domingo, janeiro 26, 2020

A Sopa


(Ano 19, Número 11)

Histórias de aeroporto (4).

Não sou mais um viajante frequente. Circunstâncias da vida. Em pouco tempo, para confirmar isso, perderei meu status de Smiles Diamante, o que facilitava um pouco a vida nas estadas por aeroportos.  Não lamento, contudo. O maior tempo em casa não tem preço. 

Ano passado viajei pouco, mais para férias do que para trabalho (que sorte, que sorte). Esse ano, devo viajar ainda menos, ao menos de avião. 

Final de semana que ora se encerra foi de viagem. 

Curta distância, pouco tempo.

Fomos à Curitiba na sexta para um casamento e voltamos sábado final de tarde, ainda em tempo de um volta de bike ao pôr-do-sol. Voo curto, Porto Alegre – Curitiba. LATAM. A Jacque havia comprado assentos conforto (ou seja lá o nome que a LATAM dá a esse tipo de assento) e então tivemos embarque prioritário, o que sempre é uma vantagem, afinal estávamos apenas com bagagem de mão.

Assento na segunda fila, tudo OK, o voo decola. Assim que partimos, o piloto começa a conversa dizendo que a LATAM é a companhia aérea mais pontual do Brasil. Lembro que nos voos da GOL se diz(ia) o mesmo, que era a companhia aérea que dava mais valor ao seu tempo (ou algo assim). Então ele diz que nosso voo, que saiu à 8h35, vai chegar às 10h no destino. 

Como assim?, penso na hora. Não íamos para Curitiba?

Não faz sentido.

Espero para ver. Enquanto isso, servem refrigerante e biscoitos, diferente da última vez que havia voado LATAM, em que apenas tinham oferecido água...

Voo tranquilo, chegamos no destino às 9h35. O capitão comenta, então, sobre a pontualidade, e a Jacque mata a charada: eles dão uma previsão pior para poderem dizer que chegaram antes do previsto!

Marketing, tudo marketing.

Interessante. Curioso. E bom.

Que continue assim, o que é muito melhor que atrasos...

A volta foi da mesma forma, o que é ótimo.

O pior é quando viajamos toda hora, o que significa que estatisticamente que em algum momento vamos ter problemas de atrasos, aeroportos fechados, e outros (o que muito aconteceu comigo quando era viajante frequente). 

Até.

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