A Viagem (24)
O dia em que chegaríamos a Paris começou em Dijon com forte neblina e frio. Após o café, deixamos o hotel e partimos na derradeira viagem do nosso “ônibus”, a Renault Trafic Combi. Antes da saída, as últimas fotos do grupo com a van.
A primeira parte dos cerca trezentos e quinze quilômetros que separam Dijon de Paris foi feita sob forte neblina. Dentro do carro, o Paulo dirigia e eu ia de co-piloto, com o mapa e com o controle do rádio. Ao nos aproximarmos de Paris, o tempo abriu e o sol e o céu azul apareceram.
A entrada em Paris foi bem tranqüila, inclusive com o iPod tocando La Vie em Rose e um movimento grande de carros num começo de tarde de domingo. Encontrar o hotel foi fácil pela sua localização central, próximo ao Sena e ao Hôtel de Ville, e à tecnologia: ainda em Porto Alegre, o Google Earth já tinha mostrado o caminho. Já no Hotel Victoria Châtelet, onde tínhamos reservas, comecei falando em inglês, mas logo descobrimos que o funcionário era brasileiro. Fizemos checkin e então o grupo se separou: as meninas foram passear e o Paulo, o Pedro e eu fomos devolver o carro no aeroporto Charles de Gaulle.
O caminho até lá, evidentemente com a péripherique lotada de carros, já era conhecido das vezes em que tinha feito esse trajeto, indo buscar ou devolver o carro no aeroporto em outras viagens. Fizemos uma parada para reabastecimento antes da entrega, que foi tranqüila apesar de estarmos um pouco apreensivos devido ao pequeno acidente do dia da chegada. Apreensão infundada, final tínhamos seguro total.
Após deixar o carro, voltamos à cidade de trem (RER B), junto com alguns torcedores da África do Sul, que disputaria a semifinal da Copa do Mundo de Rugby contra a Argentina naquela noite mesmo. O trem atravessa a cidade, e a estação mais próxima do nosso hotel era a Châtelet, grande estação que serve de ligação entre muitas linhas do RER e do metrô. Com vários andares, caminha-se muito em andares diferentes apenas para conseguir sair de lá. Ao reencontrar as meninas, fomos caminhar (flanar) por Paris.
Pela proximidade, começamos pela prefeitura (Hôtel de Ville), que estava “caracterizada” para o rugby. Assim como no inverno há um ringue de patinação na praça em frente, nos dias da copa do mundo havia um grande tapete de grama artificial onde as pessoas ficavam sentadas ou deitadas tomando sol. Paramos um pouco apreciando o belo prédio, tiramos algumas fotos, atravessamos o Sena pela Pont d’Arcole, indo até a Notre Dame, naquele momento tomada por uma multidão de turistas que tornava impossível entrar nela. O dia de sol, a temperatura agradável, o céu azul, tudo contribuía para que TODA a população de Paris estivesse nas ruas, e mais metade da Europa Central (ao menos essa era a sensação que dava...).
Sem sair da Ile de la Cité, fomos andando pela margem do Sena enquanto nos maravilhávamos (mais um vez) com a arquitetura dos prédios e das pontes. Ainda junto ao rio, fomos até a Place du Vert-Galant, um dos extremos da Ile de La Cité, onde pessoas faziam piquenique e faziam música.
Ainda antes do final da tarde nos atravessamos a Pont Neuf e fomos em direção ao Louvre e sua pirâmide. O sol tomava tonalidades douradas à medida que a tarde aproximava-se do seu fim e, após as fotos – muito boas, todas – caminhamos em direção ao Jardin des Tuileires, que percorremos todo até a Place de la Concorde, por onde circulamos tirando fotos e ficamos assistindo o pôr-do-sol. Com a noite caindo, voltamos ao hotel – após a tradicional 1664 do final de tarde – para nos prepararmos para a janta.
O local escolhido para a primeira janta da estada em Paris foi o tradicional “La Comédia”, pizzaria no Jardin des Plantes que conhecemos na primeira vez em que fomos à Paris, em 1999, e que tornamos local obrigatório em todas as nossas estadas lá desde então. Como sempre ficávamos hospedados no Quartier Latin, na Rive Gauche, não muito distante do restaurante. Dessa vez, contudo, estávamos na Rive Droit, mas mesmo assim fomos a pé, afinal caminhar pelas ruas de Paris é sempre um prazer. Apesar disso, o pessoal sentiu a caminhada.
A janta foi boa, mas não tanto quanto lembrávamos das vezes anteriores. Ainda assim, voltamos satisfeitos e felizes por estarmos nessa cidade maravilhosa que é Paris. Caminhar, aliás, que seria uma tônica dos próximos dias.
Até.
2 comentários:
Marcelo,
vim te dizer que o endereço do Conexão Paris mudou:
www.conexaoparis.com.br
Abraços
Maria Lina
Olá, tudo bom?
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Abraços e fico no aguardo ;)
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