Ainda pensando a vida e suas relações.
Quando escrevi, numa Sopa do final do ano passado, que tinha sentido a ausência de algumas pessoas que eu considerava fundamentais, ou importantes, e que isso me fizera rever alguns conceitos sobre algumas delas, não pensei em ninguém em especial, ou, melhor, não pretendi enviar um recado a ninguém. Mas, de certa forma, o “chapéu serviu” para alguns (principalmente em que jamais deveria encaixar) o que tive de esclarecer quando conversamos. É óbvio que quem perguntou se era com ele já demonstrou que não era.
Tive a chance de conversar, semana passada, com o Márcio, amigo de mais de vinte anos, que é justamente o oposto do que me referia: é aquele amigo que eu sei que está lá, sempre estará lá, e posso contar com ele sempre que precisar, como o inverso é verdadeiro, e estou aí para o que der e vier. É o que eu falava de “amizades leves”, aquelas que não necessitam de força, de trabalho, para serem conservadas, para serem mantidas. Nem mesmo a distância geográfica ou o longo tempo sem nos encontrarmos pessoalmente altera a conexão que desenvolvemos ao longo do tempo, e se mantém sólida e tranquila.
Eu valorizo muito isso, afinal de contas são poucas as pessoas que me conhecem a maior parte da minha vida, e cada vez mais – circunstância do tempo – será difícil encontrar outros assim.
Foram alguns chopes e muito papo, do tipo que não necessita de muitas notas introdutórias e explicações de contexto, afinal acompanhamos o que aconteceu e acontece já muito tempo. Direto ao ponto, sem voltas ou rodeios. Como tem que ser.
Já no sábado que passou, à noite, outro encontro desse tipo.
A Jacque, a Karina e eu jantamos aqui em casa. Tomamos um vinho, falamos sobre a vida e lembramos-nos de estórias de viagem, muitas e boas. Lembramos hotéis, memoráveis por bons, “pitorescos” ou ruins, além de episódios os mais diversos nas nossas viagens juntos. Foi uma noite leve, de riso fácil, sem preocupações maiores, como devem ser os encontros com amigos.
Pensando nos dois episódios da semana que recém terminou, vejo que faltou o pão para dividirmos.
Faço um dia desses.
Até.
Um comentário:
Sem duvida... as amizades leves são as que ficam. POis além de ser algo gostoso não existe combrança.
Odeio amizades que existem cobranças...
Eu sei... mudei de assunto um pouco, mas fiquei com vontade de falar :) ehehe
abs
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