Crônicas e depoimentos sobre a vida em geral. Antes o exílio; depois, a espera. Agora, o encantamento. A vida, afinal de contas, não é muito mais do que estórias para contar.
sábado, setembro 24, 2022
sábado, setembro 17, 2022
Sábado (e uma foto antiga de viagem 8)
Conca dei Marini, Itália.
Amanhecer na Costa Amalfi.
Itália: Milão - Sicília.
Bom sábado a todos.
Até.
domingo, setembro 11, 2022
A Sopa
Paul Salopek é um jornalista e escritor americano, nascido na Califórnia, que completou 60 anos em 2022. É duas vezes vencedor do Prêmio Pulitzer. Já escreveu para o Chicago Tribune, Foreign Policy, The Atlantic, National Geographic Magazine e muitas outras publicações.
Sua carreira como jornalista começou em 1985 quando sua motocicleta estragou em Roswell, Novo México, e ele arranjou um emprego como repórter policial no jornal local para conseguir o dinheiro para consertar sua moto. A partir daí, tornou-se um jornalista respeitado (dois Pulitzers).
Nunca tinha ouvido falar nele até há poucos dias, quando por acaso fiquei sabendo do projeto “Out of Eden Walk”, que tem entre seus patrocinadores a National Geographic Magazine. É um projeto de certa forma maluco, mas – talvez também por isso – sensacional: ele está refazendo a rota a migração dos primeiros humanos, a partir da África, onde estão os mais antigos fósseis humanos, passando pelo Oriente Médio, em direção à Ásia e cruzando pelo Estreito de Bering até o Alasca e ao sul da América (indo até Terra do Fogo). Mais de 20.000 milhas, ou 32.000 quilômetros.
A pé.
Por sete anos.
Sete anos que já se transformaram em nove, porque a jornada segue. Durante a caminhada, visitando lugares, encontrando pessoas e contando histórias. Caminhar e contar histórias. Ver o mundo de uma forma diferente. Com tempo, calma. A vida em um ritmo diferente.
É um daqueles projetos, uma daquelas histórias que todos deveriam conhecer e acompanhar, por que é espetacular. Além de completamente maluca, o que a torna ainda mais legal. Caminhar da África (a jornada começa em um deserto) através da Ásia até cruzar da Rússia para o Alasca e seguir ao sul até a Terra do Fogo. Maluquice total e, por isso, fantástico. Já são nove anos.
Isso faz pensar que – mesmo ideias malucas que eventualmente temos – talvez não sejam tão fora de propósito assim. Muitas vezes são, mas em outras é apenas questão de planejar e colocar em execução.
Ah, aqui o link para a história.
https://www.nationalgeographic.org/projects/out-of-eden-walk/
Até.
sábado, setembro 10, 2022
domingo, setembro 04, 2022
A Sopa
Acabou agosto, acabou o ano.
Esse era um dos “mantras”, aquelas expressões de uso frequente, as verdades que não se discutem, do meu pai. Havia outras citações, como a célebre frase do General Osório, patrono da cavalaria do Exército Brasileiro, “é fácil comandar homens livres, basta mostrar-lhes o caminho do dever”, que repetiu incontáveis vezes para nós, e que inclusive foi a inscrição de uma das coroas de flores de seu funeral (piada interna nossa). Mas eu falava de agosto, como de tempos em tempos falo.
Eu sempre pensei que agosto era um mês que estava sobrando.
O inverno já nos incomodava desde meados de junho, dois meses de frio, dias cinzentos e muitas vezes chuva, ainda teríamos agosto, com seus trinta e um dias, antes de setembro e a promessa da primavera e de dias mais longos e agradáveis. Agosto é o equivalente a fevereiro no hemisfério norte, com a desvantagem de ser um mês mais longo.
Sem falar da fama de agosto.
Agosto é conhecido como o “mês do cachorro louco” por causa da alta incidência de raiva canina. A razão está ligada às condições climáticas do mês que, supostamente, fazem com que as cadelas entrem no cio ao mesmo tempo, veja só. Mas não só isso, segundo uma tradição portuguesa, não era aconselhável às mulheres casar no oitavo mês do calendário, porque nesse período os navios das expedições colonizadoras saíam à procura de novas terras. Assim, casar em agosto poderia significar solidão ou até enviuvar. Portanto, “casamento em agosto, casamento de desgosto”.
Já contei aqui, em uma Sopa de domingo, mas quando fui marcar a data do meu casamento, e escolhemos (a Jacque e eu) o dia trinta e um, o padre me olhou espantado e disse “ninguém quer casar em agosto”, no que respondi que era trinta e um à noite, e a festa só acabaria depois da meia noite, já em setembro, então não teria problema. O mês se tornou ainda mais agradável quando a Marina nasceu em um vinte de agosto.
Agora, além de tudo, esse ano em especial, agosto passou, com os mesmos trinta e um dias, muito rapidamente, em meio à rotina de trabalho e às diferentes atividades dos finais de semana, a maior parte delas envolvendo música, o que – como falei – tem sido muito legal.
E acabou agosto.
Dois mil e vinte e três está aí, dobrando a esquina.
Até.
sábado, setembro 03, 2022
Sábado (e uma foto antiga de viagem 6)
Bariloche, Argentina.
Um mês antes de eu me mudar para o Canadá...
Bom sábado a todos.
Até.