quarta-feira, dezembro 28, 2016

Encerrando


Sem querer parecer do contra...

Ao contrário da crença geral, amplificada pelas redes sociais, penso que 2016 foi um muito bom. Não diminuo aqui nenhuma das tragédias ocorridas no ano - até porque sei que elas ocorrem todos os anos, e doem sempre, em todos nós - e não desmereço todo o trabalho feito, tudo o que remamos e sofremos para chegar até aqui.

Cansativo, certamente, como sempre tem sido. Intenso, mas pessoalmente muito produtivo.

Eu gostei.

Até.




domingo, outubro 09, 2016

A Semana

Trabalho.

A semana, que começa amanhã e que terá feriado na quarta-feira (não para mim, contudo) será o início de uma nova fase profissional. Muita expectativa e ansiedade, como podem imaginar.

Vou contando aos poucos, à medida que as coisas forem acontecendo.

Até.

domingo, outubro 02, 2016

sábado, outubro 01, 2016

Sábado (e é primavera)


    Sábado de manhã, sol, o melhor momento da semana.
   
    Primavera.

    Começa outubro e, uma vez mais, uma porta se abre. E decido entrar.

    Um novo desafio (mais um).

    Grande expectativas.

    Até.

sábado, julho 16, 2016

Sábado (e é dia de sopa?)


                      Nem sempre, nem sempre...
   
                     Até.

domingo, julho 10, 2016

Um final de domingo

Quase segunda-feira.

A semana começa recheada de expectativas, a espera da confirmação do início de novos projetos. Contudo, e apesar disso, ainda dias mais tranquilos devido ao período de recesso entre semestres da Universidade.  

Além dos compromissos regulares, reuniões de trabalho, atividade física, churrasco com amigos, eventos sociais e profissionais.

A semana vai passar rápido, e espero que termine muito bem.

Mais tarde, mais tarde.

Até.

terça-feira, julho 05, 2016

Ainda sobre o ser

Divagações.

Julho é - sob determinado ponto de vista - um mês mais tranquilo por esses lados. O fato das férias de inverno dos alunos da Universidade, o período entre semestres, torna o meu mês, como professor, mais leve. Aproveito para dar uma atenção maior ao consultório, abrindo horários que normalmente não atendo por estar fora de Porto Alegre, e conseguindo atender a demanda aumentada do inverno.

E dorme-se um pouco mais, como deve ser nos dias frios.

Também é um tempo bom para pensar a vida. Aliás, sempre é bom esse processo de refletir, revisar, pensar e repensar tudo. Claro que deve (ou deveria) ser um processo constante, contínuo, mas confesso que tem sido difícil, pois a avalanche de atribuições e compromissos e prazos e interesses que nos obrigam a estar sempre "ligados", conectados e disponíveis, dificulta o parar.

Lia esses dias que somos escravos dessa vida louca de vinte e quatro horas conectados, mensagens que devem ser prontamente respondidas, e que o tédio pode ser bom, e lembrei na hora da Marina, de que volta e meia ela diz que "está entediada" e eu sempre digo que o tédio é bom, é importante estar sem fazer nada ao menos um pouco, pensar, contemplar o mundo.

Desconectar.

Pode ser um objetivo.

Até.


segunda-feira, julho 04, 2016

Uma segunda-feira de julho

Hoje é segunda-feira e não decretamos feriado, ao contrário do que sugere a música do Raul Seixas.

Paciência.

Seria bom um feriado, assim, do nada, em meio ao inverno de pessoas com as verdadeiras e sérias urgências de sempre, resfriados e tosses e secreções que amarelam e incomodam e não deixam dormir. Mas não é feriado, e a semana começa de céu azul e temperatura amena no sul do mundo.

Os últimos dias tem sido, em especial, de olhar para trás e lembrar de uma década atrás, quando eu voltei a morar no Brasil, vindo de dois anos de vida em Toronto, no Canadá.

O quanto a vida mudou desde então, o quanto mudei.

Pensando assim, me parece adolescente esse processo de revisar caminhos, de pensar em quem fui, quem sou e quem serei, como se estivesse sempre esperando virar "adulto". Essa fase já passou, já era. Já não tenho mais dezoito ou vinte anos e estou mais perto dos cinquenta que dos trinta. Meu tempo é o agora.

