sábado, agosto 23, 2014

Sábado (ainda lembro os primeiros dias no norte)

Da série "Há 10 anos fui para o norte"...

Cheguei em Toronto numa sexta-feira pela manhã.

O propósito era resolver os (imaginava) pequenos entraves burocráticos no dia da chegada e aproveitar o final de semana para procurar um apartamento para morar. Tudo planejado, nada funcionou como o esperado.

Após fazer o checkin no hostel onde eu ficaria hospedado durante a primeira semana no Canadá, na verdade um dormitório da U of T que era usado como albergue nas férias de verão, deixei minha "mudança" no quarto e fui para o hospital procurar o meu orientador e mentor da minha ida ao Canadá, Noé Zamel, gaúcho radicado em Toronto há quase (na epóca) quarenta anos. Fui direto ao Mont Sinai Hospital e - depois de perguntar a algumas pessoas - o encontrei.

Foi extremamente receptivo, me abraçou disse que após um longa espera (outra história) finalmente eu chegara, e disse que me levaria ao meu cicerone nos primeiros dias no Canadá, outro fellow, de nome Carlos, colombiano. Atravessamos a University Avenue para ir até o Toronto General Hospital, onde ficava o Respiratory Research Lab (onde eu trabalharia) para eu conhecê-lo e poder dar início ao desembaraço das coisas burocráticas. Chegando lá, a notícia. Ele estava de folga, em viagem, e só voltava na segunda-feira: eu não poderia fazer nada antes de depois do final de semana.

O Zamel disse que tudo bem, segunda-feira faríamos o que deveria ser feito.

(antes disso, nada)

Todo o meu plano fora por água abaixo. Às 10h da manhã do dia da chegada me despedi dele e fiquei sem nada a fazer por todo o final de semana.

Fui, no sábado, conhecer um pouco da cidade onde moraria pelos próximos dois anos.






Até.

quarta-feira, agosto 20, 2014

Há dez anos

O tempo passa.

Exatamente em 20 de agosto de 2004, há uma década, chegava em Toronto para ficar por um período que poderia ser de até três anos, e que acabou sendo de dois. O início não foi simples, longe de todos (já escrevi sobre isso, a sensação de estar sem referências, sozinho, como se invisível).

Mas foi uma fase muito proveitosa, como experiência de vida e - claro - profissionalmente.

Foi o grande impulso profissional.

Fiz amigos que são para sempre, vi que poderia viver em qualquer lugar do mundo, mas gosto de onde estão minhas raízes.

Foi muito bom e importante, e mudou o rumo de muitas coisas.

Em resumo, valeu.

Até.

sábado, agosto 02, 2014