terça-feira, fevereiro 27, 2007

The Lost Tomb

Atualidades.

Uma das “principais” notícias publicadas nos jornais do mundo e em todos os sites de notícias Internet afora tem a ver com o documentário produzido pelo James Cameron. Vocês sabem, James Cameron, o cara que dirigiu “O Exterminador do Futuro” e sua primeira continuação, “Aliens” e também “Titanic”. Pois é, ele produziu para o Discovery Channel o documentário The Lost Tomb of Jesus, que diz provar que foi encontrado a – como o nome já diz – a tumba de Jesus.


Evidentemente, o assunto está e vai gerar muita discussão, em todos os lugares. Nesse espírito, recomendo a leitura do blog do Scott Adams, o criador do Dilbert. O cara é muito bom. Abaixo, reproduzo um trecho do que ele escreveu sobre o assunto (tradução livre):


“Eu fico imaginando o que os arqueólogos estavam pensando quando encontraram um ossuário com o nome de Jesus nele. Posso imaginar o momento em que removeram a tampa e olharam o que tinha dentro. Se fosse eu, estaria pensando que poderia encontrar um dos seguintes:

1. Nada

2. Material decomposto

3. Jesus sentado e dizendo “Por quê, em nome do Pai, demoraram tanto?”.”

Vale conferir aqui.

Até.

domingo, fevereiro 25, 2007

A Sopa 06/32

A era da informação.

Nos dias de hoje, a despeito de todos os progressos e conforto, traz alguns problemas talvez insolúveis. O raciocínio é simples, é muito informação com a qual temos que lidar diariamente e, de certa maneira, tomar posição, ter opinião.

Basta abrir um jornal de qualquer dia, aleatoriamente, e está lá um assunto que – invariavelmente – é complicado demais para se chegar a uma conclusão ou tomar partido rapidamente. Podemos pensar que sempre foi assim, nenhum assunto é simples demais para rápidas tomadas de posição, a verdade sempre tem várias faces, melhor, vários lados, e cada um quer fazer prevalecer a sua verdade. E é assim mesmo, nada na vida é tão simples, nem mesmo o sagu, e nunca foi fácil lidar com isso.

A grande diferença é que, há cinqüenta, cem, quinhentos e até mil anos atrás, por não ter acesso ao que acontecia no resto do mundo – pela falta de meios de comunicação, de transporte, e até de conhecimento – as pessoas tinham que lidar com poucos assuntos, e mesmos esses pareciam mais simples. Além disso, boa parte das vezes, era Deus (a Igreja, no caso) quem determinava o que se deveria pensar e de que forma agir. Quem estava com Deus (com a Igreja) estava bem, e os outros que ardessem no fogo do inferno ou nas fogueiras da inquisição. Era só andar na linha determinada que tudo ficaria bem. Ou não, mas isso é outra história, o ponto aqui é que hoje a coisa é bem mais complicada. Somos bombardeados por uma quantidade impressionante de informações e temos que processá-las rapidamente para podermos nos posicionar perante o mundo.

Pode-se argumentar que não é preciso saber ou ter opinião sobre tudo. Mais, que não é possível saber sobre tudo. Basta saber sobre o que acontece na aldeia em que se vive, o resto não é tão importante, não é fundamental. O que importa saber é que, e está aí o ponto em que quero chegar: esse é uma das maiores fontes de estresse do mundo atual, e a Internet só faz aumentar a situação, porque temos acesso a informações do mundo, em tempo real.

Não sei vocês, mas eu me sinto obrigado a ler, ver e ouvir notícias para saber o que se passa à minha volta. Não conseguiria viver alienado disso. Mais, sinto que tenho que me posicionar e me preocupo a respeito de tudo. Isso me torna menos feliz? Pelo contrário, talvez por isso mesmo eu valorize mais as coisas que tenho e as pessoas com quem convivo.

Não sei, mas é uma forma de ver as coisas.

Até.

quarta-feira, fevereiro 21, 2007

terça-feira, fevereiro 20, 2007

Fotografia (13)

Céu de estrelas
Céu do sul do mundo, à noite

Imbé/RS , Brazil

(clique na foto para ver o detalhe das estrelas)

Até.

domingo, fevereiro 18, 2007

A Sopa 06/31

Carnavalescas.

Nem todas as histórias de carnaval acontecem no carnaval. Vocês sabem, o carnaval – muito mais que uma festa numa data do calendário – é praticamente um estado de espírito. Assim, de tempos em tempos, somos informados a respeito de acontecimentos que definitivamente são carnavalescos, independente da época do ano.

Como o bando de assaltantes que invadiu uma agência bancária para roubar um caixa eletrônico – tipo de delito que só consigo imaginar no Brasil – com pequeno guindaste e um caminhão para transportá-lo e o que eles acabaram levando era um terminal que só fornecia extratos! Aconteceu no mês de janeiro, mas todos sabemos que é um evento que deveria acontecer no carnaval.

