao meio-dia nublou e esfriou bastante.

Abaixo, o grupo em Avignon e Arles.

Avignon

Arles

Até.

quarta-feira, outubro 10, 2007

Nas alturas

Estamos em nosso tour, que acabou não incluindo só a França e não apenas o mar.

DSC_3068

Logo que der, escrevo mais.

Até.

quinta-feira, outubro 04, 2007

quarta-feira, outubro 03, 2007

Detalhes

Preparar-se para ficar quinze dias longe de casa, em férias, envolve tantos e diversos afazeres que só posso pensar que os primeiros dez dias serão utilizados para descansar do pré-férias. Outra forma de ver isso é que os últimos dias antes da parada são intensos para que te sintas justificado em usufruir os dias de ócio.

Pode ser, pode ser.

domingo, setembro 30, 2007

A Sopa 07/11

Último domingo antes das férias.

Serão duas semanas, alguns podem argumentar que é apenas um feriadão prolongado, mas são férias, afirmo com convicção. Sem preocupação com horários, com tarefas a realizar. Sem reuniões, exceto aquelas em volta de uma mesa de jantar, tomando o vinho da casa (ou não), sem pressa para terminar.

Sem televisão, também. Um que outro noticiário ao chegar no quarto no fim do dia, no máximo. A Internet será restrita, por isso essa Sopa também entra em férias ou, melhor, será publicada em intervalos que não posso precisar, como um diário de bordo que tranqüilizará aquele que vem saber de notícias minhas (nossas) por aqui.

Apesar da minha atual preferência pelos dias mais quentes, não será uma praia o nosso destino. Aliás, também será, ou serão, algumas praias, mas como será outono, não espero (e não pretendo) poder tomar banhos de mar. Conhecerei lugares novos e revisitarei outros já conhecidos. Caminharei por avenidas e bulevares, pararei para um café no final de tarde onde discutiremos o sentido da vida.

Ou não, não importa.

Flanarei, flanaremos.

#

Dois mil e sete, lamento dizer, já acabou.

Ao menos para mim.

Já não penso mais, não faço planos, para o ano em curso. Os meus objetivos estão em 2008. Penso grande, projeto longe. Como me disse uma vez um mestre: “Se pensares grande, podes até terminar pequeno. Se pensares pequeno, certamente terminarás pequeno”.

Até.

quinta-feira, setembro 27, 2007

quarta-feira, setembro 26, 2007

Quarta-feira

Trabalho, estudo, trabalho, reunião.

Janta, banho, sono, sono, sono.

Sono...

Até

terça-feira, setembro 25, 2007

Concursos fotográficos e má-fé

Por Gilberto Tadday

Gostaria de saber o que passa na mente das pessoas que escrevem as regras dos concursos fotográficos. Será que elas pensam que nós, fotógrafos, só sabemos lidar com imagens e não lemos as palavras escritas por eles? Ou será que eles simplesmente nos consideram um grupo de idiotas com uma câmera pendurada no pescoço?

Ontem recebi um email indignado - com toda a razão - do fotógrafo gaúcho Eduardo Tavares. A mensagem trata de um concurso fotográfico organizado por um restaurante de Porto Alegre e mostra a má fé dos organizadores. As regras do tal concurso estabelecem que TODAS as imagens inscritas na competição passam a ser propriedade do restaurante, que pode, inclusive, repassar o direito de uso para terceiros sem nenhuma remuneração ao autor (leia-se você, caro leitor) das imagens. Dá para acreditar? Vale lembrar que normalmente as competições fotográficas exigem que o particpante ceda os direitos de uso da imagem caso ela seja vencedora e somente para uso em divulgação e promoção do concurso. Ou seja, só as imagens que ganharam e não todas as inscritas. E com uso limitado.

