Vinha no carro ouvindo rádio.
Não sei se falei, mas gosto de ouvir rádio AM enquanto estou dirigindo. Principalmente por causa das notícias atualizadas, gerais e de esporte, mas também os debates. E eram um desses debates que ouvia hoje mais cedo, e o assunto era o 'casamento gay'.
Antes de tudo - mesmo que ninguém tenha me perguntado - dou a minha humilde opinião: se partimos do princípio de que todos somos iguais - seres humanos - todos devemos ter os mesmo direitos, independente de sexo, cor, raça, orientação política ou religiosa. Se heterossexuais podem casar, homossexuais também devem poder casar. Por que seria diferente? É quase o mesmo que dizer que pessoas nascidas em setembro não podem entrar em cinemas, por exemplo. Um absurdo.
Mas eu falava do debate, e em meio a ele algum comentou sobre a 'bancada evangélica' do congresso nacional. E lembrei (e foi citado no debate logo após) que o Brasil é um estado laico, ou seja, estado e religião são coisas separadas. Ou deveria ser. Uma bancada evangélica, por princípio, não é um problema (porque podemos ter uma bancada de comedores de arroz de leite ou de apreciadores de leite de soja) afinal grupos podem se reunir pelas mais diferentes afinidades.
O que não podem é querer impor sua visão de mundo ao todo, ou desconsiderar o contraditório, o diferente.
Imagine se todos fôssemos obrigados a tomar apenas leite de soja?
O horror, o horror...
Até.
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