O que não quer dizer muita coisa, eu sei.

Vamos indo, vamos vivendo.

Até.

terça-feira, abril 05, 2016

Cinco de Abril


     A moto não existe, é apenas uma ideia, um desejo
     Talvez um plano, ou uma história
     Isso: uma história. Ficção.
     Assim é a vida,
     Não muito mais que histórias para contar.

     Até.


   

 

terça-feira, fevereiro 09, 2016

Filme de terror

Ainda sobre "A Tempestade" do final de janeiro.

É assim que vou lembrar e me referir a ela, a partir de agora.  Com respeito e letras maiúsculas, porque tenho certeza de que não houve outra igual em Porto Alegre, ao menos no tempo que alguém possa ter feito registro. Pois é.

Como falei anteriormente, boa parte da cidade ficou sem luz entre a sexta-feira à noite e - em alguns lugares, como aqui perto e casa - até a terça-feira. Alimento perecíveis estragaram, prejuízos, etc. Quase tudo já se falou sobre o que aconteceu, eu sei. Mas nem todos viveram o que eu vivi, no sábado à noite.

O filme de terror.

Tínhamos, a Jacque e eu, sido convidados para um casamento que ocorreria no sábado à noite, menos de vinte e quatro horas após A Tempestade. Sem luz em casa, fomos tomar banho e nos preparar para o evento na casa da minha mãe, na zona sul, onde dormiria a Marina e de onde sairíamos no domingo de manhã para nosso curto período de férias. Assim o fizemos, voltamos de carro até em casa, de onde saímos de táxi para a igreja e onde dormiríamos.

A igreja com luz devido a gerador, da mesmo forma que o restaurante onde ocorreu a festa. Que estava muito boa. Mesmo. Como viajaríamos no dia seguinte pela manhã, por volta da 1h da manhã decidimos voltar para casa. Por sorte, um casal de amigos que também ia embora nos ofereceu carona.

Circulando por ruas desertas e escuras, sem nenhum tipo de iluminação, nem a lua a iluminar os caminhos, chegamos em frente ao prédio onde moramos. Descemos rapidamente, o porteiro - no escuro, sem lanterna - abriu o portão e entramos. Ao trancar o portão a chave, um grito de "Socorro, alguém me ajude!" irrompeu na noite, vindo de perto, mas impossível de saber de onde.

Havia desespero na voz de quem pedia socorro.

O que fazer naquele momento?

Sair para a rua para procurar na escuridão total a origem da voz, para tentar ajudar, sob o risco de me tornar vítima também? E se fosse uma emboscada, um golpe? E se fosse genuíno o grito e  eu deixasse de auxiliar alguém em perigo?

Com a sensação de impotência, decidi entrar e torcer que tudo se resolvesse para quem pedia socorro. Não poderia correr o risco de tentar ser herói e acabar me envolvendo em algo potencialmente pior para mim. Minha integridade e de minha família em primeiro lugar. Apenas com a luz do celular a iluminar nosso caminho, iniciamos a subida em direção ao sétimo andar, onde moramos. Não sei bem em que andar, mas de repente caímos em um filme de terror.

Do nada, aparecem duas mulheres na escada do edifício, mãe e filha, essa última com um corte abaixo do olho e o rosto ensanguentado. A mãe segurava a filha - que tentava se desvencilhar - pelo braço e pedia que a ajudássemos (era a mesma voz que ouvíramos antes) a não deixar que ela saísse. Dizia que a filha e o filho haviam bebido demais e estavam brigando, e agora a filha queria ir para a rua. A filha dizia que só iria até o térreo para ficar um pouco longe do irmão, que seria esquizofrênico e que sempre brigava com ela, e ela não "aguentava mais".

Parecia mais tranquila que a mãe, mais coerente.

Mais uma vez, não havia nada que pudéssemos fazer. Enquanto elas resolviam as coisas entre elas, subimos o que restava até em casa.

Deitei para dormir, mas logo levantei e fui conferir se a porta estava bem trancada.

