domingo, abril 10, 2011

A semana

Domingo passado, antecipava uma semana corrida por várias razões.

Aliás, corridas são todas as semanas, a vida tem sido corrida – não me queixo – e ainda não solucionei a equação que vai me levar a praticar exercícios regularmente em meio à atual rotina. Mas a semana seria diferente porque na terça-feira, dia cinco, era meu aniversário e reuniríamos a família para jantar. Quem estava na maior expectativa era mesmo a Marina, tanto que até “comemoramos” o aniversário na segunda à noite com bolo feito por ela e pela Jacque, e “Parabéns a Você”, até porque nas terças-feiras saio de caso antes das seis da manhã e as meninas ainda dormem.

Porém...

Quase tudo mudou durante o almoço de segunda junto com a Jacque. Almoçamos – como sempre fazemos às segundas-feiras – num shopping e, enquanto aguardávamos o café, fui verificar meus e-mails no smartphone e descobri que ganhara – por ser diretor da Sociedade de Pneumologia do Rio Grande do Sul – a estadia e a inscrição para o Congresso de Pneumologia da Região Sul, que ocorreria entre quinta e sábado em Santa Catarina. Só precisava ir até lá. Após almoçar, fui direto para o Centro de Saúde em que trabalho para confirmar que eu iria ao Congresso (havia solicitado dispensa e, como achei que não iria, liberara minha agenda uma semana antes). A partir daí, uma questão.

Como ir até lá.

Sabia que comprar passagem aérea com antecedência mínima custaria bem mais do que gostaria de gastar, o que se confirmou quando fui cotar os preços de passagens. Cogitei ir de carro, mas a distância – 1000 km ida e volta –, o preço da gasolina e o fato de viajar sozinho, me desencorajaram. Algo contrariado, confirmei a compra da passagem.

O dia seguinte, do aniversário, foi bem legal.

Acordei cedo, bem disposto, e às seis da manhã já estava na estrada.

O dia de aula na Universidade foi bem bom, e a volta tranqüila. Peguei as meninas, Marina na escola e Jacque no hospital, e fomos para casa nos arrumar para o jantar com a família e mais os amigos Pedro e Maria José, que já fazem parte da família. Aproveitei, antes de sair, para arrumar a minha mala para a viagem para o congresso.

A quarta-feira, mais que os outros dias, e como sempre, foi uma loucura.

Largar a Marina na escola, ir até o hospital levar a Jacque e ainda passar na associação dos médicos (de que sou tesoureiro) para assinar documentos (já que estaria viajando até o final da semana) e seguir para a Santa Casa, aonde cheguei às 9h10, já atrasado para ver dois pacientes, fazer três exames, acompanhar outro (do qual sou orientador) tudo isso antes do meio-dia, hora da reunião semanal, que vai até às 13h. Por volta de 13h15 saí de lá, parei num posto de gasolina para comer um croissant e tomar um café antes de ir para o Centro de Saúde, atividade da tarde.

Com a agenda reduzida pela viagem do final da tarde, atendi os pacientes e fui direto para casa, onde terminei de organizar as coisas e logo saí, aguardando o táxi que deveria estar esperando (chamara por telefone). Não chegou, e depois de 15 minutos de espera, fui para a rua próxima e com um grito de “hei, táxi”, ouvido pelo motorista que passava do outro lado, peguei o taxi que correu para o aeroporto (e quis me cobrar a mais por ter “corrido”).

Cheguei bem em tempo.

Despachei a mala – já havia feito o check in online – e fui fazer um lanche antes do embarque, onde encontrei vários colegas que estavam indo para o congresso. Já sem a pressão do tempo, pude enfim relaxar. O vôo Porto Alegre – Florianópolis dura cerca de quarenta e cinco minutos, e leva menos tempo que a van que nos levou do aeroporto ao hotel do evento, o resort Costão do Santinho, onde fiquei até sábado de manhã.

O congresso, do ponto de vista científico, foi muito bom, mas melhor ainda foi a oportunidade de estar em um mesmo ambiente com colegas e amigos que normalmente não temos tempo de encontrar, quanto mais conversar com calma. Valeu para reencontrar amigos que há muito não via, e poder colocar as conversas em dia, contar histórias, ouvir outras.

A sexta-feira, de sol e temperaturas elevadas, até proporcionou um banho de mar (água cristalina e gelada) e parte da tarde – antes do frio e da chuva – batendo papo na piscina.

Valeu, valeu.

Amanhã começa tudo de novo.

Até.

Nenhum comentário: