sábado, dezembro 31, 2011

Feliz Ano Novo



Old pirates, yes, they rob I,
Sold I to the merchant ships.
Minutes after they took I,
From the bottomless pit.
But my hand was made strong,
By the hand of the All Mighty.
We forward in this generation,
Triumphantly.

Won't you help to sing
These songs of freedom ?
'Cause all I ever had,
Redemption songs,
Redemption songs.

Emancipate yourselves from mental slavery,
None but ourselves can free our minds.
Have no fear for atomic energy,
'Cause none of them can stop the time.
How long shall they kill our prophets,
While we stand aside and look?
Some say it's just a part of it,
We've got to fullfil the book.

So won't you help to sing
These songs of freedom?
'Cause all I ever had,
Redemption songs,
Redemption songs,
Redemption songs.


Feliz 2012 para todos nós!

Até.

sexta-feira, dezembro 30, 2011

Penúltimo

Dois mil e onze está para terminar.

O tempo é parcialmente nublado, com períodos de nublado, e sopra um vento que - por momentos - parece refrescar até um pouco mais que o necessário. De onde escrevo, vejo o bailar da árvores e arbustos do jardim. As meninas já foram para a outra casa onde os estão demais membros da família e daí irão à praia. Eu fiquei para trás, lendo algumas coisas e escrevendo um pouco. Não que eu não goste de ir à praia, mas também tenho um prazer especial por esses momentos de silêncio, brisa e chinelos de dedo.

Foi um ano especialmente bom para mim, já disse isso antes, mesmo que imensamente cansativo. Aliás foi justamente a intensidade e o peso do ano que motivaram que eu decidisse fazer férias em dezembro, quase um mês inteiro que termina aos poucos a partir da semana que vem, quando volto ao consultório. Um pouco depois, à Universidade.

E é o fato de que coisas boas aconteceram - principalmente em termos profissionais - que me levaram a decidir fazer uns ajustes na minha rotina de trabalho. Aparentemente um passo atrás para logo mais à frente (espero) dar vários passos em frente. Confesso um certo frio na barriga, mas era o certo a fazer.

Prometi a mim mesmo, contudo, não falar de trabalho enquanto estivesse em férias, e mais ainda em feriadão de final de ano. Dito isso, então, silencio sobre o assunto.

Para dois mil e doze -  ano que farei quarenta anos - tenho em mente algumas resoluções e projetos.

Vamos ver, vamos ver.

Até. 


quinta-feira, dezembro 29, 2011

terça-feira, dezembro 27, 2011

Transformação

É impressionante como as coisas mudam.

Há três meses, eu era um sedentário. Não diria que convicto, mas sim resignado. Não havia conseguido organizar minha vida para incluir a prática de exercícios físicos regulares nela. Estava próximo de fazer quarenta anos, sedentário, com sobrepeso, estressado.

Eu era o cara que ia morrer.

Dentro desse quadro mórbido inevitável, num último suspiro, resolvi: tenho que começar a atividade física urgente, e o prazo estabelecido foram seis meses antes de completar quarenta anos, justamente dia cinco de outubro passado.

Assim o fiz, e foi no prazo final, no próprio dia cinco. E tenho tido disciplina nas três vezes por semana que vou à academia, o que ficou mais fácil agora que estou de férias.

Pois bem, sexta-feira passada, dia 23, fui normalmente - como tem sido nesses dias - pela manhã. Ao final, banho. Enquanto estava me vestindo para ir embora, entrou um gurizão no vestiário. Ao me ver, comentou:

- Puxa, hoje só os bombados vêm para a academia!

"Bombado" (seja lá o que isso quer dizer), eu?!

Que loucura...

Até.

domingo, dezembro 25, 2011

A Sopa 11/09


Termina 2011 e estou em férias.

Merecidas. Justas.

Fui almoçar esses dias com um amigo que, ao me ver, disse que há tempos não me encontrava daquele jeito, com aspecto descansado, relaxado. Tem razão, estou tranquilo, consegui reduzir a marcha para me recuperar, física e mentalmente. E, melhor de tudo, sensação do dever cumprido.

