domingo, julho 21, 2013

A Sopa 13/03

Tenho pensado muito - como já ficou claro nos últimos dias - no plano B.

Você sabe, a carta na manga para o caso de as coisas não darem certo, ou mesmo para se - de repente - eu chegasse à conclusão de que o caminho escolhido não era aquele em que eu realmente queria estar e decidisse mudar de vida. Ou mudar a vida.

Durante anos, sempre convivi com o plano B muito vivo em mim, muito próximo, quase ao alcance da mão. Como se eu estivesse caminhando de olho na estrada paralela, pronto para troca de estrada a qualquer momento. Um erro, confesso, que me levou a andar muito mais devagar do que eu poderia, ou deveria, por um bom tempo. Eu acabava não me dedicando às minhas escolhas como deveria por sempre achar que eu tinha que deixar uma porta aberta para fugir. Por querer deixar uma porta aberta para fugir, eu nunca entrava em nenhuma porta. Confuso, não?

Na verdade, não.

Houver um momento, então, que decidi que era hora de deixar de pensar na rota alternativa e seguir com vontade pelo caminho que eu tinha escolhido. Se lá na frente eu percebesse que estava errado, não era isso que eu queria, era só voltar um pouco e mudar de rumo. Lembro perfeitamente quando foi isso, já há mais de dez anos, mas não vem ao caso. O que importa é que tomei uma decisão, segui em frente e vi onde dava. E deu certo.

Mas ainda hoje, aqui de longe, olhando para trás, vejo que minhas dúvidas - que, sim, me atrasaram - não eram fora de propósito. Eu tinha razão no que pensava (falo das minhas verdades) e continuo pensando da mesma forma.

Ainda tenho o Plano B, mesmo que o Plano A esteja indo muito bem, obrigado.

Mas, muito mais importante, começo a fazer o Plano A se aproximar do B, por mais confuso e sem sentido que isso possa parecer a você, caro leitor. Se parece complicado enquanto escrevo, é a simplicidade que busco.

Uma vida mais simples.

Isso é tudo.

Até. 

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