Dias difíceis.
A sensação da vida em suspenso.
Meu pai, com seus oitenta e um anos e uma série de condições de saúde que – isoladamente – não trariam riscos imediatos de morte, mas que em conjunto deixam ele num equilíbrio delicado, está internado no hospital desde a quarta-feira da semana passada. Pior, está desde sexta-feira na UTI em ventilação mecânica. Desde então, como falei, tudo está em suspenso, como se houvesse um nevoeiro intenso que deixasse o mundo, a vida, em câmera lenta, como se eu estivesse afundado em um pântano até o pescoço, e em momentos até o respirar fica difícil.
É o ciclo da vida, eu sei, e entendo e aceito isso com naturalidade.
O que mata é a incerteza, o não saber como ou quando as coisas vão evoluir, de como e – ainda mais – quando será o desfecho, seja ele qual for.
Tudo o que quero é que ele fique bem, em paz.
Até.
Atualização (19/07 às 9h35) - Ótimas notícias: saiu do tubo (e do respirador) e está acordado. Conversei com ele hoje cedo. Ainda meio confuso, mas lúcido. O quadro segue delicado, mas muito melhor. Seguimos.
Até.
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