Sensação de que consegui, e neste momento não importa o que eu possa ter conseguido, nem vem ao caso. Quer fazer isso mesmo, tornar intransitivo o verbo que originalmente pede um objeto direto. Simplesmente consegui. Ponto.

E encerra o ano, bola ao centro, começamos tudo de novo. Mais uma vez, e sempre.

Sei que falo e não digo nada, ou – melhor – quase nada. Claro que é proposital, neste momento acho que os pormenores são irrelevantes para o entendimento (ou não) do todo. É a potencial audiência mais ampla o que justifica o fato.

Dois mil e doze é o ano em que farei quarenta anos.

E lembro o começo do ano de 2002, quando vi que era hora de mudar minha postura perante algumas coisas que ocorriam na vida. E assim o fiz: dediquei-me aquilo que eu precisava me dedicar, inverti prioridades – profissionais, mais especificamente – e acabei entrando num turbilhão de acontecimentos que resultaram em chegar até aqui na condição em que estou. E foi bom? Claro que sim. Como já disse, consegui.

Fazer quarenta anos não quer dizer muita coisa, exceto que o tempo realmente avança a passos largos e não somos mais crianças. Tinha pensado numa grande festa, reunindo a Banda da Sopa novamente, os guris já tinham até topado, mas não sei mais de nada. Não com relação à banda, falo de fazer a festa ou não. Não sei mesmo. Tem tempo, que não é muito, para decidir. Vamos ver.

Mas essa é uma retrospectiva, dizia eu, e a ideia é pensar o ano que passou.

Posso dizer que reencontrei velhos amigos, relembrei de fatos e tempos idos e também não lembrei fatos que pessoas juram que vivi, o que assusta um pouco, afinal a boa memória sempre foi uma das minhas características. Não tive tempo de encontrar outras que queria muito reencontrar e que - sinceramente - pretendo fazê-lo no próximo ano. Algumas porque temos um passado muito significativo e acho que devo ao menos reafirmar isso.

Sinto que falo como se tivesse “contas a acertar” com as pessoas e uma urgência em fazer isso, como se correndo contra o tempo. E é verdade. Estou mesmo correndo contra o tempo. Aliás, sempre corro contra o relógio e, em boa parte das vezes (bem menos agora), nado contra a corrente. Como dizia, tenho pressa em dizer às pessoas que elas são importantes e que o convívio – mesmo que eventual, afinal amizade não tem hiato - é importante para a minha sanidade mental, para não esquecer quem realmente sou.

O que de importante aconteceu, no ano que ora termina, foram – como sempre – as pessoas e as relações. O resto é o resto, é falsificação, como diz a música dos Engenheiros do Hawaii. Música essa, ‘Exército de um homem só’, que poderia servir de trilha sonora:

Não importa se só tocam
O primeiro acorde da canção
A gente escreve o resto em linhas tortas
Nas portas da percepção
Em paredes de banheiro
Nas folhas que o outono leva ao chão
Em livros de histórias seremos a memória dos dias que virão
Se é que eles virão
Não importa se só tocam
O primeiro verso da canção
A gente escreve o resto sem muita pressa
Com muita precisão
Nos interessa o que não foi impresso
E continua sendo escrito à mão
Escrito à luz de velas quase na escuridão
Longe da multidão
Somos um exército, o exército de um homem só
No difícil exercício de viver em paz
Somos um exército, o exército de um homem só
Sem bandeira
Sem fronteiras
Pra defender
Pra defender...

Para terminar, conversando com uma colega com quem convivo há bastante tempo, e comparando quem eu era e o que fazia há alguns anos com quem sou e o que faço hoje, ela disse “Te vendeu ao sistema, então?”. Na hora, não soube o que responder, apenas disse que “pode ser, pode ser”. 

Semanas depois, tive a epifania:

“Não me vendi para o sistema, agora eu sou o sistema...”

:-)
 Até.

sexta-feira, dezembro 23, 2011

Em 2012...



