quarta-feira, setembro 12, 2012

Ônus

Confesso que vou dormir melhor essa noite.

Sim, eu - que durmo sempre muito bem - tive uma noite difícil ontem. Por conta de uma decisão tomada por todo um grupo, cabia (coube) a mim - como representante desse grupo - comunicar aos envolvidos em uma situação que não seria mais da forma estavam esperando/contando. O ônus de ser o representante era esse: falar, explicar e ouvir os prováveis descontentamentos que essa decisão causaria.

Dormi com uma sensação de mal estar, sonhei com a situação, e acordei como o condenado no corredor da morte (um pouco de drama, admito), esperando o inevitável, o inexorável.

Que não veio.

Faltou luz, a corda arrebentou, ou os tiros eram de festim, não importa. Não foi o fim de mundo que eu imaginei que poderia ser. Aliás, foi tranquilo.

Por que os meus argumentos (embasados e suportados pelo grupo) eram irrefutáveis, e porque era a decisão mais correta.

Fiz (fizemos) o que tinha de ser feito.

Durmo tranquilo.

De novo e até o próximo obstáculo a ser transposto.

Até.

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