Começo o oitavo ano de publicação d’A Sopa (o quarto do blog).
Mais uma vez, tentarei compartilhei com aqueles que me lêem um novo momento de vida, como já venho fazendo nesses meses que antecedem o nascimento da Marina, previsto para as próximas semanas. Em menos de um mês, a vida mudará.
Nem sempre temos essa consciência, o conhecimento preciso de quando a mudança ocorrerá, a data marcada, o momento exato.
É ilusão, contudo, acreditar que a mudança ocorrerá quando ela nascer. Já vem ocorrendo há tempos, como sempre acontece no fluxo da vida, e o nascimento servirá como momento simbólico (mas mais real que tudo) de que agora, sim e definitivamente, as coisas serão diferentes. E para melhor, tenho certeza.
Como a data é comemorativa – completou-se mais um ano de Sopa – fico tentado a lembrar como era quando tudo começou, quando saiu a primeira sopa de todas, lá em 2001. Muita coisa era diferente, aqui em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, no Brasil e no mundo. Mais importante, eu era muito diferente do que sou hoje.
As torres gêmeas de Nova York ainda estavam de pé, o Bin Laden ainda era um aliado dos Estados Unidos, o Papa era o João Paulo II, o PT governava Porto Alegre mas não governava o Brasil, o Inter ainda não era Campeão do Mundo, a Seleção Brasileira não era Penta, Toronto sequer era uma possibilidade na minha vida, entre muitas outras mudanças que ocorreram nesses sete anos. Relendo um dos primeiros textos que escrevi, e que falava de uma viagem à Salvador, comentei que li numa vitrine de loja uma mensagem que fez e ainda faz todo sentido para mim, para nós, para o mundo:
“Curar o passado, viver o presente, sonhar o futuro”.
A idéia de curar o passado é genial. Não devemos viver lá, remoendo antigas histórias, purgando culpas. A grande qualidade do passado é que já passou, e não volta. Aprender com o que passou, esse a lição. Por outro lado, não esquecê-lo. E viver o agora, preparando o futuro.
Futuro que está chegando, e é uma menina.
Até.
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