Olhei pela janela, escuridão total, nenhum movimento na rua, silêncio total.

Tive a certeza que, a qualquer momento, iriam bater na porta e tentar invadir.

Apocalipse zumbi, só podia ser isso.

Filme de terror, filme de terror.

Até.

sábado, fevereiro 06, 2016

Sábado (e a rua mais bonita do mundo)
















Essa é a imagem de uma semana atrás da chamada "rua mais bonita do mundo", uma quadra abaixo de onde moramos, após o temporal que havia ocorrido na noite anterior. A foto não mostra, mas, à frente disso, havia carros sob os grande galhos e árvores arrancadas pela raiz.

Aqui em casa, foram 90 horas sem luz elétrica.

Tudo o que havia de perecível na geladeira, estragou.

Não ficamos todo o tempo em casa, claro. Por coincidência, viajaríamos de férias no dia seguinte a essa foto, 36 horas sem luz ainda. Viajamos e voltamos, e ainda não tinha luz ou, melhor, estava ligada apenas em meia fase. Minutos após entrarmos em casa, apagou de vez.

Ficamos sabendo que a luz havia voltado na terça-feira, mas durara apenas um dia. Naquele momento, já estavam há 24 horas sem luz, e essa falta duraria ainda mais outras vinte e quatro horas. Chegamos de viagem, não havia nada na geladeira, e não havia luz apenas no nosso prédio. Todo o resto normal, com luz, mas aqui nada.

Acontece. Paciência.

Agora tudo está normal, estamos de volta.

E tem a história do filme de terror, que conto outro dia.

Até.

sábado, janeiro 09, 2016

Vestiário

Histórias de vestiário.

Durante todo o ano passado, exceção feita aos meses de novembro e dezembro, pratiquei atividade física regular, ao menos três vezes por semana. Às segundas-feiras no final da tarde e, às quartas e sextas, de manhã cedo.

Bem cedo.

Acordava nesses dias às 5h15 e pouco antes das 6h da manhã estava entrando na piscina para a atividade matinal antes de começar o dia de trabalho. Fugia do sendentarismo e - bônus - me sentia muito bem pelo fato de às 8h da manhã já ter feito a atividade física do dia. Ganhava duplamente, com o ganho de auto-estima.

Todas as vezes em que chegava no clube para nadar, me divertia em pensar se eu seria o primeiro a entrar na piscina - nos estertores do verão ainda ao ar livre e depois na térmica. Na maior parte das vezes, não o era. Boa parte das vezes era o segundo ou terceiro, algumas poucas estreava a piscina no dia. E ainda tinha a vantagem de - na hora do banho - o vestiário estar vazio e silencioso. Os poucos que chegavam nessa hora pouco falavam, alguns "bom dia" e pouca conversa naquela hora da manhã. Como não conhecia ninguém, a não ser de vista, era - para mim - momento de silêncio e paz.

Corta para a semana que passou.

Por questões logísticas envolvendo levar a Marina da casa dos meus pais - zona sul - para o clube, onde ela participa do projeto verão, mudei minha rotina de sexta-feira: saí da Santa Casa e, ao invés de ir para a PUC para depois ir até a zona sul e de volta até o clube e aí de novo para PUC, decidi ficar perto do Centro e Moinhos de Vento.

Fui nadar.

Tudo certo, tudo bem.

Ao sair da piscina, encontrei o vestiário cheio. Como sempre, em silêncio, fui tomar banho, mas foi impossível deixar de ouvir uma conversa que acontecia animada e em alto e bom som. Conversavam dois amigos enquanto tomavam banho.

Cheguei no vestiário no momento em que falavam sobre o tipo de roupa que as mulheres usavam na noite ("de vadia"), e sobre algumas que haviam conhecido. Até que um disse: "não quero mulher com filho, é complicado", e o outro respondeu que "se é para alguém vir com pacote, que seja só tu, né?". E o outro concordou. Depreendi que ambos era separados e com filhos. E daí, foi ladeira abaixo, sem freios. Um clichê machista após o outro. E outro. E mais um.

Dez minutos de como não se deve pensar o mundo e a vida.

Vou voltar a nadar de madrugada.

Até.