O restaurante em questão serve comida portuguesa e, coincidentemente, o tema do concurso é a colonização portuguesa no Rio Grande do Sul. Vamos deixar de lado por um instante a questão do apropriamento das imagens inscritas e vamos ver quais os prêmios que os vencedores irão receber. O primeiro lugar receberá duas passagens aéreas de ida e de volta para o trecho Porto Alegre Lisboa. O segundo lugar irá ganhar uma câmera digital Sony H9 (já está começando a soar castigo ao invés de prêmio, mas não vamos entrar nesta questão agora). E o terceiro felizardo receberá dois cheques-presente de 500 reais válidos onde? Exato, no próprio restaurante. Hum, interessante…

Ok, agora podemos analisar friamente o que isso significa. Traduzindo as letras miúdas das regras, fica claro que o organizador está investindo um valor relativamente baixo nesta promoção em troca de um vasto banco de imagens sobre assustos diretamente relacionados ao negócio dele (restaurante português) e que ele poderá utulizar indefinidamente e da forma que bem entender. Resumindo, numca mais eles precisarão contratar um profissional para fazer fotos para anúncios, cardápio, decoração do restaurante, divulgação, etc. Mesmo se considerarmos que nem todas as fotos terão a qualidade necessária para serem utilizadas posteriormente, ainda assim eles terão fotos suficientes para utilizar durante um bom tempo. E o custo? Você já deve ter somado os valores dos prêmios. A matemática é relativamente simples para concluirmos que é uma barganha (para os organizadores, obviamente).

O pior de tudo é que este não é um episódio isolado de uma empresa pequena do sul do Brasil agindo de má fé. Me lembrou de um caso parecido. Em maio deste ano, a Microsoft lançou um concurso aqui nos EUA chamado “Microsoft Future Pro Photographer Contest”, voltado ao estudantes de fotografia. O primeiro lugar levava 20 mil dólares em cash e mais equipamentos. No entanto, as regras também determinavam que todas as imagens inscritas passariam a ser propriedade deles. O que aconteceu? Os fotógrafos se revoltaram e ameaçar boicotar o concurso. Além disso, a web foi inundada de reclamações contra a Microsoft. Isso fez com que a empresa rapidinho reecrevesse as regras e as letras miúdas. Damage control, como dizem por aqui. Eles passaram a exigir os direitos de uso para divulgação somente dos vencedores, o que é comum. Só assim o concurso foi adiante. A imagem da Microsoft entre os fotógrafos saiu arranhada, mas menos do que se eles não tivessem voltado atrás nas regras.

Não sei se os verdadeiros culpados são empresários que bancam esses concuros ou seus advogados, que escrevem as regras e acham que estão fazendo seu trabalho tirando o máximo de lucro de um mínimo de investimento. Fica claro, pelos termos do concurso, que eles conhecem bem as leis de direito autoral e como contorná-las. Mas eles não parecem muito bons em marketing e não calcularam o prejuízo que vão ter com publicidade negativa gerada pelos fotógrafos.

Sei que é um concurso local e, provavelmente, somente fotógrafos do sul do país iriam participar. Mas acho que é uma questão de princípios. Se ninguém reclamar, vai começar a virar a norma. E daqui a pouco todos os concursos terão este tipo de regras, seja em Porto Alegre, Rio, São Paulo, ou qualquer outro lugar. Não podemos permitir que isso aconteça. Já existe gente demais no mercado querendo se apropriar dos direitos autorais dos fotógrafos em troca de remunerações ridículas.

O email que recebi do Dudu Tavares foi enviado com cópia para outros profissionais do mercado. Alguns já começaram a se manifestar e a sugerir ações em protesto contra o restaurante. Envio de emails para o estabelecimento, ligações telefônicas, não frequentar mais o estabelecimento, avisar os amigos e familiares para não ir mais lá. O que você sugere e o que você pensa sobre o assunto? O restaurante chama-se Calamares. E o site deles, com o contato e as regras do tal concurso, está aqui.

