Dois mil e sete está logo ali, dobrando a esquina.
Pouco mais de sete horas nos separam – aqui no sul do mundo, a oeste de Greenwich, 51°13’48’’ – do novo ano que chega e, junto a ele, as mais diferentes expectativas e aspirações. Para cada um de nós, há um conjunto de planos e esperanças que nos é único, por mais que, em linhas gerais, desejemos todos a mesma lista básica de benesses, dinheiro no bolso, saúde para dar e vender, felicidade, etc. Que todos alcancemos nossos desejos num plano geral e nos nossos planos próprios, que são os que mais nos afligem – quando distantes, difíceis – e que nos satisfazem, quando conquistados.
Habitualmente, mas que já não consigo ou tenho ânimo para fazer, eu fazia a minha própria retrospectiva do ano que passou e obviamente planejava o futuro próximo, sabendo que o que planejamos normalmente não ocorre da forma que imaginávamos, o que quase sempre é uma coisa positiva. Já não faço mais, talvez pela avalanche de acontecimentos que têm caracterizado a (minha) vida, que faz com que eu não consiga parar e recuperar em detalhes e reflexões o que se passou. Acho que se fosse retomar de onde parei, teria que começar a minha análise lá por 1986...
Não estou falando sério, claro, mas para ser totalmente honesto, teria que falar de 2002 para cá, o que faria o texto ficar longo, longo, eu passaria a virada (em 6h59) sentado em frente ao computador escrevendo. Não vou fazê-lo, não insistam...
Até porque essa é a idéia, para contar como foi o ano – de novo, o que falo aqui é da perspectiva totalmente pessoal – teria que explicar o contexto dos fatos, que nos faria retroceder até o início dos anos dois mil. Antes disso, para ser bem exato: desde que nasci. Tudo o que vem acontecendo, como sempre foi e sempre será, é um continuum, uma seqüência de eventos e histórias que se inter-relacionam, se sobrepõe, e continuam. Assim é a vida.
Houve um tempo em que eu conseguia, mesmo que sem nenhuma utilidade prática e apenas com objetivo de me situar na minha história, dividi-la em períodos. Agora não mais. Até porque sou o mesmo em evolução, em constante metamorfose.
Dois mil e seis foi marcado por mais um recomeço, de volta para casa, novo trabalho (sob certo prisma), novas atribuições. Desafios, evidentemente, e esses são sempre bem recebidos. Sem falar que 2006 foi um ano de duas primaveras, e isso só pode ser bom.
Feliz 2007 a todos.
Até ano que vem.
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