Dez de março, e tudo bem.
No creo em brujas, pero...
Não sou supersticioso, de verdade. Também não acredito em astrologia, simpatias, e em uma variedade de outras crenças ou pseudociências. Sou completamente racional, neste sentido. Mas não deixo de reparar certas coincidências e acasos.
O mês de março, por exemplo.
Março, mês que precede o meu aniversário, no início de abril, é o mês que vem a seguir do verão, dos meses de janeiro e fevereiro, período em que normalmente fazemos algum período de férias e com certa frequência viajamos. Por serem meses mais leves, de certa forma, eu costumava aumentar a intensidade das atividades físicas (feitas o ano todo, que fique claro).
Talvez relacionado a isso, a esse aumento da intensidade da atividade física, ou não, o mês de março tem se caracterizado por, digamos, intercorrências de saúde que acontecem comigo, e que – junto com uma desorganização minha, confesso – tem impedido que eu possa comemorar o meu aniversário com meus amigos, de fazer uma festa, como venho querendo fazer há algum tempo. Ou é pela pandemia ou sou eu quem não está em condições de fazer...
O ano de março de 2021, o pior mês da pandemia aqui no Sul do Mundo, começou com uma queda minha em plena madrugada quando havia saído da cama para ir ao banheiro, resultando numa peregrinação por hospitais de Porto Alegre que terminou no Hospital de Pronto Socorro para suturar o corte na parte posterior da minha cabeça e uma tomografia computadorizada de crânio pra avaliar o trauma de crânio. Seguiu-se a isso um episódio de vertigem que resultou em ressonância de coluna cervical, a descoberta de uma arritmia e uma estudo eletrofisiológico (cateterismo) até a conclusão de que estava tudo bem e eu pudesse voltar a pedalar normalmente.
O ano seguinte, 2022, ano em que completei cinquenta anos, ainda em tempos de pandemia, e a incerteza de como estaria a situação quando do meu aniversário resultou em não fazer a grande festa que eu estava planejando. Em paralelo a isso, durante a viagem de férias de carro para o Uruguai em fevereiro, comecei com dores em região cervical, e ombro (escápula) esquerdo. Passei a viagem tomando anti-inflamatórios e relaxantes musculares. Na volta, já em março, descobri uma hérnia de disco cervical que me obrigou a passar três semanas usando um colar cervical. Tudo certo, retornei ao exercício após o período de repouso. Segue a vida.
Passa o tempo, e em dezembro do mesmo 2022, vou jogar futebol com o pessoal do hospital e, com vinte minutos de jogo, tenho que sair do jogo por dor em região lombar intensa. Mal conseguia me abaixar. Medicamentos, alongamentos, e fiquei melhor. Tive ainda alguns episódios de dor durante a viagem de férias que fizemos à Itália, mas nada demais.
Entrou março de 2023 e dia 14, estive em São Paulo para um show e acabei ficando oito horas seguidas de pé. Na volta para casa, as dores pioraram MUITO, e fiz uma ressonância de coluna lombar. Diagnóstico de hérnia de disco lombar, que foi seguido com uma noite infernal de dor em que fiquei boa parte da noite deitado no chão da sala sem conseguir me levantar e uma cirurgia dois dias depois que “tirou a dor com a mão”. Três semanas em casa no pós-operatório e mais uma festa de aniversário abortada.
Criou-se (criei) então a lenda de que o mês de março era o problema, como se isso existisse. Bobagem, claro, confirmada por uma queda de bicicleta com perda de memória, fratura no braço direito e cirurgia para colocação de placa... em outubro!
Chegou março novamente, chegamos ao dia dez sem nenhum problema até aqui, e com a decisão de ainda não voltar a pedalar até abril...
Vai saber...
... las hay.
Até.
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