(Gilberto Tadday é fotógrafo e mora em New York)

segunda-feira, setembro 24, 2007

domingo, setembro 23, 2007

A Sopa 07/10

Primavera, novamente.

Sinal de que o ano se encaminha para seu final aqui no hemisfério sul. As flores voltam a florescer e nos preparamos para o verão, que se anuncia logo ali, após a série de feriados que começou com o sete de setembro. Já disse isso, mas repito: gosto muito mais do verão hoje em dia do que gostava antes de morar no Canadá. Por outro lado, gosto também do inverno, apesar de ter passado desde maio até o início desse mês me queixando do frio do sul, mas muito mais da falta de estrutura do que do inverno em si. Se tolerei menos o frio que no passado? Certamente que sim, fazer o quê?

Há um ano atrás, estávamos em Buenos Aires, onde passamos a semana de férias que tivemos, a Jacque e eu, no último ano. Pelo inverno rigoroso, trabalhei muito, pneumologista que sou. Se em casa me queixava das mãos frias, no consultório esfregava as mãos, satisfeito com o movimento… Mas mereço, merecemos, férias.

Que virão por aí, em quinze e por quinze dias de outono.

De Combi, por caminhos novos e por outros nem tão novos assim.

Com amigos, o melhor de tudo.

#

Defino um grupo de viagem como uma reunião de pessoas maior que um casal, ou seja, considero três pessoas viajando juntas como um grupo. Premissa estabelecida, ponto.

Vou (vamos) viajar, está óbvio no que tenho dado a entender. E vamos num grupo que é pequeno o suficiente para caber num carro, mas grande o suficiente para que não seja em qualquer carro. Por isso a Combi, com cê, que não é uma Kombi como a maioria dos leitores imagina ao ouvir o nome do carro.

Não vai ser portanto, uma Espace, Renault, como imaginamos a princípio, e de onde, lá em 1999, tiramos o nome do nosso grupo de viagem, os Perdidos na Espace, abreviadamente, apenas ‘Perdidos’. Apesar de naquela vez termos viajado em seis adultos, uma criança e nossas respectivas malas, com tamanhos adequados ao volume do porta-malas do carro que havíamos “comprado” (leasing Renault Eurodrive), dessa vez o mesmo carro (ou sequer a categoria de carros desse tamanho) não teria espaço suficiente. Até nos convencermos disso, contudo, houve um longo caminho percorrido, entre discussões, conselhos de agentes de viagens, telefonemas e e-mails para locadoras de carro no nosso destino.

Ruim, complicado?

Que nada. Divertidíssimo.

Por que já estamos viajando. Sempre disse (e tenho cada vez mais certeza) que as três fases de uma viagem são de igual importância. O antes (a preparação) o durante (a viagem em si) e o depois (a volta e as lembranças, fotos, histórias).

Por isso vale a pena.

Porque isso não tem preço.

Até.

sábado, setembro 22, 2007

Sábado

Chuva, muita chuva em Gramado.

Feijoada no hotel, "siesta" após o almoço, e leitura mais tarde.

hot3
(a foto não é de hoje nem é minha...)

Quase de férias.


Até.

UPDATE - Além de tudo, participei do Dia Mundial Sem Carro...

terça-feira, setembro 18, 2007

Eu anunciei

Em novembro passado, de Fortaleza, eu escrevi que eu ia voltar de lá percorrerendo todo o litoral brasileiro de Kombi.

Vou pagar minha promessa.

Tá, não vai ser o litoral brasileiro... e não vai ser bem uma Kombi, mas quase.

Uma Combi.

Combi

Até.

domingo, setembro 16, 2007

A Sopa 07/09

Perdido no Dilúvio, uma história fictícia.

Admito que o pessoal estava exagerando. O comentário geral por todos os lados era de que não se respeitava mais ninguém, e de que “isso não vai acabar bem”. Mas a maioria nem dava bola para aqueles que, tementes, avisavam que “um dia desses Deus se cansa de tanta maldade junta e nos pune”.

