Os últimos dias antes de uma viagem de férias que seja maior que uma semana (principalmente se ocorridas no começo do mês) sempre são cheias de preparativos, contas a serem pagas antecipadamente e outras pendências, ainda mais quando se viaja para fora do Brasil. Para quem tem filhos pequenos e que não vão junto, então, o trabalho é maior. Não era o nosso caso, da Jacque e meu, mas era do casal Paulo e Karina e, em (bem) menor extensão, do Pedro e da Maria José. As preocupações vão desde como as crianças ficarão na casa dos avós, as rotinas escolares que devem ser mantidas, até possíveis problemas de saúde que podem acontecer no curto período em que os pais estarão ausentes.
Dois dias antes da viagem, por exemplo, a Karina me liga e pergunta se estou no hospital. Digo que não, mas – se preciso – posso ir para lá rapidamente. Ela explica, então, que o Gabriel o seu caçula, de sete anos, caiu e se machucou correndo na hora do recreio na escola. Fez um ferimento na testa (“uma boca aberta”, segundo ela). Vou para o hospital para recebê-los e auxilio no transpor das pequenas burocracias envolvidas nesse caso. Ficou tudo bem, recebeu uns pontos e pôde voltar para casa. Imaginamos como seria se tivesse acontecido quando estivéssemos em viagem: pobres avós...
Prontos para a viagem.
O dia da viagem começou bem cedo, afinal nosso vôo sairia de Porto Alegre rumo ao aeroporto de Guarulhos às 6h30, apesar do vôo para Paris sair apenas às 16h45. O motivo da escolha do horário de (muito) cedo da manhã foi para não correr riscos com possíveis atrasos, tão comuns em tempos de “caos aéreo” brasileiro. Esperaríamos cerca de oito horas em Guarulhos por causa da incompetência dos administradores do Brasil (sabendo que é melhor esperar no aeroporto do que cair o avião... dos males, o menor). Acordamos, então, por volta de 4h30 para estar no aeroporto pouco antes das 5h30 para o checkin. Nesse momento, na chegada no balcão da TAM no aeroporto de Porto Alegre, começaram as histórias de viagem, aquelas que na hora em que acontecem já sabemos que serão motivo de risos no futuro.
Tudo começou com a funcionária da TAM não encontrando os nosso e-tickets no computador. Quem estava nesse momento sendo atendidos eram o Pedro e a Zeca. Com isso, a fila que andava, parou. Saí do lugar que eu estava na fila para ver o acontecia, mesmo procedimento do Paulo, Karina e Jacque. Entregamos todos os nosso documentos para ela, que após verificar tudo e pedir ajuda de uma dita supervisora, nos informou que “a Air France não havia autorizado o trecho POA – GRU”, mas que o vôo para Paris estava certo. Poderia inclusive despachar as malas direto para Paris, mas não podia embarcar cinco dos seis passageiros do nosso grupo. Situação absurda.
A fila aumentava, outros passageiros nos olhavam como se fôssemos nós os culpados pela situação. Insistimos com ela para que resolvesse, afinal pagáramos por um serviço que eles estavam se recusando a fornecer. Passado alguns minutos, disse que “conseguira resolver o problema” de quatro dos seis. O Paulo e a Karina teriam que comprar uma outra passagem até Guarulhos (havia lugar no avião) e, após resolvido o problema, pedir reembolso. Foi o que fizeram, e embarcamos para São Paulo, onde deveríamos ir ao escritório da Air France e verificar se não haveria problemas no trecho São Paulo – Paris.
Depois de tudo, um terço do grupo ainda não tinha certeza de que estaria no vôo que só sairia depois de oito horas passadas em Guarulhos.
Tensão.
O que aconteceu, o que fizeram para embarcar, como fizemos para passar o tempo no aeroporto?
Semana que vem, na seqüência dessa história.
Até.
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