Se um dia qualquer
Tudo pulsar num imenso vazio
Coisas saindo do nada
Indo pro nada

Se mais nada existir
Mesmo o que sempre chamamos real
E isso pra ti for tão claro
Que nem percebas

Se um dia qualquer
Ter lucidez for o mesmo que andar
E não notares que andas
O tempo inteiro

É sinal que valeu!
Pega carona no carro que vem
Se ele não vem, não importa
Fica na tua

quarta-feira, dezembro 21, 2011

Mais uma de Natal



The First Noel, by Frank Sinatra


The first Noel the angel did say
Was to certain poor shepherds
in fields as they lay;
In fields as they lay, keeping their sheep,
On a cold winter's night that was so deep.  

  
     Noel, Noel, Noel, Noel,
    Born is the King of Israel.

They looked up and saw a star
Shining in the east beyond them far,
And to the earth it gave great light,
And so it continued both day and night.

 
And by the light of that same star
Three wise men came from country far;
To seek for a king was their intent,
And to follow the star wherever it went.

 
This star drew nigh to the northwest,
O'er Bethlehem it took it rest,
And there it did both stop and stay
Right over the place where Jesus lay.

 
Then entered in those wise men three
Full reverently upon their knee,
and offered there in his presence
Their gold, and myrrh, and frankincense.

 
Then let us all with one accord
Sing praises to our heavenly Lord;
That hath made heaven and earth of naught, 
And with his blood mankind hath bought.

segunda-feira, dezembro 19, 2011

Segunda de férias

Depois de uma semana viajando, iniciei a semana em Porto Alegre e em férias.

Estranho, muito estranho.

Como previamente planejado, colocando a casa em ordem (as minhas coisas, que há meses esperam por organização, para ser mais específico). Não consegui terminar. Ainda.

Tento abstrair do mundo do trabalho, mas confesso que estando na cidade é mais difícil.

Mas vou tentando, vou tentando.

Até.

domingo, dezembro 18, 2011

sexta-feira, dezembro 16, 2011

quinta-feira, dezembro 08, 2011

Start spreading the news

I'm leaving today
I want to be a part of it
New York, New York

These vagabond shoes
Are longing to stray
Right through the very heart of it
New York, New York

I wanna wake up in a city
That doesn't sleep
And find I'm king of the hill
Top of the heap

These little town blues
Are melting a way
I'll make a brand-new start of it
In old New York

If I can make it there
I'll make it anywhere
It's up to you
New York, New York

New York, New York
I want to wake up
In a city that never sleeps
And find I'm a number one, top of the list
King of the hill, a number one

These little town blues
Are melting a way
I'm gonna make a brand-new start of it
In old New York

And... if I can make it there
I'm gonna make it anywhere
It's up to you
New York, New York


(“New York, New York” – Ebb-Kander)

Vamos dar um pulinho até ali e já voltamos.

Mas não se assustem, mando notícias (e fotos) direto de lá.

Até.

quarta-feira, dezembro 07, 2011

Músicas que marcaram (25)



Um clássico. Assistido na sessão da meia-noite no cine ABC, em Porto Alegre, e volta para casa a pé, na chuva...


segunda-feira, dezembro 05, 2011

Músicas que marcaram (24)



Whatever gets you through the night
it's alright, it's alright
It's your money or your life
it's alright, it's alright
Don't need a sword to cut thru flowers
oh no, oh no
 
Whatever gets you thru your life
it's alright, it's alright
Do it wrong or do it right
it's alright, it's alright
Don't need a watch to waste your time
oh no, oh no

domingo, dezembro 04, 2011

Muito tenso

A tarde futebolística foi muito tensa.

Mas terminou bem...

Me sinto um pouco mais perto das férias.

Quase lá, quase lá...

Até.

sábado, dezembro 03, 2011

sexta-feira, dezembro 02, 2011

Músicas que marcaram (23)



I'm just sitting here watching the wheels go round and round
I really love to watch them roll
No longer riding on the merry-go-round
I just had to let it go

quinta-feira, dezembro 01, 2011

Músicas que marcaram (22)





Our life together is so precious together
We have grown, we have grown
Although our love is still special
Let's take a chance and fly away somewhere


quarta-feira, novembro 30, 2011

Falta pouco

Exatamente uma semana, para ser mais exato.

