quarta-feira, dezembro 30, 2015

Retrospectivas

Final de ano.

Termina com calor, ao menos por aqui - sul do mundo, capital da Província de São Pedro, não muito longe do centro da cidade, sétimo andar - o ano de 2015. Seria a hora de pensar o ano que passou e imaginar/planejar o que começa na sexta-feira. Antes de tudo, uma pergunta.

Alguém, além da TV e dos jornais, ainda faz retrospectiva do ano que termina?

Quero dizer retrospectiva pessoal, aquilo de sentar e pensar o que planejou versus o que realizou no ano. Tudo se realizou no ano que nasceu em primeiro de janeiro passado ou foi apenas a música? Dinheiro no bolso, saúde para dar e vender, essas coisas?

Tenho a sensação de que não há mais tempo para parar e pensar. E falo por mim também, a vida eletrônica e online consome um tempo que não temos, roubando de nós algo que não é mais nosso. Corre-se muito e pensa-se pouco. Além disso, quando outros dependem de nós e quando aquilo que não depende de nós muda a todo momento, torna-se ainda mais difícil planejar. Paciência.

Foi um ano bom, por incrível que pareça.

O mundo à volta enlouquecido, o Brasil ladeira abaixo rumo à Venezuela, Rio Grande do Sul falido, Porto Alegre terra de ninguém, violência, loucura geral, às vezes uma vontade louca de largar tudo e fugir para o norte do mundo, mas - apesar de tudo isso - foi um bom ano. Falo de mim, claro.

Não fiz tudo o que havia me proposto na última virada de ano. Adiei alguns projetos um pouco mais para frente, reformulei algumas rotinas, aumentei a atenção sobre outras, e o resultado foi positivo. Termino o ano com a sensação do dever cumprido.

Mais importante de tudo, disparado, foi ver a minha filha crescer saudável e amorosa num ambiente de harmonia e tranquilidade. Saber que ela tem uma família que está junto a ela sempre, que participa, e que faz com que ela seja uma menina doce e para a qual não tem tempo ruim: se adapta onde vai e as coisas sempre estão correndo bem. É minha maior fonte de paz e felicidade: a família.

E os amigos, claro.

O importante na vida são as relações que temos.

Não posso me queixar, então.

Bom 2016 para nós.

Até.  

Nenhum comentário: