Tenho muitos defeitos, e algumas qualidades.
Como todo mundo, aliás.
Somos seres complexos em nossa vida interior, nós humanos. Uma mistura de sensações, sentimentos e pensamentos que geram ações e atitudes, e suas consequências enquanto interagimos com outros seres humanos e com a natureza. E nem sempre são necessariamente bons pensamentos e mesmo boas ações, infelizmente. Tudo com um objetivo, claro.
Sobreviver.
A primeira razão, a mais básica e instintiva razão para nossas ações, é a sobrevivência. Tudo gira em torno, no nível mais básico, de garantir que consigamos nos manter vivos. O que fazemos – como já disse – durante nossa convivência com o mundo exterior, ou seja, tudo aquilo que é alheio a nós mesmos, aquilo que não é o ‘eu’, baseia-se na tentativa de nos mantermos vivos. E não só em situações limítrofes, de risco iminente. Sempre.
Por isso é que pode parecer difícil julgar as atitudes ou mesmo as motivações de determinadas ações humanas quando em situação de risco, quando a primeira motivação é sobreviver. O conceito de certo e errado pode ficar nebuloso. Situações limítrofes são isso, aquelas que acontecem na fronteira entre o certo e o errado. E não vou nem entrar no mérito do que é o certo e o que é o errado.
O resumo disso, no final das contas, o que realmente vale no final de tudo, é resultado, o balanço entre pensamentos e ações ditos bons versus aqueles considerados ruins. Somos, então, e obviamente, o produto de nossas qualidades menos os nossos defeitos, e temos que torcer que essa subtração dê resultado positivo.
Por que essa conversa, afinal?
Tenho pensado muito nisso, ainda mais que o normal, nos últimos tempos. Quem e como tenho sido e agido, se o resultado vem sendo positivo. Como tenho contribuído com o mundo, em geral, e com as pessoas próximas em especial.
Pelas minhas contas, até aqui e descontando o viés da autoavaliação, o resultado vem sendo positivo. Trabalho para que continue assim.
Até.