Não, não morri.
Dessa forma, esse espaço (ainda) não é um mausoléu de minha vida virtual, vida essa que foi intensa no período em que morei sozinho em Toronto. Parênteses. Saudades de Toronto, tenho que dar um jeito de visitá-la, de visitar os amigos que lá vivem. Fecha parênteses.
Pois dizia que minha vida virtual, ao menos em se tratando desse espaço, tem minguado. Mas não sem sofrimento, quero deixar claro. A proporção de tempo em que estou no mundo virtual a trabalho, mesmo em redes sociais, tira tempo da reflexão escrita que tanto me é cara, principalmente porque o mundo real tem exigido mais e mais.
O que é bom, vamos combinar.
Mas cansa, claro. E semana que vem começa o semestre letivo, o segundo semestre que passa mais rápido que o primeiro, e passando agosto acabou o ano, como sempre lembro. Entre hoje e o final do ano, que está logo ali, muito acontecerá, e os finais de semana - que deveriam ser SEMPRE de descanso e tempo com a família - estão em boa parte tomados por trabalho e viagens, quase nessa ordem de prioridade. Sempre correndo, tanto que às vezes podemos cair.
Como hoje. Foi um dia em que caí.
Literalmente. Insofismavelmente. Peremptoriamente.
Sem mais, sem me apoiar, direto ao chão. Um escorregão de cinema, dos três patetas. Por centímetros não caí escada abaixo e não me quebrei todo, como na vez que no porto de Amalfi, na Itália, em pleno frio de dezembro, escorreguei com a mochila nas costas e por centímetros, talvez milímetros, não caí nas águas frias do Mediterrâneo no inverno, ou como nas vezes em que escorreguei em banheiras pelo mundo e nunca me quebrei. Tem que saber cair e levantar após.
Estava sozinho, mas na hora apareceram pessoas para me acudir, saber se eu havia me machucado. Não, estava bem. Agradeci, e desci para o ambulatório mancando e rindo de mim mesmo.
Mais um boa história para contar.
Até.
Um comentário:
O tempo é senhor tirano.
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