O Tempo.
Assim, com maiúsculas, respeito e admiração. É desta forma que me relaciono com a sua passagem, uma das inexorabilidades da vida assim como a morte. Mais, poderia dizer que o tempo é exatamente isso, a lenta e inevitável aproximação da morte.
Um forma de pensar, nada mais. Sem conseqüências práticas ou dramas. Alguém disse que começamos a morrer quando nascemos. Pode até ser verdade, mas é questão de que prisma que usamos para olhar o mundo. Não é o mesmo que o meu, certamente: prefiro olhar o mundo, a vida, com um conjunto de histórias para contar. É o que me define: contar histórias e agregar pessoas.
Pensava tudo isso porque na quinta que passou, 31/08, completei dez anos de casado. Vocês sabem, essas datas “redondas” são bons motivos para reflexões e reavaliações (como se eu não fizesse isso a todo o momento). Então, aproveitei um momento sozinho, em silêncio, para pensar como estava a vida e quem eu era.
O interessante é que, olhando para trás, revendo quem eu era há dez anos e quem sou hoje, vi que as mudanças não foram tão intensas quanto em outros momentos. Óbvia constatação, afinal já não era mais adolescente, e as mudanças, apesar de ocorrerem continuamente, não são – em geral – tão drásticas depois dessa fase de construção que é nossa tenra juventude. A grande constatação foi essa: há dez anos, eu já era quem eu sou hoje, e tudo o que vem acontecendo desde então é apenas aperfeiçoamento disso.
Como eu disse quando me perguntaram o que tinha representado a estada no Canadá para mim, disse – insisto nisso – que só o tempo poderá me dar uma idéia clara de tudo, mas que eu já sabia que tinha melhorado minhas virtudes e piorado meus defeitos, e tomara que isso seja uma coisa boa.
Até.
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