domingo, outubro 28, 2007

A Sopa 07/13

Uma viagem nasce de uma idéia, que – na maioria da vezes – muda tantas vezes quanto se pensa nela. Roteiros, duração, participantes, variáveis que serão definidas praticamente na última hora, mesmo que a última hora seja três ou quatro meses antes do embarque.

Esse é o tipo de viagem que mais me agrada.

E dessa vez foi exatamente assim que aconteceu.

Começou com a idéia, ou plano, do casal Pedro e Maria José (a Zéca) de conhecerem Paris e lembrarem de nós, a Jacque e eu, entusiastas e “divulgadores” das maravilhas dessa cidade, para seus companheiros de viagem. A idéia inicial, dessa forma, era passarmos uma semana em Paris. Bom. Ótimo, aliás. Só que aí começou a metamorfose.

A Jacque pensou em convidar o Paulo e a Karina, irmã e cunhado, para se juntarem ao grupo e convidou-os, com a concordância (depois do fato consumado) do Pedro e Zéca. O casal convidado topou, mas fez uma sugestão: por que não aproveitar que uma passagem para a França não é barata e ficarmos duas semanas, ao invés de uma. Além disso, visitaríamos outras regiões da França – e quem sabe outro país – nesse período, proposta aceita pelo grupo.

Perdidos 2007
O grupo

Começou então a discussão do roteiro, possíveis pacotes de viagem que incluíssem o que queríamos fazer, custos, etc. Logo definimos – após algumas reuniões festivas nas casas cada vez de um dos casais – que gostaríamos de conhecer/visitar, além de Paris, a Côte d`Azur e a Provence. Paulo e Karina haviam visitado a Côte d`Azur, mas não a Provence, em sua lua de mel, no milênio passado; a Jacque e eu, nunca havíamos ido para essas regiões, e o Pedro e a Zéca eram virgens de Europa. Mas tinha um problema: tínhamos que ir de Paris, local de chegada e último destino, para essas regiões, localicadas a cerca de 700km de distância.

Nosso plano era viajar de carro, um carro único por mais divertido, e tínhamos que decidir como programar o roteiro para se adequar ao tempo de viagem. Distância não era o problema, nos preocupava o caminho,o que visitar no caminho. A idéia inicial era pegar o carro e, no primeiro dia, rodar o suficiente para estar perto da Provence no segundo dia de viagem, logo cedo. Circularíamos, então pela região escolhida e voltaríamos pelos Alpes e daí à Paris, nos últimos dias de passeio.

Fico estabelecido que seria assim, mas modificamos o plano cerca de um mês antes da viagem após conversa minha com colega que havia morado por lá, que sugeriu o inverso: chegar em Paris, pegar o carro e seguir rumo aos Alpes e depois rumar ao sul para o litoral, idéia que foi aceita pelo grupo. Decidimos, então, chegar em Paris, pegar o carro (capítulo à parte) e seguir rumo à cidade de Annecy, próxima aos Alpes e à Genebra, à beiro do lago de mesmo nome,conhecida também por ‘Veneza do Alpes’ por possuir canais que cortam a cidade, canais esses onde é possível pescar trutas.

Definida a primeira parada, cerca de 500km de Paris, resolvemos que seria bom ter um hotel já reservado para o primeiro dia, o da chegada, além – é claro – de já termos o hotel reservado para a estada em Paris. Foi o que fizemos, pela internet reservei três quarto no hote Ibis Centreville de Annecy, como o nome já diz, bem localizado, próximo a região central da cidade e perto do lago. Escolhemos esse em virtude do preço não ser dos mais caros (Eur 80,00 – não faça a conversão para reais porque quem converte não se diverte), ser central e ser de uma rede de hotéis de negócios que conhecemos e sabemos que são quartos limpos e adequados, tudo o que é preciso para o lugar que vamos dormir.

Em Paris, por outro lado, sabemos que o relação custo-benefício é mais complicada: normalmente os hotéis são mais caros, os quartos menores e, se o preço é bom, eles ficam muito distante do centro. Nossa experiência anterior era no Quartier Latin, basicamente os Hotéis Familia e Minerve, dos mesmo donos, um lado do outro, na rue des Écoles. O preço, mais salgado que no interior, claro que dependendo da época do ano. Outubro, como todos sabem (ou deveriam saber) é alta temporada, época dos desfiles, época em que muitos grupos de terceira idade viajam de férias pela Europa e, esse ano em especial, época da Copa do Mundo de Rúgby na França, cujas finais ocorreriam nos finais de semana que chegaríamos e no que sairíamos de Paris. Dessa vez, contudo, não ficamos na Rive Gauche, como das outras vezes.

A Karina descobriu uma dica de um hotel, localizado a duas quadras do Hotel de Ville (Prefeitura), junto à Praça e o Teatro Chatelet, a uma quadra do Sena, o Victoria Chatelet. Detalhe interessante: a dona é francesa casada com um jornalista brasileiro, e fala português fluente, a faz questões de que os funcionáriosque não são brasileiros apendam português. Cerca de metade da ocupação do hotel é feito por brasileiros. O preço, bom pela localização, apesar da insistência do pessoal do hotel de que os quartos que havíamos reservados eram pequenos demais, que não nos assustássemos, e o quarto bem razoável.

Definidos, de forma geral, o roteiro que pretendíamos fazer, o resevardos os hotéis da chegada e o de Paris, partimos para definição da passagem e do carro.

Conto isso domingo que vem.

Até.

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