Crônicas e depoimentos sobre a vida em geral. Antes o exílio; depois, a espera. Agora, o encantamento. A vida, afinal de contas, não é muito mais do que estórias para contar.
sábado, julho 30, 2011
segunda-feira, julho 25, 2011
Pensamentos de Segunda-Feira
Amy Winehouse
Talvez seja um defeito meu, mas - apesar de reconhecer o talento imenso e a voz poderosa dela - nunca consegui prestar muita atenção ao seu som por causa da sua figura de aspecto (na minha opinião) progressivamente lamentável. Olhar para ela não era uma experiência esteticamente agradável. O mesmo ocorre com a Lady Gaga: não posso dizer que gosto ou não da música que ela produz porque a sua figura não me permite assisti-la. Não julgo comportamento, opção sexual, religião, ou qualquer outra coisa. Nunca julguei, o que me interessa é a música.
Mas no caso delas admito que o visual atrapalhou (e atrapalha) meu julgamento.
PS - deprimentes as "homenagens" feitas a ela na televisão brasileira...
Futebol
O Inter joga amanhã em Munique contra o Barcelona. Vou assistir, claro.
No meio de toda a confusão relacionada à queda do Falcão como técnico do Inter, muito se falou que o Ex-Presidente Fernando Carvalho nunca o quis como técnico, e que com a queda ia voltar ao clube, e que estrava sempre sabendo do que acontecia no vestiário, etc. Fico me perguntando: qualquer coisa que aconteça de diferente no clube tem que chamar o Fernando Carvalho? É só ele que entende de futebol no Inter? Ninguém nunca vai tirar o mérito do seu trabalho no Inter, nas principais conquistas dos últimos dez anos, de ter tornado o Inter o maior vencedor da década na América, mas não está na hora de seguir adiante? De renovar?
Sei lá, apenas reflexões de segunda-feira...
Até.
Talvez seja um defeito meu, mas - apesar de reconhecer o talento imenso e a voz poderosa dela - nunca consegui prestar muita atenção ao seu som por causa da sua figura de aspecto (na minha opinião) progressivamente lamentável. Olhar para ela não era uma experiência esteticamente agradável. O mesmo ocorre com a Lady Gaga: não posso dizer que gosto ou não da música que ela produz porque a sua figura não me permite assisti-la. Não julgo comportamento, opção sexual, religião, ou qualquer outra coisa. Nunca julguei, o que me interessa é a música.
Mas no caso delas admito que o visual atrapalhou (e atrapalha) meu julgamento.
PS - deprimentes as "homenagens" feitas a ela na televisão brasileira...
Futebol
O Inter joga amanhã em Munique contra o Barcelona. Vou assistir, claro.
No meio de toda a confusão relacionada à queda do Falcão como técnico do Inter, muito se falou que o Ex-Presidente Fernando Carvalho nunca o quis como técnico, e que com a queda ia voltar ao clube, e que estrava sempre sabendo do que acontecia no vestiário, etc. Fico me perguntando: qualquer coisa que aconteça de diferente no clube tem que chamar o Fernando Carvalho? É só ele que entende de futebol no Inter? Ninguém nunca vai tirar o mérito do seu trabalho no Inter, nas principais conquistas dos últimos dez anos, de ter tornado o Inter o maior vencedor da década na América, mas não está na hora de seguir adiante? De renovar?
Sei lá, apenas reflexões de segunda-feira...
Até.
sábado, julho 23, 2011
quinta-feira, julho 21, 2011
A Quinta-feira
Os dias da semana têm sua própria personalidade, que é única para cada pessoa. Seu significado difere assim como são diferentes as vidas de todos nós. Pensando bem, os dias são assim como a vida: os vemos e a vivemos a partir de nosso próprio ponto de vista, que é fruto de experiência do passado, influencia o presente, que vai moldar o futuro e assim por diante, e sempre e de volta. Mas falava dos dias, e volto para não me perder.
O sábado de manhã é o melhor momento da semana, e deveria ser sempre de sol e deveríamos ser obrigados a passar num parque. Nos sábados de manhã seria sempre primavera. As férias são quando todos os dias são sábados de manhã. Por outro lado, o melhor dia da semana é a quarta-feira: pois ontem era recém terça e amanhã já será quinta-feira... Pensamentos soltos, apenas pensamentos soltos.
