quarta-feira, agosto 23, 2006

A Farsa da Democracia

Ou, melhor, o engodo da democracia brasileira.

Democracia, como dizem, é o governo do povo, exercido pelos seus representantes eleitos. Pressupõe igualdade e justiça. Não preciso dizer mais nada, então.

O que esperar de um país em que uns são mais iguais que os outros, e a lei é aplicada conforme “a cara do freguês”? Pois é isso o que vivemos aqui do lado de baixo do equador. Espanto? De maneira nenhuma. Todo mundo sabe que aqui não há pecado, já dizia a música.

O presidente será reeleito em outubro, não importa se em primeiro ou segundo turnos, conforme previsão minha (nenhum mérito nisso) feita no começo de maio num jantar lá em Toronto, e que foi respondida por um imbecil que disse que eu não sabia do que estava falando por que eu estava longe (admito, até hoje não digeri esse episódio). Tão longe, tão perto. Eu sabia do que falava.

Não vou votar esse ano por impedimento legal, mas se votasse, teria candidato certo: o que luta pela educação, sem dúvidas. É o caminho. Não votaria no atual status quo e nem no principal candidato de oposição porque eles não são muito diferentes, afinal de contas: um levaria deus ao dia-a-dia do governo, enquanto o outro tem certeza que é ele.

Mas esse nem é o caso. O líder das pesquisas, se não esteve envolvido nos escândalos que derrubaram seus principais colaboradores, no mínimo foi omisso, e isso é crime também. ‘À mulher de César não basta ser honesta, tem que parecer honesta’. Ele perdeu a aura que possuia. Bailou.

Não, não estou frustrado nem chocado nem revoltado nem decepcionado. Longe disso. A minha parte eu estou fazendo.

Trabalho, e penso. E você?

Até.

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