Como todos sabem, a impressão de que o tempo está passando mais rápido é apenas isso, uma impressão, mas que está fortemente ligada na intensidade das atividades cotidianas e na quantidade de, sempre ele, tempo, que temos para pensar. Quanto mais tempo tenho para pensar em quanto tempo tenho, mais tempo tenho para pensar em quanto tempo tenho. E mais tempo tenho, óbvio.
Confuso?
Não importa, na verdade.
Tergiverso antes de entrar no assunto que realmente interessa, no motivador desse escrito, na razão pela qual não tenho tido o tempo aquele que falo no parágrafo inicial: os dias que passam desde o nascimento da Marina, o tempo em que sou pai.
Para falar a verdade, ainda não me acostumei com a idéia de ser pai. Explico: ainda soa estranho quando eu digo – ao pegar a Marina, por exemplo – “vem com o pai”. Não parece que falo de mim. É pouco tempo, eu sei, e logo me acostumo a ouvir “pai” e ser relativo a mim, ainda mais quando for ela a me chamar. Uma questão de tempo, como quase tudo.
Não que eu esteja estranhando a função de pai. Ao contrário, sinto como se já fosse um veterano no assunto. E daqueles que participa: dou banho, troco fraldas e, na medida do possível, procuro dividir as tarefas com a Jacque. É um prazer inenarrável acompanhar o desenvolvimento da nossa nenê. Desde o tempo em que ela era praticamente um peixe, pela ausência de interação até a fase atual, em que sorri muito, e parece tentar conversar, com “aaaahs” e “eeeehs”, tudo é novidade e alegria para nós.
Então os dias têm sido assim, de trabalho (como comentei anteriormente, foi a Marina nascer e o consultório e minhas outras atividades profissionais aumentaram muito) e momentos de encantamento com esse pequeno (por enquanto) milagre que é a nossa (da Jacque e minha) filhinha.
Até.
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