Acontece que, de uns tempos para cá, quase sem querer, percebi que a minha semana é como escalar uma montanha. Começa na segunda-feira a partir da base, subida não tão íngreme, mas constante. A terça-feira é puro esforço para cima. A quarta-feira é um esforço final até o começo da noite, quando atinjo o topo. É ali que posso parar um pouco, e relaxar. Algumas vezes abrimos um vinho tinto, noutras faço uma caipirinha para celebrar ter chegado até ali. E tem ainda aquelas vezes em que só preciso sentar quieto, em silêncio.
A quinta e a sexta-feira são ainda de esforço, mas é de volta à base da montanha imaginária que voltarei a escalar na semana seguinte, depois do descanso do final de semana. Tenho o prazer de uma ou duas vezes por mês almoçar na sexta-feira com o velho e bom amigo de mais de vinte anos Márcio, momento em que podemos conversar – apesar do tempo contado para voltar a trabalhar – tranquilamente. E mesmo que a sexta-feira de trabalho eventualmente vá até às sete e meia da noite, os objetivos da semana já foram alcançados e o sábado de manhã (e a primavera, e o sol, mesmo que imaginários) estão bem próximos.
E a quinta-feira?
Por enquanto, e não sei por quanto tempo, é o dia mais tranqüilo da semana de trabalho.
Vez que outra, até dá para chegar mais cedo em casa, fazer chimarrão e deixar o frio e a chuva lá fora...
Até.
sábado, julho 16, 2011
sábado, julho 09, 2011
sábado, julho 02, 2011
sexta-feira, julho 01, 2011
Brasil, Cinco Anos
Há cinco anos, voltei.
Após morar por dois anos em Toronto, Canadá, fazendo pós-doutorado na University of Toronto (trabalhando no Asthma Centre do Toronto Western Hospital), e mesmo com a possibilidade de estender o fellow por mais um ou dois anos, decidi voltar. Por várias razões. A principal delas é que a Jacque havia ficado no Brasil, e casamento a distância não tem como dar certo por tanto tempo...
Quando decidi que tinha de ir, muito tempo antes de efetivamente embarcar para o Canadá, e talvez até por isso, não tinha aqui perspectivas profissionais promissoras. Havia o consultório, os plantões, e um recorrente pensamento de que devia estar fazendo outra coisa, sei lá, cinema. Foi um salto no escuro, digamos assim: fui sem saber o que esperar de estada lá e sem ter um plano para a volta.
Deu tudo certo, no final das contas.
Cinco anos depois, olhando em perspectiva, só posso confirmar que eu estava certo na única coisa que eu sabia antes de partir: que seria uma experiência fantástica, essa de morar fora do Brasil, conhecer outra cultura, aprender – modo de dizer - a viver sozinho, construir uma vida a partir do zero num local onde não conhecesse ninguém. Cresci muito nesse período, profissional e pessoalmente, o que determinou tudo o que aconteceu na vida desde a minha volta.
As portas que se abriram, e também aquelas que eu abri nesse período, ainda são resultado do que fiz e vivi nesse período que se encerrou há exatos cinco anos, quando voltei ao Brasil para recomeçar as coisas por aqui.
Como já disse, valeu.
Até.
Após morar por dois anos em Toronto, Canadá, fazendo pós-doutorado na University of Toronto (trabalhando no Asthma Centre do Toronto Western Hospital), e mesmo com a possibilidade de estender o fellow por mais um ou dois anos, decidi voltar. Por várias razões. A principal delas é que a Jacque havia ficado no Brasil, e casamento a distância não tem como dar certo por tanto tempo...
Quando decidi que tinha de ir, muito tempo antes de efetivamente embarcar para o Canadá, e talvez até por isso, não tinha aqui perspectivas profissionais promissoras. Havia o consultório, os plantões, e um recorrente pensamento de que devia estar fazendo outra coisa, sei lá, cinema. Foi um salto no escuro, digamos assim: fui sem saber o que esperar de estada lá e sem ter um plano para a volta.
Deu tudo certo, no final das contas.
Cinco anos depois, olhando em perspectiva, só posso confirmar que eu estava certo na única coisa que eu sabia antes de partir: que seria uma experiência fantástica, essa de morar fora do Brasil, conhecer outra cultura, aprender – modo de dizer - a viver sozinho, construir uma vida a partir do zero num local onde não conhecesse ninguém. Cresci muito nesse período, profissional e pessoalmente, o que determinou tudo o que aconteceu na vida desde a minha volta.
As portas que se abriram, e também aquelas que eu abri nesse período, ainda são resultado do que fiz e vivi nesse período que se encerrou há exatos cinco anos, quando voltei ao Brasil para recomeçar as coisas por aqui.
Como já disse, valeu.
Até.
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