quarta-feira, novembro 29, 2006

Tenho problemas

Existem certas coisas que, por mais que eu tente, eu não consigo entender ou mesmo aceitar. E acho – argumento de velho – que não tenho mais idade para isso. Quando não é uma questão presente no dia-a-dia, é até fácil “ir levando”. Como o caso do churrasco.

Como todo bom gaúcho, sou apreciador de churrasco, e uma das opções de refeição nos finais de semana (e durante a semana também, claro) é o prato (nem sei se podemos chamar churrasco de prato, refeição, talvez) que nos identifica como gaúchos. Essa semana, por exemplo, fui a um aniversário de um amigo na segunda-feira: churrasco. Ontem, fomos jantar com os meus sogros e a prima Rafaela que chegou de Brasília para passar uns dias aqui em casa: churrasco. Pois é.

Por isso, tenho me defrontado com a questão do churrasco com uma freqüência maior por esses dias. Qual é a questão? O ponto. Sei que já falei disso, mas vale repetir.

Durante centenas, milhares de anos, desde que o homo sapiens descobriu o fogo e que com ele podia preparar aquele javali que – cru – tinha o gosto meio duvidoso, desde o primeiro churrasco ancestral, provavelmente numa caverna lá pros lados do Alegrete/RS, desde aquele momento que o ser humano vem aperfeiçoando o modo de assar a carne, procurando o sabor e a textura perfeitos, até que o encontrou o momento exato em que deveria tirá-la do fogo e servi-la. Aquele momento em que os astros, o universo, conspiram para que a experiência do churrasco seja indescritível, uma visão da face divina.

O ponto.

Qualquer coisa fora disso não está bem. Mal-passada, a carne não está no ponto. Bem-passada, passou do mesmo. Simples assim. Mesmo que tentem provar o contrário.

De qualquer maneira, eu queria mesmo era falar de coisas que não entendo e não aceito. E queria falar do trânsito (1) e de corrupção (2).

(1) Por que é tão difícil – e falo de Porto Alegre, especificamente – as pessoas respeitarem as mais simples regras de trânsito?

(2) Não suporto aquelas pessoas que se queixam da corrupção de governantes – independente da esfera de governo – mas que são as mesmas que sonegam imposto, e outras pequenas corrupções diárias. Corrupção deve ser intolerável sempre. Sempre.

Até.

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