Eu, no meu canto, procurava evitar incomodações. Não me indispunha com os “caras maus” nem deixava de ouvir os alertas dos mais velhos. Ficava em cima do muro, se preferirem assim. Mas não me sentia à vontade em meio aquela bandalheira que havia se tornado nosso povoado, mais um entre muitos onde a corrupção, a violência e as más condutas eram agora a regra. Não podia dar em coisa boa mesmo.

De vez em quando, sem ser notado, saía do centro e me afastava do movimento, indo ver o trabalho do velho Noé, que estava construindo uma grande embarcação. Ele não tinha muita experiência no assunto, indústria naval, mas trabalhava com uma convicção de veterano. E pressa. Dava a impressão de que ele corria contra o tempo. Vez e outra, seus filhos o auxiliavam, mas quase sempre trabalhava sozinho, de sol a sol, sem esmorecer e com uma energia impressionante, visto sua idade.

Naquela época, tinha – com certeza – quinhentos anos de idade. Não surpreende, conhecendo-se sua família. Noé, filho de Lameque, era neto de Matusalém, o homem que mais viveu, contavam os livros de história. Eu, com os meus trinta e dois, já ficaria feliz se vivesse, digamos, uns setenta anos, desde que tivesse saúde. Se conseguisse ainda me tornar carpinteiro e construir um barco do tamanho desse que Noé estava construindo, ficaria mais que satisfeito. Porque vocês sabem, Noé era lavrador, e essa mudança de ofício na idade dele era surpreendente. Por outro lado, se eu vivesse tanto, também era capaz de mudar de profissão. Imagina fazer a mesma coisa por quase meio milênio! Tinha mais é que mudar mesmo, ninguém teria coragem de chamá-lo de inconstante, afinal de contas.

Conforme passavam os dias, o barco ia tomando forma, e se revelava uma grande arca. Não tinha mastro, e me perguntava como ele ia resolver o problema da propulsão da embarcação. Será que usaria remos? Não dava a impressão, e mesmo que - para movimentar tamanha arca – seria preciso de muita gente. Ele devia ter alguma carta na manga, algo que eu ainda não conhecia. Teria que esperar um pouco mais para descobrir. Eu? Entendia um pouco do assunto, sim, mas conhecia o Noé só de vista, assim de nos encontrarmos no mercado e nos saudarmos de longe, nada mais, e não me sentia muito à vontade para perguntar.

O verão terminara, o outono já estava encontrando suas temperaturas típicas, noites e manhãs mais frias e temperaturas agradáveis durante a maior parte do dia. A arca estava quase pronta, e os boatos eram de que Noé sabia mais do que a maioria de nós, comuns mortais. Boatos sobre a razão da construção da arca era o que mais tinha. Falavam de tudo. Até que Noé ia fundar uma igreja, algo como “Igreja da Arca da Salvação”. Eu não acreditava, afinal de contas ele era conhecido pela sua retidão de caráter e senso de justiça.

Mais ou menos na mesma época em que a arca ficou pronta, todas as previsões eram de que estava por chegar uma frente de baixa pressão com uma linha de instabilidade significativa. Ia chover por vários dias. Na taverna que eu freqüentava, ouvi alguns fazendo graça e lembrando que não se podia confiar nas previsões do tempo. Eu tinha aprendido com o tempo não se brincava, e achei que era melhor dar uma conferida com mais atenção no que estava por vir. Saí para a rua, olhei o céu. Algumas nuvens negras no horizonte, soprando um vento quente que vinha do sul. O sol havia nascido bem vermelho naquele dia, lembrei de quando fui logo cedo pegar água no poço e o sol recém despontava no horizonte, indicando chuva.

