O Analista de Bagé, clássico personagem do grande Luís Fernando Veríssimo, recebia seus pacientes na porta do consultório com um joelhaço "nas partes". Depois, quando o vivente se queixava da esposa, da sogra, do trabalho, da vida em geral, e dizia sentir uma angústia muito forte, ele perguntava (numa versão livre):
- É "das brabas" mesmo?
- Horrível?
- Mesmo?
- É pior que tudo na vida.
- Pior que perder Grenal?
- Muito pior.
- Pior que unha encravada?
- Nem se compara.
- Pior que o joelhaço?
- Bom...
Tudo o que ele fazia era proporcionar ao paciente uma perspectiva diferente da situação, ver a vida sob outro prisma, mudar o foco das coisas.
É como quando o teu filho(a) de pouco mais de um mês de vida pega um resfriado.
O nariz entope, o corpo dói, tosse e tosse.
Ele(a) ainda não sabe assoar o nariz, aliás, mal sabe que tem nariz, então reage da única forma que sabe: chorando, às vezes de raiva, outras de dor. O que muda é a intensidade e a forma de chorar. O que se faz, então, é mudar a perspectiva das coisas.
Existe um dispositivo, de borracha e siicone, desenhado especificamente para auxiliar a retirada de secreção no nariz do bebê. É tipo uma pera que se usa para aspirar (outra opção é a mãe - sempre a mãe - colocar a boca no nariz do bebê e chupar secreção, limpando o nariz) as secreção nasais.
Pois bem, imagine você, estimado leitor, com o nariz cheio de secreção, mal conseguindo respirar através dele, quando chega um cidadão e tapa uma das narinas e "enfia" na outra algo que vai sugar o ranho de lá. Obviamente irás - leitor de menos de uma ano de idade, chorar MUITO, de raiva, principalmente...
Depois de passada essa experiência, aquela dor pelo corpo, o mal estar, serão nada.
Estarás pronto para outra...
Até.
Um comentário:
Olá Marcelo, tudo bem?
Gripe realmente é para judiar deles.
Lá em casa a perinha de silicone, é tratada, carinhosamente, de "fuc fuc", e tem uma enorme utilidade.
Abs
Marco
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