quarta-feira, julho 08, 2009

Hoje não é segunda

Mas vou falar de futebol, assim, de passagem.

Agora que os ânimos esfriaram, depois dos jogos da semana passada pela Copa do Brasil, com o Inter, e pela Libertadores com o Grêmio, posso contar a você, caro leitor, o que aconteceu de verdade.

Tudo havia começado no primeiro jogo da final entre o Corinthians e Inter que, por mistérios inexplicáveis, acabei por assistir num pub em São Paulo, entre corintianos. A derrota de dois a zero praticamente definiu o título a favor dos paulistas, ainda mais que o treinador deles era (é) o Mano Menezes, que sabe muito bem como armar um time e se defender bem.

Então, quando chegou o jogo da semana passada, estava de sangue doce: tudo o que viesse seria lucro, afinal já considerava o título perdido. Com cerca de trinta minutos de jogo, o Inter perdia por dois a zero de novo. Quando tomou o segundo gol, resignei-me que quem estava melhor e merecia o título eram eles. Paciência.

Mas algo mudou meu humor.

Exatamente quando o Inter levou o segundo gol, além dos foguetes soltados por torcedores gremistas - hábito de secadores comemorarem a derrota do outro time - ouvi , ao longe, uma voz feminina gritar "Chorem, colorados!". Foi o suficiente para eu, que não costumo me interessar pelos acontecimentos alheios ao meu time, decidir torcer com todas as minhas forças contra o Grêmio, que jogaria no dia seguinte.

Jogando a semifinal da libertadores contra o Cruzeiro, o Grêmio havia perdido o primeiro jogo, em Minas, por três a um, e tinha uma tarefa muito difícil também. Por coincidência, acabei viajando para Bento Gonçalves no dia do jogo, e acabei assistindo ao início do jogo no hotel em meio a muitos gremistas tensos, que me olharam atravessado quando comecei a fazer piadinhas com relação ao jogo, isso quando ainda estava zero a zero.

Decidi ir para o quarto.

Ao chegar, já estava um a zero para o Cruzeiro, e logo depois foi o segundo gol. Sorri. O jogo acabou dois a dois, mesmo placar do jogo do dia anterior, eliminando o Grêmio da final da libertadores.

Tudo o que eu conseguia fazer, ao final do jogo, era sorrir, lembrando da torcedora gremista...

Justiça divina, foi o que aconteceu na semana passada.

Até.

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