Dali, decidi ir direto ver como estavam as coisas com o Noé. No caminho, começou a chover, primeiro uma chuva fina que logo aumentou em intensidade – até granizo caiu nesta hora. Chegando próximo à casa dele, notei um estranho movimento,. Ao perceber o que estava acontecendo, não pude acreditar. Em meio à chuva, que começava a formar poças nas ruas, estava lá – pronta – a arca, e nela embarcavam… animais?!. Um casal de cada espécie, parecia. Também em frente à ponte de embarque, estavam Noé, sua esposa, seus filhos e noras, controlando a entrada, verificando item por item tudo o que devia ser embarcado. Pareciam se preparar para uma longa viagem. Como assim? O que eles sabiam que eu não sabia?

A chuva não parava nem diminuía em intensidade, e agora já estava em minhas canelas. Quando todos os animais já haviam sido embarcados, a chuva acumulada já quase fazia a arca flutuar, e estava na altura da minha cintura. Já tinha me dado conta que a coisa estava ficando complicada para mim, e talvez para todos que não estivessem em lugares altos ou dentro de um barco. “Noé já sabia que isso ia acontecer!”, não pude deixar de pensar, ao ver a grande arca – com seus familiares e um grande zoológico dentro – começar a ter sua ponte de embarque içada pelos filhos de Noé.

Foi neste instante que – com dificulades pelo volume de água – avancei e me fiz ser visto. Notei que Noé cochichou por alguns instantes com sua esposa e logo depois mandou desceram a ponte de embarque e disse:

- Sobe, enquanto há tempo…
- Para onde estais indo? - perguntei, já subindo.
- Para onde, só Deus sabe, pois foi determinação dele que viéssemos. Mas podes estar certo de que – fora da arca – as coisas vão ficar bem molhadas…

Embarquei junto com a família de Noé e com um casal de animais de cada espécie para uma viagem para a qual não tinha me preparado (Vamos parar em praias? Será que cruzeiro não é muito entediante?) e sem ter idéia onde estava indo nem quanto tempo ela duraria. Ao menos estava seco e protegido.

Uma coisa era certa, contudo: teria muitas histórias para contar.

(uma história antiga num final de semana de trabalho...)

Até.

quinta-feira, setembro 13, 2007

Rio Grande do Sul

0001 semana farroupilha

Saga Farrapa marcou o Rio Grande

As comemorações da Revolução Farroupilha - o mais longo e um dos mais significativos movimentos de revoltas civis brasileiros, envolvendo em suas lutas os mais diversos segmentos sociais - relembra a Guerra dos Farrapos contra o Império, de 1835 a 1845. O Marco Inicial ocorreu no amanhecer de 20 de setembro de 1835. Naquele dia, liderando homens armados, Gomes Jardim e Onofre Pires entraram em Porto Alegre pela Ponte da Azenha.

A data e o fato ficaram registrados na história dos sul-ro-grandenses como o início da Revolução Farroupilha. Nesse movimento revolucionário, que teve duração de cerca de dez anos e mostrava como pano de fundo os ideais liberais, federalistas e republicanos, foi proclamada a República Rio-Grandense, instalando-se na cidade de Piratini a sua capital.

Acontecendo-se a Revolução Farroupilha, desde o século XVII o Rio Grande do Sul já sediava as disputas entre portugueses e espanhóis. Para as lideranças locais, o término dessas disputas mereciam, do governo central, o incentivo ao crescimento econômico do Sul, como ressarcimemto às gerações de famílias que lutaram e defenderam o país. Além de isso não ocorrer, o governo central passou a cobrar pesadas taxas sobre os produtos do RS. Charque, couros e erva-mate, por exemplo,passaram a ter cobrança de altos impostos. O charque gaúcho passou a ter elevadas, enquanto o governo dava incentivos para a importação do Uruguai e Argentina.

Já o sal, insumo básico para a preparação do charque, passou a ter taxa de importação considerada abusiva, agravando o quadro. Esses fatores, somados, geram a revolta da elite sul-riograndense, culminando em 20 de setembro de 1835, com Porto Alegre sendo invadida pelos rebeldes enquanto o presidente da província, Fernando Braga, fugia do Rio Grande.