Ou então uma evento trágico, mas que – no fundo – é carnavalesco. No interior de São Paulo, quatro jovens foram atropelados por um trem. Chocante, horrível, concordo. Detalhe: enquanto dormiam. Parece que os amigos estavam dormindo nos trilhos do trem. Dormindo! Cá entre nós: quem é que dorme nos trilhos do trem? Só posso imaginar num carnaval, e mesmo assim fazendo um esforço…

Essa última história, que não chegou aos noticiários por extremamente pessoal, aconteceu ontem com esse que vos escreve. Estava eu a tomar café na manhã do sábado de carnaval, lendo o jornal de ontem com as notícias de anteontem, quando escuto um forte ruído de algo batendo e, segundos após, ouço o barulho de algo batendo numa superfície metálica. Olho para a janela da cozinha, que está semi-aberta e com a cortina balançando, e dou por falta da cuia de chimarrão. Ato contínuo, vou à sacada para descobrir a mesma – com o suporte metálico que a sustentava de pé – caídos sobre o teto de zinco do vizinho do 2º andar (moro no 7º).

A minha cuia de chimarrão “atirou-se” de dentro da cozinha para o vazio, e cometeu o suicídio, concluo. Ou foi um tornado que a levou para Oz. Sinto que devo chamá-la postumamente de Dorothy.

Só no carnaval, só no carnaval…

#

Sinais.

Meses atrás, tive uma visão e decidi que tinha uma missão a partir de agora: o meu desafio era chegar ao fim do mundo. Ushuaia, o extremo meridional do mundo, o sul do sul. De Kombi.

Até há bem pouco, aqueles a quem eu contava essa história riam meio de lado, céticos. Davam de ombros, imaginando que era mais um delírio da minha mente megalomaníaca. Em silêncio, humilde, aceitava tudo sabendo que eles não sabiam o que diziam, e esperando um sinal. Até essa semana.

Entramos, a Jacque e eu, numa livraria e demos de cara com o livro “Fé em Deus e Pé na Tábua – Decobrindo a Essência da Vida em uma Kombi”. Estava ali. O sinal.

Agora sei que estou certo.

Até.

terça-feira, fevereiro 13, 2007

Comentando

Um comentário.

Recebi hoje um comentário a respeito da Sopa de domingo, em que eu falava “…da boa estadia, e do ócio. Porém, penso sempre na condição humana…”. Dizia o Anônimo (pois esqueceu de se identificar) que ‘"Estadia" é de navio no porto. Corrige lá. Pra pessoa é "estada"’. Puxa vida, pensei, me enganei. Tudo tranqüilo, vou corrigir. Mas…

Antes de fazer a alteração, resolvi pesquisar a respeito do assunto. Vejam o que encontrei (Fonte):

Estadia e Estada

"A palavra correta é estada ou estadia quando você quer dizer a permanência em um hotel ou outro lugar?"

Tanto faz. Já se foi o tempo em que era rigorosa a distinção entre os dois termos: estadia era só para navio, estada para os demais casos. Mas, até por uma questão de eufonia, passou-se a usar estadia para qualquer tipo de permanência, de carro em estacionamento a pessoa em hotel. Finalmente, eis que o dicionário Houaiss avaliza o uso corrente:

Estada é o ato de estar, de permanecer em algum lugar:

* Durante a sua estada no poder, o Presidente fez várias viagens ao exterior.
* Sua estada na ilha foi gratificante, disse ele.
* Consideramos nossa estada na Inglaterra muito proveitosa em termos culturais.

Estadia significa "permanência, estada por tempo determinado"; ou período de tempo autorizado de um navio mercante num porto, o mesmo que estalia. Exemplos:

* Um dos momentos mais emocionantes da estadia do cantor em Baltimore foi quando ele viu o vídeo de um show que Leonardo fez sozinho em Santa Catarina.
* A Secretaria a Saúde vai custear sua estadia em Curitiba durante o curso.
* A estadia no campo deixou o pessoal mais relaxado.

Afinal de contas, eu estava certo, da mesma forma que o Anônimo.

Agradeço o toque e a leitura atenta desse tão pouco visitado blog.

Abraço.

Até.

segunda-feira, fevereiro 12, 2007

Fotografia (11)

Henrique & Camilla

Henrique & Camilla


O simpático casal da foto são meus GRANDES amigos que moram em Toronto. Junto com o Rafael e a Monique, tivemos (e teremos) grandes e boas histórias. Ontem, por sinal, foi aniversário do Henrique. Fica aqui, então, uma pequena homenagem pela data.

Saudades dos amigos.

Até.

domingo, fevereiro 11, 2007

A Sopa 06/30

Tenho pensado muito na condição humana.


