domingo, julho 01, 2007

A Sopa 06/50

Brasil, ano um.

Hoje faz exatamente um ano que voltei ao Brasil. Cheguei em Guarulhos num sábado pela manhã e, ao contrário de hoje, o caos aéreo era novidade: a VARIG estava em sérias dificuldades e as outras empresas aéreas estavam transportando os passageiros que tinham passagens com a saudosa viação aérea rio-grandense, meu caso. Ao desembarcar, antes ainda de localizar minhas malas, um funcionário da Air Canada avisou-me que eu havia sido transferido para um vôo da TAM para Porto Alegre no final da tarde (era pouco antes das dez horas da manhã) saindo de Congonhas. Eu respondi que não havia a menor chance de eu ficar esperando até a tarde para chegar em Porto Alegre.

Não era a primeira vez que eu discutia com um funcionário da Air Canada naquelas últimas vinte e quatro horas: os desentendimentos haviam começado no balcão de embarque em Toronto, na hora de despachar minha “mudança” para o Brasil. A primeira parte não foi exatamente um problema, apenas que uma das minhas malas excedia em muito o limite máximo de peso permitido: tinha cerca de 45kg, enquanto o limite era 32kg. Nem discuti sobre isso, estava pesada demais, e eu sabia que tinha que fazer alguma coisa. O problema foi que o funcionário me falou que eu teria que pagar pela mala a mais (que eu teria que comprar) e TAMBÉM pagar para transportar o meu violão, que não iria a bordo.

Seguiu-se a isso uma longa discussão, interrompida por uma corrida minha (com o Rafael e a Monique) para comprar mais uma bolsa para diminuir o peso da mala de 45kg, o que foi feito no saguão mesmo, que terminou comigo pedindo para falar com o supervisor dele (o Rafael com certeza que eu seria preso) e esse me dando razão: eu podia levar o meu violão comigo a bordo, eu estava certo.

O vôo tranqüilo terminou comigo são e salvo em Guarulhos e a notícia que eu teria que esperar até o final do dia para chegar em Porto Alegre. Disse que nem pensar, que eu sairia na hora prevista e que não queria nem saber. O funcionário disse que não podia fazer nada, no que eu respondi que eu podia, e ia resolver a situação.

Saquei da mochila a minha carta na manga: um e-ticket comprado pela Internet, para outro vôo de outra companhia aérea (GOL) que sairia logo em seguida, dica da minha agente de viagens aqui de Porto Alegre.

O vôo atrasou um pouco, mas pisei (com minha mudança) em solo gaúcho às 15h de primeiro de julho de 2006. A tempo de chegar em casa para assistir o jogo do Brasil com a França pelas quarta de final da Copa do Mundo da Alemanha que – como todos não esquecem – o Brasil perdeu e se despediu da copa.

Dizem que foi pé frio meu, no que não acredito.

Como foi esse primeiro ano de volta?

Bom, muito bom.

Em breve conto mais.

Até.

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