Zona de conforto.
Dizem por aí os coachs da vida que devemos sair de nossa zona de conforto para poder crescer, evoluir na vida e alcançar o sucesso, seja lá o que isso queira dizer, afinal essa é uma questão de foro íntimo, na verdade. Sucesso é um conceito individual.
Confesso que fico meio incomodado com essa “necessidade”, quase obrigação, imposta de se sair da zona de conforto, se desafiar, mudar para “avançar” (de novo, um conceito abstrato). Será que é necessário mesmo?
Eu gosto da minha zona de conforto.
Como o nome diz, é bom estar lá, é confortável.
Por que diabos tenho que sair da minha zona de conforto, onde há um cobertor de lã, um chocolate quente e uma série no streaming que posso assistir com a Marina e a Jacque? Por quê? É lá onde as famílias se reúnem. Onde há churrascos com os amigos, com boas cervejas ou com vinhos bem-conceituados. Onde há livrarias de rua em ruas arborizadas e cafés com mesas na rua, parques para se caminhar, bancos para sentar e apreciar a paisagem. É na minha zona de conforto onde a música serve como ponto de encontro entre as pessoas, que criam conexões e fortalecem laços.
A zona de conforto é onde a vida vale ser vivida.
Confesso que entendo o conceito que tentam passar, de que seria sinônimo de acomodação, de estagnação – basicamente – do ponto de vista profissional. Sair dessa zona de marasmo seria determinante para alcançar objetivos profissionais que proporcionariam condições de realizar metas de vida pessoais. Uma coisa estaria ligada à outra.
Pode ser.
O meu caso, no entanto, talvez seja diferente. Estar na zona de conforto e o desejo de me manter lá é o que pode/vai me levar às mudanças que vão garantir que eu não saia dela.
Em breve, em breve.
Até.
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