Falta muito a fazer e a energia é pouca.

Remando, remando, remando.

Quase lá.

Férias.

Até.

sábado, novembro 26, 2011

Sábado (e o momento solene)

IMG_1314
Transmissão do cargo de Presidente da Sociedade de Pneumologia e Tisiologia do RS
Gestão 2012/2013
Porto Alegre, 24/11/2011

sexta-feira, novembro 25, 2011

Músicas que marcaram (19)



Ainda a fase italiana.

Ma tu
Tu fuggirai 
E nella note ti perderai
E sola, sola
Sola nel buio
Mi chiamerai

quarta-feira, novembro 23, 2011

Músicas que marcaram (17)



O início da fase de música italiana (da qual sou fã, e falo das antigas e bregas...)
Essa é MUITO brega (como o vídeo) mas é das que gosto muito.

Muito mais depois que era a música que eu não parava de lembrar quando, em Roma, me despedi da Jacque e embarquei num trem na Stazione Termini rumo ao aereporto para voltar ao Canadá, enquanto ela voltaria para o Brasil. Isso em 2005.

segunda-feira, novembro 21, 2011

domingo, novembro 20, 2011

A Sopa 11/08


Aqui em casa já é Natal.

Assim como nos shopping centers, supermercados e lojas em geral, o Natal já chegou aqui na nossa casa. A decoração foi “inaugurada” na última quinta-feira, sob o olha fascinado da Marina. Eu poderia argumentar que tudo isso é por causa dela, mas não seria uma verdade completa.
 
Nós curtimos o clima (decoração, músicas, etc.) de Natal.

Claro que o fato de estarmos com toda decoração natalina pronta aqui em casa é, sim, por insistência da Marina. Explico. Na quinta-feira, decididos a renovar os enfeites natalinos, fomos olhar e acabamos comprando tudo, inclusive uma grande árvore de mais de dois metros de altura, o que nos causou uma grande dificuldade para colocá-la, mesmo desmontada, dentro carro. A Marina, quando viu o pacote e contamos o que era, insistiu até que decidimos montá-la, ao som de um CD de músicas de Natal do Bing Crosby, comprado há alguns anos numa rua ao lado da Catedral de Notre-Dame em Montreal, numa loja de enfeites de Natal que funciona lá o ano inteiro.

Pois é, o nosso gosto pelo clima de Natal já é antigo, muito antes de termos a Marina, o que é confirmado por uma viagem que fizemos onze anos atrás, justamente atrás do clima que achamos perfeito para o Natal: o inverno. Já contei numa Sopa antiga, e acho que mais de uma vez, mas vai de novo.

Tínhamos o plano, a vontade, então, de passar o Natal na Neve, e “vendemos” a idéia para outros três amigos que foram conosco, numa viagem que fizemos parte juntos e parte em roteiros pouco diferentes. Inicialmente pensamos em passar o Natal de Nova York e o ano novo numa estação de esqui no Canadá (ou vice-versa), mas acabamos decidindo passar o Natal na Itália, nos Alpes, e o ano novo em Paris. Entre um e outro, faríamos o trecho entre o norte da Itália e Paris de carro, em pleno inverno europeu. Em virtude do preço das passagens (na época, saindo cinco dias antes pagaríamos USD 500,00 menos), a viagem foi alongada e ficamos trinta e um dias entre Itália e França. Aliás, foi a última vez que tirei um mês inteiro de férias, há onze anos, o que vou fazer agora, daqui a três semanas.

Chegamos por Roma, onde ficamos os primeiros cinco dias, pegamos o carro e circulamos pela Itália até chegar no dia 23 de dezembro de 2000, ao Hotel Andreas Hofer, em Oberassen (Rasun di Sopra), próximo às cidades de Brunico e Bolzano, no Trentino, norte da Itália, de onde saímos, na manhã de 25 de dezembro, sob uma neve fina, rumo ao Passo de Brenner, travessia dos Alpes, junto à Innsbruck, na Áustria. Rápida passagem pela Alemanha a caminho da França, Paris, onde entramos o século XXI sob chuva e feio junto à Torre Eiffel.