As comemorações do Movimento Farroupilha, que até 1994 restringiam-se ao ponto facultativo nas repartições públicas estaduais e ao feriado municipal em algumas cidades do Interior, ganharam mais um incentivo a partir do ano 1995. Definida pela Constituição Estadual com a data magna do Estado, o dia 20 de setembro passou a ser feriado. O decreto estadual 36.180/95, amparado na lei federal 9.093/95, de autoria do deputado federal Jarbas Lima (PPB/RS), especifica que "a data magna fixada em lei pelos estados federados é feriado civil".


Fonte: aqui.

Até.

terça-feira, setembro 11, 2007

September 11th, 2001

Li lá no Rafael Reinehr e gostei da idéia.

Enquanto um ataque terrorista (foi esse o termo que a mídia impôs) acontecia em 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos, o que você estava fazendo?

Trabalhando numa cidade do interior do Rio Grande do Sul.

Como era rotina nas terças e quinta-feiras, saí cedo de casa para ir à Butiá, a 80km de Porto Alegre, onde eu era o pneumologista que atendia na Secretaria de Saúde local. Atendi os pacientes normalmente e, por volta das 11:00 AM peguei o carro para voltar. Ao ligar o rádio, a notícia: os Estados Unidos estão sob ataque (expressão utilizada pelo locutor, enquanto ainda não sabiam exatamente o que ocorria).

A manhã não tinha começado bem, e mesmo antes da notícia ouvida no rádio, já me sentia sob ataque terrorista: enquanto atendia os pacientes, recebera uma ligação da secretária do meu consultório dizendo que estava se demitindo e que ia embora naquele momento. Detalhe: ela era irmã de uma das minha sócias no consultório...

E louca, mas isso é outra história.

Tentando resolver o problema por telefone, saí de Butiá para o que seria um dia bem complicado (a agora ex-secretária havia desparecido com a agenda de consultas de todos os médicos, até ocorrência policial fiz).

Quando ouvi a notícia de NY, logo lembrei do meu irmão, que morava lá, e que viu e fotografou o episódio todo. Quando descobrimos que ele estava bem, ficamos mais tranqüilos.

Chocados, sem entender bem as coisas, mas felizes por saber que aquilo tudo ainda não havia respingado em nós.

Até.

domingo, setembro 09, 2007

A Sopa 07/08

Um texto antigo, para um final de feriadão.

A Reunião

A Sopa no Exílio prova mais uma vez ser um blog de jornalismo investigativo e apresenta para vocês uma reportagem inédita no jornalismo mundial. Nós infiltramos um dos nossos colaboradores numa reunião de um grupo secreto (vai ficar óbvio por quê): os SA.

Sedentários Anônimos.

Eles são tão anônimos que sua existência – antes uma história, uma lenda urbana – só foi descoberta por uma denúncia nem tão anônima feita por um gordinho comendo um pacote grande de pipoca em um cinema local. Após a denúncia, enviamos um dos nossos colaboradores para uma das reuniões semanais, no salão paroquial de uma igreja qualquer numa cidade qualquer entre Halifax e Vancouver.

Aqui vai um relato, já devidamente traduzido do inglês.

”Quarta-feira, 08 de junho de 2005.

Estaciono meu carro bem em frente à igreja (para não dar na vista) em caminho pouco até uma porta lateral da Igreja. Bato três vezes na porta, e abre-se apenas uma pequena fresta e uma pessoa aparece e pergunta apenas o que quero. Digo que vim para o encontro e a pessoa pergunta “E então?”. Sei que é a deixa para eu dizer a senha. Não vacilo (Atenção, isso é um tradução livre, não literal) e digo a senha: “iiiçaaa, saúde é o que interessa!”.

Nisso sou praticamente jogado para dentro da grande sala com cadeiras formando um círculo. Cerca de vinte pessoas estão sentadas aguardando o início. A pessoa que estava na porta desculpa-se, dizendo que precauções são necessárias, por questão de segurança. Pergunto por quê?

