Premissa número um:
Eu não vejo Big Brother. Ponto final, sem deixar margens para "estava passando na frente da tevê e vi um pedaço" ou "vejo para acompanhar". Não, nada, zero. Saio da sala para não assistir.
Acho um programa de mau gosto, chato, em resumo: idiota.
É isso.
Quero deixar bem claro que não me sinto "superior" ou "culto", e por isso não posso ver. Nada disso. Apenas não gosto e não tolero.
Até aí, tudo bem.
Ontem, contudo, estava a Jacque assistindo ao programa esse que não gosto e não vejo e eu trabalhando (e jogando) no computador, na sala ao lado. Até que terminei o que fazia e fui para o quarto, onde há outra televisão e a liguei, já que não tinha vontade de ler antes de dormir.
Passei por um canal e outro e - sem querer - caí no programa da Luciana Gimenez. Isso mesmo! E pior, estava mostrando um quadro tipo teste de fidelidade, mas tinha uma detetive (de quinta categoria) e mostravam um homem de meia idade que era seguido e filmado, primeiro no aeroporto esperando alguém, depois seguido de carro até a casa da mulher que ele esperara no aeroporto, tudo isso a pedido da namorada vinte anos mais nova. Isso tudo acompanhado pelos comentários da detetive, da apresentadora e de seus convidados (que não tenho a menor idéia de quem eram).
Enquanto se passava a gravação, os participantes comentavam o que poderia estar se passando. Para se ter uma idéia do nível, os comentários da Luciana Gimenez eram os mais adequados e ponderados.
Em resumo, abjeto, grosseiro e de péssimo gosto.
Só que eu não conseguia parar de assistir, a espera do desfecho da história.
Então entendi um pouco (bem pouco, confesso) o que as pessoas vêem num programa tipo Big Brother, e porque não param de assitir.
E que em termos de televisão, ninguém é inocente.
Até.
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