O Natal, assim como a viagem, foi uma experiência inesquecível, como se imagina (nós, pelo menos, imaginávamos) um Natal no inverno. Isso sem falar nas histórias, muitas delas, da viagem por si só.

Lembrei de tudo isso porque aqui em casa, não sei se falei para vocês, já é Natal.  

Até. 

sexta-feira, novembro 04, 2011

Músicas que marcaram (10)

Hoje eu vou sambar na pista, você vai de galeria
Quero que você me assista na mais fina companhia
Se você sentir saudade por favor não dê na vista
Bate palma com vontade, faz de conta que é turista




quarta-feira, novembro 02, 2011

terça-feira, novembro 01, 2011

segunda-feira, outubro 31, 2011

Músicas que marcaram (6)

Agora sem nenhuma ordem, apenas canções significativas. De novo, a primeira de muitas. Vitor Ramil.

domingo, outubro 30, 2011

A Sopa 11/07


Houve um tempo, num passado agora distante, que essa Sopa - que já foi semanal e publicada às segundas-feiras – era dedicada à ficção. Não consegui manter os textos ficcionais por diversas razões e, ao poucos, passei a falar (opinar) sobre assuntos diversos e muito sobre mim. Espero que, em algum momento, eu seja capaz de fazer ficção novamente.

Enquanto isso não ocorre, falemos de um assunto que está nas manchetes de todos os sites de notícias e jornais do Brasil. O Ex-Presidente Lula foi diagnosticado com câncer de laringe, e vai iniciar tratamento. Li as mais variadas manifestações, desde as de apoio (#ForçaLula) até as cretinas, tipo “Campanha para o Lula se tratar no SUS”. Sim, cretinas e hipócritas, e explico adiante.

Como ser humano (e, felizmente, não consigo não sê-lo), fiquei tocado pela notícia de alguém conhecido (não um amigo nem parente, mas um personagem presente em nossas vidas desde, no mínimo, 1989, quando votei nele a primeira vez no segundo turno contra o Collor). Não desejamos um câncer para ninguém. Como médico, é um diagnóstico de uma doença tratável e com possibilidade de cura (não sei se o melhor tratamento não seria o cirúrgico, o que poderia resultar na perda da fala, mas isso é outra história). Como brasileiro, vejo um ex-presidente que teve um papel importante na história do Brasil, quer gostemos dele ou não.

Lamento que muitas pessoas não consigam separar divergências políticas com assuntos muito mais importantes, como saúde e vida. Talvez seja por isso que as coisas estejam assim, mas deixa para lá.

O mais engraçado, aliás, triste, são as manifestações como a campanha para que ele se trate pelo SUS. Vindas, inclusive, por pessoas que conhecem e trabalham no SUS. Eu conheço e trabalho (por enquanto, mas isso é outra história) no SUS, e digo que se querem dar a entender que se tratar pelo SUS é algo ruim, mostram desconhecimento ou má intenção.

Muitas pessoas tratam câncer pelo SUS, e são muito bem tratadas. Aliás, conheço casos de pessoas que – mesmo com convênio, que as deixaram na mão na hora em que precisaram – se trataram pelo SUS e estão muito bem. Dizer que o ex-presidente deveria se tratar pelo SUS como forma de punição é, desculpem a expressão, estupidez. Tratamento da AIDS, câncer os mais variados, tuberculose, tudo se faz bem no SUS.

Que o SUS tem problemas (e rapidez no acesso é o maior deles) todos sabemos. Mas que ele, apesar dos problemas e muito a custo da dedicação (mesmo mal remunerados) dos médicos (a maioria, sempre há os maus profissionais) funciona, todos deveriam saber. E sem nenhum viés político no que digo, por favor.

#
  
Definitivamente, não sou o cara que vai morrer.