- Não sabe? Por causa da máfia.

- Máfia? Como assim?


- Sim, máfia. Dos cardiologistas.

- Cardiologistas?!

- Evidentemente. Nunca parou pra pensar? São eles que nos querem obesos, com colesterol alto, hipertensos, infartando. Pior que eles, só a máfia dos cirurgiões plásticos. Os cirurgiões plásticos têm os melhores meios de influenciar as pessoas a engordarem, ficarem disformes, e então vender suas lipoaspirações. Eles controlam até os meios de comunicação. A divisão de chocolates e sorvetes da Nestle é dirigida por um cirurgião plástico. Aposto que você não sabia. Fuja dos cirurgiões plásticos!

Começa a reunião. Todos já se conhecem, eu sou o novo. Vou ter que me apresentar e contar meu caso.

- Meu nome é (nome mantido em segredo para a segurança do repórter) e eu sou um sedentário (todos se ajeitam na cadeira, alguns olham para o chão, constrangidos). Estou aqui porque quero deixar essa vida de perdição, de finais de semana no sofá vendo televisão e comendo quilos de carboidratos (todos concordam com movimentos afirmativos da cabeça).

Continuo:

- Hoje é o terceiro dia seguido que faço atividade física.

(seguem-se aplausos entusiasmados, gritos de apoio, todos levantam e me abraçam)

O coordenador aperta minha mão e diz:

- Parabéns, continue assim. Viva um dia após o outro. Só assim conseguirá manter-se ativo e, quem sabe, até melhorar o shape…

(não precisava ouvir isso, mas tudo bem…)

A reunião durou mais uma hora, mais ou menos, e, na hora de ir embora, um dos integrantes sugeriu que fôssemos fazer um lanche antes de ir para casa. “McDonald’s, que tal?”.

Os dois integrantes mais “fortes” pularam sobre ele e o imobilizaram, enquanto ele gritava “Número dois com fritas grandes e coca-cola extra-large! Sundae de sobremesa!”. Levaram-o para uma sala do fundo, enquanto os outros encaminhavam-se para saída. Quando olhei para o coordenador com cara de espanto, e só disse “Cardiologista”.

Era um espião.

Até.

sábado, setembro 08, 2007

sexta-feira, setembro 07, 2007

Sete de Setembro

Independência, tudo bem.

O quero saber é: quando vamos crescer?

Crescer como nação, como povo. Deixar de se sentir inferior apenas por ser brasileiro e deixar de botar a culpa dos nossos problemas nos outros.

Quem sabe aí, o Brasil possa ser um país muito melhor para se viver, para todos os brasileiros.

Com a palavra, Cazuza.


Não me convidaram
Pra essa festa pobre
Que os homens armaram pra me convencer
A pagar sem ver
Toda essa droga
Que já vem malhada antes de eu nascer

Não me ofereceram
Nem um cigarro
Fiquei na porta estacionando os carros
Não me elegeram
Chefe de nada
O meu cartão de crédito é uma navalha

Brasil
Mostra tua cara
Quero ver quem paga
Pra gente ficar assim
Brasil
Qual é o teu negócio?
O nome do teu sócio?
Confia em mim

Não me convidaram
Pra essa festa pobre
Que os homens armaram pra me convencer
A pagar sem ver
Toda essa droga
Que já vem malhada antes de eu nascer

Não me sortearam
A garota do Fantástico
Não me subornaram
Será que é o meu fim?
Ver TV a cores
Na taba de um índio
Programada pra só dizer "sim, sim"

Brasil
Mostra a tua cara
Quero ver quem paga
Pra gente ficar assim
Brasil
Qual é o teu negócio?
O nome do teu sócio?
Confia em mim

Grande pátria desimportante
Em nenhum instante
Eu vou te trair
(Não vou te trair)


Publicado originalmente em 07/09/2005

Até.