Minto, não tenho feito muito isso ultimamente. Quando falo ultimamente, me refiro ao final de semana que passou, no qual me dediquei principalmente aos prazeres da boa mesa, da boa estadia, e do ócio.Porém, penso sempre na condição humana, como iniciei falando. Chame isso de filosofar, se quiser, e saiba que essa é uma condição vital para mim. Penso, logo existo. A vida que não é pensada não é vivida. Essa aparente contradição já foi motivo de uma certa ponta de arrependimento uma vez. Algo como “se eu não tivesse ficado teorizando tanto e aproveitado mais, teria sido melhor”. Pensamento superficial por simplista demais. A teoria é perfeitamente possível junto com a ação. A ação é melhor com a teoria. São condições paralelas não excludentes. Levei tempo para entender isso, e mais algum até conseguir praticar.


O que nos mantém vivos – e aí procuro diferenciar viver de sobreviver – é o pensamento. Sobreviver é algo fisiológico. Comemos, dormimos, nos reproduzimos, e excretamos. Qualquer um faz isso, basta que nosso coração bata, que tenhamos oxigênio para transformar em energia e possamos mandar o gás carbônico embora. Viver, meu amigo, não é para qualquer um. Pegar ônibus todo dia ou andar num Jaguar, ser pedreiro ou diretor de criação de alguma agência de publicidade, ser rico ou jogar toda semana na sena para tentar sair da vila, morar em Pântano Grande ou Paris, nada disso é viver. Não passa de sobreviver, com mais ou menos conforto.


Para viver de verdade, é preciso pensar sobre a vida, algo que parece estar em falta nos nossos dias.

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Sentado em um banco, sábado à tarde, em um shopping center de Porto Alegre, fiquei um tempo observando as pessoas que passavam. Magras, gordas, bem vestidas, mal vestidas, senhoras se vestindo como menininhas e meninas se vestindo como mulheres mais velhos, a variedade de tipos que circulam pelas ruas do mundo é impressionante. Não que um centro de compras de uma capital de estado do sul do mundo seja representativa do que acontece em todos os lugares, ainda mais num sábado de verão à tarde onde a maior parte dos gaúchos está no litoral.

De qualquer maneira, olhando os transeuntes e suas peculiaridades físicas, tive uma luz: somos uma espécie que não deu certo. Somos um erro da evolução.

Só assim para explicar os casos de violência que têm dominado os noticiários nos últimos dias...

Até .

quarta-feira, fevereiro 07, 2007

domingo, fevereiro 04, 2007

A Sopa 06/29

O nariz.

Todo mundo tem nariz, isso é óbvio. Excluindo-se – certamente – aqueles que tiveram o seu retirado (ou tenha caído) por alguma razão. Razões para se extirpar um nariz, não deve haver muitas fora do âmbito médico. Não consigo imaginar nenhuma, aliás. Quanto a modificá-lo, bom, aí é outra história.

O importante, no caso, é que o nariz – mesmo o da Julia Roberts – é uma estrutura feia. Isole o nariz do conjunto do corpo e teremos uma estrutura formada de osso e cartilagem que forma dois orifícios com pêlos que podem até avançar para fora de sua cavidade e formar um quadro repugnante. Deixemos de lado as funções do nariz (filtrar, aquecer e umidificar o ar) e, olhando só pela estética, é um desastre. Certo, você pode argumentar que no conjunto de um corpo ele fica bem, que ele joga pelo time, etc, e eu posso até concordar com esse argumento. Só que sou obrigado a questionar: e a celulite?

O que a celulite tem a ver com o nariz? Distância, no máximo, mas digo que a celulite é uma injustiçada. Todo mundo tem celulite, assim como tem nariz. Ela é parte integrante do corpo humano, mas ninguém (nesse caso ninguém significa todas as mulheres do mundo) aceita este fato naturalmente. Escondem o fato, dizem que foi a coca-cola, compram cremes para eliminá-las, etc. Já viu alguém comprar creme para eliminar o nariz? Claro que não.

E a imprensa colabora com isso, especificamente as revistas masculinas. Já viu uma celulite na Playboy? Não, com certeza. Tudo modificado por computador, o que todos sabem. As modelos? Nunca aparecem tão perto para que possamos conferir. Vivemos uma grande farsa. Lutamos contra algo que todos têm, que é da natureza. Qual Don Quixotes delirantes, lutamos contra moinhos de vento, sem saber que, pelas nossas barrigas, estamos mais para Sanchos Panças.

Voltemos nossas energias para outra causa, como a criação de espaços cercados e protegidos para que as baleias que circulam pelas areias dos litorais do mundo possam ficar sem causar danos ao visual do ambiente marinho.

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Histórias de Todos os Verões (1)

Eu NUNCA vou para a praia sem passar protetor solar, no mínimo FPS 30.

Eu SEMPRE esqueço de passar o protetor em alguma parte do meu corpo, o que só descubro na volta, quando noto a vermelhidão e arde a porção esquecida.

Boca aberta, sim, irresponsável, nunca.

Até.