Sim, eu sei que um dia, espero que ainda bem distante, é possível que eu venha a encontrar de novo a matungona num descampado, numa manhã de sol, e que dessa vez não vá escapar, pois dizem que é inevitável. Como eu disse, estou ciente dessa possibilidade. O que quis dizer no início dessa Sopa dominical agora com frequência incerta é que saí da frente da fila, já olho para frente e não a vejo (a matungona, a morte) me espreitando.

Ainda esclarecendo, não estava com uma doença e me curei. Melhor, talvez estivesse, mas não importa. Eu me referia a fatores de risco, possibilidades de desfecho.

Meia idade, sedentário, com sobrepeso, estressado.

Eu era uma bomba relógio.

Não sou mais.

O que fiz?

Decidi tomar uma atitude. Marquei férias (há dois anos não tirava) e, exatamente seis meses antes de completar quarenta anos, voltei a praticar atividade física, religiosamente três vezes por semana (o mínimo que gostaria). Fazem poucas semanas, eu sei, não dá para cantar vitória (ainda me considero um sedentário em tratamento), mas foi uma atitude, uma tomada de iniciativa, um vencer a inércia.

O que mudou o meu humor e auto-estima. Para melhor, claro.

Agora penso nas férias, que serão dias de descanso, de leituras (tenho muito o que colocar em dia) de arrumar a casa (em todos os sentidos) e planejar o 2012, que vem cheio de expectativas. Alguns ajustes serão feitos e a rotina sofrerá mudanças em prol da qualidade de vida (assim espero).

Eu gosto muito de anos pares.

Até. 

sábado, outubro 29, 2011

Sábado (e é tempo de livro em Porto Alegre)

DSC_0795
Livraria El Ateneo, em Buenos Aires

Enquanto isso, em Porto Alegre, começa a maior festa literária a céu aberto das Américas...
57ª Feira do Livro de Porto Alegre

quarta-feira, outubro 26, 2011

terça-feira, outubro 25, 2011

Músicas que marcaram (2)

Ainda anos 80 e a primeira - de muitas - da Legião Urbana que foram marcantes. Essa, a mais antiga deles que lembro, tocava no "Mingau" da SAPI (Sociedade de Amigos da Praia do Imbé).

segunda-feira, outubro 24, 2011

Músicas que marcaram (1)

Inicio agora uma série com as músicas que marcaram minha vida ao longo do tempo, pelas mais diferentes razões. Começa, claro, pelos anos 80.

terça-feira, outubro 18, 2011

Manuel Flores va a morir




Manuel Flores va a morir,
eso es moneda corriente;
morir es una costumbre
que sabe tener la gente.

Y sin embargo me duele
decirle adiós a la vida,
esa cosa tan de siempre,
tan dulce y tan conocida.

Miro en el alba mis manos,
miro en las manos las venas;
con estrañeza las miro
como si fueran ajenas.

Vendrán los cuatro balazos
y con los cuatro el olvido;
lo dijo el sabio Merlín:
morir es haber nacido.

¡Cuánto cosa en su camino
estos ojos habrán visto!
Quién sabe lo que verán
después que me juzgue Cristo.

Manuel Flores va a morir,
eso es moneda corriente:
morir es una costumbre
que sabe tener la gente.

domingo, outubro 16, 2011

A Sopa 11/06


Já não sou mais o cara que vai morrer.

Nada a ver com isso, mas estava pensando na “polêmica” que envolve uma piada feita pelo Rafinha Bastos no programa CQC, em que afirmou – em resposta ao comentário de que a cantora Wanessa Camargo continuava “muito bem” ainda que grávida – que “comeria ela e até o bebê”. Piada de gosto duvidoso, ou, menos que isso, um comentário sem graça. Que iria terminar aí, no esquecimento. Uma piada que não funcionou. Ponto.

Mas as partes envolvidas – a cantora, seu marido e o sócio do marido – ficaram revoltadas com o fato e pressionaram a direção da emissora a punir de alguma forma o autor do comentário sob pena de retirarem patrocínio e tal e coisa. E o caso tomou proporções muito maiores que tomaria se tivessem ignorado a história, deixando ela no lugar que merecia, uma piada que não funcionou. Tiro no pé.

