segunda-feira, julho 25, 2011

Pensamentos de Segunda-Feira

Amy Winehouse

Talvez seja um defeito meu, mas - apesar de reconhecer o talento imenso e a voz poderosa dela - nunca consegui prestar muita atenção ao seu som por causa da sua figura de aspecto (na minha opinião) progressivamente lamentável. Olhar para ela não era uma experiência esteticamente agradável. O mesmo ocorre com a Lady Gaga: não posso dizer que gosto ou não da música que ela produz porque a sua figura não me permite assisti-la. Não julgo comportamento, opção sexual, religião, ou qualquer outra coisa. Nunca julguei, o que me interessa é a música.

Mas no caso delas admito que o visual atrapalhou (e atrapalha) meu julgamento.

PS - deprimentes as "homenagens" feitas a ela na televisão brasileira...

Futebol

O Inter joga amanhã em Munique contra o Barcelona. Vou assistir, claro.

No meio de toda a confusão relacionada à queda do Falcão como técnico do Inter, muito se falou que o Ex-Presidente Fernando Carvalho nunca o quis como técnico, e que com a queda ia voltar ao clube, e que estrava sempre sabendo do que acontecia no vestiário, etc. Fico me perguntando: qualquer coisa que aconteça de diferente no clube tem que chamar o Fernando Carvalho? É só ele que entende de futebol no Inter? Ninguém nunca vai tirar o mérito do seu trabalho no Inter, nas principais conquistas dos últimos dez anos, de ter tornado o Inter o maior vencedor da década na América, mas não está na hora de seguir adiante? De renovar?

Sei lá, apenas reflexões de segunda-feira...

Até.

quinta-feira, julho 21, 2011

A Quinta-feira

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Os dias da semana têm sua própria personalidade, que é única para cada pessoa. Seu significado difere assim como são diferentes as vidas de todos nós. Pensando bem, os dias são assim como a vida: os vemos e a vivemos a partir de nosso próprio ponto de vista, que é fruto de experiência do passado, influencia o presente, que vai moldar o futuro e assim por diante, e sempre e de volta. Mas falava dos dias, e volto para não me perder.

O sábado de manhã é o melhor momento da semana, e deveria ser sempre de sol e deveríamos ser obrigados a passar num parque. Nos sábados de manhã seria sempre primavera. As férias são quando todos os dias são sábados de manhã. Por outro lado, o melhor dia da semana é a quarta-feira: pois ontem era recém terça e amanhã já será quinta-feira... Pensamentos soltos, apenas pensamentos soltos.

Acontece que, de uns tempos para cá, quase sem querer, percebi que a minha semana é como escalar uma montanha. Começa na segunda-feira a partir da base, subida não tão íngreme, mas constante. A terça-feira é puro esforço para cima. A quarta-feira é um esforço final até o começo da noite, quando atinjo o topo. É ali que posso parar um pouco, e relaxar. Algumas vezes abrimos um vinho tinto, noutras faço uma caipirinha para celebrar ter chegado até ali. E tem ainda aquelas vezes em que só preciso sentar quieto, em silêncio.

A quinta e a sexta-feira são ainda de esforço, mas é de volta à base da montanha imaginária que voltarei a escalar na semana seguinte, depois do descanso do final de semana. Tenho o prazer de uma ou duas vezes por mês almoçar na sexta-feira com o velho e bom amigo de mais de vinte anos Márcio, momento em que podemos conversar – apesar do tempo contado para voltar a trabalhar – tranquilamente. E mesmo que a sexta-feira de trabalho eventualmente vá até às sete e meia da noite, os objetivos da semana já foram alcançados e o sábado de manhã (e a primavera, e o sol, mesmo que imaginários) estão bem próximos.

E a quinta-feira?

Por enquanto, e não sei por quanto tempo, é o dia mais tranqüilo da semana de trabalho.

Vez que outra, até dá para chegar mais cedo em casa, fazer chimarrão e deixar o frio e a chuva lá fora...

Até.

sábado, julho 09, 2011

sexta-feira, julho 01, 2011

Brasil, Cinco Anos

Há cinco anos, voltei.

Após morar por dois anos em Toronto, Canadá, fazendo pós-doutorado na University of Toronto (trabalhando no Asthma Centre do Toronto Western Hospital), e mesmo com a possibilidade de estender o fellow por mais um ou dois anos, decidi voltar. Por várias razões. A principal delas é que a Jacque havia ficado no Brasil, e casamento a distância não tem como dar certo por tanto tempo...

Quando decidi que tinha de ir, muito tempo antes de efetivamente embarcar para o Canadá, e talvez até por isso, não tinha aqui perspectivas profissionais promissoras. Havia o consultório, os plantões, e um recorrente pensamento de que devia estar fazendo outra coisa, sei lá, cinema. Foi um salto no escuro, digamos assim: fui sem saber o que esperar de estada lá e sem ter um plano para a volta.

Deu tudo certo, no final das contas.

Cinco anos depois, olhando em perspectiva, só posso confirmar que eu estava certo na única coisa que eu sabia antes de partir: que seria uma experiência fantástica, essa de morar fora do Brasil, conhecer outra cultura, aprender – modo de dizer - a viver sozinho, construir uma vida a partir do zero num local onde não conhecesse ninguém. Cresci muito nesse período, profissional e pessoalmente, o que determinou tudo o que aconteceu na vida desde a minha volta.

As portas que se abriram, e também aquelas que eu abri nesse período, ainda são resultado do que fiz e vivi nesse período que se encerrou há exatos cinco anos, quando voltei ao Brasil para recomeçar as coisas por aqui.

Como já disse, valeu.

Até.