Depois de um longo inverno, cá estou eu.
Inverno, nesse caso, e de certo modo, existencial, quero dizer.
Falo de estar aqui com frequência, escrevendo, que é o estágio final de reflexões, de pensamentos que pretendem me levar a algum lugar, sabendo onde tudo começa e sem ter a menor ideia onde vai parar. Como quando reformamos a nossa casa (no sentido literal).
Quando começamos, até podemos ter um plano, uma ideia do que queremos e de como queremos, mas nunca sabemos onde (e nem por quanto) vai terminar. É dinâmico, fluido (e muitas vezes caro).
O mundo, a vida, tudo mudou muito desde quando escrevia aqui com regularidade. Até porque faz muito tempo. De quando estava no Exílio que não era exílio, de quando a Sopa ainda era anual e fazia sentido (não sei se faz hoje em dia, se não deve permanecer no passado, como uma lembrança boa de um tempo diferente).
Eu mudei, óbvio.
Fui e voltei.
O que quero dizer é que prioridades diferentes se sobrepuseram à atividade de escrever como resultado final de reflexões à cerca da vida, do mundo em geral, e da minha em particular. O foco foi outro, o que é lícito e justo. Sem ressentimentos.
Corri atrás de objetivos, entrei numa engrenagem de trabalho que – sim – consumia, exigia parte substancial do meu tempo e energia, mas que dava satisfação pessoal e reconhecimento.
Por circunstâncias planejadas e outras alheias à minha vontade, fiz um caminho – de certa maneira – de volta a um lugar de onde nunca planejara sair. Visto de outra forma, reencontrei (estou reencontrando, na verdade) o caminho, o rumo. Para onde?
Este é outro papo, para uma outra Sopa.
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