Eu, que raramente assisto ao programa, estava assistindo justamente na hora em que o comentário/piada foi feito. Ouvi, achei sem graça (inadequado, se quiserem) e esqueci. Só fui lembrar quando da polêmica. Ou seja, os envolvidos – que agora querem processar o autor do comentário – fizeram questão que todo o Brasil (inclusive eu, agora) comentasse e repercutisse o ocorrido. Tenho certeza que a maioria das pessoas nem teria ouvido falar na história se não fosse esse escândalo bobo que eles criaram.

Eu não teria feito a piada por achar de mau gosto, mas não vejo nada demais nela. E defendo o direito dele de fazê-la (como se alguém precisasse da minha autorização...). Existem coisas muito mais graves que são ditas e feitas na televisão e que passam em branco, sem repercussão. Mas como a piada foi feita com pessoas que tem dinheiro, poder e – na minha opinião – pouca tolerância, fizeram todo esse barulho. E esqueceram um detalhe importante.

Destino de piada fraca é o esquecimento.   

#

Ainda no plano das polêmicas (bobas ou não), um pouco sobre a Copa do Mundo e Porto Alegre.

Estão dizendo por esses dias que Porto Alegre vai ficar fora da disputa da Copa das Confederações de 2013, evento-teste para a Copa do Mundo em 2014, porque - entre razões políticas – o estádio Beira-Rio está com obras atrasadas devido à falta de assinatura do contrato com a empresa Andrade Gutierrez, que vai fazer as obras em troca de exploração de espaços do estádio durante o período de cerca de vinte anos.

Inicialmente, digo que só fui/sou a favor (e, de novo, quem sou eu para ser a favor ou contra?) da Copa no Brasil pelos potenciais investimentos, obras de infra-estrutura e melhorias que as cidades (e falo de Porto Alegre, em especial) terão devido ao evento. De resto, achava que o Brasil tinha e tem coisas muito mais importantes a resolver. De qualquer maneira, noves a fora a roubalheira que está e vai acontecer com o dinheiro público, acho que o resultado vai ser positivo (as melhorias de que falei).

E o caso de Porto Alegre?

Quando o Inter tinha a intenção de fazer as reformas no seu estádio com dinheiro próprio, a FIFA pressionou porque queria garantias bancárias de que o Inter seria capaz de fazer as obras. E acho que o Inter fez bem em decidir associar-se a uma construtora para isso, caso contrário acabaria desviando recursos de sua atividade-fim, o futebol, para as obras e não seria bom. Agora, a FIFA pode tirar a Copa das Confederações de Porto Alegre porque o contrato ainda não foi assinado (apesar de sabermos que essa é uma decisão política, que nada tem a ver com isso, mas alguns por aí – não sei com que intenções – tentam passar essa idéia). Bom, nesse caso, que Porto Alegre fique de fora.

O que não pode é atropelar as coisas e fazer um contrato ruim que possa comprometer o clube por duas décadas. Afinal, o Beira-Rio é um dos poucos estádios da Copa que não vai receber dinheiro público (excetuando-se as isenções fiscais).

É isso.

Até. 

terça-feira, outubro 11, 2011




 
Todos os dias quando acordo
Não tenho mais
O tempo que passou
Mas tenho muito tempo
Temos todo o tempo do mundo...

Todos os dias
Antes de dormir
Lembro e esqueço
Como foi o dia
Sempre em frente
Não temos tempo a perder...

Nosso suor sagrado
É bem mais belo
Que esse sangue amargo
E tão sério
E Selvagem! Selvagem!
Selvagem!...

Veja o sol
Dessa manhã tão cinza
A tempestade que chega
É da cor dos teus olhos
Castanhos...

Então me abraça forte
E diz mais uma vez
Que já estamos
Distantes de tudo
Temos nosso próprio tempo
Temos nosso próprio tempo
Temos nosso próprio tempo...

Não tenho medo do escuro
Mas deixe as luzes
Acesas agora
O que foi escondido
É o que se escondeu
E o que foi prometido
Ninguém prometeu
Nem foi tempo perdido
Somos tão jovens
...

 E lá se vão quinze anos...

Foi cedo demais.

Até.