(Crônicas de uma Pandemia, Ano Dois, Quadragésimo Segundo Dia)
Pois é.
Às vezes, e isso tem sido mais frequente nos últimos tempos, parece que só o que fazemos é nos queixar da vida. Como se nada estivesse bem, ou funcionando, o que não é verdade.
Mas, e sei que venho falando nisso mais do que gostaria, mesmo que tentemos fugir das notícias ruins, e não falo de negação, mas sim de uma forma de preservação, o mundo não nos deixa em paz. Não estou dizendo que quero viver num mundo cor-de-rosa, onde tudo é tranquilo e a vida vai bem, o sol é alto e a brisa que vem do mar não nos deixa ficar com muito calor, enquanto o som das ondas chegando na praia embalam o sono na rede após o almoço. De forma alguma.
Só continuo tentando fugir da energia negativa, o que é diferente de fugir da realidade, que fique bem claro. Há coisas que não preciso ver e pessoas as quais não devo ouvir ou ler. Por preservação, pela sanidade mental.
Há dois meses praticamente não acesso as redes sociais, Facebook e Twitter em especial. Vejo eventuais notificações que recebo, nada mais. Não fico ali por longos períodos acompanhando a timelime dos outros e o que fazem ou pensam, principalmente o que pensam. Não me diz respeito.
Pensei que seria mais difícil, confesso.
Já não lia comentários, apenas ampliei o quanto ignoro das mesmas.
Por princípio, quem perde tempo comentando publicações de redes sociais ou mesmo de portais de notícias de forma agressiva é um idiota ou um covarde, na maioria das vezes os dois. Não merecem que sejam lidos, muito menos receber destaque. O esquecimento é o que receberão, enquanto ficam falando sozinhos e gritando para ninguém ouvir.
Meu humor melhorará, tenho certeza disso.
Até.
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